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Doenças Exantemáticas

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Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina 
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS 
INTRODUÇÃO 
Exantemas: 
• Erupções cutâneas; 
Marcados por eritema agudo, rapidamente 
progressivo, em geral de curta duração. 
CLASSIFICAÇÃO DOS EXANTEMAS 
EXANTEMA MACULO PAPULAR 
• Morbiliforme 
• Escarlatiniforme 
• Rubeoliforme 
• Urticariforme 
EXANTEMA PAPULOVESICULAR 
EXANTEMA PETEQUIAL OU PURPÚRICO 
EXANTEMA MACULO PAPULAR 
É a manifestação cutânea mais comum em doenças 
infecciosas sistêmicas; 
Etiologias: virais, bacterianas, riquetsioses, 
micoplasmose, parasitárias, intoxicações; 
• Vírus > 
 
EXANTEMA MACULO PAPULAR MORBILIFORME 
Pequenas manchas eritematosas (3-10mm); 
 Avermelhas; 
 Lenticulares ou numulares; 
 Permeadas por pele sã, mas que podem confluir; 
*Aspecto mais de “lixa”; 
Patologias que cursam com esse exantema: 
Sarampo, rubéola, exantema súbito, enteroviroses, 
riquetsioses, dengue, leptospirose, toxoplasmose, 
hepatite viral, mononucleose, síndrome de Kawazaki 
e reações medicamentosas 
 
EXANTEMA MACULOPAPULAR 
ESCARLATINIFORME 
Eritema difuso, puntiforme, vermelho vivo, sem 
solução de continuidade; 
• Poupa região perioral; 
• Áspero; 
• “Micropapular” 
Típica da escarlatina; 
Outras patologias: rubéola, Kawazaki, reações 
medicamentosas, miliária, queimaduras solares; 
 
EXANTEMA MACULO PAPULAR RUBEOLIFORME 
Parece morbiliforme; 
Coloração + rósea; 
Pápulas menores; 
Rubéola, enteroviroses, viroses respiratórias, 
micoplasma 
 
 Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina 
EXANTEMA MACULO PAPULAR URTICARIFORME 
Erupção papuloeritematosa; 
Contornos irregulares; 
Típico em reações medicamentosas; alergias 
alimentares, coxsackiosas, mononucleose, malária; 
 
EXANTEMA PAPULOVESICULAR 
Pápulas e lesões elementares com conteúdo 
vesicular; 
As máculo-pápulas podem se tornar vesico-pústulas, 
pústulas e crostas; 
Localizado → herpes; 
Generalizado → varicela, varíola, impetigo, estrófulo, 
enteroviroses, dermatites, molusco contagiosos, 
brucelose, tuberculose, fungos e outros; 
 
- Lesões vesiculares em criança com varicela 
EXANTEMA PETEQUIAL OU PURPÚRICO 
• Alterações vasculares; 
Distúrbios de plaquetas e de coagulação podem estar 
presentes ou ausentes; 
Associação com infecções graves → 
meningococcemia, septicemias bacterianas, febre 
purpúrica brasileira e febre maculosa; 
Outras infecções: citomegalovirose, rubéola, 
enteroviroses, sífilis, dengue, zika e Chikungunya. 
 
