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Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina DOENÇAS EXANTEMÁTICAS INTRODUÇÃO Exantemas: • Erupções cutâneas; Marcados por eritema agudo, rapidamente progressivo, em geral de curta duração. CLASSIFICAÇÃO DOS EXANTEMAS EXANTEMA MACULO PAPULAR • Morbiliforme • Escarlatiniforme • Rubeoliforme • Urticariforme EXANTEMA PAPULOVESICULAR EXANTEMA PETEQUIAL OU PURPÚRICO EXANTEMA MACULO PAPULAR É a manifestação cutânea mais comum em doenças infecciosas sistêmicas; Etiologias: virais, bacterianas, riquetsioses, micoplasmose, parasitárias, intoxicações; • Vírus > EXANTEMA MACULO PAPULAR MORBILIFORME Pequenas manchas eritematosas (3-10mm); Avermelhas; Lenticulares ou numulares; Permeadas por pele sã, mas que podem confluir; *Aspecto mais de “lixa”; Patologias que cursam com esse exantema: Sarampo, rubéola, exantema súbito, enteroviroses, riquetsioses, dengue, leptospirose, toxoplasmose, hepatite viral, mononucleose, síndrome de Kawazaki e reações medicamentosas EXANTEMA MACULOPAPULAR ESCARLATINIFORME Eritema difuso, puntiforme, vermelho vivo, sem solução de continuidade; • Poupa região perioral; • Áspero; • “Micropapular” Típica da escarlatina; Outras patologias: rubéola, Kawazaki, reações medicamentosas, miliária, queimaduras solares; EXANTEMA MACULO PAPULAR RUBEOLIFORME Parece morbiliforme; Coloração + rósea; Pápulas menores; Rubéola, enteroviroses, viroses respiratórias, micoplasma Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina EXANTEMA MACULO PAPULAR URTICARIFORME Erupção papuloeritematosa; Contornos irregulares; Típico em reações medicamentosas; alergias alimentares, coxsackiosas, mononucleose, malária; EXANTEMA PAPULOVESICULAR Pápulas e lesões elementares com conteúdo vesicular; As máculo-pápulas podem se tornar vesico-pústulas, pústulas e crostas; Localizado → herpes; Generalizado → varicela, varíola, impetigo, estrófulo, enteroviroses, dermatites, molusco contagiosos, brucelose, tuberculose, fungos e outros; - Lesões vesiculares em criança com varicela EXANTEMA PETEQUIAL OU PURPÚRICO • Alterações vasculares; Distúrbios de plaquetas e de coagulação podem estar presentes ou ausentes; Associação com infecções graves → meningococcemia, septicemias bacterianas, febre purpúrica brasileira e febre maculosa; Outras infecções: citomegalovirose, rubéola, enteroviroses, sífilis, dengue, zika e Chikungunya. SARAMPO ETIOLOGIA • Doença viral; • Aguda; AGENTE ETIOLÓGICO: Vírus RNA da família Paramyxoviridae, gênero Morbillivirus, cujo único hospedeiro é o homem. Transmissão: aerossóis respiratórios; • Endêmico na Ásia e Europa (constantes surtos). FAIXA ETÁRIA: Todos. Pessoas não vacinadas ou que não tiveram a doença; FATORES DE RISCO: • Extremos de idade: < 5 anos e > de 20 anos • Desnutrição grave • Deficiência de vitamina A - hipovitaminose A compromete a integridade das membranas epiteliais e regulação imune, sendo mais grave na presença dessa. A própria infecção pelo sarampo reduz os níveis da vitamina A. • Imunodepressão • Gestantes (abortamento e partos prematuros). FISIOPATOLOGIA Vírus → mucosa do trato respiratório ou da conjuntiva ocular → linfonodos regionais → replica → hiperplasia linforreticular; Disseminação viral pelos órgãos do sistema linforreticular (viremia primária); Propagação do vírus para as superfícies epiteliais e mucosa; Epitélio respiratório: sofre necrose celular, vasculite de pequenos vasos, infiltrado linfocítico e formação das células gigantes de Warthin-Finkeldey; Infecta os linfócitos T CD4+ → imunodepressão da resposta Th1 → pode gerar negativação de prova tuberculínica e melhora clínica transitória de doenças autoimunes; QUADRO CLÍNICO Febre alta, acima de 38,5º C, exantema maculopapular generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de Koplik Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina Manchas de Koplik: enantema patognonômico de aspecto esbranquiçado localizado na