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1 Complementação Pedagógica Coordenação Pedagógica – IBRA DISCIPLINA FILOSOFIA DAS ARTES A ESTÉTICA 2 SUMÁRIO 1 SOBRE ESTÉTICA ....................................................................................... 03 1.1 A arte.......................................................................................................... 06 1.2 O belo......................................................................................................... 15 1.3 O feio.......................................................................................................... 20 1.4 O gosto....................................................................................................... 22 1.5 Teorias da criação ...................................................................................... 23 1.6 A cultura visual e os processos formativos................................................. 25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UTILIZADAS E CONSULTADAS .......... 30 ANEXOS .......................................................................................................... 38 " 3 1 SOBRE ESTÉTICA A estética é um ramo da filosofia que se ocupa das questões tradicionalmente ligadas à arte, como o belo, o feio, o gosto, os estilos e as teorias da criação e da percepção artísticas. Do ponto de vista estritamente filosófico, a estética estuda racionalmente o belo e o sentimento que este desperta nos homens. Dessa forma, surge o uso corrente, comum, de estética como sinônimo de beleza. E esse é o sentido dos vários institutos de estética: institutos de beleza que podem abranger do salão de cabeleireiro à academia de ginástica. A palavra estética vem do grego aisthesis e significa "faculdade de sentir", "compreensão pelos sentidos", "percepção totalizante". Assim, a obra de arte, sendo, em primeiro lugar, individual, concreta e sensível, oferece-se aos nossos sentidos; em segundo lugar, sendo uma interpretação simbólica do mundo, sendo uma atribuição de sentido ao real e uma forma de organização que transforma o vivido em objeto de conhecimento, proporciona a compreensão pelos sentidos; ao se dirigir, enquanto conhecimento intuitivo, à nossa imaginação e ao sentimento (não à razão lógica), toma-se em objeto estético por excelência. (DIAS, 2009, s/p) Segundo Fontes (s/d, s/p) a estética pode ser vista como: - Experiência Estética. O homem é razão, mas também emoção. O meio envolvente despertam nele, emoções de agrado ou desagrado, de prazer ou de tristeza, de beleza ou fealdade. Mas o homem não se limita a contemplar, também cria, produz objetos onde procura não apenas procura expressar estas emoções, mas o faz de forma que outros as possam igualmente experimentar quando os contemplam. - Atitude Estética. As predisposições que o homem revela para produzir, mas também para valorizar em termos emotivos os objetos e as situações, constitui o que designamos por atitude estética. Esta atitude é, pois uma das condições necessárias para podermos ter uma experiência estética, caso contrário os nossos sentidos estarão bloqueados. Para que exista então uma experiência estética é necessário: Contemplar as coisas de forma desinteressada e sem preconceitos. O que implica vê-las como são em si mesmas, com distanciamento e desapego. Os nossos sentidos devem estar libertos e despertos para o diferente ou outras dimensões não familiares. " 4 - Sensibilidade Estética. O modo como vivemos as diversas experiências estéticas depende da nossa sensibilidade, a qual é influenciada pela preparação que temos para poder usufruir uma dada experiência. Muitas formas de arte, como certas expressões da arte contemporânea requerem uma iniciação prévia, nomeadamente para podermos entender a linguagem usada pelos artistas. - Beleza Natural e Beleza Artística. Os conceitos anteriores tanto podem ser usados quando nos referimos à natureza ou a obras criadas por seres humanos. Até praticamente ao século XVIII, não se fazia uma clara distinção entre um e outro tipo de beleza, dado que os artistas procuravam, sobretudo, imitar a beleza natural. Com a criação da estética como disciplina filosófica, no século XVIII, faz-se uma nítida distinção entre os dois tipos de beleza. O conceito de estética passa a ser reservado à apreciação das obras criadas pelos homens. A definição do conceito de beleza continuou, todavia, a ser um problema central da estética: É a Beleza definível? A beleza é uma qualidade que pertence às próprias coisas belas? Ou resulta de uma relação entre elas e a nossa mente? Ou ainda de uma dada predisposição (atitude) que adquirimos para as reconhecermos como belas? - Juízos Estéticos. Um juízo é a afirmação ou a negação de uma dada relação sobre algo (ex: O mar é belo; o lixo é feio). Um juízo estético é a apreciação ou valorização que fazemos sobre algo, e que se traduz em afirmações como "gosto" ou "não gosto". Nem sempre estes juízos são baseados em critérios explícitos que permitam fundamentar as nossas afirmações. Em termos gerais todos os juízos estéticos baseiam-se nos seguintes pressupostos: a) Objetividade das apreciações. Pressuposto que a Beleza é eterna, sendo independente dos juízos individuais (subjetivos). A beleza não está nas nossas apreciações, mas constitui uma propriedade dos próprios objetos estéticos. Que propriedade ou propriedades são estas que tornam os objetos belos? Apesar de todas as tentativas para definir a Belo ou a Beleza, nunca se chegou a nenhum consenso. Alguns autores procuram contornar a situação, afirmando que para gênero artístico, ao longo dos tempos, têm vindo a ser apurados certos "cânones" específicos que nos permitem ajuizar do valor estéticos das diversas obras. " 5 b) Subjetividade das apreciações. Pressuposto que o valor estético atribuído a um objeto não pode ser separado do contexto sociocultural a que está ligado. O belo é o que eu gosto ou aquilo que me agrada. A beleza funda-se assim numa relação subjetiva, sensorial, entre sujeito e o objeto. A arte ou o valor de cada obra é sempre vista em função de um dado contexto. A história tem-nos mostrado que nem sempre existe um acordo entre os méritos de uma obra de arte e os juízos sobre a mesma produzidos na época em que foi criada. Muitos artistas que foram considerados geniais no seu tempo são hoje considerados artistas menores, enquanto que outros que passaram despercebidos são agora valorizados. - A Estética como disciplina filosófica. As primeiras manifestações artísticas são provavelmente tão antigas como o próprio homem, mas o conceito de estética é relativamente recente. A palavra estética só foi introduzida em 1750 no vocabulário filosófico pelo alemão Alexander Gottlieb Baumgartem quando publicou uma obra (Estética) onde procurava analisar a formação do gosto. A reflexão sistemática na filosofia, sobre a beleza e a arte são, todavia, muito mais antiga e remonta pelo menos à antiguidade clássica. Muitos autores preferem o termo filosofia da arte, entendendo-o como uma reflexão centrada nas obras de arte e nas suas relações com o criador que as produziu. Esta denominação pretende excluir, por exemplo, o belo natural. (FONTES, s/d, s/p) De acordo com Ziberman (apud Kirchof, 2003, p. 11) poucas ciências tem uma data de nascimento tão bem definida, originária dos primeiros anos da segunda metade do século XVIII. Não apenas isso: a estética conta com uma espécie de pai fundador, o filósofo alemão Alexandre Gottlieb Baumgartem (1714-1762) cujas obras delimitam o caráter científico e pré-científico daárea do conhecimento a que dedicou e os caminhos abriu. A