SARAMPO 
ETIOLOGIA 
• Doença viral; 
• Aguda; 
AGENTE ETIOLÓGICO: 
Vírus RNA da família Paramyxoviridae, gênero 
Morbillivirus, cujo único hospedeiro é o homem. 
Transmissão: aerossóis respiratórios; 
• Endêmico na Ásia e Europa (constantes surtos). 
FAIXA ETÁRIA: 
Todos. Pessoas não vacinadas ou que não tiveram a 
doença; 
FATORES DE RISCO: 
• Extremos de idade: < 5 anos e > de 20 anos 
• Desnutrição grave 
• Deficiência de vitamina A - hipovitaminose A 
compromete a integridade das membranas 
epiteliais e regulação imune, sendo mais grave na 
presença dessa. A própria infecção pelo sarampo 
reduz os níveis da vitamina A. 
• Imunodepressão 
• Gestantes (abortamento e partos prematuros). 
FISIOPATOLOGIA 
Vírus → mucosa do trato respiratório ou da 
conjuntiva ocular → linfonodos regionais → replica 
→ hiperplasia linforreticular; 
Disseminação viral pelos órgãos do sistema 
linforreticular (viremia primária); 
Propagação do vírus para as superfícies epiteliais e 
mucosa; 
Epitélio respiratório: sofre necrose celular, vasculite 
de pequenos vasos, infiltrado linfocítico e formação 
das células gigantes de Warthin-Finkeldey; 
Infecta os linfócitos T CD4+ → imunodepressão da 
resposta Th1 → pode gerar negativação de prova 
tuberculínica e melhora clínica transitória de doenças 
autoimunes; 
QUADRO CLÍNICO 
Febre alta, acima de 38,5º C, exantema 
maculopapular generalizado, tosse, coriza, 
conjuntivite e manchas de Koplik 
 Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina 
Manchas de Koplik: enantema patognonômico de 
aspecto esbranquiçado localizado na mucosa – 
mucosa com uma bolinha em aspecto de “pérola” 
TRANSMISSIBILIDADE: 
4-6 dias antes do exantema; 
Período de transmissibilidade é dois dias antes e dois 
dias depois; 
COMPLICAÇÕES 
Pneumonia – principal causa de mortalidade; 
Otite média aguda: complicação bacteriana mais 
frequente do sarampo; 
Reativação de foco pulmonar de tuberculose; 
Náuseas, vômitos e diarreia: necrose epitelial do 
trato gastrointestinal; 
Apendicite: A intensa hiperplasia linfoide pode levar 
à obstrução da luz do apêndice; 
Crise convulsiva febril; 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
É pouco usado; ELISA (anticorpos específicos); 
Hemograma: leucopenia com linfocitose, com PCR e 
VHS normais (caso não haja complicação bacteriana). 
Não é necessário para diagnóstico. 
TRATAMENTO E PREVENÇÃO: 
Tratamento: sintomatologia; 
1) Sintomáticos → antitérmicos, analgésicos. 
2) Oxigênio umidificado se laringite ou traqueíte. 
3) Limpeza ocular com soro fisiológico 
4) Repouso + ingestão de líquidos e dieta livre 
5) Antibióticos → avaliar de acordo com a presença 
ou ausência de infecções secundárias 
Vitamina A → reduzir a morbidade e mortalidade. 
Indicada para todas as crianças a partir do diagnóstico. 
• < 6 meses: 50.000 UI em aerossol ao diagnóstico e 
outra dose no dia seguinte; 
• 6 m - 12 m: 100.000 UI em aerossol ao diagnóstico e no 
dia seguinte; 
• 12 meses: 200.000 UI em aerossol ou cápsula ao 
diagnóstico e no dia seguinte 
Prevenção: vacinas (tetra-viral e tríplice-viral); 
• Vírus vivos atenuados; 
− 12 meses pela tríplice viral → sarampo, 
rubéola e caxumba; 
− 15 meses pela vacina tetra viral → sarampo, 
rubéola, caxumba e varicela; 
Pós-Exposição: Indica-se para todos os contactantes 
íntimos suscetíveis que a vacinação seja aplicada até 
72h após o contato (vacina de bloqueio), podendo 
ser feita a partir de seis meses de vida, e devendo 
seguir com calendário desconsiderando a vacinação 
de bloqueio (ou seja, após segue o calendário 
normal). 
Imunoglobulina (imunização passiva): pós exposição 
→ presença de contraindicações à vacinação: 
menores de 6 meses, gestantes, AIDS, pacientes 
imunossuprimidos; 
• Ou caso já tenha mais de 72h da exposição e 
menos de 6 dias. Pode ser utilizada até seis dias 
após a exposição (0,25- 0,5 mg/kg, IM) 
ANTICORPOS MATERNOS: 
Adquiridos por meio de vacinação ou contato com 
doença → são transmitidos por via transplacentária 
ao feto, garantindo imunidade transitória durante os 
primeiros anos de vida. 
Ao final desse período a criança desenvolve a 
imunidade ativa, que pode ocorrer por meio do 
contato com a doença ou pela vacinação. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
PERÍODO DE INFECÇÃO: 
Cerca de 7 dias. Início de período prodrômico, surge 
febre, tosse produtiva, coriza, conjuntivite e 
fotofobia; 
Exantema: surge durante o 2º ao 4º dia → acentuação 
dos sintomas; 
Sintomas: Prostração, exantema cutâneo 
maculopapular de coloração vermelha, iniciando na 
região retro auricular. 
PERÍODO TOXÊMICO: 
Superinfecção viral ou bacteriana; 
Comprometimento da resistência do hospedeiro; 
Complicações frequentes, principalmente em 
menores de 2 anos, denutridos e adultos jovens; 
PERÍODO DE REMISSÃO: 
Redução dos sintomas; 
Declínio da febre; 
 Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina 
Exantema escurece, podendo descamar (furfurácea), 
parecendo farinha; 
 
