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UNISOCIESC - INSTITUTO SUPERIOR TUPY | BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO | TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Orientadora: Roseli Schmitz | Acadêmica: Rhuana Maia
SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA - UNISOCIESC 
INSTITUTO SUPERIOR TUPY 
 
 
RHUANA MAIA 
 
 
 
 
CASA LAR 
 
 
 
 
 
 
 
Joinville 
2015 
RHUANA MAIA
CASA LAR 
Trabalho de Conclusão de Curso I será apresentado ao curso 
de Arquitetura e Urbanismo do Instituto Superior Tupy 
como requisito parcial para obtenção de Grau em 
Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo.
Orientadora: Roseli Schmitz
Joinville
2015
 AGRADECIMENTOS
 Ao meu pai, que também é mãe, 
 Ao meu amor, que também é amigo. 
 
 
Toda obra excelente será aprovada e o seu autor nela achará orgulho. 
Feliz o homem que persevera na sabedoria, que se exercita na prática da justiça, e que, em seu coração, 
pensa no olhar de Deus que tudo vê; 
 que repassa no seu coração os seus caminhos, que penetra no conhecimento de seus segredos, que 
caminha atrás dela seguindo-lhe as pegadas, e que permanece em suas vias; 
 que olha pelas suas janelas, que escuta à sua porta, 
 que se detém junto à sua casa e que, enterrando uma estaca dentro de suas muralhas, edifica sua cabana 
junto a ela. Nessa cabana, seus haveres repousam tranqüilamente para sempre; 
 sob esse abrigo ele estabelece os seus filhos, e ele mesmo residirá debaixo dos seus ramos. 
 Em sua sombra ele encontra abrigo contra o calor, e repousará na sua glória.
Eclesiástico 14, 21-27.
 
 LISTA DE FIGURAS LISTA DE TABELAS
1. Lar Abdon Batista
2. Mapa de distribuição de instituições em Joinville
3. Lar Emanuel
4. Abrigo Infanto Juvenil 
5. Associação Ecos da esperança
6. Asilo de menores
7. Formatura
8. Meninos no SAM
9. Linha do Tempo
10. Gráfico de especialidade de abandono no país
11. Gráfico de causas de abandono no país 
12. Abrigamento de crianças e adolescentes em Joinville
13. Depoimentos
14. Recomendação para construção de Casa Lar
15. Espaços necessários para Casa Lar
16. Infraestrutura
17. Parâmetros conforme NBR 9050
18. Ambientes e sensações
19. Facho de luz
20. Luminárias
21. Forma retilínea
22. Forma angular
23. Forma curva
24. Casa eficiente
25. Vista para o Porto
26. Térreo e superior
27. Centro infantil Gangjin
28. Telhado
29. Peixes
30. Playground e área de atividades
31. Área de estudos
32. Vista aérea Orfanato de Amsterdã
33. Detalhe cobertura
34. Dormitórios
35. Vista externa
36. Pátio interno
37. Vista externa
38. Interior
39. Vista externa 03
40. Pátio interno 02
41. Vista externa 04
42. Interior 02
43. Planta baixa
44. Planta cobertura
45. Orfanato de Amsterdã
46. Planta baixa
47. Vista interna
48. Vista interna 02
49. Orfanato Falatow Jigiyaso
50. Vista externa
51. Telhado
52. Casa das crianças em Saunalahti
53. Vista Interior
54. Vista Interior 02
