Buscar

Agravo de instrumento

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Agravo de instrumento (Art. 1015, CPC)
Conceito: Agravo de instrumento é o recurso cabível contra algumas decisões interlocutórias (NCPC, art. 1.015, caput), ou seja, contra os pronunciamentos judiciais de natureza decisória que não se enquadrem no conceito de sentença. 
· Decisão interlocutória é uma decisão proferida pelo juiz ao longo do processo sem resolver o mérito. Art. 203, § 2º, CPC
Cabimento: cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
1. Tutelas provisórias;
2. Mérito do processo;
3. Rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
4. incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
5. Rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
6. Exibição ou posse de documento ou coisa;
7. Exclusão de litisconsorte;
8. Rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
9. Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
10. Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
11. Redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º;
12. Outros casos expressamente referidos em lei.
· Admitem, ainda, agravo de instrumento as decisões proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário (art. 1.015, parágrafo único).
Isso porque esses procedimentos terminam por decisões que não comportam apelação.
Se a matéria não estiver prevista no 1015? Não caberá agravo de instrumento.
Decisões não recorríveis por meio de AGI: Decisões sobre prova, decisão de quebra de sigilo bancário 
Prazo de interposição: O agravo de instrumento segue o prazo geral de quinze dias uteis previsto para a generalidade dos recursos. (15 dias uteis) Art 1003, CPC.
· Se for por protocolo integrado ou direto, a petição terá de ser ajuizada dentro dos quinze dias, apurados pela autenticação da entrada no serviço competente.
· Caso se utilize o serviço postal, o recurso será considerado interposto na data de sua postagem (art. 1.003, § 4º).
· Na hipótese de remessa eletrônica, a tempestividade será aferida pela data em que a petição for encaminhada por aquela via. Se o agravante utilizar o fac-símile, terá que proceder à transmissão dentro do prazo legal do recurso.
Custas: Está sujeito ao preparo, tem que ser pago, o prazo é de 5 dias uteis para recorrer ao preparo. (Art 1007, CPC) 
Efeitos do agravo: Trata-se de recurso que, normalmente, limita-se ao efeito devolutivo:  “os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso” (art. 995). No entanto, o efeito suspensivo poderá, em determinados casos, ser concedido pelo relator. Dois são os requisitos da lei, a serem cumpridos cumulativamente, para a obtenção desse benefício:
(i) A imediata produção de efeitos da decisão recorrida deverá gerar risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação;
(ii)   E (ii) a demonstração da probabilidade de provimento do recurso (arts. 995, parágrafo único, e 1.019, I). 
Regra: Devolutivo, não suspende os efeitos 
Exceção: Suspensivo
· O relator não pode atribuir efeito suspensivo de oficio (sem requerimento da parte) 
Art. 1016.
O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por meio de petição com os seguintes requisitos:
I - Os nomes das partes;
II - A exposição do fato e do direito;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido;
IV - O nome e endereço completo dos advogados constantes do processo.
Instrução do agravo (art 1017, CPC) 
A petição de agravo de instrumento será instruída:
I - Obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;
II - Com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal;
III - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.
§ 1º Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do porte de retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais.
§ 2º No prazo do recurso, o agravo será interposto por:
I - Protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo;
II - Protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias;
III - postagem, sob registro, com aviso de recebimento;
IV - Transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei;
V - Outra forma prevista em lei.
§ 3º Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932, parágrafo único.
§ 4º Se o recurso for interposto por sistema de transmissão de dados tipo fac-símile ou similar, as peças devem ser juntadas no momento de protocolo da petição original.
§ 5º Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II do caput, facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a compreensão da controvérsia.
Observações:
· Informação da interposição do agravo de instrumento perante o 1º grau e juízo de retratação do magistrado “a quo”
· Assim, desde que o agravante, nos três dias subsequentes à remessa direta ao tribunal, junte ao processo a cópia do agravo, está o juiz autorizado a rever o ato impugnado, independentemente de ficar aguardando a resposta do agravado, mesmo porque esta não lhe será endereçada, mas sim ao tribunal.
· De qualquer maneira, a comprovação de que houve o recurso funciona como mecanismo de impedimento da preclusão, deixando o tema da decisão interlocutória em aberto para nova apreciação do magistrado. Convencido do equívoco cometido, o juiz poderá emendá-lo desde logo, comunicando a retratação ao tribunal. Nessa hipótese, o relator considerará prejudicado o recurso (art. 1.018, § 1º).