mucosa – mucosa com uma bolinha em aspecto de “pérola” TRANSMISSIBILIDADE: 4-6 dias antes do exantema; Período de transmissibilidade é dois dias antes e dois dias depois; COMPLICAÇÕES Pneumonia – principal causa de mortalidade; Otite média aguda: complicação bacteriana mais frequente do sarampo; Reativação de foco pulmonar de tuberculose; Náuseas, vômitos e diarreia: necrose epitelial do trato gastrointestinal; Apendicite: A intensa hiperplasia linfoide pode levar à obstrução da luz do apêndice; Crise convulsiva febril; DIAGNÓSTICO LABORATORIAL É pouco usado; ELISA (anticorpos específicos); Hemograma: leucopenia com linfocitose, com PCR e VHS normais (caso não haja complicação bacteriana). Não é necessário para diagnóstico. TRATAMENTO E PREVENÇÃO: Tratamento: sintomatologia; 1) Sintomáticos → antitérmicos, analgésicos. 2) Oxigênio umidificado se laringite ou traqueíte. 3) Limpeza ocular com soro fisiológico 4) Repouso + ingestão de líquidos e dieta livre 5) Antibióticos → avaliar de acordo com a presença ou ausência de infecções secundárias Vitamina A → reduzir a morbidade e mortalidade. Indicada para todas as crianças a partir do diagnóstico. • < 6 meses: 50.000 UI em aerossol ao diagnóstico e outra dose no dia seguinte; • 6 m - 12 m: 100.000 UI em aerossol ao diagnóstico e no dia seguinte; • 12 meses: 200.000 UI em aerossol ou cápsula ao diagnóstico e no dia seguinte Prevenção: vacinas (tetra-viral e tríplice-viral); • Vírus vivos atenuados; − 12 meses pela tríplice viral → sarampo, rubéola e caxumba; − 15 meses pela vacina tetra viral → sarampo, rubéola, caxumba e varicela; Pós-Exposição: Indica-se para todos os contactantes íntimos suscetíveis que a vacinação seja aplicada até 72h após o contato (vacina de bloqueio), podendo ser feita a partir de seis meses de vida, e devendo seguir com calendário desconsiderando a vacinação de bloqueio (ou seja, após segue o calendário normal). Imunoglobulina (imunização passiva): pós exposição → presença de contraindicações à vacinação: menores de 6 meses, gestantes, AIDS, pacientes imunossuprimidos; • Ou caso já tenha mais de 72h da exposição e menos de 6 dias. Pode ser utilizada até seis dias após a exposição (0,25- 0,5 mg/kg, IM) ANTICORPOS MATERNOS: Adquiridos por meio de vacinação ou contato com doença → são transmitidos por via transplacentária ao feto, garantindo imunidade transitória durante os primeiros anos de vida. Ao final desse período a criança desenvolve a imunidade ativa, que pode ocorrer por meio do contato com a doença ou pela vacinação. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS PERÍODO DE INFECÇÃO: Cerca de 7 dias. Início de período prodrômico, surge febre, tosse produtiva, coriza, conjuntivite e fotofobia; Exantema: surge durante o 2º ao 4º dia → acentuação dos sintomas; Sintomas: Prostração, exantema cutâneo maculopapular de coloração vermelha, iniciando na região retro auricular. PERÍODO TOXÊMICO: Superinfecção viral ou bacteriana; Comprometimento da resistência do hospedeiro; Complicações frequentes, principalmente em menores de 2 anos, denutridos e adultos jovens; PERÍODO DE REMISSÃO: Redução dos sintomas; Declínio da febre; Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina Exantema escurece, podendo descamar (furfurácea), parecendo farinha; - Manchas do sarampo e manchas de Koplik na boca Notificação compulsória; RUBÉOLA • Rubivirus (Família Togaviridade); • Curso benigno; Problemática: Síndrome da rubéola congênita → aborto, natimorto, malformações; FAIXA ETÁRIA:Todos não vacinados ou que não tiveram a doença; Em casos de manifestação exantemática em vacinados, avaliar a possibilidade de outros exantemas ou quadros especiais; Transmissão: secreções nasofaíngeas; FISIOPATOLOGIA Mucosa respiratória → incubação em linfonodos regionais; Via transplacentária: rubéola congênita. Quanto mais precoce → (primeiras 8 semanas) → maior a gravidade e o comprometimento fetal; QUADRO CLÍNICO Exantema maculopapular