- Manchas do sarampo e manchas de Koplik na boca 
Notificação compulsória; 
RUBÉOLA 
• Rubivirus (Família Togaviridade); 
• Curso benigno; 
 Problemática: Síndrome da rubéola 
congênita → aborto, natimorto, 
malformações; 
FAIXA ETÁRIA:Todos não vacinados ou que não tiveram a doença; 
Em casos de manifestação exantemática em 
vacinados, avaliar a possibilidade de outros 
exantemas ou quadros especiais; 
Transmissão: secreções nasofaíngeas; 
FISIOPATOLOGIA 
Mucosa respiratória → incubação em linfonodos 
regionais; 
Via transplacentária: rubéola congênita. Quanto 
mais precoce → (primeiras 8 semanas) → maior a 
gravidade e o comprometimento fetal; 
QUADRO CLÍNICO 
Exantema maculopapular e puntiforme difuso: 
Surgem na face, couro cabeludo, pescoço → tronco 
e membros; 
 Desaparece sem descamação! 
 
• Febre baixa; 
• Linfadenopatia retroauricular, occipital e 
cervical posterior; 
• Leucopenia - comum 
 A maioria das doenças virais pode cursar com 
leucopenia; 
Adolescentes e adultos: podem ter período 
prodrômico com febre baixa, cefaleia, dores 
generalizadas (artralgias e mialgias), conjuntivite, 
coriza e tosse; 
 
Manchas de Forchheimer: podem estar presentes 
com o rash; 
 Máculas eritematosas ou petéquias localizadas 
na transição entre palato duro e o palato mole. 
 