· Como a retratação funciona apenas como expressa causa de extinção do agravo (art. 1.018, § 1º), a nova deliberação do juiz de origem, como outra decisão interlocutória que é, desafiará novo agravo a ser aviado por aquele que se tornou vencido no incidente. Se, porém, ao retratar a decisão agravada, o juiz extinguir o processo, seu ato configurará sentença. O recurso, então, haverá de ser a apelação.
Art. 1018 
O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso.
§ 1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento.
§ 2º Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput, no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento.
§ 3º O descumprimento da exigência de que trata o § 2º, desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento.
Art. 1019.
Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - Poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
II - Ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso;
III - determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 1020.
O relatorsolicitará dia para julgamento em prazo não superior a 1 (um) mês da intimação do agravad
AGRAVO INTERNO
Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
§ 1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada.
§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
§ 3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno.
§ 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa.
§ 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.
O Agravo interno serve para colegiar a decisão monocrática dos relatores.
Por exemplo, você entra com uma apelação e o relator monocraticamente indefere, alegando intempestividade, e não submete a apelação para o órgão colegiado, nesse caso você entra com o Agravo interno para que dessa vez o recurso seja votado por todos. 
· Admite juízo de retratação 
· 
Sustentação oral: Na sessão de julgamento colegiado do agravo interno, em regra, não se admite a sustentação oral dos advogados e do membro do Ministério Público, nos casos de sua intervenção (NCPC, art. 937). Quando, porém, o recurso for interposto contra decisão singular do relator que extinga a ação rescisória, o mandado de segurança ou a reclamação, o NCPC permite, excepcionalmente, a sustentação oral (art. 937, § 3º).
Embargos de declaração (Arts 1022 ao 1026 do CPC)
Conceito: Os embargos de declaração são um instrumento jurídico por meio do qual uma das partes pode pedir esclarecimentos ao juiz ou tribunal sobre a decisão judicial proferida. Também conhecidos como embargos declaratórios, por meio deles é possível resolver dúvidas causadas por contradições ou obscuridades. Do mesmo modo, pode-se suprir omissões ou, ainda, apontar erros materiais. 
· A principal função dos embargos de declaração é a garantia do princípio da devida fundamentação das decisões judiciais.
· Não se prestam para mudar a decisão judicial.
· Significa que alguma coisa já foi decidida na questão.
· Cabe ressaltar, ainda, que os embargos de declaração são uma das hipóteses em que o magistrado pode alterar a sentença após a sua publicação, conforme o art. 494, NCPC.
Cabimento: cabe embargos contra qualquer decisão judicial (sentença, acórdãos, decisões interlocutórias e decisões monocráticas proferidas por relator)
Objetivo: esclarecimento de obscuridade, eliminação de contradição, preenchimento de omissão e correção de erro material.
Obscuridade: decisão obscura é uma decisão sem clareza, ininteligível. É importante que a decisão se faça clara para as partes. Do contrário, pode levá-las à alienação e ocasionar prejuízos.
Contradição: Toda decisão deve ser coerente. Do contrário, não restará bem fundamentada. Isto significa dizer, portanto, que os argumentos do juízo não podem ser incongruentes. Tampouco pode a conclusão ser ilógica em relação à fundamentação.
Omissão: Considera-se omissa a decisão que:
I. Deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
II. Incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.
Erro material: O “erro material” pode ser conceituado como o equívoco ou inexatidão relacionado a aspectos objetivos como um cálculo errado, ausência de palavras, erros de digitação, troca de nome etc... 
Ex: um valor de 10.000,00 o juiz coloca 100,00
Efeitos: Art. 1.026.  Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.
§1º A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
· o § 1º destaca que o efeito suspensivo pode ser concedido pelo juiz ou relator, desde que preenchidos os requisitos de existência de dano grave ou de difícil reparação. Isto é, depende de decisão judicial neste sentido e de requerimento das partes.
Prazo de interposição: O prazo para interpor é de 5 dias em petição dirigida ao juiz. (art 1023) 
Prazo para julgamento: Art. 1.024.  O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias.
Custas: Não tem preparo (não tem custas) 
Forma de interposição: Em petição dirigida ao juiz informando a omissão, contradição, obscuridade e erro material. 
· Em caso de acordão a petição é dirigida ao relator do processo.

Continue navegando