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aula 13

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Química - Oficial- CBM - DF 
Aula 13 – Química Orgânica 
Prof. Carlos Torquato 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Torquato 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 13 
Química 
- Química orgânica; 
- Propriedades fundamentais do átomo de carbono, hibridação, estados de 
oxidação de carbono, ligações sigma e pi, geometria molecular, classificação do 
átomo de carbono na cadeia carbônica, notação e nomenclatura dos principais 
radicais orgânicos; 
- Notação, nomenclatura e propriedades físicas e químicas de hidrocarbonetos, 
haletos orgânicos, álcoois, fenóis, éteres, cetonas, aldeídos, ácidos carboxílicos, 
ésteres, anidridos, haletos de ácido, aminas, amidas, nitrilas, isonitrilas e 
nitrocompostos; 
- Reatividade dos compostos orgânicos, reações de redução, oxidação, 
combustão, adição e substituição; 
- Glicídeos, lipídeos, aminoácidos, proteínas, ácidos nucléicos; 
- Tecnologias associadas à química orgânica: petroquímica, polímeros 
sintéticos, aditivos em alimentos, agroquímica, drogas, medicamentos e 
biotecnologia. 
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Aula 13 – Química Orgânica 
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2 
 
 
 
 
Aula Conteúdo Programático Data 
00 
- O mundo e suas transformações: história e importância da 
química. 
 
06/07 
01 
- Teoria Atômico-molecular; 
- Modelos atômicos (Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr) e 
evolução dos conceitos de átomo; 
- Os trabalhos de Faraday; 
- Leis ponderais (Lavoisier, Proust, Dalton e Richter-Wenzel- 
Berzelius); 
- Leis volumétricas de GayLussac; 
- Lei de Avogadro; 
-Conceitos decorrentes da Teoria Atômico-Molecular: unidade 
de massa atômica (u), quantidade de matéria, massa molar, 
volume molar; 
- Fórmulas químicas; 
- Cálculos estequiométricos. 
 
14/07 
02 
- Classificação periódica dos elementos químicos; 
- Tabela Periódica: histórico e evolução; 
- Classificação dos elementos em metais, não metais, 
semimetais e gases nobres; 
- Configuração eletrônica dos elementos ao longo da Tabela; 
- Propriedades periódicas e aperiódicas. 
 
21/07 
03 
- Radioatividade; 
- Natureza das emissões radioativas; 
- Leis da radioatividade; 
- Cinética da desintegração radioativa; 
- Fenômenos de fissão nuclear e fusão nuclear; 
- Riscos e aplicações das reações nucleares. 
 
28/07 
04 
- Ligações químicas; 
- Ligações iônica, covalente e metálica; 
- Ligações intra e intermoleculares; 
- Geometria molecular: eletronegatividade e polaridade das 
ligações e das moléculas, Teoria da Repulsão dos Pares 
Eletrônicos, Teoria da Ligação de Valência e Sobreposição de 
Orbitais, orbitais híbridos e moleculares; 
- Relação entre estrutura e propriedade das substâncias 
químicas. 
04/08 
Aula 13 – Química orgânica 
 Química - Oficial- CBM - DF 
Aula 13 – Química Orgânica 
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3 
05 
- Matéria e mudança de estado; 
- Sólidos, líquidos, gases e outros estados da matéria (ideais 
e reais); 
- Mudanças de estado e diagramas de fase; 
- Características e propriedades de gases, líquidos e sólidos; 
- Ligações químicas nos sólidos, líquidos e gases; 
- Métodos de separação de misturas. 
 
11/08 
06 
- Funções químicas inorgânicas; 
- Ácidos, bases, sais e óxidos: conceito, propriedades e 
nomenclatura; 
- Hidretos, carbetos e nitretos: conceito, propriedades e 
nomenclatura; 
- Principais reações envolvendo compostos inorgânicos; 
- Balanceamento de equações. 
 
18/08 
07 
- Misturas e soluções; 
- Relações de proporcionalidade entre solutos e solvente: 
concentração em quantidade de matéria, concentração em 
massa, fração em quantidade de matéria, fração em massa, 
fração em volume; 
- Grandezas e unidades padrão (SI) e sua relação com as 
grandezas e unidades obsoletas; 
- Solubilidade; 
- Propriedades coligativas. 
 
25/08 
08 
- Gases; 
- Teoria cinética; 
- Leis dos gases; 
- Densidade dos gases; 
- Difusão e efusão dos gases; 
- Misturas gasosas. 
 
01/09 
09 
- Termoquímica; 
- Energia e calor; 
- Reações exotérmicas e endotérmicas; 
- Entalpia, entropia e energia livre; 
- Espontaneidade de uma reação; 
- Entalpias de formação e de combustão das substâncias; 
- Calor de reação em pressão constante e em volume 
constante; 
- Lei de Hess. 
08/09 
 Química - Oficial- CBM - DF 
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10 
- Cinética química; 
- Velocidades e mecanismos de reação 
- Equação de velocidade, teoria das colisões e complexo 
ativado; 
- Influência da energia, da concentração, da pressão e dos 
catalisadores na velocidade das reações químicas. 
 
15/09 
11 
- Equilíbrio químico; 
- Equilíbrio iônico em soluções aquosas, constante de 
equilíbrio; 
- Equilíbrio ácido-base, hidrólise de sais, solução tampão, 
conceitos de Ka, Kb, Kh, pH, pOH e graus de dissociação e 
de hidrólise; 
- Equilíbrio de precipitação, conceito de Kps; 
- Deslocamento do equilíbrio; 
- Lei da Diluição de Oswald; 
- Efeito do íon comum; 
- Lei da Ação das Massas. 
 
22/09 
12 
- Eletroquímica; 
- Potenciais de oxidação e redução; 
- Espontaneidade de uma reação de oxirredução; 
- Pilhas e acumuladores; 
- Eletrólise. 
 
29/09 
13 
- Química orgânica; 
- Propriedades fundamentais do átomo de carbono, 
hibridação, estados de oxidação de carbono, ligações sigma 
e pi, geometria molecular, classificação do átomo de 
carbono na cadeia carbônica, notação e nomenclatura dos 
principais radicais orgânicos; 
- Notação, nomenclatura e propriedades físicas e químicas 
de hidrocarbonetos, haletos orgânicos, álcoois, fenóis, 
éteres, cetonas, aldeídos, ácidos carboxílicos, ésteres, 
anidridos, haletos de ácido, aminas, amidas, nitrilas, 
isonitrilas e nitrocompostos; 
- Reatividade dos compostos orgânicos, reações de redução, 
oxidação, combustão, adição e substituição; 
- Glicídeos, lipídeos, aminoácidos, proteínas, ácidos 
nucléicos; 
- Tecnologias associadas à química orgânica: petroquímica, 
polímeros sintéticos, aditivos em alimentos, agroquímica, 
drogas, medicamentos e biotecnologia. 
06/10 
 
 
 
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Tópicos da Aula 
 
- Química Orgânica ......................................................................... 06 
- Propriedades fundamentais do átomo de carbono, hibridação, estados de 
oxidação de carbono, ligações sigma e pi, geometria molecular, 
classificação do átomo de carbono na cadeia carbônica, notação e 
nomenclatura dos principais radicais orgânicos .................................. 10 
- Notação, nomenclatura e propriedades físicas e químicas de 
hidrocarbonetos, haletos orgânicos, álcoois, fenóis, éteres, cetonas, 
aldeídos, ácidos carboxílicos, ésteres, anidridos, haletos de ácido, aminas, 
amidas, nitrilas, isonitrilas e nitrocompostos ...................................... 19 
- Reatividade dos compostos orgânicos, reações de redução, oxidação, 
combustão, adição e substituição ..................................................... 40 
- Glicídeos, lipídeos, aminoácidos, proteínas, ácidos nucléicos .............. 45 
- Tecnologias associadas à química orgânica: petroquímica, polímeros 
sintéticos, aditivos em alimentos, agroquímica, drogas, medicamentos e 
biotecnologia ................................................................................. 57 
- Exercícios ..................................................................................... 89 
- Gabarito comentado .....................................................................109 
- Para saber mais ..........................................................................122Química - Oficial- CBM - DF 
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6 
Química orgânica 
Atualmente a definição da química orgânica é: a química dos compostos de 
carbono. Mas a definição nem sempre foi essa. No final do século XVIII, os 
cientistas começaram a diferenciar compostos orgânicos de compostos 
inorgânicos. Os compostos orgânicos eram definidos como aqueles que poderiam 
ser obtidos a partir de seres vivos. Já os inorgânicos eram aqueles obtidos de 
fontes não-vivas. Essa distinção estava conectada com a crença no “vitalismo”. 
Crença segundo a qual apenas os seres vivos são capazes de produzir compostos 
orgânicos, ou seja, tais substâncias só poderiam ser produzidas naturalmente por 
seres vivos. Essa ideia foi proposta por J. J. Berzelius em 1807. Segundo ele, os 
compostos orgânicos eram produzidos a partir de uma “força vital” característica 
dos organismos vivos, o que impossibilitava a síntese dos mesmos. 
No entanto, durante a primeira metade do século XIX, diversos compostos 
que eram claramente orgânicos, sintetizados por seres vivos, foram sintetizados 
a partir de fontes que eram claramente inorgânicas. A primeira síntese de um 
composto orgânico a partir de fontes inorgânicas foi realizada em 1828 por F. 
Wöhler. Ele conseguiu sintetizar o composto orgânico ureia (substância presente 
na urina de seres vivos), a partir da evaporação de uma solução aquosa do sal 
inorgânico cianato de amônio. 
 