ascensão da estética no século XVIII corresponde àqueles marcos históricos que fazem a alegria dos pesquisadores. Ela acontece em meio a uma série de transformações que explicam não apenas a natureza do tipo de investigação que propõe como também o que ficou de fora ou foi descartado. Com efeito, é nesse período que a revolução burguesa complementa-se. Desencadeada quando do encerramento das rixas feudais, no século XIV, e acelerada com a descoberta da América e a ocupação da Ásia, que trouxeram à " 6 Europa novos alimentos e abundância de riqueza, a revolução burguesa alcança seu ápice com a tomada de poder nos principais reinos do velho mundo: primeiro na Inglaterra, depois na França, mais adiante na Alemanha, eis que a burguesia endinheirada, senhora do capital e dos meios de produção, passa a comandar a direção das mentalidades. Impõe seus princípios éticos e econômicos apropriando- se de uma instituição – a escola – que remontava aos gregos da antiguidade e adaptando-a as suas necessidades. (ZIBERMAN, apud Kirchof, 2003, p. 11) 1.1 A ARTE Na Grécia Antiga não havia a ideia de artista no sentido que hoje empregamos, uma vez que a arte estava integrada à vida. As obras de arte dessa época eram utensílios (vasos, ânforas, copos, templos etc.) ou instrumentos educacionais. Assim, o artífice que os produzia era considerado um trabalhador manual, do mesmo nível do agricultor ou do ferramenteiro. Ele era um artesão numa sociedade que considerava indigno o trabalho manual. Nesse período (séc. V e IV a. C.) foram desenvolvidas, técnicas com a principal motivação de produzir cópias da aparência visível das coisas. A função da arte era criar imagens de coisas reais, imagens que tivessem aparência de realidade. Há várias anedotas que ilustram bem isso, embora poucos exemplares da pintura grega tenham chegado até nós. Dizem que Apeles pintou um cavalo com tanto realismo que cavalos vivos relincharam ao vê-lo. Outra história conta que Parrásio pintou uvas tão reais que passarinhos tentavam bicá-las. Na verdade, talvez essas pinturas só possam ser consideradas realistas em relação à estilização da pintura que a precedeu ou à pintura egípcia, por exemplo. Por outro lado, temos de admirar a fidelidade anatômica das esculturas gregas, tais como a Vitória de Samotráeia e o Discóbolo. (PORTAL IMPACTO, s/d, s/p) A arte de acordo com Aranha, Martins (2003, p. 373) é um caso privilegiado de entendimento intuitivo do mundo, tanto para o artista que cria obras concretas e singulares quanto para o apreciador que se entrega a elas para penetrar-lhes o sentido. O verdadeiro artista intui a forma organizadora dos objetos ou eventos sobre os quais focaliza sua atenção. Ele vê, ou ouve o que está por trás da " 7 aparência exterior do mundo. Por exemplo, no filme Amadeus, de Milos Forman, há uma cena que mostra didaticamente esse processo. A sogra de Mozart, emocionada e muito irritada, conta ao compositor por que a filha dela o abandonou. Mozart, que a princípio realmente procurava uma reposta para essa questão, lentamente deixa de prestar atenção às palavras para sintonizar com a melodia e ritmo do discurso. Ele ouve a musicalidade por trás do discurso inflamado com a ária para a Flauta Mágica. Como todo artista, Mozart percebe, pelo poder seletivo e interpretativo dos seus sentidos, formas que não podem ser nomeadas, que não podem ser reduzidas a um discurso verbal explicativo, pois elas precisam ser sentidas, e não explicadas. A partir dessa intuição, o artista não cria mais cópias da natureza, mas, sim, símbolos dessa mesma natureza e da vida humana. Esses símbolos, portanto, não são entidades abstratas, não são como entes da razão. Ao contrário, são obras de arte, objetos sensíveis, concretos, individuais, que representam analogicamente, ou seja, por semelhança de forma, à experiência vital intuída pelo artista. Quando apreciamos uma obra de arte, fazemo-lo por meio de nossos sentidos: visão, audição, tato, cinestesia e, se a obra for ambiental, até olfato. A partir dessa percepção sensível, podemos intuir a vivência que o artista expressou e sua obra, uma visão nova, uma interpretação nova da natureza e da vida. O artista atribui significados ao mundo por meio da sua obra. O espectador lê esses significados nela depositados. Essa interpretação só é possível em termos da intuição e não de conceitos, em termos de forma sensível e não de signos abstratos. Podemos dizer, então, que na obra de arte o importante não é o tema em si, mas o tratamento que se dá ao tema, que o transforma em símbolo de valores de uma determinada época. (ARANHA, MARTINS, 2003, p. 374) Exemplificando os valores de determinada época, podemos falar da Renascença. Mas não apenas do Renascimento Italiano que é o mais conhecido, mas também do Renascimento Holandês, com as características de cada um. - Renascimento Italiano: O berço do Renascimento foi a Itália, extraordinário depósito de ruínas clássicas. Encontram-se vestígios do Império Romano em quase todas as cidades italianas. Os sarcófagos de mármore, decorados com relevos, são o exemplo mais comum. O idioma, uma corruptela do latim falado pelos antigos romanos, foi sistematizado no século XIV por Dante Alighieri, Francesco Petrarca e Giovanni Boccaccio. As primeiras manifestações do Renascimento italiano " 8 ocorreram em Florença. Três ourives e escultores, Brunelleschi, Ghiberti e Donatello, realizaram inovações que romperam com as convenções da arte gótica. Donatello, que também trabalhou em Veneza, Pádua, Nápoles e Roma veiculou, por toda a Itália, as novas formas estéticas. Na pintura, Masaccio introduziu um conceito naturalista e expressivo, assim como a perspectiva linear e aérea. O introdutor, em Veneza, do ideário renascentista foi Bellini. Mais tarde, Veneza disputou com Florença o privilégio de ser o centro do movimento que modificou o pensamento humano. (LEONARDODAVINCI3.9, s/d, s/p) Após esta extraordinária explosão criativa, foi pouco significativa a produção artística italiana no começo do século XV. Mas logo surgiram os nomes mais destacados do Renascimento e que influenciaram toda a obra ocidental posterior: Leonardo da Vinci (1452-1519) e Michelangelo (1475-1564). Pintor, escultor, arquiteto, engenheiro e cientista, Leonardo da Vinci foi importante, principalmente, na pintura onde introduziu o conceito de perspectiva atmosférica. Michelangelo, pintor, escultor, arquiteto e poeta, transformou-se em um dos maiores criadores que o mundo já conheceu. Entre os artistas quatrocentistas, destacam-se Filippo Brunelleschi, Lorenzo Ghiberti, Donatello, Masaccio, Paolo Uccello, Fra Angelico, Pisanello, Jacopo Bellini, Gentile Bellini, Giovanni Bellini, Andrea Mantegna, Piero della Francesca, Leon Battista Alberti, Antonio del Pollaiuolo, Andrea del Verrocchio, Sebastiano del Piombo, Giorgione, Tiziano e Sandro Botticelli. Entre os artistas quinhentistas, destacam-se Leonardo da Vinci, Donato Bramante, Rafael, Michelangelo, Giorgione, Tiziano e Correggio. No norte europeu, as manifestações artísticas do gótico tardio foram contemporâneas dos descobrimentos marítimos e das mudanças de visão de mundo produzidas na Itália. Países como Alemanha, Holanda e Inglaterra foram menos receptivos ao incipiente Renascimento. (LEONARDODAVINCI3.9, s/d, s/p) - Renascimento Holandês: No fim do séc.XVII, os países baixos haviam se convertido em uma das maiores potências comerciais e coloniais do mundo. À medida que o país crescia em riqueza, os holandeses mais se interessavam por artigos de luxo, inclusive obras de arte. Como era uma nação protestante. O povo holandês nãoapreciava tanto os temas religiosos