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DIREITO CIVIL III - CONTRATOS

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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA PARAÍBA - FESP 
 
Curso de Graduação em Direito 
 
 
 
FERNANDA GONÇALVES DOS SANTOS RIBEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL III 
Direito dos Contratos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
João Pessoa - PB 
2020 
2 
 
FERNANDA GONÇALVES DOS SANTOS RIBEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL III 
Direito dos Contratos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Trabalho apresentado no curso de graduação 
em Direito da Faculdade de Ensino Superior 
da Paraíba - FESP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
João Pessoa – PB 
2020 
3 
 
RESUMO 
 
 
 O conceito de contrato é tão antigo quanto o ser humano, nasceu no mesmo 
instante em que as pessoas começaram a se relacionar uma com as outras para 
fazer negócios. Os são contratos são acordos firmados pelas partes, podendo ser 
orais ou em papel, com os termos digitados um a um, registrado em cartório, para 
que seus efeitos tenham mais segurança para serem cumpridos. Validade os termos 
de um contrato é a melhor maneira de fazer valer as obrigações ali descritas. 
 Tendo como base a verdadeira função do contrato, podemos dizer que são 
uma fundamentação de um acordo feito entre pessoas para que com ele seja 
efetivado obrigações dos que dele participam. Sendo o contrato um ato jurídico 
bilateral, sendo necessário que haja pelo menos duas declarações de vontade, para 
sua criação, onde são declarados os direitos e deveres das partes. 
 O contrato é um ato jurídico que tem o elemento vontade como um guia do 
indivíduo para conduzir a vontade daquele que tem um objetivo de fazer negócios. 
Para que um contrato seja feito, é necessário que seu conteúdo seja lícito, não 
podendo estar fora das normas jurídicas, ter boa-fé, vontade das partes, função 
social e econômica. Ele deve ser considerado como um negócio jurídico de duas ou 
várias partes, que visa à criação, modificação ou a extinção de direitos e deveres. 
 
 
 
 
 
Palavras-Chave: Contratos, Princípios da boa-fé objetiva, Cláusulas contratuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 05 
2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................... 06 
2.1 A Formação do Contrato .................................................................................... 06 
2.2 Vícios Redibitórios e Evicção ............................................................................. 07 
2.3 Fiança ................................................................................................................. 08 
2.4 Compra e Venda ................................................................................................ 09 
2.5 Locação de Coisas ............................................................................................. 10 
3.0 CONCLUSÃO .................................................................................................... 11 
4.0 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................. 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1 Introdução 
 
 
Quando pensamos em contratos, a primeira coisa que vem à cabeça é um 
amontoado de papeis com muitas escritas, de várias cláusulas, artigos, direitos e 
obrigações que regulam os interesses entre aqueles que querem formar uma 
relação jurídica de negócios. É claro que, um contrato não é feito apenas com 
papeis, esta é sua forma materializada, ele também pode ser realizado de maneira 
verbal, sem nenhuma associação instrumental. Junto com esse acordo, existem os 
direitos e as obrigações que deriva do consenso de ambas as partes. 
 
O contrato é um acordo jurídico que tem em seu conteúdo a manifestação de 
vontade das partes, que tem um objetivo determinado, podendo ser entre duas ou 
mais pessoas, com capacidade civil plena. O acordo contratual é fundamentado nos 
princípios que asseguram juridicamente o ato firmado entre os indivíduos, que são: a 
autonomia da vontade, obrigatoriedade dos contratos, relatividade dos efeitos do 
contrato, consensualismo. Com a modernidade houve uma flexibilização que 
geraram novos princípios que são: a função social do contrato, boa-fé objetiva e 
equilíbrio econômico. 
 
Os princípios que guiam um contrato servem para estabelecer uma 
regulamentação do ato com o intuito de tornar válido e seguro. Por ser um negócio 
jurídico, sua validade requer alguns requisitos legais para que o torne funcional, 
essas condições é a de que o agente deve ser capaz, o objeto lícito e de forma 
prescrita ou não defesa em lei. Este acordo, que tem o consenso de ambas as 
partes, celebram as vontades que em conjunto formam uma relação jurídica para 
fazer negócios onde os objetivos se entrelaçam formando uma sociedade. 
 