e puntiforme difuso: Surgem na face, couro cabeludo, pescoço → tronco e membros; Desaparece sem descamação! • Febre baixa; • Linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical posterior; • Leucopenia - comum A maioria das doenças virais pode cursar com leucopenia; Adolescentes e adultos: podem ter período prodrômico com febre baixa, cefaleia, dores generalizadas (artralgias e mialgias), conjuntivite, coriza e tosse; Manchas de Forchheimer: podem estar presentes com o rash; Máculas eritematosas ou petéquias localizadas na transição entre palato duro e o palato mole. Encefalite pós-infecciosa: complicação mais grave DIAGNÓSTICO: • Clínico; • Sorologia ELISA; • Hemograma: leucopenia, neutropenia e trombocitopenia. • Sorologia; • Isolamento viral; PREVENÇÃO E TRATAMENTO: Não há tratamento → sintomatologia é controlada, apenas; Sintomatologia: analgésicos e antitérmicos; Trombocitopenia sem remissão espontânea: Corticoides e imunoglobulina (a serem considerados); Prevenção → vacina; • Pré-Exposição: Vacinação com vírus vivo atenuado → tríplice viral e tetra viral. Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina • Pós-Exposição: Vacinação de bloqueio pode ser feita com adm da vacina em até 72 horas após o contato. Notificação compulsória; ESCARLATINA ETIOLOGIA • Streptococcus pyogenes; Bactéria beta hemolítica do grupo A, produtora de toxina eritrogênica; Transmissão via contato com secreções respiratórias; Grupo etário: acomete principalmente crianças de 2- 10 anos de idade; QUADRO CLÍNICO • Período de incubação de 2-5 dias; • Durante ou após faringoamigdalite membranosa; • Febre alta e mal-estar; Exantema eritematoso puntiforme (ponta de alfinete); Início: pescoço e no tronco, progredindo em direção à face e membros Pele áspera tipo lixa; Sinal de Filatov: Palidez peribucal Sinal de Pastia: Linhas marcadas nas dobras de flexão; • Língua em framboesa; • Descamação extensa em mãos e pés (dedos de luuva) após 1 semana; Coreia: contrações musculares espasmáticos; Complicações: 1-5 semanas → glomerulonefrite aguda, febre reumática aguda; Complicações mais tardias → Sydenham e cardiopatia reumática; DIAGNÓSTICO: Teste rápido (aglutinação de Látex) em secreção de orofaringe; PREVENÇÃO E TRATAMENTO: • Antibióticos; • Não tem vacina; • Contato→ deve realizar tratamento; Antibioticoterapia: Penicilina → elimina os estreptococos, evita as complicações da fase aguda, previne a febre reumática e diminui a possibilidade de aparecimento de glomerulonefrite (lesão renal); Alérgicos: eritromicina - Sinal de Filatov e Língua em Framboesa - Sinal de Pastia na região axilar e Exantema puntiforme; - Dedos em luva; MONONUCLEOSE INFECCIOSA • Epstein-Barr (Herpesvírus) Transmissão: contato com saliva contaminada; objetos (crianças), beijos (adultos); Faixa etária: crianças e adolescentes; QUADRO CLÍNICO 50% dos casos a infecção é sub-clínica ou assintomática; Infecção clínica: Febre, linfadenopatia, amigdalite membranosa e esplenomegalia; Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina Exantema: variável e inconstante, associado ao uso de antibióticos (penicilinas, cefalosporinas e seus derivados); Incubação: 4-6 semanas; Transmissão: pode acontecer por até um ano ou mais; DIGNÓSTICO: Sorologia: detecção de IgM anti-cápside viral (anti- VCA) em sangue coletado em fase aguda e IgG an- tiantígeno nuclear (anti-EBNA) em sangue da fase convalescente. PREVENÇÃO E TRATAMENTO Não há vacina e nem tratamento. Orientar contatos próximos e minimizar o contato com saliva do indivíduo com mononucleose; FEBRE MACULOSA BRASILEIRA ETIOLOGIA • Doença infecciosa febril aguda de gravidade variável; • Apresentações clínicas variam; • Bactéria do gênero Rickettsia → bactéria gram- negativa intracelular obrigatória Transmissão: picada de carrapato (comuns no do gênero Amblyomma) infectado de Rickettsia; Equídeos, roedores (capivara) e marsupiais → reservatórios ou amplificadores; Outros nomes: Tifo exantemático QUADRO CLÍNICO Início abrupto, febre elevada, cefaleia, mialgia intensa, prostração; Exantema maculopapular: entre o 2º e 5º dia de doença; • Evolução centrípeta; • Predomina nos membros inferiores; • Pode acometer região palmar e plantar; Pode evoluir → petéquias → equimoses → hemorragias; DIAGNÓSTICO: Hemograma: anemia e a plaquetopenia; leucócitos variam, podendo ter desvio à esquerda; Reação de imunofluorescência indireta (RIFI) → para detectar anticorpos; padrão-ouro; Amostras a partir do 7º dia; PREVENÇÃO E TRATAMENTO: • Adm antibióticos; • Tto de suporte; Prevenção: cuidados em áreas com incidência de carrapatos; Antibioticoterapia: Doxiciclina → casos leves e moderados; Casos severos, que requerem internação: antibioticoterapia IV → cloranfenicol A doxiciclina é contraindicada para gestantes e crianças menores de 9 anos. ADULTOS: Doxiciclina: 100mg, de 12 em 12 horas, por VIA ORAL, devendo ser mantido por 3 dias após o término da febre Cloranfenicol: − 500mg, de 6/6 horas, por VIA ORAL, devendo ser mantido por 3 dias após o término da febre Em casos graves, recomenda-se 1,0g (um grama), POR VIA ENDOVENOSA, a cada 6 horas, até a recuperação da consciência e melhora do quadro clínico geral, mantendo-se o medicamento por mais de 7 dias, por VIA ORAL, na dose de 500mg, de 6/6 horas; CRIANÇAS: Cloranfenicol: − 50 a 100mg/kg/dia, de 6/6 horas, até a recuperação da consciência e melhora do quadro clínico geral, nunca ultrapassando 2,0g por dia, por via oral ou venosa, dependendo das condições do paciente Doxiciclina: (em maiores de 9 anos) Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina − Peso menor que 45kg: 4mg/Kg/dia, divididas em 2 doses Notificação compulsória! EXANTEMA SÚBITO • Doença viral benigna; • Herpes vírus tipo 6 e 7; • Roseola infantum; Transmissão oral por contato próximo; Faixa etária: típica na infância em menores de 4 anos; QUADRO CLÍNICO: Início súbito, febre alta, extrema irritabilidade; Exantema maculopapular: Lesões discretas de 2- 3 cm não coalescentes; Dura de 24 a 72h Tronco → face → cervical → raiz dos membros; DIAGNÓSTICO: Anticorpos Igm e IgG para HHV-6 (ensaio imunoenzimatico-Elisa); PREVENÇÃO E TRATAMENTO: Tratamento dos sintomas e medicação de suporte; Acompanhamento de possíveis complicações, principalmente neurais; Não tem vacina; ERITREMA INFECCIOSO • Parvovírus B19; • Doença viral de evolução benigna; • Transmissão por vias respiratórias; • Período anterior ao exantema é mais transmissível; Crianças de 2-14 anos – mais comum; QUADRO CLÍNICO: Não costuma ter pródromos; Pode apresentar sinais inespecíficos, como: febrícula, mialgia e cefaleia; Exantema maculopapular: Começa na face como eritema difuso, distribuição em “vespertilho” e edema de bochechas (fácies esbofeteada); Palidez central que confere rendilhado à lesão; Acomete tronco e face extensora dos membros; Regressão por volta de 3 semanas; A doença pode regredirpor ação de estímulos como o sol, o estresse e variação de temperatura; DIAGNÓSTICO: Sorologia para detecção de anticorpos Igm (ensaio imunoenzimatico-Elisa); PREVENÇÃO E TRATAMENTO: TTO dos sintomas; Não tem vacina; ENTEROVIROSE • Não pólio; • Vírus ECHO ou Coxsackie A e B; • Transmissão fecal-oral ou respiratória; Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina • + comum em crianças mais novas; • Excreção viral pelas fezes pode persistir por várias semanas após infecção; • Mão-pé-boca; QUADRO CLÍNICO: Incubação: 3-6 dias; Doença febril não-específica; Podem ocorrer manifestações respiratórias (resfriado, estomatite, herpangina, pneumonia), neurológicas (meningite asséptica) e cutâneas (exantema); Exantema: discreto, ocorre em 5-50% das infecções; Pode ser rubeoliforme, escarlatiniforme ou morbiliforme; PREVENÇÃO E TRATAMENTO: Lavagem de mãos após manipulação de indivíduo infectado, principalmente na troca de fraldas; MICOPLASMOSE • Mycoplasma pneumoniae; • Surtos ou epidemias; Contagioso; Transmissão: ocorre por contato com indivíduos infectados; Grupo etário: Acomete escolares e adolescentes. QUADRO CLÍNICO Período de incubação de 1-4 semanas; Pródromo: febre, mal-estar, fadiga; Tosse seca tem início em poucos dias, seguida de sintomas respiratórios e pneumonia atípica (intersticial), continuando com tosse prolongada e paroxística; Exantema maculopapular (em 10% dos pacientes) é confluente em tronco e dorso; DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Culturas de materiais biológicos ou técnicas sorológicas, com títulos crescentes de IgG em amostras pareadas (fase aguda e convalescente); PREVENÇÃO E TRATAMENTO • Não existe vacina; • Bronquite e quadros respiratórios altos e leves → Resolução sem antibióticos; Quadros severos requerem antibioticoterapia: tetraciclina, eritromicina, azitromicina; DENGUE ETIOLOGIA E TRANSMISSÃO • Flavivírus; • Quatro sorotipos diferentes DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4 Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina Imunidade é permanentemente para um mesmo sorotipo; Transmitida pela picada de fêmea Aedes aegypti Grupo de risco: gestantes, menores de 2 anos, adultos > 65 anos e pacientes com comorbidades; QUADRO CLÍNICO • Febre alta > 38ºC de início abrupto, durando 2-7 dias; Cefaleia, mialgia, artralgia, prostração, astenia, dor retro-orbital, exantema, prurido cutâneo; Anorexia, náuseas, vômitos; Prova do laço: pode estar positiva; No período de defervescência da febre, geralmente entre o 3º e o 7º dia da doença pode ocorrer o aumento da permeabilidade capilar, em paralelo com o aumento dos níveis de hematócrito. Isto marca o início da fase crítica da doença; Leucopenia progressiva + rápida redução da contagem de plaquetas → extravasamento de plasma; Incubação de 5 a 6 dias, podendo variar de 4-10; DIAGNÓSTICO: Exames → detectam fragmentos do vírus: NS1, PCR ou anticorpos IgM ou pela elevação de IgG pareado; TRATAMENTO Leucopenia: avaliar as medicações que induzem queda da leucopenia!!! (ex.: AAS) Hidratação adequada, levando em consideração o estadiamento da doença (grupos A, B, C e D), segundo os sinais e sintomas apresentados pelo paciente; Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios, pois podem aumentar o risco de hemorragias; ADENOVÍRUS ETIOLOGIA E TRANSMISSÃO Adenovírus; Transmissão: contato com secreções respiratórias; Incidência maior no final do inverno, primavera e início de verão; GRUPO ETÁRIO • Pré-escolares; • Crianças de 6-2 anos em creches; QUADRO CLÍNICO: Incubação de 2-14 dias; Sintomas respiratórios, otite média e conjuntivite com febre; Exantema maculopapular, parecido com alergia a antibióticos; Transmissibilidade: + elevada nos dias iniciais; Pode ter reinfecção; Assintomáticos são frequentes; DIAGNÓSTICO: Isolamento viral via amostra de orofaringe – nos 5 primeiros dias após exantema; Fase aguda: pode ser feito exame de neutralização em sangue; PREVENÇÃO E TRATAMENTO: TTO de suporte; Não tem vacina; VARICELA • Doença viral aguda; • Muito contagiosa; • Varicela-Zoster (VVZ) Transmissão: aerossóis respiratórios ou líquido de secreções cutâneas; Faixa etária: Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina • Mais comum na infância; • Todos não vacinados e/ou não tiveram a doença; Imunidade pode ser duradoura → porém pode se manifestar como Herpes-Zoster, pela reativação do vírus latente em gânglios do sistema nervoso; FISIOPATOLOGIA Mucosa respiratória e tecido tonsilar linfoide; Disseminação viral para a pele e mucosas, com aparecimento do exantema; Ascende pelas terminações sensitivas axonais da pele → corpo celular dos neurônios ganglionares → latente; Reativação mediante supressão da imunidade, estresse e com o avanço da idade; QUADRO CLÍNICO Incubação: 2 semanas; Febre, cefaleia, astenia, irritabilidade e rash crânio caudal, pruriginoso, com manchas avermelhadas, que evoluem para vesículas, pústulas e crostas, sendo típico a presença de lesões em