quanto os das nações católicas. " 9 Muitos holandeses pertenciam à classe média, que podia pagar por obras de arte. Não estavam interessados na tradição artística romana clássica de que os aristocratas de outros países tanto gostavam. Os holandeses apreciavam praticamente qualquer tema que lhes recordasse sua própria existência confortável de classe média. Os pintores holandeses criaram um estilo característico durante o período barroco. Muitos artistas holandeses especializaram-se em determinados temas, como cenas de luar ou de tabernas. A pintura que trata desses assuntos comuns e quotidianos é chamada de pintura de gênero. Jan Vermeer é provavelmente o maior pintor holandês de gênero do séc.XVII. Ele e outros artistas holandeses de gênero pintavam quadros pequenos, em geral com superfícies lisas e brilhantes. Foi um mestre da pintura de interiores, em geral retratava mulheres cumprindo tranquilas tarefas domésticas. Sua arte destaca-se pelo tratamento da luz do sol que invade uma sala ou cai sobre objetos. Naturezas-Mortas de objetos comuns da vida diária tornaram-se populares na Holanda. (GALERIA DA ARTE, s/d, s/p) Jan Vermeer nasceu em Delft, Países Baixos, em 31 de outubro de 1632. Entre 1652-1654 estudou pintura com Karel Fabritius, aluno de Rembrandt. Em 1663 entrou para a Guilda de São Lucas, que presidiu em 1662-1663 e 1670-1671. De suas 35 telas conhecidas, só duas são assinadas: "A alcoviteira" (1656) e "O astrônomo" (1668). A ausência de assinaturas e a abundância de telas apócrifas dificultam a apreciação cronológica da obra de Vermeer. Os temas que aborda são os de seus contemporâneos Pieter de Hooch, Terborch e Metsu: interiores com uma ou duas figuras e paisagens urbanas. Nos jogos de luz e sombra vê-se certa influência italiana. A composição é geométrica, com seus elementos simetricamente equilibrados. Os elementos típicos da obra de Vermeer já apontam em "Moça lendo uma carta" (1657): o quarto fechado, a luz que entra pela janela, tapetes orientais e cortinas luxuosas. A luz é usada com mestria para ressaltar uma expressão, aprofundar ou criar uma atmosfera. Intimista, Vermeer retratou cenas da vida burguesa, repletas de símbolos e intenções morais. Em "A leiteira" (1656-1660), manifesta-se seu colorido particular: fusões de azul e amarelo, objetos pontilhados de dourado. Apenas duas magníficas cenas urbanas, "A ruela" (1658) e "Vista de Delft" (1660), não foram inspirados " 10 interiores. Vermeer foi enterrado em Delft em 15 de dezembro de 1675. (PITORESCO, s/d, s/p) Frans Hals criou um estilo de pintura parecido com o de Rubens. As melhores obras de Hals são retratos brilhantes, alegres e confortantes, como a personalidade do próprio artista. Com umas pinceladas rápidas, Hals podia dar a impressão de grande detalhe e capturar uma sensação de calor humano. Rembrandt Van Rijn tornou-se o grande mestre da pintura holandesa. Gostava de pintar assuntos religiosos, embora não seguisse nenhuma religião. Estava mais interessado no lado humano dos personagens da bíblia, mostrava as profundas emoções humanas que acompanhavam as histórias bíblicas. (GALERIA DE ARTE, s/d, s/p) Já a arte do final do século XIX antecipou muitas das características da arte contemporânea. Elas incluem a ideia da arte pela arte, a ênfase na originalidade, a exaltação da tecnologia moderna, o fascínio pelo primitivo e o compromisso com a arte popular. Devido à diversidade, é difícil definir a arte contemporânea incluindo toda a arte produzida no século XX. Para alguns críticos, a característica mais importante da arte contemporânea é sua tentativa de criar pinturas e esculturas voltadas para si mesmas e, assim, distinguir-se das formas de arte anteriores, que transmitiam ideias de instituições políticas ou religiosas poderosas. Já que os artistas contemporâneos não eram mais financiados por essas instituições, tinham mais liberdade para atribuir significados pessoais às suas obras. Essa atitude é, em geral, denominada como arte pela arte, um ponto de vista quase sempre interpretado como arte sem ideologia política ou religiosa. Ainda que as instituições governamentais e religiosas não patrocinassem a maioria das artes, muitos artistas contemporâneos procuraram transmitir mensagens políticas ou espirituais. (COLADAWEB, s/d, s/p) A arte contemporânea é formada pelos estilos: impressionismo; pós- impressionismo; romantismo; fauvismo; cubismo; futurismo; expressionismo alemão; abstracionismo; minimalismo; suprematismo e construtivismo russo; de stjil (o estilo); nova objetividade; dadaísmo; surrealismo; arte conceitual; performance; foto realismo; neo expressionismo; pluralismo; escultura abstrata; realismo; concretismo; " 11 pintura metafísica; graffit; instalação; art naif; pintura geométrica; pintura sensível; pop art; neo classicismo, entre outros. Algumas características de alguns estilos: - Romantismo: O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e culturais causadas por acontecimentos do final do século XVIII que foram a Revolução Industrial que gerou novos inventos com o objetivo de solucionar os problemas técnicos decorrentes do aumento de produção, provocando a divisão do trabalho e o início da especialização da mão de obra, e pela Revolução Francesa que lutava por uma sociedade mais harmônica, em que os direitos individuais fossem respeitados, traduziu-se essa expectativa na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Do mesmo modo, a atividade artística tornou-se complexa. Os artistas românticos procuraram se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do artista. Características gerais: a valorização dos sentimentos e da imaginação; o nacionalismo; a valorização da natureza como princípios da criação artística; e os sentimentos do presente tais como: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. (HISTÓRIA DA ARTE, s/d, s/p) - Impressionismo: O Impressionismo foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX. Havia algumas considerações gerais, muito mais práticas do que teóricas, que os artistas seguiam em seus procedimentos técnicos para obter os resultados que caracterizaram a pintura impressionista. Principais características da pintura impressionista: a pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol. As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens; as sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado. Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão " 12 de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos. (MARTINS, IMBROSI, s/d, s/p) As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se óptica; a primeira vez que o público teve contato com a obra dos impressionistas foi numa exposição coletiva realizada em Paris, em abril de 1874. Mas o público e a crítica reagiram muito malao novo movimento, pois ainda se mantinham fiéis aos princípios acadêmicos da pintura. (MARTINS, IMBROSI, s/d, s/p) - Cubismo: O Cubismo pode ser considerado o verdadeiro início da arte contemporânea, pois continha, potencialmente, todas as principais tendências artísticas que marcaram o século XX. A influência de Paul Cézanne sobre Georges Braque, que também se exerceu sobre Pablo Picasso, foi o mais importante fator para o nascimento do movimento gerado a partir das experiências dos mesmos. O Cubismo desenvolveu-se inicialmente na pintura, valorizando as formas geométricas (como esferas, cones e cilindros) ao mesmo tempo em que revelava um objeto em seus múltiplos ângulos. A pintura cubista surgiu em 1907 e conheceu seu declínio com a Primeira Guerra, terminando em 1914. Em 1908, o artista Georges Braque expôs alguns quadros em Paris no