55. Planta térreo e superior
56. Vista interior
57. Área de lazer
58. Orfanato módulo na Tailândia
59. Vista interior
60. Vista externa 01
61. Vista externa 02
62. Vista interior 02
63. Área externa
64. Lar Ecos de Esperança
65. Lar Ecos de Esperança 02
66. Lar Ecos de Esperança 03
67. Quadra de esportes
68. Casa Lar Ecos de Esperança
69. Cozinha
70. Quarto dos meninos
71. Sala de estar
72. Quarto das meninas
73. Localização
74. Mapa de Joinville
75. Planta padrão
76. Parque
77. Banheiro meninas
78. Jardim
79. Banheiro meninos
80. Área rua Adolfo Sell
81. Mapa do bairro Boa Vista
82. Uso do Solo
83. Meio ambiente
84. Aspectos físicos
85. Abrangência
86. Alagamentos
87. Área
88. Deslizamentos
89. Área Rua De Marseille
90. Mapa do bairro Saguaçu
91. Uso do Solo 
92. Meio ambiente
93. Aspectos físicos
94. Abrangência
95. Alagamentos
96. Área
97. Deslizamentos
98. Mapeamento da área
99. Visual do terreno escolhido
100. Visual do terreno escolhido
101. Visual do terreno escolhido
102. Visual do terreno escolhido
103. Organograma
104. Fluxograma
105. Resumo das Diretrizes Projetuais 
106. Formas geométricas
107. Levantamento Topográfico da área
108. Entorno Imediato
109. Condicionantes do entorno
110. Levantamento topográfico
111. Perfis do terreno
112. Zoneamento da legislação
113. Zoneamento dos setores
114. Proposta inicial de implantação 
115. Proposta inicial de volumetria
116. Materiais
117. Topografia do terreno
118. Implantação
119. Fluxos
120. Diretrizes
121. Detalhe Plugs
1. Quantidade de entidades e atendidos em acolhimento 
institucional
2. Quantidade de entidades e atendidos em acolhimento 
familiar
3. Organização metodológica
4. Atendimento em Joinville
5. Entidades de Atendimento
6. Comparativo segundo tríade vitrúviana
7. Comparativo segundo conceitos da fundamentação 
teórica
8. Pontos positivos e pontos negativos
9. Programa de necessidades e pré-dimensionamento.
 SUMÁRIO
09
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
09
5.1 ASPECTOS HISTÓRICOS
 5.1.1 Surgimento da institucionalização 
infantil no mundo 
5.1.1.1 No Brasil 
11
5.1.2 Legislação da adoção
12
5.1.3 Necessidades atuais em relação a taxas de 
abandono no país
13
5.1.3.1 Na cidade: dados em Joinville.
14
5.1.4 Problemática dos Abrigos
15
5.2 ASPECTOS PSICOLÓGICOS
5.2.1 Por que Casa Lar?
5.2.2 Desenvolvimento de crianças 
institucionalizadas
16
5.2.2.1 Experiências relatadas
17
5.2.2.2 Reintegração da criança na sociedade
5.2.3 Influência da arquitetura na vivência infantil 
5.3 ASPECTOS ARQUITETÔNICOS
5.3.1 Usuário infantil 
18
5.3.1.1 Dimensionamento do espaço físico 
19
5.3.1.2 Acessibilidade de portadores de necessidades 
especiais
5.3.2 Uso do espaço para gerar sensações
20
5.3.2.1 Luz
21
5.3.2.2 Formas
5.3.2.3 Materiais
5.3.2.4 Acústica
22
5.3.2.5 Cores
23
5.4 ASPECTOS DE SUSTENTABILIDADE
5.4.1 Visão sustentável
5.4.2 O que a sustentabilidade agrega na educação 
infantil?