Encefalite pós-infecciosa: complicação mais grave 
DIAGNÓSTICO: 
• Clínico; 
• Sorologia ELISA; 
• Hemograma: leucopenia, neutropenia e 
trombocitopenia. 
• Sorologia; 
• Isolamento viral; 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
Não há tratamento → sintomatologia é controlada, 
apenas; 
Sintomatologia: analgésicos e antitérmicos; 
Trombocitopenia sem remissão espontânea: 
Corticoides e imunoglobulina (a serem 
considerados); 
Prevenção → vacina; 
• Pré-Exposição: Vacinação com vírus vivo 
atenuado → tríplice viral e tetra viral. 
 Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina 
• Pós-Exposição: Vacinação de bloqueio pode ser 
feita com adm da vacina em até 72 horas após o 
contato. 
Notificação compulsória; 
ESCARLATINA 
ETIOLOGIA 
• Streptococcus pyogenes; 
 Bactéria beta hemolítica do grupo A, 
produtora de toxina eritrogênica; 
Transmissão via contato com secreções respiratórias; 
Grupo etário: acomete principalmente crianças de 2-
10 anos de idade; 
QUADRO CLÍNICO 
• Período de incubação de 2-5 dias; 
• Durante ou após faringoamigdalite membranosa; 
• Febre alta e mal-estar; 
Exantema eritematoso puntiforme (ponta de 
alfinete); 
 Início: pescoço e no tronco, progredindo em 
direção à face e membros 
 Pele áspera tipo lixa; 
Sinal de Filatov: Palidez peribucal 
Sinal de Pastia: Linhas marcadas nas dobras de 
flexão; 
• Língua em framboesa; 
• Descamação extensa em mãos e pés (dedos de 
luuva) após 1 semana; 
Coreia: contrações musculares espasmáticos; 
Complicações: 1-5 semanas → glomerulonefrite 
aguda, febre reumática aguda; 
Complicações mais tardias → Sydenham e 
cardiopatia reumática; 
DIAGNÓSTICO: 
Teste rápido (aglutinação de Látex) em secreção de 
orofaringe; 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
• Antibióticos; 
• Não tem vacina; 
• Contato→ deve realizar tratamento; 
Antibioticoterapia: 
Penicilina → elimina os estreptococos, evita as 
complicações da fase aguda, previne a febre 
reumática e diminui a possibilidade de aparecimento 
de glomerulonefrite (lesão renal); 
Alérgicos: eritromicina 
 
- Sinal de Filatov e Língua em Framboesa 
 
 
- Sinal de Pastia na região axilar e Exantema puntiforme; 
 
 
- Dedos em luva; 
MONONUCLEOSE INFECCIOSA 
• Epstein-Barr (Herpesvírus) 
Transmissão: contato com saliva contaminada; 
objetos (crianças), beijos (adultos); 
Faixa etária: crianças e adolescentes; 
QUADRO CLÍNICO 
50% dos casos a infecção é sub-clínica ou 
assintomática; 
Infecção clínica: Febre, linfadenopatia, amigdalite 
membranosa e esplenomegalia; 
 Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina 
Exantema: variável e inconstante, associado ao uso 
de antibióticos (penicilinas, cefalosporinas e seus 
derivados); 
Incubação: 4-6 semanas; 
Transmissão: pode acontecer por até um ano ou 
mais; 
DIGNÓSTICO: 
Sorologia: detecção de IgM anti-cápside viral (anti-
VCA) em sangue coletado em fase aguda e IgG an-
tiantígeno nuclear (anti-EBNA) em sangue da fase 
convalescente. 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO 
Não há vacina e nem tratamento. Orientar contatos 
próximos e minimizar o contato com saliva do 
indivíduo com mononucleose; 
 