 A síntese de Wöhler levou ao abandono do vitalismo dos meios científicos 
e ao surgimento da química orgânica como ciência, sendo definida como a parte 
da química que estuda os compostos de carbono. 
Mas porque foi separada uma parte de química para estudar os átomos 
carbono, sendo que existem 118 elementos na tabela periódica? A resposta está 
nas características do átomo de carbono. Os átomos de carbono apresentam 
quatro elétrons de valência e, assim, de acordo com a teoria do octeto, o carbono 
deve formar quatro ligações covalentes para alcançar configuração eletrônica de 
gás nobre. As quatro valências desse átomo são idênticas entre si. 
 
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7 
 Além disso, o átomo de carbono pode utilizar uma ou mais de suas 
valências para formar ligações com outros átomos. 
 
 O carbono é capaz de formar uma imensa quantidade de composto químico, 
desde o mais simples até o mais complexo - do metano como um único átomo 
de carbono ao DNA, que pode conter alguns bilhões de átomos. 
 Agora sabemos que nem todos os compostos de carbono são oriundos de 
organismos vivos. Os químicos já sintetizaram mais de 20 milhões de compostos, 
cada um com propriedades físicas e químicas diferentes. Remédios, corantes, 
drogas, polímeros, aditivos alimentares, pesticidas podem ser preparados em 
laboratório. 
 
Algumas substâncias, apesar de possuírem carbono, não são consideradas 
orgânicas. Exemplos: C (grafite), C (diamante), cianetos, cianatos, carbonatos, 
bicarbonatos, etc. 
Portanto, toda substância orgânica possui átomos de carbono, mas nem toda 
substância que possui átomos de carbono é orgânica. 
Alótropos do carbono 
Alotropia é a propriedade que alguns elementos químicos têm de formar uma 
ou mais substâncias simples diferentes. Os esquemas a seguir indicam algumas 
das formas que os átomos de carbono podem assumir. 
 
Grafita 
Ao contrário do diamante, possui condutividade elétrica, distinta conforme 
a orientação da medida. Essa característica a torna ideal para a função de 
eletrodo. 
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Diamante 
Cada átomo possui quatro carbonos vizinhos fortemente ligados. Aquecido 
a 1 000ºC em atmosfera inerte, transforma-se na grafita. 
 
Fulereno C60 
É a menor molécula dos fulerenos e a de maior ocorrência natural. Está 
presente com frequência na ferrugem (cor mostarda). Possui superfície 
icosaédrica de faces pentagonais e hexagonais. 
 
Fulereno C540 
Exibe faces hexagonais e forma quase elipsoidal. A quantidade de carbono 
nos fulerenos determina a cor. Este é marrom-avermelhado. 
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Carbono amorfo 
Como os demais materiais vítreos, esta forma alotrópica não apresenta 
padrões de posições atômicas e, portanto, não possui estrutura cristalina. 
 
Nanotubo 
Por sua alta resistência mecânica, já foi introduzido na alimentação de 
bichos-da-seda para a fabricação de tecidos mais resistentes do que o aço. 
Carbono assimétrico 
Quando um átomo de carbono está ligado a quatro grupos distintos, nós o 
chamamos de carbono assimétrico (antigamente denominado carbono quiral). 
 
 
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10 
Propriedades fundamentais do átomo de carbono, hibridação, estados de 
oxidação de carbono, ligações sigma e pi, geometria molecular, 
classificação do átomo de carbono na cadeia carbônica, notação e 
nomenclatura dos principais radicais orgânicos 
O carbono se localiza no grupo 14 da tabela periódica, possui quatro 
elétrons na camada de valência e de acordo a configuração eletrônica o carbono 
em seu estado de energia mais baixo é representado por: 
1s2; 2s2; 2p2 
Para explicar a capacidade do átomo de carbono de formar quatro ligações 
simples foi proposto um modelo espacial tetraédrico. Neste modelo o carbono se 
encontra no centro de um tetraedro com suas valências voltadas para o vértice. 
Para o carbono formar as quatro ligações é necessário a hibridação dos orbitais 
2s2 e 3s2 em quatro orbitais sp3 cada um possuindo 1 elétron. 
 
A molécula do C2H6 (etano) mostra o carbono com hibridização sp3. 
 Assim, o carbono faz quatro ligações sigma (σ) devido a hibridação sp3 e 
além disso, apresenta geometria tetraédrica, com ângulos de afastamento entre 
os elétrons, que ocupam cada um dos orbitais sp3, correspondente a 109°,5. 
A hibridização sp2 se forma pela combinação linear ente o orbital 2s e dois 
dos orbitais 2px, deixando um dos orbitais 2py sem formar combinação. Esse 
orbital 2pz, que não participa do processo de hibridização, é responsável pela 
formação de uma nova ligação denominada de pi (π). 
As três ligações sigmas são formadas utilizando-se de três orbitais sp2. A 
segunda ligação química que pode ser formada é a π, que se forma através do 
orbital 2pz, que não foi hibridizado. A disposição espacial do carbono com 
hibridização sp2, mostra três orbitais híbridos sp2 dispostos em um plano 
formando entre si um ângulo de 120°, tendo o orbital 2pz localizado de forma 
perpendicular ao plano que contém os orbitais hibridados sp2. 
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A molécula do C2H4 (eteno) mostra o carbono com hibridização sp2. 
A hibridação sp para o carbono é conseguida por meio da combinação linear 
do orbital 2s e do orbital 2px. A combinação linear desses orbitais dá origem a 
dois novos orbitais hibridados 2sp. Esses dois orbitais hibridados estão dispostos 
em uma geometria linear e formam entre si um ângulo de 180°, os quais são 
responsáveis pela formação de duas ligações σ. Os dois orbitais 2pz, 2py que não 
foram utilizados na combinação linear, são utilizados na formação de duas 
ligações π. Este processo de hibridização segue a mesma linha de raciocínio 
aplicada anteriormente nas hibridações sp3 e sp2, mudando apenas acombinação 
linear dos orbitais. 
 
 A molécula do C2H2 (etino) mostra o carbono com hibridização sp. 
 
Quanto ao número de ligantes, um átomo de carbono pode ser classificado 
como: 
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12 
- Primário – quando está ligado a, no máximo, um carbono. 
 
- Secundário – quando está ligado a dois carbonos. 
 
- Terciário – quando está ligado a três carbonos. 
 
- Quaternário – quando está ligado a quatro carbonos. 
 
Toda substância orgânica possui um formula e a representação, as quais 
podem ser: 
- Fórmula molecular – É a fórmula que indica apenas os elementos que formam 
as substâncias orgânicas, bem como o número de átomos de cada elemento 
existente em uma molécula. 
Exemplos: CH4, CH3Br, C2H6O, C6H6, C12H22O11 
- Fórmula estrutural plana – Essa fórmula mostra a distribuição plana dos átomos 
que formam a molécula. 
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13 
Exemplos: 
 
- Fórmula estrutural espacial do tipo “traço” – Essa fórmula mostra a distribuição 
espacial dos átomos que formam a molécula, exceto os átomos de hidrogênio da 
cadeia carbônica ligados aos carbonos, pois os mesmos são ocultados. 
Exemplos: 
 
 
- Nesse tipo de representação, cada extremidade de um traço corresponde a um 
átomo de carbono. 
- Para se determinar o número de hidrogênios ligados a cada carbono, é só 
verificar quantas ligações cada um desses átomos está fazendo e subtrair de 
quatro unidades (o carbono é tetravalente). 
- Uma ligação insaturada, dupla ou tripla, é representada por dois e três traços, 
respectivamente, entre os carbonos. 
Exemplos: 
 
Geometria molecular 
Os químicos e os físicos descobriram que a forma geométrica das moléculas 
podem ser determinadas pela distribuição, no espaço, dos pares de elétrons, 
ligantes ou não, do nível de valência de cada átomo. Para que esse arranjo seja 
estável, a repulsão entre esses pares de elétrons deve ser a menor possível e, 
para que isso ocorra, eles devem situar-se no espaço o mais afastados possível 
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14 
uns dos outros. Essa teoria é conhecida como Teoria da Repulsão dos Pares de Elétrons 
da Camada de Valência (VSEPR: Valency Shell Electronic Pairs Repulsion). 
 