Através dos negócios jurídicos o indivíduo pode expressar suas vontades 
atingindo os resultados que querem alcançar, nele também pode exercer seus 
direitos, quando querem adquirir algo, desfaz de alguma coisa ou então quando faz 
uma doação. Os acordos jurídicos a ajudaram o homem a ter mais facilidade em 
negociar, pois, a lei garante a segurança se estiverem exatamente de acordo com as 
normas contratuais expressas na lei. São instrumentos que regulam os interesses 
privados, podendo o indivíduo determinar os resultados que querem produzir. 
 
O ponto principal para celebrar qualquer contrato jurídico é à vontade, ela é 
considerada o elemento principal para sua efetivação. A vontade é um 
consentimento no contrato que não pode ser individual, mas em conjunto com outras 
vontades que estejam de acordo com ela para que possa capaz de criar efeitos no 
negócio jurídico. A vontade deve exposta e apresentada de maneira tácita no 
contrato para que possa ser válida. Os desejos que estão exposto no contrato, são 
usados para que seu objetivo seja alcançado. 
 
O contrato é um ato jurídico, nele há elementos que concedem a vontade do 
indivíduo, dentro das normas jurídicas, a colocar em prática aquilo que tem vontade, 
desde que seja algo lícito, tenha boa-fé, a sua função seja social e econômica e os 
bons costumes, este são os requisitos imprescindível para se ter um contrato válido. 
6 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 A Formação do Contrato 
 
O direito contratual é formado por normas e regras jurídicas que regem os 
contratos do direito brasileiro, sempre observando seus princípios. Sua classificação: 
contratos unilaterais e contratos bilaterais. contratos onerosos e contratos gratuitos, 
contratos consensuais e contratos reais, contratos comutativos e contratos 
aleatórios, contratos de execução imediata, diferida e sucessiva, contratos de civis e 
contratos mercantis, contratos preliminares e contratos definitivos. 
 
A formação do contrato se dá quando uma proposta, feita por uma das partes, 
é aceita pela outra, sem prejuízo de outros elementos. Podemos dizer que o contrato 
nasce quando as vontades declaradas se tornam as mesmas, é chamado de acordo 
de vontades. Existem quatro tipos de fases que formam o contrato civil, são: 
 
Fase de negociações preliminares: Antes da formação do contrato, pode 
haver muitas negociações para discutir os termos as vontades, que são chamadas 
de negociações preliminares, mesmo não estando previstas em lei, ela pode gerar 
muitas consequências. Nesta fase não há obrigações, a qualquer momento pode-se 
mudar de ideia e não haver mais contratos, isso não irá gerar nenhum problema. 
 
Fase de proposta: A proposta, também chamada de oferta, é a vontade 
unilateral que propõe a outra com o objetivo de fazer negócio. Essa é uma 
declaração de vontade sendo feita para que a outra parte possa também aceitar, e a 
aceitação ou não do destinatário, desta oferta, também é uma manifestação de 
vontade. Se a proposta for aceita, assim será formado um contratoentre as partes. 
 
Fase de contrato preliminar: É um contrato de promessa, seu objetivo é 
garantir que o contrato definitivo seja realizado. Ele não gera nenhuma obrigação 
entre as partes e possui caráter provisório onde somente as partes têm poder sobre 
ele, para que posteriormente possa ser feito o definitivo. Este tipo de contrato é 
utilizado no compromisso de compra e venda, com efeitos de obrigações Inter 
partes. Quando é feito a averbação surge direitos ao comprador. 
 
Fase de contrato definitivo: Esta é a fase de aceitação, baseada na 
autonomia privada na vontade e na liberdade, estabelecendo o consenso entre as 
partes, onde a vontade do proponente é aceita pelo aceitante. Pode haver um 
desentendimento de vontade entre as partes, mas, se não tiver, ele estará perfeito. 
Nesta fase, o contrato está pronto para gerar todas assuas obrigações e deveres. 
 