FEBRE MACULOSA BRASILEIRA 
ETIOLOGIA 
• Doença infecciosa febril aguda de gravidade 
variável; 
• Apresentações clínicas variam; 
• Bactéria do gênero Rickettsia → bactéria gram-
negativa intracelular obrigatória 
Transmissão: picada de carrapato (comuns no do 
gênero Amblyomma) infectado de Rickettsia; 
Equídeos, roedores (capivara) e marsupiais → 
reservatórios ou amplificadores; 
Outros nomes: Tifo exantemático 
QUADRO CLÍNICO 
Início abrupto, febre elevada, cefaleia, mialgia 
intensa, prostração; 
Exantema maculopapular: entre o 2º e 5º dia de 
doença; 
• Evolução centrípeta; 
• Predomina nos membros inferiores; 
• Pode acometer região palmar e plantar; 
Pode evoluir → petéquias → equimoses → 
hemorragias; 
DIAGNÓSTICO: 
Hemograma: anemia e a plaquetopenia; leucócitos 
variam, podendo ter desvio à esquerda; 
Reação de imunofluorescência indireta (RIFI) → para 
detectar anticorpos; padrão-ouro; 
Amostras a partir do 7º dia; 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
• Adm antibióticos; 
• Tto de suporte; 
Prevenção: cuidados em áreas com incidência de 
carrapatos; 
Antibioticoterapia: 
Doxiciclina → casos leves e moderados; 
Casos severos, que requerem internação: 
antibioticoterapia IV → cloranfenicol 
A doxiciclina é contraindicada para gestantes e 
crianças menores de 9 anos. 
ADULTOS: 
Doxiciclina: 100mg, de 12 em 12 horas, por VIA ORAL, 
devendo ser mantido por 3 dias após o término da 
febre 
Cloranfenicol: 
− 500mg, de 6/6 horas, por VIA ORAL, devendo ser 
mantido por 3 dias após o término da febre 
Em casos graves, recomenda-se 1,0g (um grama), 
POR VIA ENDOVENOSA, a cada 6 horas, até a 
recuperação da consciência e melhora do quadro 
clínico geral, mantendo-se o medicamento por mais 
de 7 dias, por VIA ORAL, na dose de 500mg, de 6/6 
horas; 
CRIANÇAS: 
Cloranfenicol: 
− 50 a 100mg/kg/dia, de 6/6 horas, até a 
recuperação da consciência e melhora do quadro 
clínico geral, nunca ultrapassando 2,0g por dia, 
por via oral ou venosa, dependendo das 
condições do paciente 
Doxiciclina: (em maiores de 9 anos) 
 Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina 
− Peso menor que 45kg: 4mg/Kg/dia, divididas em 
2 doses 
 
Notificação compulsória! 
EXANTEMA SÚBITO 
• Doença viral benigna; 
• Herpes vírus tipo 6 e 7; 
• Roseola infantum; 
Transmissão oral por contato próximo; 
Faixa etária: típica na infância em menores de 4 anos; 
QUADRO CLÍNICO: 
 Início súbito, febre alta, extrema irritabilidade; 
 Exantema maculopapular: Lesões discretas de 2-
3 cm não coalescentes; 
 Dura de 24 a 72h 
Tronco → face → cervical → raiz dos membros; 
DIAGNÓSTICO: 
Anticorpos Igm e IgG para HHV-6 (ensaio 
imunoenzimatico-Elisa); 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
Tratamento dos sintomas e medicação de suporte; 
Acompanhamento de possíveis complicações, 
principalmente neurais; 
Não tem vacina; 
 
ERITREMA INFECCIOSO 
• Parvovírus B19; 
• Doença viral de evolução benigna; 
• Transmissão por vias respiratórias; 
• Período anterior ao exantema é mais 
transmissível; 
Crianças de 2-14 anos – mais comum; 
QUADRO CLÍNICO: 
Não costuma ter pródromos; 
Pode apresentar sinais inespecíficos, como: febrícula, 
mialgia e cefaleia; 
Exantema maculopapular: 
Começa na face como eritema difuso, distribuição em 
“vespertilho” e edema de bochechas (fácies 
esbofeteada); 
Palidez central que confere rendilhado à lesão; 
Acomete tronco e face extensora dos membros; 
Regressão por volta de 3 semanas; 
A doença pode regredirpor ação de estímulos como o 
sol, o estresse e variação de temperatura; 
DIAGNÓSTICO: 
Sorologia para detecção de anticorpos Igm (ensaio 
imunoenzimatico-Elisa); 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
TTO dos sintomas; 
Não tem vacina; 
 
ENTEROVIROSE 
• Não pólio; 
• Vírus ECHO ou Coxsackie A e B; 
• Transmissão fecal-oral ou respiratória; 
 Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina 
• + comum em crianças mais novas; 
• Excreção viral pelas fezes pode persistir por 
várias semanas após infecção; 
• Mão-pé-boca; 
 