Para saber mais sobre a VSEPR, ver aula 04. 
As formas geométricas de moléculas pequenas encontram-se representadas a 
seguir, com todas as informações necessárias para identificá-las a partir das fórmulas 
moleculares. 
Cadeias Carbônicas 
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15 
As cadeias carbônicas podem ser classificadas de acordo com quatro 
critérios basilares: 
I - Quanto ao fechamento da cadeia; 
II - Disposição dos átomos dentro da cadeia; 
III - Tipo de ligação entre os carbonos; 
IV - Presença de átomos de outros elementos entre os carbonos. 
Vejamos alguns exemplos: 
I. Quanto ao fechamento da cadeia: 
– aberta, acíclica ou alifática: são aquelas cadeias carbônicas que possuem duas 
ou mais extremidades livres, ou seja, não possuem nenhum ciclo. O 
encadeamento dos átomos não sofre nenhum fechamento. Exemplo: 
 
– fechada ou cíclica: não há nenhuma extremidade, isto é, forma-se um ciclo, 
núcleo ou anel, pois há o encadeamento dos átomos de carbono. Exemplo: 
 
– mista: é aquela cadeia que possui pelo menos uma parte em que os átomos 
não estão encadeados (ou seja, fechados), e a outra parte é fechada. Exemplo: 
 
– aromática: cadeia cíclica que possui anel benzênico. Exemplo: 
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16 
 
II - Disposição dos átomos dentro da cadeia: 
– normal: a cadeia possui apenas duas extremidades. Só existem carbonos 
primários e secundários. Exemplo: 
 
- ramificada: aquela cadeia que possui mais de duas extremidades e tem pelo 
menos um carbono terciário ou quaternário. Exemplo: 
 
III - Tipo de ligação entre carbonos: 
– saturada: se na cadeia só tiver ligações simples entre carbono. Observe: é só 
entre carbonos; se tiver alguma ligação dupla com outro átomo (oxigênio, por 
exemplo), não é uma cadeia saturada. Exemplo: 
 
– insaturada: é quando se possui pelo menos uma ligação dupla ou tripla entre 
carbonos. Exemplo: 
 
IV - Presença de átomos de outros elementos entre os carbonos: 
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17 
– homogênea: é aquela cadeia carbônica que não possui nenhum heteroátomo, 
ou seja, átomos entre carbonos. Novamente aqui vale uma ressalva: é só entre 
carbonos. Se for fora da cadeia, continuará sendo homogênea. Exemplo: 
 
– heterogênea: possui algum heteroátomo em sua cadeia. Exemplo: 
 
RADICAIS ORGÂNICOS 
Os radicais são espécies ou conjunto de átomos ligados entre si e que 
apresenta um ou mais elétrons livres. 
Nos radicais orgânicos, um carbono tem um elétron desemparelhado, 
sozinho num orbital. 
Exemplos: 
 
http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/carbono/
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18 
Não devemos confundir radical com íon, pois enquanto os radicais são 
estruturas neutras, os íons são estruturas carregadas eletricamente. 
Exemplos: 
- Carbocátions: são íons positivamente carregados contendo um átomo de 
carbono que possui somente seis elétrons em três ligações: H3C+. 
- Carbânions: são íons negativamente carregados que contêm um átomo de 
carbono com três ligações e um par de elétrons desemparelhados: H3C-. 
 
1 - (FCMMG) São substâncias orgânicas 
A) “algumas” substâncias conhecidas que não têm carbono. 
B) “todas” as substâncias conhecidas que contêm carbono. 
C) “quase todas” as substâncias conhecidas que contêm carbono. 
D) “todas” as substâncias usadas na alimentação. 
E) “todas” as substâncias contidas no organismo humano. 
2 - O náilon é um polímero de condensação, mais especificamente da classe das 
poliamidas, que são polímeros formados pela condensação de um diácido 
carboxílico com uma diamida. Uma das variedades desse polímero pode ser 
obtida por meio de uma matéria-prima denominada de caprolactana, cuja 
fórmula estrutural é: 
 
Fórmula da caprolactana 
Analisando essa cadeia, podemos classificá-la em: 
a) Fechada, insaturada, heterogênea, mononuclear. 
b) Alicíclica, insaturada, heterogênea, mononuclear. 
http://www.infoescola.com/quimica/ion/
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19 
c) Fechada alicíclica, saturada, heterogênea, mononuclear. 
d) Fechada alicíclica, insaturada, homogênea, mononuclear. 
e) Fechada, insaturada, homogênea, mononuclear. 
Resolução 
1 – Letra C – Quase todas as substâncias conhecidas que contêm carbono, pois 
há substâncias constituídas de carbono que não são consideradas orgânicas, tais 
como: gás carbônico (CO2), diamante (C), grafite (C). 
2 – Letra A – 
- Ela é fechada porque seus átomos de carbono formam um ciclo; 
- É alicíclica porque não possui um anel aromático; 
- É saturada porque não possui insaturação (ligações duplas ou triplas) entre os 
átomos de carbono; 
- É heterogênea porque possui o nitrogênio entre carbonos; 
- É mononuclear porquepossui somente um ciclo. 
Notação, nomenclatura e propriedades físicas e químicas de hidrocarbonetos, 
haletos orgânicos, álcoois, fenóis, éteres, cetonas, aldeídos, ácidos carboxílicos, 
ésteres, anidridos, haletos de ácido, aminas, amidas, nitrilas, isonitrilas e 
nitrocompostos 
Com o desenvolvimento da Química Orgânica, a variedade de compostos é 
gigantesca, tendo então a necessidade de se desenvolverem regras comuns para 
a nomenclatura de compostos. Essas regras são desenvolvidas pelo IUPAC (União 
Internacional de Química Pura e Aplicada), muito embora existam compostos 
consagrados pelos seus nomes comuns (nomenclatura usual). 
Para o nome de um composto temos: 
parte I – prefixos (início); 
parte II – afixos (intermediários) (meio); 
parte III – sufixos (terminação) (fim). 
- Prefixos 
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20 
Podem identificar o número de carbonos presentes na molécula do 
composto. 
Número de 
átomos de 
C 
Prefixo 
1 Met 
2 Et 
3 Prop 
4 But 
5 Pent 
6 Hex 
7 Hept 
8 Oct 
9 Non 
10 Dec 
11 Undec 
12 Dodec 
13 Tridec 
14 Tetradec 
15 Pentadec 
Podem determinar a quantidade de radicais ou insaturações que se repetem 
em uma cadeia. 
Número de 
radicais 
Prefixo 
2 Di ou Bi 
3 Tri 
4 Tetra 
5 Pent 
Podem indicar o tipo de cadeia: Ciclo Usado para caracterizar cadeias 
fechadas. 
Afixos 
Em geral indicam o tipo de ligação presente na cadeia carbônica (entre os 
átomos de carbono) 
an Apenas ligações simples 
en Pelo menos uma ligação dupla 
in Pelo menos uma ligação tripla 
 
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21 
Sufixos 
Em geral caracterizam o tipo de função a que pertencem os compostos. 
Função sufixo 
Hidrocarboneto o 
Álcool ol 
Aldeído al 
Cetona ona 
Ácido carboxílico óico 
Éter oxi 
Éster ato 
Amina amina 
Amida amida 
HIDROCARBONETOS 
Os hidrocarbonetos são constituídos exclusivamente por carbono e 
hidrogênio 
As regras utilizadas para a nomenclatura de alcanos com cadeia ramificada 
são relatadas a seguir. 
 1-Localize a cadeia de carbono mais comprida com o maior número de 
ramificações. Essa cadeia determina o nome principal para o alcano. Designamos 
o seguinte composto, por exemplo, como sendo um hexano, pois a cadeia mais 
comprida possui seis átomos de carbono; 
2- A numeração da cadeia mais longa começa na extremidade que estiver mais 
próxima do substituinte; 
3-Use os números obtidos pela aplicação da regra dois, para designar a 
localização do grupo substituinte. 
 
Primeiro coloca-se o número localizador do substituinte seguido do hífen, 
posteriormente o nome do substituinte seguido do nome principal atribuído ao 
encadeamento. 
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4) Quando dois ou mais substituintes estão presentes, atribua a cada substituinte 
um número que corresponde à sua localização na cadeia mais comprida e liste os 
substituintes por ordem alfabética. Por exemplo, designamos o seguinte 
composto como 5-Etil-2-metiloctano. 
 
Os grupos substituintes devem ser listados em ordem alfabética, 
desconsidere os prefixos de multiplicação, tais como “Bi” e “Tri”. 
5-Quando dois substituintes estão presentes no mesmo átomo do carbono, use 
aquele número duas vezes. 
 
6-Quando dois ou mais substituintes são idênticos, isso é indicado pelo uso dos 
prefixos bi-, tri-, tetra-, e assim por diante, separe os localizadores por vírgula. 
 
7-Quando duas cadeias de comprimento igual competem pela seleção como a 
cadeia principal, escolha a que tiver o maior número de substituintes. 
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8-Quando iguais ligantes (ramificações) estão à mesma distância da 
extremidade, escolhe-se o segundo ligante mais próximo da extremidade para 
iniciar a numeração da cadeia principal. Neste exemplo temos duas metilas 
equidistantes da extremidade, então quem irá direcionar a numeração é o 
próximo substituinte que estiver mais perto da extremidade da cadeia. 
 
Nomenclatura dos Grupos Alquilas Ramificados 
Para os alcanos com mais de dois átomos de carbono, mais que um grupo 
derivado é possível. Dois grupos podem ser derivados do propano, por exemplo, 
o grupo propila é derivado pela remoção de um hidrogênio terminal, e o 1-
metiletila ou grupo isopropila, é derivado pela retirada de um hidrogênio do 
carbono central: 
 
Metiletila é o nome sistemático para este grupo; isopropila é o nome 
comum. A nomenclatura sistemática para os grupos alquilas é similar à do alcano 
com cadeias ramificadas, com a condição que a numeração comece sempre no 
ponto onde o grupo é ligado à cadeia principal. O C4H10 apresenta quatro radicais 
alquila, dois são derivados do butano e dois são derivados do isobutano. 
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Os exemplos a seguir mostram como os nomes desses grupos são 
empregados. 
 
Os nomes comuns isopropila, isobutila, sec-butila e terc-butila são 
aprovados pela IUPAC e continuam sendo usados muito frequentemente. Assim, 
terc-butila precede a etila, enquanto que a etila, esta adiante do grupo isobutila. 
Existe um grupo de cinco carbonos, denominado de grupo 2,2- dimetilpropila, 
normalmente chamado de grupo neopentila, que é aprovado pela IUPAC 
 
Podemos classificar os átomos de hidrogênio dependendo dos carbonos aos 
quais são ligados. Como por exemplo, um átomo de hidrogênio ligado a um 
carbono primário é um átomo de hidrogênio primário, e assim sucessivamente. 
O 2,2- dimetilpropano é um composto que só possui átomo de hidrogênio 
primário. 
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Nomenclatura dos Cicloalcanos 
A nomenclatura dos cicloalcanos é feita da seguinte forma: os cicloalcanos 
com um anel apenas são denominados pelo prefixo ciclo-ligado ao nome dos 
alcanos que possuem o mesmo número de átomo de carbono. 
 