A formação dos contratos se subdivide em dois tipos: Os contratos 
consensuais são aqueles que são elaborados com perfeição e só dependem do 
consenso das partes para se tornarem que sejam oficializados. Sua forma fica a 
conforme a situação, podendo ser verbal, escrito ou tácito. Exemplos de contratos: 
compra e venda de bens móveis, de locação, transportes etc. Os contratos reais, 
só são aperfeiçoados quando acontece a tradição da coisa, entrega efetiva do 
objeto. 
7 
 
2.2 Vícios Redibitórios e Evicção 
 
 
 O Significado de redibir é anular judicialmente a venda ou contrato 
comutativo em que a coisa foi entregue com vícios ou defeitos. Os vícios redibitórios, 
são defeitos, vícios, ocultos que desvalorizam a coisa, tornando-a imprópria ao uso 
normal ou diminuem seu valor, conforme escrito nos artigos 441 ao 446 do Código 
Civil Brasileiro. Este conceito tem grande importância, pois, deixar que um vício 
oculto esteja no contrato, pode acarretar sérias consequências. Atentar a este mal e 
identificá-lo, dará a chance de o adquirente da coisa, viciada, poder rejeitar e desistir 
de fazer negócio. 
 
 Se nos contratos comutativos, ocorrer a situação onde a coisa que foi 
transferida ao adquirente possuir defeitos que a deixam com uma utilidade 
prejudicada a que deveria ter, fazendo com que seu valor seja diminuído por isso, o 
adquirente poderá rejeitar a coisa, e ter seu valor pago restituído. Conforme o art. 
445 do CCB, há diferença nos prazos em casos de vícios que são conhecidos de 
imediato ou depois, no qual também trata sobre os vícios aparentes, como no 
Código de Defesa do Consumidor – Lei 8078/1990. 
 
 De acordo com os princípios da boa-fé, o alienante deve cumprir seus 
deveres de garantir ao adquirente o produto em bom estado, do mesmo modo em 
que estava quando lhe foi apresentado no momento da oferta. Em uma situação de 
vício redibitório o adquirente tem o direto de desfazer o negócio, por se sentir lesado 
em relação a coisa entregue, pois esta seria diferente da supostamente oferecida. 
Nestas situações, a boa-fé deve ser um dos principais instrumentos para uma 
negociação segura. 
 
 Conforme foi destacado por Venosa em seu livro (2013) sobre o princípio da 
boa-fé ser a garantia de uma obrigação, em relação a conduta dos contratantes, 
entendendo que sempre há boa-fé em um ato de contrato bilateral. Venosa fala que 
“o alienante deve garantir ao adquirente que ele possa usufruir da coisa conforme 
sua natureza e destinação” (VENOSA. 2013, p. 555). Esta garantia é um dever do 
querelante que ao oferecer a coisa, deve deixar claro sobre suas condições úteis, 
nunca omitindo os vícios, se tiver algum. 
 
 O alienante deve praticar o que é direito e agir de boa-fé, ao fazer um acordo, 
com qualquer pessoa, a coisa a ser negociada deve estar em condição útil. No 
momento em que entregar ao adquirente, ela deve estar da mesma forma em que foi 
oferecida, nas mesmas condições em que estava quando o adquirente se interessou 
em fazer negócio por ela. Se tiver algum vício, este não pode ser oculto, deve ser 
dito antes da entrega, para dar a chance da outra parte decidir se ainda está 
interessado em fazer negócio nestas condições ou desistir. 
 
