Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Licensed to Adriana Evangelista Da Silva - adryana.evan@gmail.com - 013.161.792-30 2 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO Vem do latim curriculum e significa “corrida” ou “pista de corrida”. As concepções de currículo estão associadas a determinado momento histórico a está ligada a questões como: • Que ser humano se quer construir? • Para que tipo de sociedade? • Que conhecimento deve ser reconhecido, validado e selecionado para as escolas? • Quem deve selecionar o conhecimento escola? O currículo é um documento de identidade. (Silva, 2009) Etimologicamente: Vem do Latim “CURRICULUM” e significa “O ato de correr, percurso”. Licensed to Adriana Evangelista Da Silva - adryana.evan@gmail.com - 013.161.792-30 3 Licensed to Adriana Evangelista Da Silva - adryana.evan@gmail.com - 013.161.792-30 4 Licensed to Adriana Evangelista Da Silva - adryana.evan@gmail.com - 013.161.792-30 5 Licensed to Adriana Evangelista Da Silva - adryana.evan@gmail.com - 013.161.792-30 6 Licensed to Adriana Evangelista Da Silva - adryana.evan@gmail.com - 013.161.792-30 7 CURRÍCULO FORMAL OU PRESCRITO Estabelecido pelos Órgãos Oficiais e Sistemas de Ensino. É aquele que existe em toda instituição de ensino, sendo o mesmo elaborado por órgãos políticos administrativos ou nos gabinetes das secretarias federais, estaduais e municipais, funcionando como referência básica a toda organização, prescrição ou orientação do currículo escolar garantido uma educação de qualidade a todos os cidadãos É tudo aquilo que é imposto pelo sistema de ensino, como: • LDB; • DCN; • Proposta; É o currículo em sua forma mais idealizada. Ele é “prescrito” porque é pensado fora das especificidades de uma sala de aula, quer dizer, vem antes do contato efetivo entre professores(as) e estudantes. Aparece, por exemplo, nas diversas formas de diretrizes curriculares (nacionais, estaduais, de educação especial etc.) e constitui-se de um conjunto de conhecimentos que a escola e o sistema de ensino julgam imprescindíveis para os(as) estudantes em determinada disciplina ou em determinado ano escolar. Licensed to Adriana Evangelista Da Silva - adryana.evan@gmail.com - 013.161.792-30 8 CURRÍCULO REAL OU EM AÇÃO É aquele que, de fato, acontece dentro da sala de aula. Flexível e produzido na perspectiva da sala de aula, como por exemplo o PPP e os Planos de aula; O que será realizado em sala, ou seja, é o planejamento de aula que o professor faz e vai praticar em sala de aula. Muitas modificações nesse processo podem ocorrer. É o planejamento e ação. É aquele observado nas práticas diariamente desenvolvidas pelos sujeitos; É aquele desenvolvido com base nas orientações oficiais e adequado a realidade dos estudantes. O “currículo real” é o conjunto de conhecimentos prescritos pelas instituições de educação, ao ganhar efetividade no dia a dia da sala de aula, nas relações que se estabelecem entre professores(as) e estudantes, nas particularidades de suas vivências e de suas maneiras de pensar. Ele é composto, por exemplo, de todas aquelas adaptações feitas cotidianamente pelo professor que percebe que um determinado assunto despertou o interesse dos(as) estudantes, ou das estratégias usadas para aproximar a temática de suas realidades. CURRÍCULO OCULTO São as influências das experiências culturais que geram implicitamente aprendizagens relevantes. São todas as manifestações em ambiente escolar. São as simbologias que formam o ambiente escolar que não estão expressos em palavras ou não estão formalmente no papel. A bagagem cultural, que inclui vivências, experiências que cada estudante adquire em sua trajetória de vida e traz para dentro da sala de aula. Refere-se à cultura, símbolos. O “currículo oculto”, é constituído por todos os saberes que não estão prescritos nas diretrizes curriculares, mas que acabam por afetar, positiva ou negativamente, o processo de aprendizagem dos conhecimentos escolares. São os conhecimentos adquiridos fora da escola, com a família, os amigos; ou, ainda, no espaço escolar, nas brincadeiras dos corredores, na forma de dispor as carteiras, na maneira de se comportar diante de professores(as) e colegas etc. Licensed to Adriana Evangelista Da Silva - adryana.evan@gmail.com - 013.161.792-30 9 TEORIA TRADICIONAL • De acordo com as perspectivas tradicionais, o currículo era concebido como uma questão simplesmente técnica, pois se resumia em discutir as melhores e mais eficientes formas de organizá-lo e aceitar mais facilmente o status quo, os conhecimentos e os saberes dominantes pretendendo ser apenas teorias neutras, científicas ou desinteressadas. • Tem como objetivo principal preparar para aquisição de habilidades intelectuais através de práticas de memorização. • Esse tipo de currículo teve origem nos Estados Unidos e tem como base a tendência conservadora, baseada nos princípios de Taylor, esse que igualava o sistema educacional ao