5.4.3 Pequenas soluções em edificações que reduzem o 
uso de recursos naturais 
5
25 
ANÁLISE DE CORRELATOS 
25
6.1 CENTRO INFANTIL GANGJIN
6.1.1 Sistema Construtivo
6.1.2 Análise de Massas
6.1.3 Organização dos espaços
6.1.4 Interiores
6.1.5 Organograma
26
6.1.6 Relação dos espaços
6.1.7 Contexto urbano
27
6.1.8 Análise segundo princípios de Ching
28
6.1.9 Conclusão
6.2 ORFANATO DE AMSTERDÃ
6.2.1 Sistema Construtivo 
6.2.2 Análise de Massas 
29
6.2.3 Fenômenos gêmeos e Claridade labiríntica
6.2.4 Contexto Urbano
6.2.5 Organização dos espaços
6.2.6 Concepção Social
30
6.2.7 Relação dos espaços
31
6.2.8 Análise segundo princípios de Ching
6.2.9 Conclusão
32
6.3 ANÁLISES RÁPIDAS DE CORRELATOS
6.3.1 ORFANATO FALATOW JIGIYASO
33
6.3.2 CASA DAS CRIANÇAS EM SAUNALAHTI
34
6.3.3 ORFANATO MÓDULO NA TAILÂNDIA
6
35
 ESTUDO DE CASO 
35
7.1 CASA LAR ECOS DA ESPERANÇA 
7.1.1 Enfoque Social
7.1.2 Funcionamento
7.1.3 Sistema Construtivo
36
7.1.4 Organização dos Espaços
7.1.5 Organograma
7.1.6 Análise de Massas
37
7.1.7 Localização
7.1.8 Padrão
7.1.9 Conclusão
7
10
9
8
4 08 METODOLOGIA
3 07 OBJETIVOS073.1 OBJETIVO GERAL3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
2 06 JUSTIFICATIVA
1 05 INTRODUÇÃO
11
1 
12
38 
COMPARATIVO 
ANÁLISES DE CORRELATOS 
X
 ESTUDOS DE CASO
39 
ESCOLHA DO TERRENO
9.1 DIRETRIZES PARA ESCOLHA DO TERRENO
9.2 ÁREAS PROPOSTAS
40
9.2.1 Opção 01
42
9.2.2 Opção 02
44
9.3 ESCOLHA DA ÁREA
45 
CONCEPÇÃO FORMAL
10.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES
10.1.1 Pré-dimensionamento
46 
10.1.2 Organograma
10.1.3 Fluxograma
47 
10.2 DIRETRIZES PROJETUAIS
48 
10.3 CONCEITO E PARTIDO
10.4 VISUAIS DO TERRENO
49 
10.5 CONDICIONANTES PROJETUAIS
50
10.6 SETORIZAÇÃO
51 
10.7 PROPOSTA INICIAL
52
ANTEPROJETO
52 
11.1 MATERIAIS
53 
11.2 TOPOGRAFIA
54 
11.3 JUSTIFICATIVA PARA IMPLANTAÇÃO
55 
11.4 FLUXOS DE USUÁRIOS
56 
11.5 DIRETRIZES PROJETUAIS X FORMA
57 
11.6 DETALHE PLUGS
58 
11.7 VOLUMETRIA
52
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
05
 Orfanato, abrigo, instituição, ou casa lar, independente de sua nomeação, designa 
ambiente para a moradia e cuidados à órfãos, enjeitados,e/ou crianças em situação de risco no 
ambiente familiar. 
 Pesquisa realizada pelo CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), com 
levantamento de dados em 2012 e 2013, aponta que 50% dos institucionalizados têm 
permanência prolongada, contrária a ideal que é de até dois anos, estabelecida pelo ECA 
(Estatuto da Criança e Adolescente).
 Esse dado aponta que os abrigos tornam-se ‘lar’ por um tempo fatídico na concepção 
formal de caráter e estruturação psicológica infantil. Rizzini & Rizzini (2004), remetem que são 
reproduzidas ainda hoje, características próprias das instituições totais, tais como conventos, 
manicômios e prisões, expondo crianças e adolescentes à outras formas de situação de risco, 
como a segregação social e a ruptura dos vínculos familiares. 
 Nesse sentido, discutem-se concepções que definem e avaliam os abrigos enquanto 1) 
instrumento da política de proteção social à infância, 2) funcionalidade em sua arquitetura, 
3)ambiente coletivo de cuidado e 4) contexto ecológico do desenvolvimento humano. Qual seria 
o partido arquitetônico ideal para essa instituição?