 Na redibição, em relação abatimento do valor, podemos dizer que a lei 
reconhece que o adquirente pode ter interesse em ficar com a coisa, caso seja-lhe 
oferecido um abatimento no valor em razão da depreciação da coisa, podendo 
então, ter o negócio finalizado de maneira perfeita a partir deste acordo entre eles. 
8 
 
2.3 Fiança 
 
 
 Fiança é um tipo de garantia, também denominada caução fidejussória, sendo 
um contrato em que um terceiro, o fiador, garante assumir a responsabilidade ao 
credor de uma obrigação tomada pelo devedor, caso este não venha cumprir com 
sua obrigação de pagar. Esta garantia pode ser real ou pessoal. Garantia real: é 
quando um bem móvel ou imóvel servirá como garantia da obrigação. Isso acontece, 
por exemplo, quando é feito uma hipoteca ou um penhor. 
 
 A garantia pessoal ou fidejussória, é uma segurança que alguém, sozinho, 
assume a responsabilidade em responder pelo cumprimento de obrigação, se o 
devedor não o fizer. Sendo mais clara, a garantia pessoal é aquele em que um 
terceiro assume a responsabilidade em pagar a dívida daquele que deveria pagar, 
mas não pagou. Este contrato é feito entre o fiador e o credor, assumindo uma 
responsabilidade, no caso, neste contrato não existem débitos a serem pagos, é 
apenas um acordo de responsabilidade financeira. 
 
 A fiança é uma garantia de que todo o seu patrimônio ficará disponível para 
arcar com a dívida, se por a caso o devedor, de fato, não o fizer. A fiança pode ser: 
Convencional: resulta da vontade das partes; Legal: resulta de lei; Judicial: resulta 
de imposição do juiz. A fiança convencional é aquela que é feita através de contrato. 
Existem duas relações jurídicas nesse contrato: Interna, que feita entre o fiador e o 
credor; e uma outra externa, entre fiador e devedor. Conforme o artigo 820 do 
Código Civil Brasileiro, a relação interna é a mais importante para o contrato. 
 
 O credor poderá colocar no contrato um valor determinado para a fiança, 
mesmo que seja contrária a vontade do devedor, conforme consta no artigo 820 do 
Código Civil. O contrato é feito unilateralmente, gerando obrigações somente para o 
fiador, no qual tem a responsabilidade em assumir a caso o devedor não pague. Não 
é um contrato oneroso, porque o fiador não receberá nenhum valor, mas pode 
acontecer se for em caso de fianças para bancos que cobra prestações como 
garantia de dívida. 
 
 O contrato fiança deve ser feito de forma escrita, não solene, não sendo 
possível fiança verbal, mesmo com todas as formas de se tentar formalizar, pois a 
fiança não é feita de forma presumida. A interpretação deve ser objetiva, ela será 
interpretada de maneira restritiva, por ser um contrato benéfico, não dando nenhum 
benefício ao fiador, que responderá totalmente por aquilo que constar no contrato 
assinado por ele. Se houver alguma questão duvidosa em relação ao conteúdo do 
contrato, devem ser levadas em consideração ao favorecimento do fiador. 
 
 A obrigação, em relação ao fiador, ocorre de maneira subsidiária, ela só será 
obrigatória se o devedor não assumir sua responsabilidade com o credor, vindo a 
faltar com o pagamento. Neste caso, primeiramente, o credor deve ir buscar a 
execução de bens do devedor, valendo-se da ordem de prioridade, somente depois 
deste ato é que ele irá executar os do fiador, caso o devedor não tenha nada para 
quitar sua dívida com o credor. 
9 
 
2.4 Compra e Venda 
 
 
 O contrato de compra e venda é um instrumento de negócio difuso, sendo um 
dos tipos de acordo mais utilizados para movimentação de bens que existem em 
nossa sociedade, onde sua utilidade se estende as diferentes partes do Direito, tais 
como o Direito Administrativo, Direito Empresarial, Direito Civil etc. Ele pode ser 
considerado um mecanismo de troca de uma bem por dinheiro, através de um 
acordo bilateral em que uma das partes (vendedor) sede para o outro (comprador) 
emtroca de um valor monetário. 
 
