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Trabalho - O encarceramento em massa, um estado de coisas abominável

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FAC – FACULDADE CURITIBANA
Disciplina: Recursos e Execução Penal 
O ENCARCERAMENTO EM MASSA, UM ESTADO DE COISAS ABOMINÁVEL
Fichamento 
CURITIBA/PR
2022
O artigo escrito por Alberto Zacharias Toron e Pierpaolo Cruz Bottini aborda a problemática do encarceramento em massa e a impossibilidade de se falar na reforma da justiça sem discutir o sistema prisional.
A superlotação promove um tratamento desumano, que por consequência também gera grandes conflitos e disputas em celas entre detentos, promovendo um grande aumento na violência carcerária, bem como, a disseminação de doenças, que colocam em risco a segurança física e mental dos presos e os priva da dignidade mínima que todos merecem, violando assim, continuamente seus direitos fundamentais e humanos, denotando uma situação inconstitucional os privando da saúde, da educação e da dignidade. 
Nessa perspectiva, cabe salientar que o Brasil é a terceira nação que mais prende pessoas no mundo, sustentando a tese da escolha pelo encarceramento em massa. Ainda, neste aspecto é importante destacar que em grande parte, essas prisões têm como base um recorte classista e racista, sendo o maior número de detentos, jovens, negros, pobres e de baixa escolaridade, o que aprofunda a injustiça e a desigualdade. 
A maioria da população carcerária brasileira não é composta por assassinos perigosos, mas sim por pessoas sem antecedentes criminais, detidas por crimes não violentos ou de baixo impacto social e em muitos casos pessoas acusadas injustamente de crimes que sequer cometeram. Nestes casos, a prisão injusta desses cidadãos acaba por ocasionar grande impacto em suas vidas pessoais e há uma grande possibilidade destes indivíduos serem corrompidos dentro das prisões, tendo em vista que a prisão não ressocializa, não reeduca, não afasta o detento do mundo do crime.
Há uma falsa ideia implantada na sociedade que somente prender é garantir a segurança, criando assim uma falsa perspectiva de que tal punição servirá como exemplo para demais indivíduos a fim de impedir a proliferação de mais crimes, entretanto, essas prisões em massa não são apenas ineficazes na redução do crime, mas inevitavelmente geram mais conflitos, mais injustiça e mais violência. 
Nesse sentido, é necessária a compreensão de que somente prender e punir não garante a diminuição de crimes perante a sociedade, mas sim o contrário. Seguindo desse pensamento, é importante e indispensável a discussão de penas e sanções alternativas no que se refere a crimes de baixa complexidade, sem violência ou grave ameaça, a fim de implementar políticas de segurança eficazes que busquem reduzir a incidência da violência. Promovendo dessa forma atividades propícias à ressocialização junto a construção de um sistema criminal mais justo.
 
Referências
https://www.conjur.com.br/2022-jan-31/direito-defesa-encarceramento-massa#:~:text=Nos%20%C3%BAltimos%20tempos%2C%20muito%20tem,gest%C3%A3o%20e%20organiza%C3%A7%C3%A3o%20dos%20tribunais.

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