QUADRO CLÍNICO: 
Incubação: 3-6 dias; 
Doença febril não-específica; 
Podem ocorrer manifestações respiratórias 
(resfriado, estomatite, herpangina, pneumonia), 
neurológicas (meningite asséptica) e cutâneas 
(exantema); 
Exantema: discreto, ocorre em 5-50% das infecções; 
 Pode ser rubeoliforme, escarlatiniforme ou 
morbiliforme; 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
Lavagem de mãos após manipulação de indivíduo 
infectado, principalmente na troca de fraldas; 
 
MICOPLASMOSE 
• Mycoplasma pneumoniae; 
• Surtos ou epidemias; 
 Contagioso; 
Transmissão: ocorre por contato com indivíduos 
infectados; 
Grupo etário: Acomete escolares e adolescentes. 
 
QUADRO CLÍNICO 
Período de incubação de 1-4 semanas; 
Pródromo: febre, mal-estar, fadiga; 
Tosse seca tem início em poucos dias, seguida de 
sintomas respiratórios e pneumonia atípica 
(intersticial), continuando com tosse prolongada e 
paroxística; 
Exantema maculopapular (em 10% dos pacientes) é 
confluente em tronco e dorso; 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
Culturas de materiais biológicos ou técnicas 
sorológicas, com títulos crescentes de IgG em 
amostras pareadas (fase aguda e convalescente); 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO 
• Não existe vacina; 
• Bronquite e quadros respiratórios altos e leves → 
Resolução sem antibióticos; 
Quadros severos requerem antibioticoterapia: 
tetraciclina, eritromicina, azitromicina; 
DENGUE 
ETIOLOGIA E TRANSMISSÃO 
• Flavivírus; 
• Quatro sorotipos diferentes DENV1, DENV2, 
DENV3 e DENV4 
 Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina 
Imunidade é permanentemente para um mesmo 
sorotipo; 
Transmitida pela picada de fêmea Aedes aegypti 
Grupo de risco: gestantes, menores de 2 anos, 
adultos > 65 anos e pacientes com comorbidades; 
QUADRO CLÍNICO 
• Febre alta > 38ºC de início abrupto, durando 2-7 
dias; 
Cefaleia, mialgia, artralgia, prostração, astenia, dor 
retro-orbital, exantema, prurido cutâneo; 
Anorexia, náuseas, vômitos; 
Prova do laço: pode estar positiva; 
 