Os nomes dados aos cicloalcanos substituídos são simples. Podem ser 
alquilcicloalcanos, halocicloalcanos ou alquilcicloalcanóis e assim por diante. 
Quando houver dois substituintes enumere o anel começando pelo substituinte 
seguindo a ordem alfabética e o número na direção que favorecer ao substituinte 
o menor número possível. Quando houver três ou mais substituintes começando 
a nomenclatura no substituinte que leva ao conjunto mais baixo de localizadores. 
 
Podemos denominar os compostos de cicloalquilalcanos quando um sistema 
de anel simples é ligado a uma cadeia carbônica com um maior número de átomos 
de carbono. Pode acontecer também, a presença de mais de um sistema de anel, 
ligado a uma cadeia carbônica. Veja os exemplos a seguir: 
 
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Alquenos e alquinos 
 São compostos que apresentam ligação dupla ou tripla entre carbonos, 
respectivamente. 
Para nomear esses compostos, a insaturação (dupla ou tripla) deve estar 
contida na cadeia principal. Em alguns casos, precisamos considerar uma cadeia 
principal menor para incluir uma insaturação. No caso da numeração, a ordem 
de prioridade é a seguinte: dupla > tripla > grupos orgânicos. 
Exemplo: 
 
Quando há empate das insaturações, consideramosa numeração a partir 
da extremidade mais próxima da ramificação. 
 
HIDROCARBONETOS CÍCLICOS 
Devemos numerar um anel, a partir da ramificação mais simples, no sentido 
horário ou anti-horário, de maneira a obter os menores números para essas 
ramificações. A ordem de citação das ramificações é idêntica àquela discutida 
para os hidrocarbonetos de cadeia aberta. 
Exemplo: 
 
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No caso de ligação dupla em anel, os carbonos da dupla devem receber, 
obrigatoriamente, os números 1 e 2. 
Exemplos 
 
ÁLCOOIS 
Compostos que possuem como grupo funcional a hidroxila (—OH) ligada 
diretamente a um carbono saturado. Os álcoois podem ser considerados 
compostos derivados dos hidrocarbonetos pela substituição de um ou mais 
hidrogênios por grupamentos hidroxila. 
A nomenclatura de um álcool é formada substituindo-se a terminação -o do 
hidrocarboneto de origem por -ol. 
Exemplos 
 
Nos poliálcoois, utilizamos os prefixos di-, tri-, tetra-, penta- e seus 
derivados antes do sufixo -ol. 
Exemplos: 
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A hidroxila, como qualquer grupo funcional, tem prioridade sobre 
insaturações e sobre grupos orgânicos no que se refere à numeração da cadeia 
principal. 
 Exemplo: 
 
FENÓIS 
São compostos que possuem como grupo funcional a hidroxila (—OH) 
ligada diretamente a um carbono de um anel aromático. Os fenóis podem ser 
considerados compostos derivados dos hidrocarbonetos aromáticos pela 
substituição de um ou mais hidrogênios por grupamentos hidroxila. 
O caráter ácido dos fenóis é menos acentuado do que o dos ácidos 
carboxílicos, porém maior que o dos álcoois. 
A nomenclatura do fenol mais simples é o hidroxibenzeno, que pode ser 
chamado, simplesmente, de fenol. 
 
Muitos outros fenóis podem ser nomeados usando-se a palavra fenol como 
nome base, precedido pelos nomes dos substituintes. 
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No caso de polifenóis, podemos utilizar um sistema de nomenclatura 
muito semelhante ao dos álcoois, ou então o prefixo hidroxi-. 
 
ÉTERES 
São compostos que possuem o oxigênio ligado a dois carbonos da cadeia 
(—O—; oxi) como grupamento funcional. Os éteres podem ser considerados 
compostos derivados dos hidrocarbonetos pela substituição de um ou mais 
átomos de hidrogênio por radicais do tipo —OR ou —OAr (R = radical alifático e 
Ar = radical benzênico). 
A nomenclatura de um éter inicia-se a partir do nome do radical (cadeia de 
menor número de carbonos) com a terminação oxi, adicionando-se o nome do 
hidrocarboneto de origem (cadeia de maior número de carbonos). 
Exemplos: 
 
 
 
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ALDEÍDOS 
Compostos que possuem como grupo funcional a carbonila (C=O) em um 
carbono primário, ou seja, ligada a pelo menos um átomo de hidrogênio. Esse 
grupo funcional é denominado aldoxila ou aldo-carbonila. 
 
A nomenclatura de um aldeído é idêntica à de um hidrocarboneto; apenas 
deveremos substituir a terminação -o do hidrocarboneto pela terminação -al. Para 
numerarmos a cadeia principal de um aldeído, devemos começar pelo carbono 
da carbonila. 
Exemplos: 
 
CETONAS 
Compostos que possuem como grupo funcional a carbonila (C=O) em um 
carbono secundário, ou seja, ligada a dois átomos de carbono. Esse grupo 
funcional é também denominado ceto-carbonila. 
A nomenclatura de uma cetona é idêntica à de um hidrocarboneto; apenas 
devemos substituir a terminação -o do hidrocarboneto pela terminação -ona. 
Deve-se numerar a cadeia principal de uma cetona, com 5 ou mais carbonos, 
começando-se pela extremidade mais próxima do carbono da carbonila. No caso 
de dicetonas, tricetonas, etc., devemos apenas acrescentar a terminação -diona, 
-triona, etc. ao nome do hidrocarboneto com o mesmo número de carbonos. 
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ÁCIDOS CARBOXÍLICOS 
Os ácidos carboxílicos são compostos que possuem como grupo funcional a 
carbonila (C=O), ligada a uma hidroxila (–OH), e que se denomina grupo 
carboxila. A carboxila pode ser representada por –COOH, ou ainda por –CO2H. 
Os ácidos carboxílicos constituem a função orgânica que possui maior caráter 
ácido na Química Orgânica. 
A nomenclatura de um ácido carboxílico é idêntica à de um hidrocarboneto. 
Apenas deve-se iniciar o nome do composto com a palavra ácido seguida do nome 
da cadeia principal e substituir a terminação -o do hidrocarboneto pela 
terminação -oico. Para numerar a cadeia principal de um ácido carboxílico, deve-
se começar pelo carbono da carboxila. No caso de diácidos, triácidos, etc. deve-
se, apenas, acrescentar a terminação -dioico, -trioico, etc., ao nome do 
hidrocarboneto com o mesmo número de carbonos. 
Exemplos: 
 
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A nomenclatura de um sal de ácido carboxílico é análoga à nomenclatura 
dos sais inorgânicos. A terminação -ico do ácido de origem é substituída por -ato 
seguida da preposição de e do nome do cátion. 
 
ÉSTERES 
São compostos derivados dos ácidos carboxílicos obtidos pela substituição 
do hidrogênio da carboxila por um radical carbônico. A reação entre um ácido 
carboxílico e um álcool (reação de esterificação) é uma das mais importantes 
para a obtenção dos ésteres. Tais compostos possuem o grupamento funcional 
carboxi. 
 
A nomenclatura de um éster é derivada da nomenclatura dos ácidos 
carboxílicos. Deve-se apenas substituir a terminação -ico do ácido carboxílico pela 
terminação -ato seguida da preposição de e do nome do radical ligado ao 
oxigênio. Para numerar a cadeia principal de um éster, deve-se começar pelo 
carbono do grupamento carboxi. 
 
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AMINAS 
São compostos derivados da amônia, NH3, pela substituição de um átomo 
de H (ou mais) por grupos carbônicos, em que o(s) carbono(s) que se liga(m) ao 
nitrogênio é(são) saturado(s). As aminas podem ser classificadas em: 
I - Aminas primárias: Nitrogênio ligado a apenas um átomo de carbono. 
II - Aminas secundárias: Nitrogênio ligado a dois átomos de carbono. 
III - Aminas terciárias: Nitrogênio ligado a três átomos de carbono. 
As aminas são os compostos de maior caráter básico na Química Orgânica. 
A nomenclatura de uma amina é formada pelos nomes dos grupos ligados ao 
átomo de nitrogênio, em ordem de complexidade, sendo que o grupo mais 
complexo recebe a terminação -amina. 
 
AMIDAS 
Compostos derivados dos ácidos carboxílicos por substituição da hidroxila 
de um nitrogênio, ou seja, o grupo funcional é constituído por um átomo de 
nitrogênio ligado a uma carbonila. Apesar de possuírem um átomo de oxigênio 
em seu grupo funcional, as amidas são consideradas compostos nitrogenados. 
As amidas podem ser classificadas em: 
I - Amidas não substituídas: Amidas em que o nitrogênio está ligado à carbonila 
e a dois hidrogênios. 
II - Amidas N-substituídas: 
-- amidas monossubstituídas: Amidas em que o nitrogênio está ligado à 
carbonila e a um grupo carbônico; 
-- amidas dissubstituídas: Amidas em que o nitrogênio está ligado à 
carbonila e a dois gruposcarbônicos. 
A nomenclatura de uma amida não substituída é derivada da nomenclatura 
dos ácidos carboxílicos. Deve-se substituir a terminação -ico do ácido carboxílico 
de origem pela terminação -amida. Na nomenclatura de uma amida N-
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substituída, escreve-se a letra N seguida do nome dos grupos ligados ao 
nitrogênio, um a um, em ordem de complexidade. Para numerar a cadeia de uma 
amida, deve-se começar pelo carbono do grupamento carbonila. 
 