Salão de Outono. Numa de suas telas apareciam telhados que se fundiam com árvores, dando a sensação de cubos. O pintor Henri Matisse teria expressado nesta oportunidade, que "ele despreza as formas, reduz tudo a esquemas geométricos, a cubos", derivando daí a denominação Cubismo. O pintor espanhol Pablo Picasso é considerado como o gênio do Cubismo, e seu nome transformou-se em ícone do movimento cubista. (LEITE, 2002, s/p) - Futurismo: Movimento de artistas italianos, deve ser considerado o primeiro movimento artístico tipicamente de vanguarda, embora tenha surgido um pouco depois do Cubismo. O primeiro manifesto do movimento foi publicado em 20 de fevereiro de 1909, em Paris no "Le Figaro" e não na Itália, assinado por Filippo Tommaso Marinetti (1876/1944); apresentava como pontos fundamentais a exaltação da vida moderna, da máquina, da eletricidade, do automóvel e da velocidade. Período 1909 a 1914. Os principais artistas desse estilo são: " 13 Umberto Boccioni, Carlo Carrá, Luigi Russolo, Gino Severini, Giacomo Balla. (LEITE, 2002, s/p) - Expressionismo: O Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, “expressando” sentimentos humanos. Utilizando cores irreais, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento. Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais. Corrente artística concentrada especialmente na Alemanha entre 1905 e 1930. Principais características: pesquisa no domínio psicológico; cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas; dinamismo improvisado, abrupto, inesperado; pasta grossa, martelada, áspera; técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões; preferência pelo patético, trágico e sombrio. Alguns historiadores determinam para esses pintores o movimento ”Pós Impressionista”. Os pintores não queriam destruir os efeitos impressionistas, mas queriam levá-los mais longe. (MARTINS, IMBROSI, s/d, s/p) - Fauvismo: O Fauvismo é uma corrente artística do início do século XX aliada à pintura, tendo como uma das características a máxima expressão pictórica, onde as cores são utilizadas com intensidade, além de outras, como a simplificação das formas, o estudo das cores. Os seus temas eram leves, e não tinham intenção crítica, revelando apenas emoções e alegria de viver. As cores eram utilizadas puras, para delimitar planos, criar a perspectiva e modelar o volume. O nome da corrente deve-se a Louis Vauxcelles. Esse chamou alguns artistas de “Les Fauves” (que significa “feras” em português) em uma exposição em 1905, pois havia ali a estátua convencional de um menino rodeada de pinturas nesse novo estilo. Os princípios desse movimento foram: criar, em arte, não possui relação com o intelecto ou sentimentos; criar é considerar os impulsos do instinto e das sensações primárias; exaltação da cor pura. O principal representante do movimento Fauvista foi Henri Matisse, que tinha por característica a despreocupação com o realismo, onde as coisas representadas eram menos importantes do que a forma de representá-las. Por exemplo, “Natureza morta com peixes vermelhos”, pintado em 1911, quando se observa que o " 14 importante são as cores puras e estendidas em grandes campos, essenciais para a organização da composição. (LOPES, s/d, s/p) - Minimalismo: A palavra minimalismo reporta-se a um conjunto de movimentos artísticos e culturais que percorreram vários momentos do século XX, manifestos através de seus fundamentais elementos, especialmente nas artes visuais, no design e na música. Surgiu nos anos 60 nos Estados Unidos. As obras minimalistas possuem um mínimo de recursos e elementos. A pintura minimalista usa um número limitado de cores e privilegia formas geométricas simples, repetidas simetricamente. No decurso da história da arte, durante o século XX, houve três grandes tendências que poderiam ser chamadas de “minimalistas”: (manifestações minimalistas: construtivismo, vanguarda russa, modernismo). Os construtivistas por meio da experimentação formal procuravam uma linguagem universal da arte, passível de ser absorvida por toda humanidade. O minimalismo exerceu grande influência em vários campos de atividade do design, como a programação visual, o desenho industrial, na arquitetura. Os minimalistas produzem objetos simples em sinônimo de sofisticação. A música minimalista nasceu com a série Composições 1960, criada por La Monte Young, esta pode ser cantada apenas com duas notas. A literatura minimalista caracteriza- se pela economia de palavras, onde os autores minimalistas evitam advérbios e sugerem contextos a ditar significados. (LOPES, s/d, s/p) - Dadaísmo: O Dadaísmo foi um movimento originado em 1915 na cidade de Zurique (cidade que durante a Primeira Grande Guerra Mundial conservou-se neutra). Negava todas as tradições sociais e artísticas, tinha como base um anarquismo niilista e o slogan de Bakunin “a destruição também é criação“, contrários à burguesia e ao naturalismo, identificado como “a penetração psicológica dos motivos do burguês“, buscavam a destruição da arte acadêmica e tinham grande admiração pela arte abstrata. O acaso era extremamente valorizado pelos dadaístas, bem como o absurdo. Tinha tendências claramente antirracionais e irônicas. Procurava chocar um público mais ligado a valores tradicionais e libertar a imaginação via destruição das noções artísticas convencionais. (COLADAWEB, s/d, s/p) - Surrealismo: O Surrealismo surgiu com esse nome em 1924, quando André Breton lançou o Manifesto do Surrealismo. Esta palavra foi utilizada pela primeira vez por " 15 Apollinaire como subtítulo de seu drama “Les Mameles de Tiresias”, criado em 1917. O Surrealismo nasceu de uma ruptura com o Dadaísmo, desiludido com o seu niilismo e sua autofagia. (DIRETORIO DE ARTE, s/d, s/p) - Suprematismo – Construtivismo russo: Dois grupos russos também chegaram à arte abstrata no início do século XX. Por volta de 1913, os pintores Kasimir Malevitch e El Lissitzky iniciaram um movimento denominado suprematismo, e os escultores Vladimir Tatlin e Aleksander Rodchenko fundaram um movimento conhecido como construtivismo. Os suprematistas, como Kandinsky, acreditavam que a arte abstrata podia transmitir uma conotação religiosa. Em 1915, Malevitch pintou um quadrado negro em um fundo branco que expôs no canto de uma sala, o local tradicional dos ícones russos. Segundo Malevitch, o termo “suprematismo” visava provocar a "supremacia do sentimento puro". O quadrado simbolizava a sensação e o fundo significava o nada. (COLADAWEB, s/d, s/p) - De Stjil: Em 1917, os pintores holandeses Piet Mondrian e Theo vanDoesburg fundaram um grupo artístico conhecido como De Stijl (O estilo). Além deles, faziam parte do grupo o pintor Bart van der Leck, o escultor Georges van Tongerloo e o arquiteto Gerrit Rietveld. Como os suprematistas e construtivistas, muitos dos artistas do De Stijl estavam comprometidos com a ideia da arte abstrata e com a perspectiva que atribuía à arte um objetivo que ia além do simplesmente decorativo. (COLADAWEB, s/d, s/p) - Arte conceitual: Textos, imagens e objetos são as referências artísticas deste tipo de arte. A obra deve ser valorizada por si só. Um dos meios preferidos dos artistas conceituais é a instalação, ou seja, um espaço de interação entre a obra e o espectador. Até mesmo a televisão e o vídeo são usados nas instalações. (SUA PESQUISA, s/d, s/p) 1.2 O BELO De acordo com Barbosa, (2008, p. 10-11) a estética de Platão procura responder à questão « O que é o Belo? » e interessa-se também pelos problemas ligados à arte. Neste caso também, a resposta deve ser procurada no mundo das " 16 Ideias: é a Ideia de Belo que é necessário encontrar. Tal