 Desta forma propõe-se um projeto arquitetônico de casa lar infantojuvenil para pequenos 
grupos, com a elaboração de ambientes adequados, utilizando de medidas que proporcionem o 
crescimento psicomotor e social necessários a cada faixa etária, podendo proporcionar 
diferencial na formação dos indivíduos e em sua reintegração na sociedade. 
 A devida escolha do tema, foi motivada pela falta de locais que proporcionem estrutura 
física adequada às crianças e adolescentes, sendo que muitas das instituições são adaptadas em 
antigas residências familiares ou seguem o estereótipo de instituições totais. 
1 INTRODUÇÃO
2 
 
 Segundo descrito no art.º 101 do ECA¹ (BRASIL,1990), abrigo é o lar coletivo de pequenas 
dimensões, onde o abrigado não está privado da liberdade. É medida provisória excepcional utilizável 
como forma de transição para a colocação em família substituta.
 A decisão de fazer o trabalho de conclusão de curso acerca do tema, se deu após conhecimento 
da teoria do Behaviorismo², em que a habitação torna-se de extrema importância à evolução 
infantojuvenil assim como a formação de seu caráter. 
 Quando se vive num ambiente em que suprem todas as necessidades, o ser humano consegue “
ter um melhor desenvolvimento físico e psicológico, adaptando-se de melhor forma à sociedade. ” 
(PAPALIA; OLDS, 2006, pág. 66). Ainda segundo Papalia e Olds (2006), os seres humanos em todas as 
idades aprendem sobre o mundo da mesma maneira que os outros animais: reagindo às condições ou 
aspectos de seu ambiente que acham agradáveis, dolorosas ou ameaçadores. 
 Pela legislação vigente no país, artº 94, do ECA¹(BRASIL,1990), as instituições que abrigam 
crianças provenientes de abandono, maus-tratos, ou que foram afastadas judicialmente de suas 
famílias, devem oferecer atendimento personalizado em pequenas unidades e grupos reduzidos, 
instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança e ainda 
proporcionar atividades de cultura, esporte e lazer.
 Segundo dados do CNMP³ (BRASIL,2013), a região sul do país é a que conta com a maior 
demanda para atendimento de crianças que necessitam de abrigo, tendo alarmante diferença entre 
acolhimento familiar e acolhimento institucional.
 O ECA¹ (BRASIL,1990) determina que até o prazo máximo de seis meses, a necessidade de 
permanência da criança ou adolescente no serviço de acolhimento seja reavaliada, a fim de que não se 
prolongue por mais de 2 anos. Os mesmos parâmetros legais naturalmente se aplicam ao acolhimento 
familiar, pois ambos os serviços são destinados ao acolhimento temporário de crianças e adolescentes 
em situação de risco ou de abandono. 
 O CNMP³ (BRASIL,2013) divulgou ainda, que o percentual de crianças e adolescentes que 
permanecem no serviço no período de até 6 meses não chega à 20%, em torno de 50% dos atendidos 
permanecem no serviço de 6 meses à 2 anos, e aproximadamente 35% dos acolhidos são mantidos nas 
entidades por mais de 2 anos, o que corresponde à mais de 10 mil crianças e adolescentes.
 Atualmente a cidade de Joinville conta com quatro instituições, que recebem auxílio do 
governo municipal, funcionando como entidades não governamentais. (AMUNESC, 2014). Nos 
quesitos funcionais, as instituições existentes abdicam aos internos a noção de intimidade, 
desconsideram as características peculiares de cada indivíduo limitando as chances de decisões 
pessoais e, em alguns casos, controlam a variável do ambiente de acordo com as condições financeiras.