NITROCOMPOSTOS 
São compostos orgânicos que apresentam o grupamento nitro (–NO2) 
ligado ao átomo de carbono. Os nitrocompostos podem ser considerados 
compostos derivados dos hidrocarbonetos pela substituição de um ou mais 
átomos de hidrogênio pelo grupamento nitro (–NO2). 
A nomenclatura de um nitrocomposto é formada antepondo-se o termo 
nitro- à nomenclatura do hidrocarboneto de origem. Entretanto, nos dinitros, 
trinitrocompostos, etc., deve-se apenas antepor os termos dinitro-, trinitro-, etc., 
ao nome do hidrocarboneto de origem. Para numerar a cadeia de um 
nitrocomposto, deve-se começar pela extremidade mais próxima do grupamento 
nitro. 
 
NITRILAS 
São compostos derivados do ácido cianídrico, HCN, pela substituição de um 
átomo de H por grupos carbônicos alquila ou arila. 
A nomenclatura de uma nitrila é formada pelo nome do hidrocarboneto de 
origem com a terminação -nitrila. 
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ISONITRILAS OU CARBILAMINAS 
São compostos derivados do ácido isocianídrico, HNC, pela substituição de 
um átomo de H por grupos carbônicos alquila ou arila. 
A nomenclatura de uma isonitrila é formada pelo nome do hidrocarboneto 
que origina o grupamento alquila ou arila ligado ao grupamento funcional 
isocianeto (–NC) com a terminação -isonitrila. 
 
ANIDRIDOS 
São compostos obtidos da desidratação intermolecular (acíclicos) ou 
intramolecular (cíclicos) dos ácidos carboxílicos. 
 
A nomenclatura de um anidrido é igual à nomenclatura do ácido carboxílico 
de origem, se o anidrido for simétrico (anidrido obtido a partir de moléculas de 
um único ácido carboxílico), trocando-se a palavra ácido pela palavra anidrido. 
Todavia, quando o anidrido é assimétrico, cita-se primeiramente o nome do ácido 
de menor cadeia carbônica. 
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CLORETOS DE ÁCIDOS 
São compostos derivados dos ácidos carboxílicos por substituição da 
hidroxila por cloro, ou seja, o grupo funcional é constituído de um átomo de cloro 
ligado a uma carbonila. Teoricamente, podemos considerá-los anidridos de ácidos 
carboxílicos e ácido clorídrico. Todavia, experimentalmente, essa reação direta 
não é verificada. A fórmula geral desses compostos é 
 
A nomenclatura de um cloreto de ácido é derivada da nomenclatura dos 
ácidos carboxílicos; deve-se citar o nome cloreto seguido da preposição de e 
substituir a terminação -ico do ácido carboxílico de origem pela terminação -ila. 
Para numerar a cadeia de um cloreto de ácido, deve-se começar pelo carbono do 
grupamento carbonila. 
 
HALETOS ORGÂNICOS 
São compostos orgânicos que possuem pelo menos um halogênio ligado 
diretamente a um carbono da cadeia carbônica. Os halogênios serão 
representados genericamente por X (X = F, Cl, Br e I). 
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A nomenclatura de um haleto orgânico é a mesma do hidrocarboneto de 
origem, considerando o halogênio como uma ramificação e não como um 
grupamento funcional. Assim, a ordem de importância para se numerar os 
carbonos da cadeia principal é insaturação > ramificação > halogênio. Na 
nomenclatura usual, usam-se as expressões cloreto de, brometo de, etc., 
seguidas do nome do grupamento orgânico ligado ao halogênio; (nome do 
halogênio) de (nome do grupo). 
 
PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DE COMPOSTOS ORGÂNICOS 
Os hidrocarbonetos possuem moléculas apolares ou praticamente apolares, 
já que as ligações entre carbonos são apolares e as ligações C—H, por sua vez, 
têm pouca polaridade. Dessa forma, as ligações intermoleculares mais 
importantes para tais compostos são as interações dipolo instantâneo-dipolo 
induzido (forças de London). 
Alcanos de cadeia linear com até quatro carbonos são gasosos a 25 ºC e 1 
atm; já os que apresentam de cinco a dezessete carbonos são líquidos e os com 
dezoito ou mais são sólidos nas mesmas condições. Os hidrocarbonetos são 
praticamente insolúveis em água e infinitamente miscíveis entre si. 
Os compostos formados apenas por ligações C—H e C—C costumam ser 
pouco reativos, pois essas ligações são intensas. No caso da presença de ligações 
C=C e C≡C, a reatividade química é bem maior, especialmente nas reações de 
adição e de oxidação. 
Em termos de propriedades físicas comuns, como temperatura de fusão e 
de ebulição, densidade e solubilidade, os compostos aromáticos são muito 
semelhantes a outros hidrocarbonetos. Entretanto, quando comparamos as 
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propriedades químicas, notamos que os arenos são menos reativos em relação a 
hidrocarbonetos que são também insaturados, porém alifáticos. Os arenos não 
sofrem reações de adição ou oxidação tão facilmente quanto os alcenos e alcinos. 
Com relação aos álcoois, o grupo hidroxila é bastante polar e as moléculas 
dos álcoois são capazes de realizar ligações de hidrogênio. Por esse motivo, os 
álcoois possuem temperaturas de fusão e de ebulição muito maiores que os dos 
hidrocarbonetos homólogos. Os álcoois de cadeia carbônica curta apresentam 
solubilidade expressiva em água. Os compostos pertencentes à função álcool são 
ácidos de Brönsted-Lowry tão fracos que não manifestam tal acidez em soluções 
aquosas, na maioria das vezes. Outras propriedades químicas dos álcoois serão 
discutidas posteriormente. 
Aldeídos e cetonas são semelhantes em suas propriedades físicas, mas 
diferentes em muitas propriedades químicas. A carbonila é um grupo funcional 
bastante polar, no entanto, as moléculas de aldeídos e cetonas não realizam 
ligações de hidrogênio entre si. Em vez disso, realizam, principalmente, 
interações dipolo-dipolo. Entretanto, os aldeídos e as cetonas podem fazer 
ligações de hidrogênio com outras moléculas em que há hidrogênio com núcleo 
exposto, como a água ou o etanol. 
Aldeídos e cetonas, em geral, possuem pontos de ebulição menores que os 
de álcoois homólogos e maiores que os de éteres com o mesmo número de 
carbonos na cadeia. Observa-se uma solubilidade em água considerável para 
alguns compostos carbonílicos, especialmente os de cadeia curta. 
Os éteres, apesar de serem compostos oxigenados, possuem propriedades 
físicas mais parecidas com as dos hidrocarbonetos do que com as dos álcoois e 
as dos fenóis. No caso dos éteres, as ligações intermoleculares podem ser as 
interações dipolo-dipolo ou então as interações dipolo instantâneo-dipolo 
induzido; não há possibilidade de formação de ligações de hidrogênio entre 
moléculas de éteres. 
Os ésteres, nas condições ambientes, se apresentam como líquidos ou 
sólidos, dependendo da quantidade de carbono. Os primeiros membros da série, 
os que apresentam baixa massa molecular, são líquidos incolores, de cheiro 
agradável. No entanto, à medida que se aumenta a massa molecular, vão se 
tornando líquidos xaroposos, viscosos e gordurosos, até se tornarem sólidos 
(aspectode cera), daí ocorre a perda de cheiro agradável. São compostos 
insolúveis em água, porém são solúveis em álcool, éter e clorofórmio. Como não 
apresentam pontes de hidrogênio, os ésteres têm ponto de ebulição menor que 
o dos álcoois e ácidos de mesma massa molecular. 
 
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1 - O composto mostrado a seguir é um aldeído que, em condições ambientes, é 
um gás incolor muito irritante com ponto de ebulição igual a -21 ºC. Ele é mais 
utilizado dissolvido em água, formando uma solução usada principalmente como 
conservante de corpos mortos. Infelizmente, ele tem sido usado em escovas 
progressivas para o alisamento de cabelos, mas esse uso é terminantemente 
proibido por lei, pois ele pode causar queda do cabelo, irritação, queimaduras, 
câncer e morte. 
 