seus diversos estágios de evolução concomitantemente; • Pode acometer mucosas; • Aumento de gânglios; O quadro costuma ser benigno, com duração de 10 dias, mas pode evoluir com pneumonia pelo próprio vírus, afecção no sistema nervoso, infecções bacterianas cutâneas; Gravidade aumenta em: adultos, imunodeprimidos, gestantes ou recém-natos; O Herpes Zoster costuma ocorrer anos após a exposição ao VVZ, com vesículas agrupadas sobre base eritematosa, associada à sensação de dor, queimação e aumento da sensibilidade local, ocupando um ou mais dermátomos; O vírus fica latente nos neurônios dos gânglios sensoriais e mediante reativação (geralmente após os 45 anos), resulta no herpes-zóster; DIAGNÓSTICO: Clínico > Diagnóstico laboratorial: VVZ via PCR no líquido das vesículas; Reações sorológicas IgM ou IgG; PREVENÇÃO E TRATAMENTO: Prurido: Soluções ou cremes tópicos; Antialérgicos orais; cuidados de higiene para evitar infecções cutâneas secundárias; Analgésicos e antitérmicos (dor de cabeça e abaixar a febre) e anti-histamínicos (antialérgicos) para prurido. Antivirais sistêmicos → casos de maior risco de complicação, ou na presença de doença mais grave. Ddministração do antiviral aciclovir, Vacina tetra-viral; Obs.: antitérmicos à base de ácido acetilsalecílico são contraindicados → podem provocar problemas graves. REAÇÕES MEDICAMENTOSAS Hipersensibilidade do tipo I; Exposição à diversas drogas como: quinino, atropina, antipirina, hidantoínas, alopurinol, salvarsan, sulfonamidas penicilinas; Pode ocorrer também por intoxicação por mercúrio, ouro ou arsênico; Após uso de imunobiológicos pode ocorrer a doença do soro. Grupo etário: todos; Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina QUADRO CLÍNICO: Não há pródromos; Pode ocorre febre, mialgia e prurido; Exantema pode ser macular, máculo-papular, urticariforme ou eritrodérmico; Reações mais severas → semelhantes com exantema de sarampo ou escarlatina; Adenopatia, hepatoesplenomegalia e toxicidade intensa podem ocorrer; DIAGNÓSTICO: • Clínico e exames laboratoriais; REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de- vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-de- transmissao- respiratoria/escarlatina/documentos/escarla_pubger07.pdf https://digitalis- dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/43118/1/Exantemas.pdfhttp://www.ial.sp.gov.br/resources/editorinplace/ial/2021_7_16/e xantemas.pdf https://jaleko-files.s3-sa-east-1.amazonaws.com/apostila- web/5f9830e2c324b_Ebook%20- %20Doen%C3%A7as%20Exantem%C3%A1ticas%20I.pdf AZULAY, R. D. Dermatologia, 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. https://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-de-transmissao-respiratoria/escarlatina/documentos/escarla_pubger07.pdf https://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-de-transmissao-respiratoria/escarlatina/documentos/escarla_pubger07.pdf https://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-de-transmissao-respiratoria/escarlatina/documentos/escarla_pubger07.pdf https://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-de-transmissao-respiratoria/escarlatina/documentos/escarla_pubger07.pdf https://digitalis-dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/43118/1/Exantemas.pdf https://digitalis-dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/43118/1/Exantemas.pdf http://www.ial.sp.gov.br/resources/editorinplace/ial/2021_7_16/exantemas.pdf http://www.ial.sp.gov.br/resources/editorinplace/ial/2021_7_16/exantemas.pdf https://jaleko-files.s3-sa-east-1.amazonaws.com/apostila-web/5f9830e2c324b_Ebook%20-%20Doen%C3%A7as%20Exantem%C3%A1ticas%20I.pdf https://jaleko-files.s3-sa-east-1.amazonaws.com/apostila-web/5f9830e2c324b_Ebook%20-%20Doen%C3%A7as%20Exantem%C3%A1ticas%20I.pdf https://jaleko-files.s3-sa-east-1.amazonaws.com/apostila-web/5f9830e2c324b_Ebook%20-%20Doen%C3%A7as%20Exantem%C3%A1ticas%20I.pdf
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