como nos casos da Virtude e da Justiça, é a unidade que caracteriza a Ideia do belo, só que, desta vez, trata-se da unidade formal do objeto, da unidade da sua aparência. Assim, uma bela música é uma música em que cada nota tem o seu lugar e está no seu lugar, em que existe uma relação regular entre cada nota, onde reina a harmonia. O papel da arte, tal como o da política face à ética, é mais complexo. A arte é imitação: imitação das formas, das ações (…). Mas percebe-se facilmente que, por exemplo, no caso da música, é muito difícil atribuir um modelo à arte, algo que a música possa imitar. É, portanto, necessário aprofundar o conceito de imitação: através de uma forma sensível, é a própria alma que a arte procura imitar. Ainda segundo Barbosa (2008, p. 10-11) os estilos artísticos correspondem a diferentes estados de alma possíveis: uma música harmoniosa e regular imita a alma do sábio virtuoso, uma música majestosa, impressionante imita a alma do bravo, do guerreiro, uma música rápida e louca imita a alma do homem atraído pelos prazeres sensíveis. Do mesmo modo, o prazer que se experimenta ao contemplar uma obra de arte corresponde aos prazeres destas diferentes formas de almas. Só as obras que imitam uma alma sábia e virtuosa são belas, pois a sua unidade é a da alma que elas imitam o que não quer dizer que só delas possa resultar prazer: o Belo não é necessariamente agradável. Esta inconveniência, que resulta de o agradável poder não ser Belo, não seria problemática se a obra de arte não tivesse a propriedade de envolver e de transportar aquele que a contempla. Assim, uma obra guerreira incita à coragem, uma obra bela incita à sabedoria e uma obra viva incita aos prazeres dos sentidos. Compreende-se então por que razão Platão desconfiava tanto da arte e do seu poder, o que o fazia sustentar a ideia de que, na cidade ideal, a arte deveria estar sob o controlo do rei- filósofo, ideia que, de uma forma ou de outra, nos tempos modernos, correspondeu sempre a modalidades diversas de tirania. (BARBOSA, 2008, p. 10-11) Para Souza (1995, p. 211) das relações entre a arte e a natureza resultam três diferentes concepções de arte: a arte como imitação; a arte como criação; e a arte como construção. A definição de arte como imitação é a mais antiga e resulta da subordinação da arte à natureza ou à realidade geral. Sob essa óptica, a obra de arte reproduz " 17 fielmente aquilo que existe no mundo que habita o ser humano. Trata-se do objeto, do ser, do fato ou do sentido a ser imitado, por meio da observação de um conjunto de regras que garantam essa reprodução. A arte como criação surge com o Romantismo, especialmente com o filósofo alemão Schelling (1775-1854). Essa concepção fundamenta-se em dois pressupostos básicos: A arte é originalidade absoluta e os seus produtos não se deixam reconduzir à sua realidade natural; Como originalidade absoluta, a arte é parte (ou continuação ou manifestação) da atividade criadora de Deus. Nessa perspectiva, a obra de arte resulta da inspiração e genialidade criadora e criativa do artista. Não mais imita a natureza, não mais subordina-se a ela, mas desliga-se, afasta-se dela: a obra de arte como criação independe da natureza e passa a exprimir as experiências, os sentimentos e as emoções vividas pelo artista. Por fim, a arte como construção e expressão é uma concepção contemporânea. Segundo essa visão, a obra de arte não mais reproduz ou imita a natureza, não mais resulta da invenção, da criação de um gênio inspirado, mas desvela a realidade, constrói um sentido novo que resulta das relações dialéticas que o artista estabelece com a natureza e com a realidade que o cercam, dos encontros e desencontros do homem com a natureza instaura-se a obra de arte como uma construção artística que expressa um sentido novo resultante da apreensão direta do estar no mundo. (SOUZA, 1995, p. 211) O Belo foi estudado por diversos filósofos no transcurso da história humana. - O Belo para Platão: Segundo Do Vale (2005, s/p) para Platão, o belo é o bem, a verdade, a perfeição; existe em si mesma apartada do mundo sensível, residindo, portanto, no mundo das ideias. A ideia suprema da beleza pode determinar o que seja mais ou menos belo. Em O banquete, Platão define o amor como a junção de duas partes que se completam, constituindo um ser andrógino que, em seu caminhar giratório, perpetua a existência humana. Esse ser, que só existe no mundo das ideias platônico, confere à sua natureza e forma uma espécie peculiar de beleza: a beleza da completude, do todo indissociável, e não uma beleza que simplesmente imita a natureza. Assim, temos em Platão, uma concepção de belo " 18 que se afasta da interferência e da participação do juízo humano, ou seja, o homem tem uma atuação passiva no que concerne ao conceito de belo: não está sob sua responsabilidade o julgamento do que é ou não é belo. Ainda de acordo com Do Vale (2005, s/p) a dialética de Platão aponta para duas direções: o mundo das ideias, num plano superior, do conhecimento, que é, ao mesmo tempo, absoluto e estático; a outra direção segue para o mundo das coisas, dos humanos. Este, de aparência sensível, é constituído pela imitação de um ideal concebido no mundo das ideias: portanto, num processo de cópia. Gilles Deleuze aponta para uma terceira possibilidade que quebra a dicotomia platônica: a cópia fiel e o simulacro, não mais tido como degenerescência da semelhança ao mundo das ideias, um mero fantasma. Para os gregos, o belo artístico situava-se no embate entre as boas cópias e o simulacro. - O Belo para Hegel: De acordo com Souza (1995, p. 213) está conceituado como manifestação da verdade. “O belo artístico não existe na natureza, não é de ordem lógica, não faz parte da esfera do espírito infinito nem da do pensamento puro e simples, pensamento que é só pensamento, como também, não se inclui entre os fins e os atos do espírito finito, pertence à esfera do espírito absoluto, e existe na arte um conhecimento do espírito absoluto como de um objeto para o espírito finito”. (HEGEL, 1974, p. 167). Dessa maneira, é no domínio da arte que o espírito absoluto se manifesta. O belo é a apreciação sensível desse espírito, enquanto verdade é a manifestação objetiva e universal. Daí beleza e verdade serem uma única e mesma coisa. - O Belo para Aristóteles: Aristóteles concebe a arte como uma criação especificamente humana. O belo não pode ser desligado do homem, está em nós. Separa, todavia a beleza da arte. Muitas vezes a fealdade, o estranho ou o surpreendente converte-se no principal objetivo da criaçãoartística. Aristóteles distingue dois tipos de artes: a) as que possuem uma utilidade prática, isto é, completam o que falta na natureza. b) As que imitam a natureza, mas também podem abordar o que é impossível, irracional, inverossímil. " 19 O que confere a beleza a uma obra é a sua proporção, simetria, ordem, isto é, uma justa medida. Aristóteles associou a arte à imitação da natureza. (FONTES, s/d, s/p) - O Belo para Kant: O belo, diz Kant, "é o que agrada universalmente, sem relação com qualquer conceito". A satisfação só é estética, porém, quando gratuita e desligada de qualquer fim subjetivo (interesse) ou objetivo (conceito). O belo existe enquanto fim em si mesmo: agrada pela forma, mas não depende da atração sensível nem do conceito de utilidade ou de perfeição. No juízo estético verifica-se o acordo, a harmonia ou a síntese entre a sensibilidade e a inteligência, o particular e o geral. O prazer estético é universalizável, porque as faculdades que implica estão presentes em todos os espíritos. Esse senso comum estético é a condição