REGIÃO/UF
ANO
Nº DE SERVIÇOS
DE ACOLHIMENTO
TOTAL DE 
ATENDIDOS
2012 106 879
Centro-Oeste 11 66
Nordeste 1 12
Norte 1 3
Sudeste 27 382
Sul 66 416
2013 123 1.019
Centro-Oeste 8 49
Nordeste 3 8
Norte 1 7
Sudeste 31 375
Sul 80 580
Tabela 2: Quantidade de entidades e atendidos em acolhimento familiar.
fonte: Conselho Nacional do Ministério Público, 2014.
REGIÃO/UF Nº DE SERVIÇOSDE ACOLHIMENTO
TOTAL DE 
ATENDIDOS
CENTRO-OESTE 226 2.707
Distrito Federal 21 361
Goiás 62 964
Mato Grosso 65 585
Mato Grosso do sul 78 797
NORDESTE 228 3.379
Alagoas 24 303
Bahia 51 637
Ceará 32 669
Maranhão 20 235
Paraíba 19 249
Pernambuco 39 678
Piauí 6 138
Rio Grande do Norte 17 203
Sergipe 20 267
NORTE 103 1.220
Acre 8 119
Amapá 5 105
Amazonas 9 206
Pará 36 384
Rondônia 34 244
Roraima 4 65
Tocantis 7 97
SUDESTE 1.087 14.989
Espírito Santo 89 965
Minas Gerais 192 2.311
Rio de Janeiro 190 2.225
São Paulo 616 9.488
SUL 603 7.026
Paraná 296 2.845
Rio Grande do Sul 186 2.968
Santa Catarina 121 1.213
Total 2.247 29.321
Tabela 1: Quantidade de entidades e atendidos em acolhimento institucional.
fonte: Conselho Nacional do Ministério Público, 2014.
 Alguns ambientes não dispõem do espaço necessário, e 
são adaptadas na tentativa de construir um espaço familiar. Há 
ambientes que acomodam crianças de diferentes idades num 
mesmo espaço o que, segundo Piaget⁴(1993), interfere na 
evolução cognitiva infantojuvenil. 
 Outra característica observada de alguns espaços, é a 
privação do contato com o meio exterior formando uma 
comunidade que gira em torno de si, fechando os olhos para a 
sociedade.
¹ ECA – Estatuto da criança e do adolescente. 
² Behaviorismo - Conjunto das teorias 
psicológicas que postulam o comportamento 
em relação ao espaço físico. 
³ CNMP – Conselho nacional do ministério 
público.
4 PIAGET - Psicólogo suíço que estudou mais 
de 50 anos o convívio infantil, pensamento 
infantil e o raciocínio lógico.
06
 As taxas de população dos 
abrigos na cidade Joinville são 
relevantemente preocupantes, e 
tendem a crescer nos próximos anos, 
por isso a cidade precisa se preparar no 
âmbito da assistência social aos 
menores.
 É de suma importância projetar 
espaços pensando em fatores que 
diminuam ou suavizem os efeitos 
provocados pela longa permanência 
nas instituições, aliado a conceitos de 
arquitetura que encontrem o caminho 
para a humanização ideal dos abrigos.
 Faz-se necessário, além da 
r e f o r m u l a ç ã o p r o j e t u a l d a s 
instituições, o estudo e levantamento 
de dados sobre a relação entre a 
arquitetura e a sua influência nas 
crianças/adolescentes, já que não há 
grande aprofundamento acerca do 
assunto. Muito da contextualização 
temática refere-se a abrigos, orfanatos, 
instituições e casas lar, somente como 
extensão da escola, “[...]funcionando 
como política social que serve para 
afastar do olhar público, aquilo que 
atenta contra a ordem social e a 
dignidade humana – o abandono das 
crianças e os maus tratos na família.” 
(CAVALCANTE, MAGALHÃES e 
PONTES, 2007, pág. 332).
 JUSTIFICATIVA
Figura 04 – Abrigo Infanto Juvenil.
fonte: http://www.larabdonbatista.com.br, 2014.