 O conceito de compra e venda conforme o artigo 481 do CC/2002, o define 
como um contrato em que um vendedor se torna obrigado a entregar ao comprador 
o poder sobre o bem mediante um valor monetário. Sendo este um contrato que por 
ele mesmo não causa efeito de entrega do bem. Só se transfere o bem móvel 
quando a tradição é realizada, já o bem imóvel é transferido quando o contrato é 
registrado no cartório imobiliário o CRI. O contrato de compra e venda existe para 
que o vendedor possa o compromisso de transmitir o bem imóvel como cumprimento 
de uma obrigação. 
 
 Podemos encontrar em um acordo de compra e venda alguns elementos que 
são essenciais para o negócio, são eles, a coisa, o acordo de vontade das partes 
(vendedor e comprador) e o valor. Podemos citar também como um elemento 
importante, é o fato de deixar explícito os pontos mais importantes do contrato, 
sendo eles: a obrigação de que o vendedor deve ter de entregar o domínio da coisa 
ao comprador, da mesma forma, dar ao comprador a obrigação de pagar o valor da 
coisa entregue a ele. 
 
 O ato de comprar e vender, por si só, não gera a transferência da 
propriedade, ela só ocorre pela tradição, que é feita através de registro em cartório 
no nome do comprador, caso seja um bem imóvel, e se for um bem móvel, ele fará a 
transferência da posse. As características de um contrato de compra e venda: é um 
contrato bilateral, feito de forma consensual, oneroso. Sua onerosidade pode ser 
comutativa ou aleatória, a execução instantânea: imediata ou diferida. 
 
 As características das partes de um contrato são: Capacidade: As partes 
podem ser capazes ou incapazes (neste caso será necessário um representante ou 
assistente). Legitimação objetiva do vendedor: O vendedor, necessariamente, 
deverá ser o dono do bem ou ter a propriedade dela até o momento da 
transferência. Legitimação subjetiva do vendedor: é vedado ao cônjuge vender 
qualquer bem sem o conhecimento do outro, isso gera anulação do acordo, só é 
permito se estiver sob o regime de separação absoluta. 
 
 Em relação ao preço, deve ser em dinheiro ou em moeda nacional. O valor 
não deve estar fixado no contrato em moeda estrangeira ou em ouro, se assim 
estiver, sofrerá nulidade absoluta do contrato. O locador deve pagar pontualmente o 
aluguel, comunicar ao dono qualquer eventual dano ao imóvel que precise de 
reparo, pagar as incumbências de limpeza, luz e água, saneamento etc. 
10 
 
2.5 Locação de Coisas 
 
 
 Conforme o artigo 565 do Código Civil Brasileiro, na locação de coisas, uma 
das partes se obriga a ceder à outra, por tempo terminado ou não, o uso e gozo de 
coisa não fungível, mediante certa retribuição. A finalidade do contrato de locação é 
permitir que uma pessoa possa fazer uma troca temporária de alguma coisa em 
troca de um valor financeiro proporcional ao tempo de uso. Trata-se de um contrato 
oneroso, sendo feito a partir do interesse de ambas as partes em fazer um negócio, 
sendo bilateral porque gera obrigações. 
 
 Estando o prazo de contrato terminado, é obrigatória a restituição da coisa ao 
responsável, estando ela, a coisa, no mesmo estado em que lhe foi entregue. São 
elementos do contrato: o tempo, que poderá ser determinado ou indeterminado, o 
valor e a coisa a ser negociada. A locação de coisas pode ser de bens móveis ou 
bens imóveis, se for o caso de bens móveis ele deverá ser infungível, aquelas que 
não estragam. O valor do aluguel a ser pago pelo locatário deve estar descrito no 
contrato, ele é imprescindível para que possa configurar o ato. 
 
 O valor do aluguel deve ser previamente acordado e descrito no contrato, 
deve ser real e não simbólico, determinado ou determinável, o pagamento 
geralmente é feito em dinheiro, mas há casos em que é negociado de forma 
específica, sendo parte em dinheiro e outra em serviços ou obra, isso irá depender 
do acordo feito entre as partes. Se a locação estiver conforme a normas da lei do 
inquilinato, o valor do aluguel não poderá ser vinculado a moeda estrangeira, nem 
ao salário mínimo. 
 
