Atenção e suas alterações

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FACULDADE SANTA MARIA 
Psicologia 
 
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E SUAS ALTERAÇÕES 
 A atenção se refere ao conjunto de 
processos psicológicos que torna o ser 
humano capaz de selecionar, filtrar e 
organizar as informações em unidades 
controláveis e significativas. 
 A atenção e a consciência são 
parceiras. 
• Você só tem atenção se tiver um 
nível de consciência. 
 
 
 
Há dois tipos básicos de atenção: 
ATENÇÃO VOLUNTÁRIA 
Exprime a concentração ativa e 
intencional da consciência sobre um 
objeto. O indivíduo pode escolher focar 
em algo. 
ATENÇÃO ESPONTÂNEA 
Suscitado pelo interesse momentâneo 
incidental. Também conhecida como 
vigilância, essa atenção serve como 
autodefesa. 
Quanto a direção da atenção: 
 EXTERNA: projetada para o mundo 
exterior ou para o corpo, não sensorial. 
 INTERNA: Voltada para processos 
mentais, reflexiva, introspectiva e 
meditativa. 
 
Em relação a amplitude: 
- ATENÇÃO FOCAL: O indivíduo presta 
atenção só em um ponto determinado e 
relativamente delimitado e restrito da 
consciência. 
- ATENÇÃO DISPERSA: que não se 
concentra em um campo determinado, 
espalhando-se de modo menos 
delimitado. O indivíduo não consegue 
prestar atenção em nada, focar em 
nada. 
 
CARACTERÍSTICAS DA ATENÇÃO 
 A capacidade e foco de atenção 
referem-se à focalização da atenção e 
estão intensamente associados à 
experiência subjetiva de concentração. 
 Tenacidade consiste na capacidade 
do indivíduo de fixar sua atenção sobre 
determinada área ou objeto. Na 
tenacidade, a atenção se prende a certo 
estimulo, fixando-se sobre ele. 
 A vigilância é definida como a 
qualidade da atenção que permite ao 
indivíduo mudar seu foco de um objeto 
para outro. 
 
 
 
 
HABITUAÇÃO E SENSIBILIDADE 
 Hábito: se tal estimulo se dá de forma 
continua ou repetitiva, ele deixa de 
desencadear a resposta de orientação. 
 Sensibilização: ocorre quando, 
devido à natureza ou ao contexto do 
estímulo, o organismo passa a se 
A atenção pode ser definida como a 
direção da consciência, o estado de 
concentração da atividade mental 
sobre determinado objeto. 
 
 
 
 
É caracterizada pela capacidade de 
mudar sua atenção, estado de alerta, 
conseguir mudar seu foco pra algo 
importante, que pode te ajudar a 
sobreviver. 
 
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excitar mais com a repetição do 
estímulo, aumentando a prontidão geral 
de resposta. 
 
CARACTERÍSTICAS 
CONTEMPORÂNEAS 
ATENÇÃO SELETIVA 
Processos que facilitam e permitem a 
seleção de informações relevantes para 
o sujeito no seu processamento 
cognitivo. É a qualidade mais importante 
pois produz seletividade. 
SELEÇÃO DE RESPOSTA E CONTROLE 
SELETIVO 
Ato de prestar atenção associa-se a 
uma ação planejada: 
• Processo cognitivo complexo 
(intenção, planejamento e 
tomada de decisões) 
• Ação volitiva e sistemas pré-
frontais; 
• Controle executivo; mudança de 
resposta conforme demanda do 
ambiente 
 
 
 
ATENÇÃO CONSTANTE OU 
SUSTENTADA 
Capacidade de manter a atenção ao 
longo do tempo, por exemplo, ler um 
livro e compreender. Isso depende dos 
estímulos alvos e distrativos, do nível de 
consciência (vigilância), motivação e 
fadiga. 
 
ANORMALIDADES DA ATENÇÃO 
 Hipoprosexia: perda básica da 
capacidade de concentração. As 
lembranças tornam-se mais difíceis e 
imprecisas. O indivíduo é uma pessoa 
que já não consegue mais prestar 
atenção e se cansa com muita rapidez. 
A hipoprosexia pode ser passageira, 
mas também pode ser instalada. 
 Aprosexia: a total abolição da 
capacidade de atenção, por mais fortes 
e variados que sejam os estímulos 
utilizados. O indivíduo já não está mais 
conectado ao ambiente na qual está 
inserido, não tem mais reação, não 
presta atenção em nada e não tem mais 
nenhum tipo de iniciativa. 
 Hiperprosexia: consiste em um 
estado da atenção exacerbada, esses 
indivíduos focam a atenção só em um 
ponto por um longo período de tempo, 
mas não quer dizer que seja algo 
produtivo. Por exemplo, foca atenção 
em livros, filmes, ou focar em um objeto. 
Nem sempre se trata de algo produtivo 
ou algo bom. 
 