modelo organizacional e administrativo das empresas. • O currículo é neutro, tendo como principal foco garantir que a escola funcionasse como uma fábrica. • O currículo era uma questão de organização e ocorria de forma burocrática e mecânica. • O currículo das teorias tradicionais buscava garantir o controle social, preparando futuros trabalhadores. • As teorias tradicionais visavam a eficiência, focando em questões técnicas e ideias vindas das indústrias. • Nela o professor é o centro do processo de ensino-aprendizagem, transmissor de conteúdos, detentor do conhecimento. • O aluno é passivo; • Os conteúdos são verdades absolutas voltados para a manutenção do status quo. • Os currículos buscavam manter a objetividade e neutralidade, no sentido de fazer da escola um ambiente a parte de temas sociais, tais como pobreza e desigualdade social. Licensed to Adriana Evangelista Da Silva - adryana.evan@gmail.com - 013.161.792-30 10 TEORIA CRÍTICA As teorias críticas de currículo basearam o seu plano teórico nas concepções marxistas e também nos ideários da chamada Teoria Crítica, vinculada a autores da Escola de Frankfurt, notadamente Max Horkheimer e Theodor Adorno. Outra influência importante foi composta pelos autores da chamada Nova Sociologia da Educação, tais como Pierre Bourdieu e Louis Althusser. Esses autores conheceram uma maior crescente de suas teorias na década de 1960, compreendendo que tanto a escola como a educação em si são instrumentos de reprodução e legitimação das desigualdades sociais propriamente constituídas no seio da sociedade capitalista. Nesse sentido, o currículo estaria atrelado aos interesses e conceitos das classes dominantes, não estando diretamente fundamentado ao contexto dos grupos sociais subordinados. Questiona o que parece natural, mas não soluciona (enxerga as desigualdades sociais, a “neutralidade” do currículo e conhecimento reconhecendo que precisa transformar). • Argumenta que não existe uma teoria neutra, já que toda teoria está baseada nas relações de poder. Isso está implícito nas disciplinas e conteúdos que reproduzem a desigualdade social que fazem com que muitos alunos saem da escola antes mesmo de aprender as habilidades das classes dominantes. • Percebe o currículo como um campo que prega a liberdade e um espaço cultural e social de lutas. • A função do currículo, mais do que um conjunto coordenado e ordenado de matérias, seria a de conter uma estrutura crítica que permitisse uma perspectiva libertadora e conceitualmente crítica em favorecimento das massas populares. • Mostram que os sujeitos são atores e não simplesmente produtos do meio social onde vivem; • Manifestam que há uma relação direta entre o conhecimento e o controle das camadas subalternas e uma reprodução social e cultural sendo legitimada no currículo, por meio dos conhecimentos tidos como indispensáveis. Licensed to Adriana Evangelista Da Silva - adryana.evan@gmail.com - 013.161.792-30 11 TEORIA PÓS-CRÍTICA • Emergiram a partir das décadasde 1970 e 1980, partindo dos princípios da fenomenologia, do pós-estruturalismo e dos ideais multiculturais. • Nessa perspectiva o currículo é tido como algo que produz uma relação de gêneros, pois predomina a cultura patriarcal. • Essa teoria critica a desvalorização do desenvolvimento cultural e histórico de alguns grupos étnicos e os conceitos da modernidade, como razão e ciência. • Outra perspectiva desse currículo é a fundamentação no pós-estruturalismo que acredita que o conhecimento é algo incerto e indeterminado. • Questiona também o conceito de verdade, já que leva em consideração o processo pelo qual algo se tornou verdade. • As teorias pós-críticas consideravam que o currículo tradicional atuava como o legitimador dos modus operandi dos preconceitos que se estabelecem pela sociedade. Assim, a sua função era a de se adaptar ao contexto específico dos estudantes para que o aluno compreendesse nos costumes e práticas do outro uma relação de diversidade e respeito. Além do mais, em um viés pós-estruturalista, o currículo passou a considerar a ideia de que não existe um conhecimento único e verdadeiro, sendo esse uma questão de perspectiva histórica, ou seja, que se transforma nos diferentes tempos e lugares. • Provoca análises das diferenças que são geradas pelas desigualdades. Ensina a Tolerância e o Respeito. • O currículo não está relacionado só com saberes e competências, mas: valores, papéis, costumes, práticas compartilhadas, relações de poder, participação e gestão. • A escola é o ponto de partida, o espaço de cultura da sociedade para o conhecimento em torno de temas, projetos, PPP, construídos coletivamente através de uma relação dialética. Licensed to Adriana Evangelista Da Silva - adryana.evan@gmail.com - 013.161.792-30 12 Licensed to Adriana Evangelista Da Silva - adryana.evan@gmail.com - 013.161.792-30 Licensed to Adriana Evangelista Da Silva - adryana.evan@gmail.com - 013.161.792-30
Compartilhar