Qual é a nomenclatura oficial segundo as regras da IUPAC para esse 
composto do qual estamos falando? 
a) formol. 
b) formaldeído. 
c) metanaldeído. 
d) metanal. 
e) etanal. 
2 – Sobre as regras de nomenclatura estabelecidas pela IUPAC para os compostos 
orgânicos, julgue os itens a seguir como verdadeiros ou falsos: 
a) As ramificações devem vir antes do prefixo. 
b) A cadeia carbônica deve ser numerada da extremidade mais próxima da 
característica mais importante do composto, na ordem: grupo funcional > 
insaturações > ramificações. 
c) Se a cadeia carbônica apresentar duas ou mais ramificações diferentes, elas 
devem ser indicadas em ordem de complexidade. 
d) A terminação que indica o grupo funcional dos álcoois é “al”. 
e) O tipo de ligação entre os carbonos é indicado pelo infixo (ligação simples = 
an, ligação dupla = en e ligação tripla = in). 
Resolução 
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1 - Letra D – Existe o nome oficial UIPAC e o nomes usuais. No caso o nome 
segundo as regras da UIPAC é metanal, mas também é chamado de formol e de 
formaldeído. 
2 – 
a) Correto - As ramificações devem vir antes do prefixo. 
b) Correto - A cadeia carbônica deve ser numerada da extremidade mais próxima 
da característica mais importante do composto, na ordem: grupo funcional > 
insaturações > ramificações. 
c) Errado - Se a cadeia carbônica apresentar duas ou mais ramificações 
diferentes, elas devem ser indicadas em ordem alfabética, e não em ordem de 
complexidade. 
d) Errado - A terminação que indica o grupo funcional dos álcoois é “ol”. “al” é a 
terminação do grupo dos aldeídos. 
e) Correto - O tipo de ligação entre os carbonos é indicado pelo infixo (ligação 
simples = an, ligação dupla = en e ligação tripla = in). 
Reatividade dos compostos orgânicos, reações de redução, oxidação, combustão, 
adição e substituição 
Os alcanos são usados como matéria-prima na síntese de muitas 
substâncias reativas. A partir do petróleo obtemos os alcanos, nos quais os 
químicos introduzem grupos reativos de átomos nas moléculas, um processo 
chamado de funcionalização. A funcionalização dos alcanos pode ser conseguida 
por reação de substituição, reação na qual um átomo ou grupo de átomos 
substitui um outro átomo ou grupo de átomos, no caso hidrogênio da molécula 
original. Um exemplo de reação de substituição é a reação entre metano e cloro. 
Uma mistura desses dois gases permanece estável indefinidamente na ausência 
de luz, mas, ao ser exposta à radiação ultravioleta ou ser aquecida acima de 
300ºC, os gases reagem explosivamente: 
CH4(g) + Cl2(g) → CH3Cl(g) + HCl(g) 
O cloro-metano, (CH3Cl), é apenas um dos produtos, formasse também, o 
dicloro-metano (CH2Cl2), o tricloro-metano (CHCl3) e tetracloro-metano (CCl4), 
especialmente em concentrações altas de cloro. 
Nos alquenos a reação química mais característica é a reação de adição, 
na qual átomos fornecidos pelo reagente formam ligações sigma com dois átomos 
da ligação dupla. No processo, perde-se uma ligação pi, um exemplo é a 
halogenação, isto é, a adição de dois átomos de halogênio a uma ligação dupla, 
como a formação do 1,2-dicloro-etano: 
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CH2=CH2 + Cl2 → CH2Cl-CH2Cl 
A adição do cloreto de hidrogênio para dar o cloro-etano é um exemplo de 
uma reação de hidro-halogenação: 
CH2=CH2 + HCl → CH3-CH2Cl 
O modelo que os químicos construíram para o mecanismo de adição aos 
alquenos é bastante diferente do das reações de substituição em alcanos. A 
diferença crucial entre os dois tipos de moléculas é a alta densidade de elétrons 
na região da ligação dupla. 
 
 Como os elétrons tem carga negativa, essa região corresponde a um 
acúmulo de carga negativa que pode atrair um reagente com carga positiva. Um 
reagente que é atraído para uma região de alta densidade eletrônica é chamado 
eletrófilo. O mecanismo de adição aos alquenos é o ataque eletrófilo nos átomos 
de carbono da ligação dupla. Um eletrófilo pode ser uma espécie com carga 
positiva ou pode ser uma espécie com carga parcial positiva, ou que adquire carga 
parcial positiva no decorrer da reação. 
As reações de oxidação dos compostos de carbono devem ser catalisadas 
por um agente oxidantes. São simbolizados por [O] e podem ser o permanganato 
de potássio (KMnO4), dicromato de potássio (K2Cr2O7) ou o tetraóxido de ósmio 
(OsO4). 
A oxidação branda se dá com o uso de uma solução aquosa de 
permanganato de potássio diluída, neutra ou levemente básica, a frio, que se 
decompõe, originando oxigênio atômico. Esse oxigênio atuará como o agente 
oxidante, desfazendo a ligação pi da dupla ligação do alqueno e se ligando aos 
carbonos. O produto será um diálcool (diol ou glicol). 
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A diferença dessa oxidação para a anterior é que na oxidação energética a 
solução de permanganato de potássio está em meio ácido e quente. Desse modo, 
a decomposição do permanganato, para originar o oxigênio atômico, se processa 
de modo mais energético. 
Além disso, a oxidação do alqueno também é mais energética, pois as duas 
ligações da ligação dupla são rompidas e os átomos de oxigênio se ligam ao 
carbono, podendo gerar os seguintes produtos: 
- se o carbono da dupla for terciário: o produto será uma cetona; 
- se o carbono da dupla for secundário: o produto será um ácido carboxílico; 
- se o carbono da dupla for primário: o produto será o ácido carbônico, que se 
decompõe em dióxido de carbono (CO2) e água (H2O). 
Exemplo: 
 
A reação de combustão, também é uma reação de oxidação, além disso 
é uma reação química exotérmica, ou seja, libera calor para o ambiente. Esse 
tipo de reação é muito comum, já que a maioria da energia que consumimos é 
derivada da queima de combustíveis. Por exemplo: gás de cozinha, gasolina, 
óleos e outros são todos obtidos a partir da destilação de petróleo, por isso 
recebem a classificação de hidrocarbonetos. Esses compostos são formados 
somente por carbono e hidrogênio, e para que uma combustão ocorra é 
necessário um comburente: o gás oxigênio. 
Na reação de combustão dos hidrocarbonetos ocorre a formação de gás 
carbônico (CO2) e água, a energia é liberada sob a forma de calor. Veja a equação 
de combustão do metano: 
CH4(g)+ O2(g) → CO2(g) + H2O(l) 
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A reação gerou apenas dióxido de carbono e água. 
Quando elementos como carbono, nitrogênio, enxofre e ferro são 
queimados, dão origem a óxidos: a queima do carbono irá gerar o dióxido ou 
monóxidode carbono (CO2, CO), a combustão do nitrogênio dará origem aos 
óxido de nitrogênio (NO, NO2, N2O...), a queima de enxofre irá gerar dióxido de 
enxofre (SO2) e a do ferro irá gerar óxido de ferro III (Fe2O3). 
Existe, também, a ozonólise, Como o próprio nome indica, o agente 
oxidante utilizado para romper a dupla ligação do alceno é o ozônio (O3). Quando 
a dupla ligação é quebrada, os carbonos passam a se ligar com os oxigênios do 
ozônio, produzindo o ozoneto, que é instável e explosivo. 
O ozonídeo, por sua vez, reage com água na presença de um agente 
redutor, como o zinco, e origina aldeídos e cetonas. Genericamente, temos: 
 
Exemplo: 
 
A reação de redução promove uma transformação química em que 
remove do substrato átomos eletronegativos, como o oxigênio ou halogênio, e, 
no processo ocorre adição de hidrogênio. Os agentes redutores mais importantes 
são: hidreto de alumínio e lítio, LiAlH4 e o boroidreto de sódio, NaBH4. Estes 
redutores são solúveis na maioria dos solventes orgânicos. O LiAlH4 reage de 
forma violenta com água e se decompõe explosivamente quando aquecido acima 
de 120º. 
 
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1 - (UESPI) A hidrogenação catalítica de uma ligação dupla é caracterizada como 
uma reação de: 
a) eliminação. 
b) adição. 
c) transesterificação. 
d) de saponificação. 
e) substituição. 
Resolução 
Letra B - Pois hidrogenação é uma reação característica de adições. 
2- (Cesgranrio-RJ) É dada a reação: 
 
Reação de sulfonação do benzeno 
que é classificada como uma reação de: 
a) adição. 
b) ciclo-adição. 
c) condensação. 
d) eliminação. 
e) substituição. 
Resolução 
Letra E – o hidrogênio do benzeno foi substituído pelo grupo (SO3H). 
 
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Glicídios, lipídios, aminoácidos, proteínas, ácidos nucléicos 
Os glicídios podem ser chamados, também, de carboidratos. Esta 
denominação ocorre por serem hidratos de carbono. Os carboidratos abrangem 
um dos grandes grupos de biomoléculas na natureza, além de serem a mais 
abundante fonte de energia, atuam como elementos estruturais da parede celular 
e como sinalizadores no organismo. Como exemplo de alimentos ricos em 
carboidratos temos: tubérculos, cereais, pães, farinhas, doces, frutas. 
Os carboidratos exercem funções importantes como: 
- Fonte de energia: os carboidratos servem como combustível energético para o 
corpo, sendo utilizados para acionar a contração muscular, assim como todas as 
outras formas de trabalho biológico. São armazenados no organismo humano sob 
a forma de glicogênio e nos vegetais como amido. 
- Preservação das proteínas: as proteínas desempenham papel na manutenção, 
no reparo e no crescimento dos tecidos corporais, podendo inclusive ser fonte de 
energia alimentar. Quando as reservas de glicogênio estão reduzidas, a produção 
de glicose começa a ser realizada a partir da proteína. Isto acontece muito no 
exercício prolongado e de resistência. Consequentemente há uma redução 
temporária nas "reservas" corporais de proteína muscular. Em condições 
extremas, pode causar uma redução significativa no tecido magro (perda de 
massa muscular). 
- Proteção contra corpos cetônicos: se a quantidade de carboidratos é insuficiente 
devido a uma dieta inadequada ou pelo excesso de exercícios, o corpo mobiliza 
mais gorduras, que também atuam na produção de energia, para o consumo (do 
mesmo modo como faz com as proteínas). Isso pode resultar no acúmulo de 
substâncias ácidas (corpos cetônicos), prejudiciais ao organismo. 
- Combustível para o sistema nervoso central: carboidratos são os combustíveis 
do sistema nervoso central, sendo essenciais para o funcionamento do cérebro, 
cuja única fonte energética é a glicose. Primariamente o combustível, glicose, vai 
para o cérebro, medula, nervos periféricos e células vermelhas do sangue. Assim, 
uma ingestão insuficiente pode trazer prejuízos não só ao sistema nervoso 
central, mas ao organismo em geral. 
Carboidratos importantes 
Frutose: encontrada principalmente nas frutas e no mel. É o mais doce dos 
açúcares simples. Fornece energia de forma gradativa, por ser absorvida 
lentamente, o que evita que a concentração de açúcar no sangue (glicemia) 
aumente muito depressa. 
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Glicose: resultado da "quebra" de carboidratos mais complexos, polissacarídeos, 
encontrados nos cereais, frutas e hortaliças. É rapidamente absorvida, sendo 
utilizada como fonte de energia imediata ou armazenada no fígado e no músculo 
na forma de glicogênio muscular. 
 