Figura 01 – Lar Abdon Batista.
fonte:http://srbmw.blogspot.com.br, 2014.
Figura 03 – Lar Emanuel.
Figura 05 – Associação Ecos da Esperança.
fonte: http://www.laremanuel.org.br, 2014.
fonte: http://www.ecosdeesperanca.org.br,2014.
07
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Proposição de projeto arquitetônico de casa lar infantojuvenil com aspectos sustentáveis.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS (OES)
OE 1 – Conhecer a influência do ambiente no psicológico infantil. 
OE 2 – Identificar o quanto a sustentabilidade agrega no desenvolvimento e formação do caráter 
socioeducacional. 
OE 3 – Desenvolver espaços funcionais que estimulem a reintegração na sociedade.
OE 4 – Buscar conceitos e soluções para a aplicação da arquitetura sustentável com relação ao uso 
racional de recursos naturais.
OE 5 – Identificar a problemática projetual de uma instituição casa lar. 
N
fonte: a Autora.
 Pode-se acompanhar a distribuição das 
instituições de abrigamento e Casas Lar, pelos bairros de 
Joinville. A zona sul é acolhedora de três das quatro 
edificações, o que torna desigual o mapeamento 
geográfico das mesmas. 
Figura 02 – Mapa de instituições em Joinville.
4 METODOLOGIA 
 Para que se realize um projeto de instituição infantojuvenil denominada Casa Lar, adequado às 
necessidades locais de Joinville, utilizam-se os métodos de pesquisa baseados nos conceitos de 
Marconi e Lakatos (2006):
· Método de documentação indireta através de pesquisa documental e bibliográfica. 
Documental, contando com fonte de documentos públicos municipais estaduais e federais, como leis e 
ofícios, e dados censitários de órgãos particulares e oficiais. E, bibliográfica, abrangendo publicações 
referentes ao tema, como cartografia, livros, artigos e pesquisas. 
· Método de documentação direta com levantamento de dados coletados no próprio local, 
através de pesquisa de campo do método explorativo, que consiste em uma pesquisa empírica 
objetivada à formulação de questões ou problemas. 
· Método de observação direta intensiva através de entrevista não estruturada focalizada, que 
diz respeito àquela onde o entrevistador tem liberdade para desenvolver conversa, além de tópicos já 
elaborados. 
· Método de observação direta extensiva através de questionário numa série ordenada de 
perguntas que devem ser respondidas sem a presença do entrevistador. 
 Para o desenvolvimento dessas metodologias divide-se o trabalho em etapas que auxiliam a 
compor, compreender e manter o foco no percurso de pesquisa. No primeiro momento para introdução 
ao tema, é realizado o levantamento bibliográfico, constando dados censitários do IBGE¹ e CNMP², 
artigos científicos de autores consagrados na temática de assistência social infantil, assim como suas 
literaturas pertinentes e seus websites. De modo subjetivo em análises de leituras e visitações da autora 
a instituições, parte-se para o segundo passo que é o angariamento de problemáticas e discussões acerca 
do tema. Em um terceiro momento, discute-se e colhem-se dados diretamente com os envolvidos nas 
problemáticas sugeridas, adquirindo outros pontos de vista e opiniões. No quarto passo, é feito 
levantamento de dados dos questionários gerados a respeito do tema, e transfere-se a pesquisa de modo 
à esclarecer opiniões, comportamento e vivências.
 Com esse trajeto é possível completar o percurso, e chegar a um referencial teórico embasado, 
podendo ser utilizado para uma futura aplicação. Organização Metodológica conforme tabela a seguir:
 
 Todas as etapas estabelecidas na tabela fazem parte da estrutura organizacional da metodologia 
científica para pesquisa, e vem a contribuir para o entendimento da temática. 
Tabela 3: Organização metodológica.
fonte: a Autora, 2014.