DISTRAÇÃO 
A distração é um sinal, não de déficit 
propriamente, mas de 
superconcentração ativa da atenção 
sobre determinado conteúdo ou objetos, 
com a inibição de tudo o mais. (Nobre 
de Melo, 1979). Há, nesse sentido, certa 
hipertenacidade e hipovigilância. 
 
DISTRAIBILIDADE 
É o estado patológico que exprime por 
instabilidade marcante e mobilidade 
acentuada da atenção voluntária, com 
A atenção está sempre envolvida na 
seleção, não apenas dos estímulos 
e das informações, mas também 
das respostas e do controle destas. 
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dificuldade ou incapacidade para 
fixar-se ou deter-se em qualquer coisa 
que implique esforço produtivo. Na 
distraibilidade, a atenção do indivíduo é 
muito facilmente desviada de um objeto 
para outro. 
 
DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS E 
NEUROPSICOLÓGICOS 
 Transtornos do humor (depressão e 
transtorno bipolar), transtorno obsessivo 
compulsivo (TOC), esquizofrenia e 
transtorno de déficit de 
atenção/hiperatividade (TDAH) são os 
que mais apresentam alterações da 
atenção. 
TRANSTORNOS DO HUMOR 
 Os pacientes com transtornos do 
humor têm importantes dificuldades de 
concentração e atenção constante. São 
típicas certas alterações da atenção dos 
estados depressivos e dos estados 
maníacos. 
 Humor maníaco: humor exacerbado, 
que já é patológica. Há grande nível de 
empolgação, otimismo e agressividade. 
 
 
 
 No humor maníaco há diminuição da 
atenção voluntária e aumento da 
atenção espontânea, com 
hipervigilância e hipotenacidade. A 
atenção do indivíduo em fase maníaca 
salta rapidamente de um estimulo para 
outro, sem se fixa em algo. 
 Quadro depressivos: geralmente há 
diminuição geral da atenção, ou seja, 
hipoprosexia. Em alguns casos graves, 
ocorre a fixação da atenção em certos 
temas depressivos (hipertenacidade), 
com rigidez e alguma diminuição da 
capacidade de mudar o foco da atenção 
(hipovigilância). Isso acontece pelo 
fato de o indivíduo estar em depressão 
grave, muitas vezes voltado totalmente 
a si, concentrado em conteúdo de 
fracasso, doença, culpa, pecado, ruína. 
TRANSTORNO OBSESSIVO 
COMPULSIVO (TOC) 
 No TOC se apresenta atenção ou 
vigilância excessiva e desregulada. O 
paciente demonstra alterações no 
controle executivo (funções frontais), na 
memória de trabalho (intimamente 
relacionada a atenção) e na seleção de 
respostas. 
 O sujeito acaba prestando muita 
atenção no ambiente, ele interpreta 
sinais, como se esses sinais fossem 
sinais de desastre, e isso faz com que 
ele esteja sempre em estado de 
vigilância, porém uma vigilância 
desregulada. 
ESQUIZOFRENIA 
Na esquizofrenia, o déficit de atenção é 
central. Há tendência a distraibilidade, o 
indivíduo se encontra em outra 
realidade. 
Há dificuldade de anular corretamente 
estímulos sensoriais irrelevantes 
enquanto realizam determinada tarefa; 
são muito suscetíveis de distrair-se com 
estímulos visuais e auditivos externos. 
TDAH 
Caracterizada pela falta de atenção 
constante. O indivíduo vai manter a 
atenção em temas que provoquem o 
interesse dele. Mas não consegue ter a 
atenção vigilante. 
O indivíduo se encontra muito 
acelerado, salta de conteúdo 
rapidamente e não conclui nenhuma 
ação. 
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Transtornos de déficit de atenção com 
hiperatividade (TDAH), há dificuldade 
marcante de prestar atenção a 
estímulos internos e externos, pois o 
paciente, geralmente criança ou 
adolescente, tem a capacidade 
prejudicada em organizar e completar 
tarefas, assim como relutância em 
controlar seus comportamentos e 
impulsos. 
 
SEMIOTÉCNICA SIMPLIFICADA DA 
ATENÇÃO 
 Perguntarao paciente e à pessoa que 
o acompanha (em especial a ela): Tem 
dificuldade para se concentrar? 
 Distrai-se com facilidade? Não escuta 
quando lhe falam? Tem problemas para 
terminar tarefas? Não 
 Consegue organizar as tarefas? 
Perde coisas necessárias para a 
realização de tarefas? 
 A avaliação mais simples e prática da 
atenção é pedir ao paciente que olhe os 
objetos que estão na sala da entrevista 
e que logo em seguida cite o que viu. 
 
PARA PRATICAR A ATENÇÃO 
 Encontre algo que você gosta 
 Ler, montar quebra cabeças, por 
exemplo 
 Prestar atenção à respiração e 
sensações do corpo, como o tato e a 
pressão que o corpo faz contra o 
colchão;