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AGRAVO EM EXECUÇÃO 1.NOÇÕES GERAIS: Art. 197 da Lei 7.210/84 de Execuções Penais: “Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo.” 2.ASPECTOS PROCEDIMENTAIS a) Aplica-se subsidiariamente as regras do RESE (art. 581 do CPP). Logo, tudo que for dito para o RESE será aplicado no agravo em execução. b) HIPOTESES DE CABIMENTO: I - Caberá agravo em execução contra TODA E QUALQUER decisão proferida pelo juiz da execução penal. II - Não há um rol de hipóteses, basta saber que a decisão foi proferida por um juiz da execução penal c) FORMA DE INTERPOSIÇÃO I – Aplica-se subsidiariamente as regras do art. 578 do CPP. Poderá ser interposto por termo nos autos ou por petição. d) PRAZO DE INTERPOSIÇÃO DO AGRAVO EM EXECUÇÃO I – INTERPOSIÇÃO: Deverá ser interposto no prazo de 5 dias (de acordo com a sumula 700 do STF). II – PRAZO PARA APRESENTAR AS RAZÕES: O prazo para apresentar as razões é de 2 dias (aplicando a regra do art. 588 do CPP). III – COMO FUNCIONA A CONTAGEM DOS PRAZOS: Após sair a decisão do juiz da execução, começa o prazo de 5 dias para interpor a petição. 1ª ETAPA (PRAZO DE INTERPOSIÇÃO): Depois de interpor a petição, vai para o juiz da execução e ele analisa se foram preenchidos os pressupostos de admissibilidade, se todos os pressupostos estiverem presentes o juiz manda intimar para apresentar as razões. 2ª ETAPA (PRAZO P/ APRESENTRA RAZÕES): O prazo de 2 dias para apresentar as razões iniciar quando o juiz manda intimar para apresenta as razões e) PROCESSAMENTO DO AGRAVO EM EXECUÇÃO – ART. 589 DO CPP. I – Possibilidade de Juízo de retratação / Efeito regressivo EX: Quando o juiz da execução indefere um pedido de livramento condicional, aí o advogado entra com agravo em execução, apresenta as razões. Antes do juiz encaminhar o agravo para o tribunal fazer a análise, nesse momento o juiz pode voltar atras na sua decisão. OBS: INDEPENDETE do juiz ter excedido o juízo de retratação ou não, esses autos deverão ser encaminhados ao tribunal. O tribunal dará a palavra final sobre esse agravo em execução. f) COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DO AGRAVO EM EXECUÇÃO a) Competência para julgar é do TJ ou do TRF Sempre a competência para julgamento será de um órgão colegiado. (Uma câmara ou uma turma). Será sempre de um órgão distino e de hierarquia superior. g) EFEITOS DO AGRAVO EM EXECUÇÃO I – Efeito devolutivo: Devolve a matéria para reanalise pelo tribunal. EX: Quando o tribunal indefere o pedido de livramento condicional, o agravo faz com que o tribunal reanalise essa matéria. II – Efeito regressivo: É o juízo de retratação. O juiz que prolatou a decisão (o juiz da execução) pode voltar atrás na sua decisão e mudar ela antes de encaminhar para o tribunal. II – Efeito suspensivo – art. 179 da LEP. Em regra geral, o agravo em execução NÃO TEM EFEITO SUSPENSIVO. EXCEÇÃO: No caso do art. 179 da LEP que trata da desinternação ou liberação da medida de segurança, se for o caso do juiz determinar a desinternação e houver agravo contra essa decisão, o sujeito vai permanecer internado até o julgamento do agravo em execução, depois que o agravo for julgado se for mantido a desinternação, aí o sujeito será liberado, se não for determinado a desinternação, o sujeito continuará internado. RESUMINDO: No caso do art. 179 da LEP que trata da desinternação ou liberação da medida de segurança, se houver agravo em execução contra essa decisão, o sujeito permanece internado até que o agravo seja decidido. OBS: Esse é único caso dentro do agravo em execução que admite o efeito suspensivo. Art. 179 da LEP.
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