necessária da comunicabilidade universal do conhecimento, que deve ser presumida em toda lógica e em todo princípio de conhecimento. (ESTUDANTE DE FILOSOFIA, s/d, s/p) - O Belo para Santo Tomás de Aquino: De acordo com Araujo (s/d, s/p) a beleza no Tomismo é o reflexo de Deus, pois “o ser de todas as coisas deriva da Beleza divina”; sendo assim, na criação artística há aquilo que o Tomismo designa por “analogia de procura de Deus na experiência poética, ou o conhecimento poético das imagens de Deus”. Na criação, o artista é atraído para um duplo absoluto, não é o Absoluto propriamente, mas a alma inclina-se para ele. E tal atração é manifesta por meio das exigências da Beleza que devem perpassar a sua obra, e poeticamente ele é incitado à criação na beleza; assim, de modo tão absorvente o artista separa-se dos outros homens, pois se reconhece no reflexo do Divino. A beleza é um transcendental, não que seja uma explicitação por si do ser e do ente, e sim, uma harmonia para a qual confluem as três explicitações fundamentais: a unidade, a verdade e a bondade; daí, sua conversibilidade transcendental. Portanto, a beleza é a perfeição nas coisas que atesta aquela proximidade com o infinito, e que possibilita ao artista uma intensa alegria de espírito. Afinal, Deus é a Beleza subsistente, e sendo seu reflexo a beleza nas coisas, torna-se impossível ao artista, que é dedicado ao belo, não tender ao Divino e realizar-se de modo intenso. - O Belo para Mikel Dufrenne: Para Marin, Oliveira (2005, p. 197) Dufrenne, filósofo contemporâneo, explica que a necessidade do belo é reflexo da necessidade que o ser humano tem de sentir-se no mundo, de maneira que a experiência estética, " 20 mesmo que não revele sua vocação, significa a experiência de sua relação profunda com o mundo: “(...) estar no mundo não é ser uma coisa entre as coisas, é sentir-se em casa entre as coisas” (DUFRENNE, 1998, p.25). Dufrenne fala da experiência estética como o momento de libertação do pensamento para além do intelecto para encontrar a figura em contemplação. Nesse momento, a imaginação está fora do controle do intelecto, mas a percepção estética solicita as potências reflexivas da consciência. A leitura que o ser humano faz do mundo é a leitura dos sistemas simbólicos do objeto estético, o que pressupõe um encontro profundo com sua intimidade, o que gera a necessidade de transposição do intelecto. Na captura do mundo pelas vias intelectivas, o sujeito acaba por tomar distância em relação ao objeto que acaba por ser reduzido a algo em seu aspecto conceitual e pensável. (MARIN, OLIVEIRA, 2005, p. 197) Hoje em dia, numa visão fenomenológica, consideramos o belo como uma qualidade de certos objetos singulares que nos são dados à percepção. Beleza é, também, a imanência total de um sentido ao sensível, ou seja, a existência de um sentido absolutamente inseparável do sensível. O objeto é belo porque realiza o seu destino, é autêntico, é verdadeiramente segundo o seu modo de ser, isto é, o belo é um objeto singular, sensível, que carrega um significado que só pode ser percebido na experiência estética. Não existe mais a ideia de um único valor estético a partir do qual julgamos todas as obras. Cada objeto singular estabelece seu próprio tipo de beleza. (CHIES, s/d, s/p) 1.3 O FEIO De acordo com Flávia S. (2004, s/p) as obras de artes podem ser caracterizadas pelo o que chamamos de segmentos a qual foram construídas, entre estes, podemos mencionar o belo, o feio, o trágico o cômico, o sublime dentre outras manifestações. Todas essas dissidências da arte, pelo qual a estética se propõe a analisar, são elaboradas propositalmente, a fim de concretizar um determinado discurso poético da obra. Há dois conceitos antagônicos da estética de grande relevância histórica: o belo e o feio. Ambos provocam reações opostas pelo fato de " 21 que a associação histórica do senso comum remonta o belo para sinônimo de bem e o feio de mal. A beleza foi algo convencionado na arte e se apoia em três pilares básicos: ordem, proporção e simetria. A fusão destes três elementos resulta na harmonia e no equilíbrio da imagem atraindo a atenção do leitor por essas formas suave e singela que proporciona. Esse padrão estético é algo imutável, resistiu desde a época do Renascimento, portanto é universal. Entretanto, no período literário do Romantismo, o belo ganha outra conotação: deixa de ser apenas imagem para ser também simbologia da personalidade, tal qual fez Velázquez e Rembrandt em seus quadros. Inquietação, medo, angústia, carregado pelos personagens transformaram a monotonia da face. O feio, a priori, causa inquietação e desgosto pela desordem da simetria. No entanto o feio carrega consigo uma aura misteriosa e dependendo de como o feio é trabalhado, pode-se construir uma nova imagem reveladora de uma personalidade boa. Mas o bom neste caso não seria sinônimo de belo, significaria apenas uma outra reconstituição do impacto estético, que nos é causado; ou seja, o feio não se embeleza, se transfigura. Um exemplo seria a história infantil, A bela e a fera. A poética é construída através de uma história que evidencia o paradoxo do belo e do feio e dá a este ultimo uma outra conotação. O feio geralmente é artisticamente criado e na maioria dos casos sempre tem o seu espaço. Tomam a cena e toda a emoção da trama. (FLÁVIA S. 2004, s/p) Conforme Aranha, Martins (2003, p. 370) o problema do feio está implícito nas colocações que são feitas sobre o belo. Por princípio, o feio não pode ser objeto da arte. No entanto, podemos distinguir, de imediato, dois modos de representação do feio: a representação do assunto “feio” e a forma de representação feia. No primeiro caso, embora o assunto “feio” tenha sido banido do território artístico durante séculos (pelo menos desde a antiguidade grega até a época medieval), no século XIX ele vem sendo reabilitado. No momento em que a arte rompe com a ideia de ser “cópia do real” para ser considerada criação autônoma que tem por função revelar as possibilidades do real, ela passa a ser avaliada de acordo com a autenticidade da sua proposta e com sua capacidade de falar ao sentimento. O problema do belo e do feio é deslocado " 22 do assunto para o modo de representação. E só haverá obras feias na medida em que forem malfeitas, isto é, que não corresponderem plenamente à sua proposta. Em outras palavras, quando não houver uma obra feia – neste último sentido -, não haverá obra de arte. (ARANHA, MARTINS, 2003, p. 370) 1.4 O GOSTO A questão do gosto não pode ser encarada como uma preferência arbitrária e imperiosa da nossasubjetividade. Quando o gosto é assim entendido, nosso julgamento estético decide o que preferimos em função do que somos. E não há margem para melhoria, aprendizado, educação da sensibilidade, para crescimento, enfim. Isso porque esse tipo de subjetividade refere-se mais a si mesma do que ao mundo dentro do qual ela se forma. Mikel Dufrenne, filósofo francês contemporâneo, explica esse processo de forma muito feliz, diz que a obra de arte "convida a subjetividade a se constituir como olhar puro, livre abertura para o objeto, e o conteúdo particular a se pôr a serviço da compreensão em lugar de ofuscá-la fazendo prevalecer as suas inclinações. À medida que o sujeito exerce a aptidão de se abrir, desenvolve a aptidão de compreender, de penetrar no mundo aberto pela obra. Gosto é, finalmente, comunicação com a obra para além de todo saber e de toda técnica. O poder de fazer justiça ao objeto estético é a via da universalidade do julgamento do gosto". (PORTAL IMPACTO, s/d, s/p) Desse modo, a educação do gosto se dá dentro da