Sacarose: encontrada na cana-de-açúcar e na beterraba. É o açúcar mais 
comum, formado por glicose e frutose. Tem rápida absorção e metabolização, 
eleva glicemia e fornece energia imediata para a atividade física, contribui para 
a formação das reservas de glicogênio. 
 
Lactose: principal açúcar presente no leite, sendo de 5 a 8% no leite humano e 
de 4 a 5% no leite de vaca. É composto por glicose e galactose, sendo o açúcar 
menos doce. 
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Amido: O amido é composto por dois tipos de polímeros de glicose: a amilose e 
a amilopectina. É um polissacarídeo encontrado nos vegetais, como cereais, 
raízes, tubérculos, leguminosas e outros. Constitui a principal fonte dietética de 
carboidrato. 
 
Celulose: como os outros materiais fibrosos, é resistente às enzimas digestivas 
humanas, não sendo digerida. Um de seus papéis é ajudar no bom funcionamento 
do intestino, formando o bolo fecal. É encontrada exclusivamente nas plantas e 
constitui a parte estrutural das folhas, caules, raízes, sementes e cascas de 
frutas. 
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Os carboidratos podem ser divididos em três classes principais de acordo 
com o número de ligações glicosídicas: monossacarídeos, oligossacarídeos e 
polissacarídeos. 
- monossacarídeos são os carboidratos mais simples. Apresentam de 3 a 7 
carbonos em sua estrutura, havendo uma proporção entre esses átomos e os 
átomos de hidrogênio, obedecendo uma fórmula geral, onde há um carbono para 
cada dois hidrogênios e um oxigênio: Cn(H2O)n. Se um monossacarídeo tiver 4 
átomos de carbono, ele terá 8 átomos de hidrogênio e 4 átomos de oxigênio. 
Os monossacarídeos recebem o sufixo –ose, A imagem a seguir mostra a 
glicose e a frutose, os dois monossacarídeos mais abundantes na natureza. 
 
- oligossacarídeos são carboidratos formados pela união de no máximo dez 
monossacarídeos. Os mais comuns são os dissacarídeos, dos quais se destacam 
a sacarose (açúcar da cana) e a lactose (açúcar do leite), ambos representados 
na imagem a seguir. 
http://www.infoescola.com/nutricao/carboidrato/
http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/hidrogenio/
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- polissacarídeos são açúcares contendo mais de 20 unidades, os quais podem 
possuir milhares de monossacarídeos e são a forma predominante dos 
carboidratos na natureza. A diferenciação é dada pela unidade monomérica, 
comprimento e ramificação das cadeias. Quando os polissacarídeos contêm 
apenas um tipo de monossacarídeo, ele é denominado de homopolissacarídeo. 
Se estiverem presentes dois ou mais tipos demonossacarídeos, o resultado é um 
heteropolissacarídeo. Podemos ver uma representação deles na imagem a seguir: 
 
Lipídios 
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Os lipídeos são considerados um tipo de gordura de origem biológica, 
insolúvel em água, e compostos, principalmente, por ácidos graxos. Além da 
função energética, possuem um papel importante no nosso organismo, estão 
presentes em vários alimentos como a margarina, maionese, milho, aveia, óleos 
de soja, entre outros. 
 
Ácido graxo é um ácido carboxílico (COOH) de cadeia alifática. Estes ácidos 
são produzidos quando as gorduras são quebradas. 
 
Como observado na representação geral acima, os ácidos graxos são ácidos 
monocarboxílicos, ou seja, apresentam apenas um grupo carboxila. 
Os lipídios possuem quatro funções básicas nos organismos: 
- Fornecimento de energia para as células. Entretanto, estas preferem utilizar 
primeiramente a energia fornecida pelos glicídios. 
- Alguns tipos de lipídios participam da composição das membranas celulares. 
- Nos animais endodérmicos, atuam como isolantes térmicos (aves e mamíferos). 
- Facilitação de determinadas reações químicas que ocorrem no organismo dos 
seres vivos. Possuem esta função os seguintes lipídios: hormônios sexuais, 
vitaminas lipossolúveis (vitaminas A, K, D e E) e as prostaglandinas. 
Os lipídios são classificados em simples, compostos e derivados. Os lipídios 
simples são compostos que por hidrólise total dão origem somente a ácidos 
graxos e álcoois. Esta categoria inclui os óleos e gorduras, representados pelos 
ésteres de ácidos graxos e glicerol, sendo denominados acilgliceróis; e as ceras, 
ésteres de ácidos graxos e monohidroxiálcoois de alto peso molecular geralmente 
de cadeia linear. 
http://www.infoescola.com/quimica/acidos-carboxilicos/
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Os lipídios compostos são aqueles que contêm outros grupos na molécula, 
além de ácidos graxos e álcoois. Este grupo inclui os fosfolipídios, que consistem 
de ésteres de ácidos graxos, que contêm ainda na molécula ácido fosfórico e um 
composto nitrogenado; e os cerebrosídios, compostos formados por ácidos 
graxos, um grupo nitrogenado e um carboidrato. 
 
São chamados lipídios derivados as substâncias obtidas na sua maioria por 
hidrólise dos lipídios simples e compostos. Este grupo inclui ácidos graxos; 
alcoóis, como glicerol, alcoóis de cadeia reta de alta massa molecular, e esteróis; 
hidrocarbonetos; vitaminas lipossolúveis; pigmentos; e compostos nitrogenados, 
entre os quais colina, serina, esfingosina e aminoetanol. 
 
Por fim, os lipídios podem ser encontrados em alimentos de origem vegetal 
e animal. Os de origem vegetal podem ser encontrados na soja, margarina, óleos 
(soja, canola, girassol, milho, etc), azeite de oliva, nozes, avelã, amêndoas, 
amendoim, castanha de caju, abacate, coco. Já os lipídios de origem animal, são 
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ricos em colesterol e podem ser encontrados na manteiga, no creme de leite, na 
nata, no bacon, no toucinho, na banha. Os lipídios, de origem animal ou vegetal, 
podem fazer bem a saúde, dependendo do quão a dieta seja saudável e 
equilibrada. 
Aminoácidos e proteínas 
Os aminoácidos, como o próprio nome já diz, são moléculas que possuem 
em suas estruturas as funções amina e ácido carboxílico. Estes compostos 
possuem caráter anfótero, o que significa que podem se comportar como ácidos 
ou bases ao mesmo tempo, de acordo com o meio e com o processo ao qual são 
submetidos. A acidez é provocada pelo grupo ácido carboxílico (-COOH) e a 
basicidade provocada pelo grupo amina (-NH2). Um exemplo de aminoácido é a 
glicina que segue representada na imagem a seguir: 
 