A coisa deve estar em condições de se fazer uso, não podendo estar 
danificada, pois, precisa atender as necessidades do locatário. O descumprimento 
de cláusula não se dá somente quando há falhas na entrega, mas também com a 
falta de condições de uso do bem para o fim que deveria ter. A permissão para a 
efetivação da locação poderá ser expressa ou tácita, dando autorização para 
locação a qualquer pessoa que esteja administrando o imóvel além do próprio dono, 
como por exemplo: imobiliárias, advogados etc. 
 
Em relação a natureza jurídica do contrato de locação de coisas: Contrato 
bilateral ou sinalagmático: é um tipo de negócio com obrigações recíprocas. 
Contrato oneroso: por causa da remuneração de pagamento pelo aluguel da coisa. 
Contrato comutativo: as partes sabem previamente quais serão as obrigações 
recíprocas. Contrato consensual: se torna perfeito com a manifestação de vontade 
das partes. Contrato informal e não solene: não sendo necessário escritura 
pública ou forma escrita como regra geral, sendo uma execução continuada. 
 
Não existe regra para a forma do contrato de locação, ela pode inclusive ser 
de forma verbal, sua elaboração poderá ser feita de forma livre, usando, inclusive, as 
necessidades das partes em relação ao negócio, sendo ele consensual e informal. O 
prazo para locação será de acordo com o combinado entre ambas as partes, 
podendo ser determinado ou indeterminado. 
11 
 
3 CONCLUSÃO 
 
 
Através do que foi abordado, foi possível analisar que os contratos são baseados na 
parceria que é feita entre aqueles que pretendem fazer surgir algo, partindo do 
princípio da boa-fé, que é o guia dos acordos realizados pelas partes. 
Expor as cláusulas de maneira clara e objetiva desde o começo das palavras de um 
contrato mostra que a intenção do conteúdo é para o bem de todos, que não haverá 
lesado sozinho, que tantos os lucros quanto os prejuízos, serão divididos de maneira 
iguais. 
 
Apresentar a vontade e a boa-fé nos termos dos contratos, mostra que este é o 
melhor caminho para uma boa relação contratual. Existem vícios de vontade que 
são meios utilizados para que o contrato seja invalidado, caso uma das partes queira 
que somente sua vontade seja feita, assim quebrando um acordo em que deveriam 
ser das duas partes a concordar com ele. 
 
É indispensável que as vontades das partes envolvidas no acordo contratual tenham 
conhecimento de tudo que fará parte dele, concordando para que o contrato possa 
ser válido, como também devem saber sobre as cláusulas que o torna nulo, caso 
venham a praticar. Sendo o contrato uma relação de negócio, é indispensável que a 
clareza da boa-fé objetiva e a vontade das partes sejam os condutores do acordo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
______. Código Civil comentado. Doutrina e jurisprudência. Rio de Janeiro: 
Forense, 2019. 
 
BAIA, Marcelo Santos. Os contratos coligados. Disponível em: 
< http://www.rodrigoxavierleonardo.com.br/arquivos/20150319192927.pdf >. Acesso 
em 29 junho 2020. 
 
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito 
civil. Parte Geral. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. 
 
MARQUES, Claudia Lima. Contratos no Código de Defesa do Consumidor. 
3ed. São Paulo: RT, 1998 
 
NERY JR., Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de Processo Civil 
comentado. 6. ed. São Paulo: RT, 2006. p. 408. 
 
RIZZARDO, Arnaldo. Contratos, Rio de Janeiro: Forense, 2001. 
 
TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. Volume único. 10. ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2020. 
 
VENOSA, Silvio Salvo. Direito Civil: teoria geral das obrigações e teoria geral dos 
contratos. 13° Ed. São Paulo: Atlas, 2013.

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