experiência estética, que é a experiência da presença tanto do objeto estético como do sujeito que o percebe. Ela se dá no momento em que, em vez de impor os meus padrões à obra, deixo que essa mesma obra se mostre a partir de suas regras internas, de sua configuração única. (PORTAL IMPACTO, s/d, s/p) Se a estética é a área da Filosofia que estuda racionalmente o belo e o sentimento que desperta nos seres humanos, entra em cena também, por isso, a objetividade e a subjetividade do belo. Nessa linha de raciocínio surge o gosto como uma capacidade de julgamento sem o preconceito. " 23 Sobre o gosto Ferry (1994, p. 130-131) fez um bom trabalho. Segundo ele a solução da antinomia do gosto encontra aqui a sua explicação e seu significado. Contrariamente ao que afirma o racionalismo clássico, o juízo de gosto não se fundamenta em conceitos determinados: portanto, torna-se impossível “disputar” acerca dele como se se tratasse de um juízo de conhecimento científico. No entanto, ele não se limita a remeter à pura subjetividade empírica do sentimento, porque se baseia na presença de um objeto que, se é belo (o que será admitido por hipótese), desperta uma ideia necessária da razão que é enquanto tal, comum à humanidade. Portanto, é uma referência a essa ideia indeterminada (ela comanda somente a reconciliação entre o sentido e o inteligível, sem dizer precisamente em que pode consistir essa reconciliação) que é possível “discutir” o gosto e ampliar a esfera da subjetividade pura para visar a uma partilha não dogmática da experiência estética com outrem enquanto outro homem. 1.5 TEORIAS DA CRIAÇÃO EM ESTÉTICA Para Chies (s/d, s/p) o século XX foi a todos os níveis um século de rupturas. No domínio das práticas artísticas, ocorrem importantes mudanças no entendimento da própria arte, em resultado de uma multiplicidade de fatores, nomeadamente: - A integração no domínio da arte de novas manifestações criativas. Umas já existiam, mas estavam desvalorizadas; outras são relativamente recentes. Esta integração permitiu diminuir as fronteiras entre a arte erudita e a arte para grandes massas. Entre as primeiras destacam-se as artes decorativas, a art naif, a arte dos povos primitivos atuais, o artesanato urbano e rural. Entre as segundas destacam-se a fotografia, o cinema, o design, a moda, o rádio, a TV, etc. Todas estas artes são hoje colocadas em pé de igualdade com as artes consagradas, como a pintura, escultura, etc. (as chamadas "Belas Artes"). - Os movimentos artísticos que desde finais do século XIX têm aparecido em todo o mundo têm revelado uma mesma atitude desconstrutiva em relação a todas as categorias estéticas. Todos os conceitos são contestados, e todas as fronteiras entre as artes são postas em causa. A arte foi dessacralizada, perdeu a sua carga mítica e " 24 iniciática de que se revestiu em épocas anteriores, tornando-se frequentemente um mero produto de consumo. Quase tudo pode ser considerado como arte, basta para tanto que seja "consagrado" por um artista. - No domínio teórico aparecem inúmeras teorias que defendem novos critérios para apreciação da arte. No panorama das teorias estéticas podemos destacar três correntes fundamentais: - As estéticas normativas concebem a beleza fundamentada em princípios inalteráveis. Entre elas sobressai a estética fenomenológica de Edmund Husserl (1859-1938). Segundo Husserl, as coisas caracterizam-se pelo seu inacabamento, pela possibilidade de sempre serem visadas por noesis (a operação do nous, pensar) novas que as enriquecem e as modificam. - As estéticas marxistas e neomarxistas marcadas por uma orientação nitidamente sociológica. O realismo continuou a ser a expressão que melhor se adéqua às ideias defendidas por esta corrente. A arte nos países socialistas, por exemplo, cumpria através de imagens realistas uma importante função: antecipar a "realidade" da sociedade socialista, transformando-a numa utopia concreta. - A estética informativa que deriva das teorias matemáticas da informação. Esta estética procura constituir um sistema de avaliação dos conteúdos inovadores presentes numa obra de arte. Ainda conforme Chies (s/d, s/p) aplicamos o nome de arte pós-moderna às mudanças ocorridas nas ciências, nas artes e nas sociedades avançadas desde 1950 quando, por convenção, se encerra o modernismo. Ele nasce com a arquitetura e a computação nos anos 50. Toma corpo com a Arte Pop (anos 60); cresce através da filosofia nos anos 70 como crítica da cultura ocidental. Amadurece até os dias de hoje e incrementa-se com a tecnociência: computadores e programas sofisticados, telefones celulares, câmeras digitais, instrumentos musicais sintetizados. O que Duchamp fizera no início do século XX preconizou o que a arte faz agora: tudo pode ser arte, e arte é o que o artista diz que é. Para Osório (2001, s/p) dois trabalhos de Marcel Duchamp merecem destaque. Primeiro o grande vidro ou a noiva despida por seus celibatários, iniciado em 1915 e definitivamente inacabado em 1925, quando, por acidente, um pedaço do vidro fica rachado. A fragilidade e transparência do suporte, o aspecto mecânico das " http://www.niteroiartes.com.br/cursos/la_e_ca/dada2.html#vidro 25 imagens, o tema erótico-delirante, e a incorporação do acaso na (ir) realização do trabalho, dão-lhe uma importância ímpar. O jogo com as palavras no título das obras também começa a entrar em cena. A sonoridade na língua francesa de 'mesmo' (même) confunde-se com 'me ama' (m'aime). Como observou Octavio Paz, no seu livro sobre o artista intitulado "Marcel Duchamp ou o Castelo da Pureza", o Grande Vidro "é um enigma e, como todos os enigmas, não é algo que se contempla, mas sim que se decifra". Outro trabalho, ou melhor, outra ideia estética que será introduzida por Duchamp e marcará sua obra e posteridade, é o ready-made. Transferindo objetos corriqueiros para os museus e designando-os objetos de arte, ele realiza o gesto mais radical e banalizante da arte em nosso século. (...) O desvio de Duchamp é um desvio em direção à origem, onde as formas são indiferenciadas e o que importa é a invenção de novos sentidos para o mundo. O paradoxo é o seguinte: ninguém de bom senso deixaria de ver uma exposição de Matisse para ver uma de Duchamp, apesar de Duchamp ser mais importante para o século XX que Matisse - por favor, ser mais importante não implica, neste caso, em ser melhor! Sua obra transita na linha abissal e milimétrica que separa a banalidade da transcendência, o visível do invisível. Na verdade ela não está nos museus, mas sim entranhada em nossa cultura e comportamento, inspirando constantemente nossa imaginação. (OSÓRIO, 2001, s/p)1.6 A CULTURA VISUAL E OS PROCESSOS FORMATIVOS De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, que incluem a Arte, documento oficial do Mistério da Educação e Cultura - MEC, destinado a orientar o Ensino Fundamental e Médio no Brasil, a arte de cada cultura revela o modo de perceber, sentir e articular significados e valores que governam os diferentes tipos de relações entre os indivíduos na sociedade. (BRASIL, 1997, p.20) Para Vituri (s/d, p. 5-6) como o sujeito traz, na nossa realidade brasileira, referenciais muito incipientes acerca da arte, sendo eles muitas vezes até mesmo distorcidos, dada a cultura veiculada no seu meio social, é necessária uma intervenção mais efetiva da Escola no sentido de aproveitar os conhecimentos já " http://www.niteroiartes.com.br/cursos/la_e_ca/bibliografia.html#paz http://www.niteroiartes.com.br/cursos/la_e_ca/dada1.html 26 adquiridos pelos alunos, e acrescentar o conhecimento erudito atribuindo novos significados. A aplicação de um método