¹ IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
² CNMP – Conselho Nacional do Ministério Público.
08
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 
 O sistema revelou-se um fiasco tornando-se cabide de empregos para afilhados políticos, e recebia do 
governo um per capita para cada menor internado no SAM¹, onde os responsáveis internavam menores, 
extraiam as faturas e recebiam os valores devidos. Paulo Nogueira Filho publicou em 1956, ano em que 
deixou a direção do SAM¹: 
 Em termos rudes, a realidade é que o SAM¹ entrega mais de uma dezena de milhar de menores por ano 
a terceiros, para que cuidem de sua vida e educação, sem a mínima garantia jurídica de que lhes seja 
dispensado um trato razoavelmente humano. Sangue, corrupção e vergonha. (Nogueira Filho, 1956, 
pág 264). 
 Uma das instituições mais históricas no Brasil, foi o Asilo de menores abandonados (fig.07), criado 
pelo chefe da polícia carioca, Alfredo Vieira de Mello, em 1907, para o abrigo de crianças recolhidas na rua do 
Rio de Janeiro administrado pela polícia até 1915, quando foi integrado ao Patrono de Menores (particular), 
devido à má administração. As penas disciplinares infligidas aos menores eram excessivas e desumanas. 
 ¹ SAM – Serviço de Assistência a Menores.
09
Figura 06 - Asilo de Menores.
fonte: Livro: A institucionalização de crianças no Brasil, 2004.
5.1 ASPECTOS HISTÓRICOS
5.1.1 Surgimento da institucionalização infantil no mundo
 Segundo Badinter (1985), até o século XVII as crianças tinham pouca significância na família, 
eram vistas como sacrifício devido a sua fragilidade, e acabavam sendo abandonadas em grande 
quantidade. Outra causa do abandono era a condenação pela Igreja que pregava valores morais 
condenando atos de adultério, fazendo com que as crianças nascidas desses relacionamentos fossem 
abandonadas para não mancharem a reputação de suas famílias.
 A própria Igreja na era medieval, criou a roda dos expostos (fig. 06), cilindros que protegiam as 
crianças cujas mães, sem querer ser identificadas as depositavam ali, e mais tarde eram recolhidas por 
alguém da instituição. Muitas dessas crianças eram obrigadas a seguir a vida sacerdotal e servir á igreja. 
 Até o período republicano Philippe Aries (1975), constata que a criança constituía um 
verdadeiro transtorno. Na melhor das hipóteses, ela teve uma posição insignificante, na pior, causava 
medo nas famílias
 Este método continuou existindo até o período republicano, e devido ao grande número de 
crianças que se encontravam na situação, iniciou-se a construção de orfanatos para atender 
coletivamente estas crianças. 
5.1.1.1 No Brasil 
 Há registros da primeira roda dos expostos no país em Salvador por volta de 1726, instalada em 
uma instituição religiosa, seguindo os costumes de Portugal, país colonizador do Brasil. Em Santa 
Catarina, na cidade de Florianópolis, no bairro do Desterro, as crianças expostas eram cuidadas 
primeiramente por famílias da comunidade, e em 1828 pela Irmandade do Sr. Bom Jesus dos Passos. 
 “No reinado de D. Pedro II, após o ato adicional de 1834, o qual determinou que a instrução 
primária fosse de responsabilidade de cada província, os governos partem para a criação de escolas e 
institutos para instrução primária e profissional das crianças e adolescentes de classes populares, os 
chamados filhos do povo”. (Rizzini & Rizzini, 2004,pág 25). Somente a partir de 1922, no Rio de 
Janeiro, começou a funcionar o primeiro estabelecimento público voltado às crianças e adolescentes.
 Vinte anos depois, em 1941, foi criado o SAM¹, o qual era ligado ao Ministério da Justiça e 
exercia uma função parecida com o Sistema Penitenciário, com enfoque à repressão e à correção.

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