No que tange aos tipos de aminoácidos, existem aqueles essenciais, mas não 
podem ser sintetizados pelo corpo humano e devem ser obtidos a partir de 
alimentos, como por exemplo, a isoleucina, a lisina, entre outros e os 
aminoácidos não essenciais, que são aqueles que podem ser sintetizados pelos 
seres humanos, como a cisteína, a glicina e outros mais. 
Os aminoácidos principais dentro de nosso estudo são os chamados α-
aminoácidos, que apresentam fórmula geral R – CH- (NH2)- COOH na qual R é 
um radical orgânico. O ponto de destaque nesse tipo de compostos é que o 
mesmo carbono está ligado aos grupos amina e carboxila. Os vinte tipos de 
aminoácidos que compõem as proteínas naturais se classificam como α-
aminoácidos. 
As proteínas são polímeros que são obtidos a partir da condensação dos α-
aminoácidos, quando o grupo hidroxila do ácido e um dos átomos hidrogênio do 
grupo amino são eliminados na forma de água. Um exemplo disso se segue 
reação a seguir: 
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A ligação entre os dois aminoácidos é chamada de ligação peptídica e possui 
o grupo –CO-NH-, ou seja, representa a função orgânica amida. Uma cadeia de 
aminoácidos forma um polipeptídeo e, quando estas são muito grandes 
(basicamente entre 100 e 10000 aminoácidos), temos as proteínas. 
A estrutura primária de uma proteína é a sequência de aminoácidos unidos 
por ligações peptídicas. A estrutura secundária se refere ao arranjo espacial das 
formas repetitivas dos aminoácidos, sendo as mais comuns denominadas folha 
pregueada ou hélices. Estas estruturas se mantém unidas principalmente pela 
existência das ligações de hidrogênio existentes entre aminoácidos adjacentes. 
Quando temos aminoácidos de pontos distantes da molécula se unindo, a 
estrutura secundária pode se dobrar, espiralar (formando superhélices) ou 
enovelar (formando o que chamamos de glóbulos) criando o que chamamos de 
estrutura terciária das proteínas que podem ser estabilizadas por ligações iônicas, 
covalentes, hidrofóbicas (grupos apolares repelidos pela água que ficam próximos 
um dos outros) ou pelas ligações de hidrogênio de acordo com o composto 
tratado. Por fim, a estrutura quaternária ocorre quando superhélices ou glóbulos 
da estrutura terciária unem-se entre si, se mantendo ligadas pelas mesmas 
ligações das estruturas terciárias. 
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Dentro da categoria proteínas, uma espécie muito importante são as 
enzimas. As enzimas são proteínas especializadas na catálise de reações 
bioquímicas e estão entre as biomoléculas mais notáveis devido a sua 
extraordinária especificidade e poder catalítico, que são muito superiores aos dos 
catalisadores produzidos em laboratório, sendo responsáveis por catalisar 
praticamente todas as reações que caracterizam o metabolismo celular. 
No funcionamento de uma enzima, dois aspectos precisam ser considerados 
como fatores influentes: 
- temperatura: Quanto maior a temperatura, maior a velocidade da reação, até 
se atingir a temperatura ótima; a partir dela, a atividade volta a diminuir, por 
desnaturação da molécula. 
- pH: da mesma forma que a temperatura; existe um pH ótimo, onde a 
distribuição de cargas elétricas da molécula da enzima e, em especial do sítio 
catalítico, é ideal para a catálise. 
Para o efetivo funcionamento da enzima, a mesma deve encontrar seu 
substrato. A especificidade entre enzima e substrato se deve à existência, na 
superfície da enzima de um local denominado sítio de ligação do substrato que é 
dado por um arranjo tridimensional especial dos aminoácidosde uma 
determinada região da molécula, geralmente complementar à molécula do 
substrato, e ideal espacial e eletricamente para a ligação do mesmo. 
O sítio de ligação do substrato é capaz de reconhecer a orientação espacial 
do composto. Este sítio pode conter um segundo sítio, chamado sítio catalítico ou 
sítio ativo, ou estar próximo dele; é neste sítio ativo que ocorre a reação 
enzimática. 
Nesse processo de encontro com o substrato, o modelo mais comum é o 
modelo chave/fechadura, no qual a enzima se encaixa de maneira perfeita em 
seu substrato como se fosse uma chave inserida em sua fechadura. Mas, também 
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existem outros modelos como o do ajuste induzido que diz que a enzima se 
ajustaria ao substrato quando da aproximação entre eles. 
 
Ácidos nucléicos 
Os ácidos nucléicos são macromoléculas, formadas por unidades 
monoméricas menores conhecidas como nucleotídeos. Cada nucleotídeo, por sua 
vez, é formado por três partes: 
- um açúcar do grupo das pentoses (monossacarídeos com cinco átomos de 
carbono); 
- um radical “fosfato”, derivado da molécula do ácido fosfórico (H3PO4). 
- uma base orgânica nitrogenada (pirimídica). 
 
Exemplos de bases nitrogenadas: 
 
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Os ácidos nucleicos são assim denominados por apresentarem caráter 
ácido, além de terem sido, inicialmente, identificados no interior do núcleo da 
célula. Atualmente sabemos que os ácidos nucleicos podem ser encontrados tanto 
dentro quanto fora do núcleo, e que são eles os responsáveis pela herança 
biológica. 
Existem dois tipos de ácidos nucleicos, o DNA (sigla em inglês 
de desoxiribonucleic acid) ou (ácido desoxirribonucleico), que além do núcleo, 
pode ser encontrado na mitocôndria e no cloroplasto, e o RNA (sigla em inglês 
de ribonucleic acid) ou (ácido ribonucleico), que além do núcleo, pode ser 
encontrado no nucléolo, nos ribossomos, no citosol, nas mitocôndrias e nos 
cloroplastos. 
 
A estrutura em dupla hélice do DNA foi descoberta em 1953 por James 
Watson e Francis Crick. A importância dessa descoberta, talvez a mais importante 
da história da Ciência moderna, reside no fato do DNA de cada célula conter toda 
a informação genética para as características e funções da mesma. 
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Com o rápido desenvolvimento científico e tecnológico na área de 
Biotecnologia, em grande parte iniciado por essa descoberta, diversos aspectos 
da sociedade moderna estão sendo afetados. 
 
1- (IME) assinale a alternativa correta. 
a) Os carboidratos, também conhecidos como glicídios, são ésteres de ácidos 
graxos superiores. 
b) Os carboidratos mais simples são os monossacarídeos que, em virtude de 
sua simplicidade estrutural, podem ser facilmente hidrolisados. 
c) Os lipídios são macromoléculas altamente complexas, formadas por 
centenas de milhares de ácidos graxos que se ligam entre si por intermédio 
de ligações peptídicas. 
d) As enzimas constituem uma classe especial de glicídios indispensáveis a 
vida, pois atuam como catalizadores em diversos processos biológicos. 
e) A sequência de aminoácidos em uma cadeia proteica é denominada 
estrutura primaria da proteína. 
Resolução 
a) Errada – ésteres de ácidos graxos são triglicerídeos e não carboidratos. 
b) Errada – os monossacarídeos não podem ser hidrolisados. 
c) Errada – as proteínas podem ter ligações peptídicas, não os lipídios. 
d) Errada – as enzimas são uma classe especial de proteínas. 
e) Correta – a sequência de aminoácidos em uma cadeia proteica é 
denominada estrutura primaria da proteína 
Tecnologias associadas à química orgânica: petroquímica, polímeros sintéticos, 
aditivos em alimentos, agroquímica, drogas, medicamentos e biotecnologia 
Petroquímica 
O petróleo é um dos recursos naturais dos quais a nossa sociedade é 
bastante dependente. Muito antes de Cristo, o petróleo já era transportado, 
vendido e procurado como útil e precioso produto comercial. 
Ao longo de milhares de anos, restos de animais e vegetais mortos 
depositaram-se no fundo de lagos e mares e, lentamente, foram cobertos por 
sedimentos. Ao longo do tempo geológico, a matéria orgânica, sob altas pressão 
e temperatura, sofreram complexas reações químicas, formando o petróleo. 
O óleo acumula-se junto ao gás natural, formando bolsões entre rochas 
impermeáveis ou impregnando rochas de origem sedimentar, de onde são 
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extraídos. Tais locais são denominados bacias. No Brasil, a bacia de Campos-RJ 
é responsável por 80% da produção nacional, sendo a mais importante do país. 
Após a extração, o óleo é encaminhado para as refinarias, onde seus 
componentes são separados através de processos como a destilação. Essa 
separação envolve a vaporização de um líquido por aquecimento, seguida da 
condensação de seu vapor na coluna de fracionamento provida de várias 
bandejas. A temperatura da coluna varia com a altura, sendo que no topo se 
encontra a menor temperatura. À medida que os vapores sobem na coluna, a 
temperatura diminui, permitindo que as frações voltem ao estado líquido e sejam 
retiradas. Nas refinarias, essas colunas são substituídas por enormes torres, 
chamadas de torres de fracionamento. O esquema a seguir mostra algumas 
frações retiradas do petróleo, sua constituição e sua faixa de temperaturas de 
ebulição: 
 
Por este método, são obtidas novas frações do resíduo líquido: gasolina, 
nafta, querosene, óleos lubrificantes, parafinas, graxas e resíduos. O resíduo 
pode ser submetido ao craqueamento. Processo químico que consiste na quebra 
de moléculas de cadeias longas, obtendo-se moléculas menores. Esse 
procedimento possibilita o aproveitamento quase integral do petróleo, 
propiciando uma economia expressiva e permitindo a obtenção de maiores 
quantidades de produtos químicos que serão transformados em diversos 
materiais essenciais para a nossa sociedade moderna. 
As principais substâncias extraídas ou produzidas do petróleo são: 
- Gás natural – É encontrado no subsolo terrestre ou marítimo e é constituído por 
uma mistura de hidrocarbonetos (substâncias constituídas por átomos de carbono 
e hidrogênio apenas). Cerca de 70% da mistura é formada pelo gás metano 
(CH4). O gás natural é muito usado como combustível nas indústrias, residências 
e veículos. Fazem também parte da composição do gás natural o etano (C2H6) o 
propano (C3H8), butano (C4H10), nitrogênio (N2), oxigênio (O2), além de 
compostos de enxofre. 
 Química - Oficial- CBM - DF 
Aula 13 – Química Orgânica 
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- Nafta –É proveniente do petróleo e é utilizado como matéria-prima na indústria 
petroquímica, na fabricação de eteno (C2H4) e propeno (C3H6), além de outros 
compostos mais complexos como benzeno, tolueno e xilenos. 
- Gasolina - é um dos produtos de maior valor agregado do petróleo, sendo um 
líquido inflamável e volátil. Consiste de uma mistura de hidrocarbonetos 
constituídos de cinco a nove carbonos. Ela é obtida primeiramente pelo processo 
físico de destilação e também por processos químicos nas refinarias. 
- Querosene - é uma fração intermediária entre a gasolina e o óleo diesel. Os 
hidrocarbonetos que compõem o querosene possuem em média 12 carbonos. Ele 
derivado é obtido da destilação fracionada do petróleo in natura, com 
temperatura de ebulição variando

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