destinado a tornar o olhar mais sensível diante da obra de arte tem como objetivo promover mudanças de atitudes e procedimentos em relação às aulas de artes, propondo a abertura para novas compreensões do significado da arte, tanto para alunos quanto para os pais e sociedade em geral, que muitas vezes não sabem por que existe arte na Escola. Isto pode ser constatado através de pesquisas: elas mostram que muitos não sabem o que dizer sobre arte ou limitam-se aos devaneios do senso comum, muitas vezes idealistas, vinculados a paradigmas estéticos do passado. Através da construção de um novo olhar poderemos vislumbrar uma aprendizagem significativa para os indivíduos e, em consequência, para a sociedade no seu todo. No entanto, é fundamental que tanto a Escola quanto os professores de arte se conscientizem da importância da arte e mudem suas estratégias de ensino. (VITURI, s/d, p. 5-6) Conforme (Barthes, 2005, p. 70, apud, Gilberto, 2005, p.13) vivemos cercados, impregnados de imagens e, no entanto ainda não sabemos quase nada da imagem. O que é? O que significa? Como age? Como comunica? Quais são seus efeitos prováveis – seus efeitos inimagináveis? A imagem toca o homem puro, o homem antropológico, ou, ao contrário,o homem socializado, o homem já marcado por sua classe, seu país, sua cultura? O questionamento de Barthes é, na verdade, semelhante àquele feito pelo professor, enquanto mediador da leitura do visual, ao perguntar-se a respeito dos efeitos prováveis das imagens em seus alunos. Muitas das questões propostas por Barthes foram sendo discutidas ao longo dessas quatro décadas e ainda hoje são objeto de atenção por parte de pesquisadores e de educadores. Nas últimas décadas do século XX, período que ficou rotulado como “civilização da imagem”, intensificaram-se os estudos voltados para a cultura visual nos processos formativos. As questões levantadas sobre a linguagem visual e sua relação com as transformações científicas, tecnológicas e culturais passaram a ser objeto de atenção por parte dos educadores, preocupados em formar o indivíduo crítico, capaz de compreender o significado da cultura como um todo. " 27 Tornou-se, assim, quase um lugar comum falar sobre a importância da linguagem visual na prática pedagógica, principalmente na educação das crianças e dos jovens, partindo-se do princípio de que essa prática possibilita o desenvolvimento da sensibilidade do jovem, inserindo-o, de forma crítica, no universo das imagens. Contudo, um olhar mais atento sobre a realidade educacional mostra-nos que, a despeito do debate intenso que vem sendo travado sobre o tema, ainda há um longo caminho a percorrer em relação à utilização da imagem nos processos formativos. (GILBERTO, 2005, p. 12) De acordo com Vituri (s/d, p. 6) a construção de um novo olhar, de um olhar mais sensível diante da obra de arte, pressupõe incluir reflexões que venham a permitir que educadores e alunos problematizem a realidade e passem a atuar de forma mais consciente em seu cotidiano. A Escola tem a tarefa de criar condições para que os alunos se posicionem diante do que faziam até então, do conhecimento que aprenderam na interação com outros sujeitos, articulando-o com o saber acumulado, comparando-os, analisando-os, assimilando conteúdos a serem incluídos na prática social. Isto porque outra função da Escola é organizar e sistematizar os conhecimentos prévios a partir de uma compreensão histórica e social. Cabe à Escola organizá-los na perspectiva do conhecimento científico e, valendo-se de métodos adequados e do princípio da interdisciplinaridade, propor aos alunos o conhecimento construído através das mais variadas linguagens. Neste sentido, a arte que é uma disciplina possível de veicular conhecimentos, também deve estar inserida na necessidade de repensar a educação. A arte na educação deve estar ancorada tanto nos fundamentos teóricos quanto no sentido prático. Esta ancoragem não significa que o professor deva prender-se estritamente a técnicas ou padrões. Uma boa compreensão dos processos históricos da humanidade, um bom domínio do desenvolvimento do pensamento filosófico e das aproximações teóricas que as ciências de nosso tempo trouxeram para os problemas da área são indispensáveis para a formação crítica do professor de arte. Esta capacidade crítica depende da compreensão do domínio teórico, por tratar-se de uma perspectiva de liberdade individual, social e política, sem as quais não pode haver liberdade estética. (VITURI, p. 11-12) Isso no caso do professor de arte, mas o professor de filosofia que irá trabalhar com a estética? Como fazê-lo? " 28 O ponto de partida pode ser, como observa Nogueira (s/d, p. 2) a cultura. O conceito de cultura tem sido, no seio das ciências humanas, alvo de inúmeros e intermináveis debates. Termo originário do latim cultur, cujo significado é o cultivo dedicado ao campo, ao cultivo de plantas ou animais, consagrou-se pelo seu uso metafórico: cultivar-se o espírito, assim com se cultiva a terra (CUCHE, 1999). Essa interessante metáfora, apropriada e disseminada pelo Movimento Iluminista, foi consagrada pelo uso, tanto nos meios acadêmicos, quanto nas mais diversas instâncias da sociedade. A partir disso, o termo formação cultural segue trajetória semelhante. Tomado como conceito central na produção teórica da Escola de Frankfurt, em particular na obra de Adorno, pois, para esse autor, formação cultural (Bildung) “nada mais é que a cultura tomada pelo lado de sua apropriação subjetiva” (ADORNO, 1996, p. 385). Apropriação essa que, em uma sociedade excludente como a nossa, pode ser comprometida pela dificuldade de acesso aos bens artístico-culturais produzidos pela humanidade através dos tempos. Nesse sentido, entendemos que a formação cultural é um processo pelo qual o indivíduo se conecta ao mundo da cultura, mundo esse entendido como espaço de diferentes leituras e interpretações da realidade, promovidas pela Arte, nas suas diferentes modalidades, e pela Literatura. A partir desse entendimento de formação cultural, pode-se inferir também nosso recorte a respeito de experiência estética. (NOGUEIRA, s/d, p. 2) Entendemos que a Arte, assim como a Ciência, a Filosofia e a Religião, são formas de conhecimento humano, são meios pelos quais a humanidade tem tentado compreender a realidade. A Arte é, portanto, uma forma de interpretação do real, nem superior, nem inferior às demais: é apenas mais uma. É também múltipla, pois varia de acordo com suas diferentes modalidades ou linguagens: música, artes visuais, teatro, dança, cinema, fotografia, entre outras. A experiência estética seria justamente aquilo que acontece com o espectador no momento em que a Arteacontece no espaço e no tempo em que está sendo fruída. Para Ernst Fischer (2002), a experiência estética é algo surpreendente, pois atinge um extraordinário número de seres humanos que vão ao cinema, ao teatro, ao museu, que ouvem música. " 29 O professor ao privilegiar manifestações da arte e da cultura em sua prática docente, poderá efetivamente contribuir para o alargar dos referenciais de seus alunos, operando naquilo que, em síntese, é o fulcro de uma vida escolar e acadêmica: a universalidade e o diálogo entre os múltiplos saberes. (NOGUEIRA, s/d, p.3 e10) " 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UTILIZADAS E CONSULTADAS ADORNO, Theodor. Teoria estética. Madri: Taurus, 1992. ADORNO, Theodor. Teoria da semicultura. Educação e Sociedade. In: Revista quadrimestral de Ciência da Educação. Ano XVII, n. 56. Campinas: Papirus/Cedes, 1996. AGOSTINHO, Santo. A cidade de Deus. 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