No período de defervescência da febre, geralmente 
entre o 3º e o 7º dia da doença pode ocorrer o 
aumento da permeabilidade capilar, em paralelo com 
o aumento dos níveis de hematócrito. Isto marca o 
início da fase crítica da doença; 
Leucopenia progressiva + rápida redução da 
contagem de plaquetas → extravasamento de 
plasma; 
Incubação de 5 a 6 dias, podendo variar de 4-10; 
DIAGNÓSTICO: 
Exames → detectam fragmentos do vírus: NS1, PCR 
ou anticorpos IgM ou pela elevação de IgG pareado; 
TRATAMENTO 
Leucopenia: avaliar as medicações que induzem 
queda da leucopenia!!! (ex.: AAS) 
Hidratação adequada, levando em consideração o 
estadiamento da doença (grupos A, B, C e D), 
segundo os sinais e sintomas apresentados pelo 
paciente; 
Não devem ser usados medicamentos à base de 
ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios, pois podem 
aumentar o risco de hemorragias; 
ADENOVÍRUS 
ETIOLOGIA E TRANSMISSÃO 
Adenovírus; 
Transmissão: contato com secreções respiratórias; 
Incidência maior no final do inverno, primavera e 
início de verão; 
GRUPO ETÁRIO 
• Pré-escolares; 
• Crianças de 6-2 anos em creches; 
QUADRO CLÍNICO: 
Incubação de 2-14 dias; 
Sintomas respiratórios, otite média e conjuntivite 
com febre; 
Exantema maculopapular, parecido com alergia a 
antibióticos; 
Transmissibilidade: + elevada nos dias iniciais; 
Pode ter reinfecção; 
Assintomáticos são frequentes; 
DIAGNÓSTICO: 
Isolamento viral via amostra de orofaringe – nos 5 
primeiros dias após exantema; 
Fase aguda: pode ser feito exame de neutralização 
em sangue; 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
TTO de suporte; 
Não tem vacina; 
VARICELA 
• Doença viral aguda; 
• Muito contagiosa; 
• Varicela-Zoster (VVZ) 
Transmissão: aerossóis respiratórios ou líquido de 
secreções cutâneas; 
Faixa etária: 
 Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina 
• Mais comum na infância; 
• Todos não vacinados e/ou não tiveram a doença; 
Imunidade pode ser duradoura → porém pode se 
manifestar como Herpes-Zoster, pela reativação do 
vírus latente em gânglios do sistema nervoso; 
FISIOPATOLOGIA 
Mucosa respiratória e tecido tonsilar linfoide; 
Disseminação viral para a pele e mucosas, com 
aparecimento do exantema; 
Ascende pelas terminações sensitivas axonais da pele 
→ corpo celular dos neurônios ganglionares → 
latente; 
Reativação mediante supressão da imunidade, 
estresse e com o avanço da idade; 
QUADRO CLÍNICO 
Incubação: 2 semanas; 
Febre, cefaleia, astenia, irritabilidade e rash crânio 
caudal, pruriginoso, com manchas avermelhadas, 
que evoluem para vesículas, pústulas e crostas, 
sendo típico a presença de lesões em seus diversos 
estágios de evolução concomitantemente; 
• Pode acometer mucosas; 
• Aumento de gânglios; 
O quadro costuma ser benigno, com duração de 10 
dias, mas pode evoluir com pneumonia pelo próprio 
vírus, afecção no sistema nervoso, infecções 
bacterianas cutâneas; 
Gravidade aumenta em: adultos, imunodeprimidos, 
gestantes ou recém-natos; 
O Herpes Zoster costuma ocorrer anos após a 
exposição ao VVZ, com vesículas agrupadas sobre 
base eritematosa, associada à sensação de dor, 
queimação e aumento da sensibilidade local, 
ocupando um ou mais dermátomos; 
O vírus fica latente nos neurônios dos gânglios 
sensoriais e mediante reativação (geralmente após 
os 45 anos), resulta no herpes-zóster; 
DIAGNÓSTICO: 
Clínico > 
Diagnóstico laboratorial: VVZ via PCR no líquido das 
vesículas; 
Reações sorológicas IgM ou IgG; 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: 
Prurido: Soluções ou cremes tópicos; 
Antialérgicos orais; cuidados de higiene para evitar 
infecções cutâneas secundárias; 
Analgésicos e antitérmicos (dor de cabeça e abaixar 
a febre) e anti-histamínicos (antialérgicos) para 
prurido. 
Antivirais sistêmicos → casos de maior risco de 
complicação, ou na presença de doença mais grave. 
Ddministração do antiviral aciclovir, 
Vacina tetra-viral; 
Obs.: antitérmicos à base de ácido acetilsalecílico são 
contraindicados → podem provocar problemas 
graves. 
 
 
REAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
Hipersensibilidade do tipo I; 
Exposição à diversas drogas como: quinino, atropina, 
antipirina, hidantoínas, alopurinol, salvarsan, 
sulfonamidas penicilinas; 
Pode ocorrer também por intoxicação por mercúrio, 
ouro ou arsênico; 
Após uso de imunobiológicos pode ocorrer a doença 
do soro. 
Grupo etário: todos; 
 Maria Eduarda de Azeredo Amaral – Medicina 
QUADRO CLÍNICO: 
Não há pródromos; 
Pode ocorre febre, mialgia e prurido; 
Exantema pode ser macular, máculo-papular, 
urticariforme ou eritrodérmico; 
Reações mais severas → semelhantes com exantema 
de sarampo ou escarlatina; 
Adenopatia, hepatoesplenomegalia e toxicidade 
intensa podem ocorrer; 
DIAGNÓSTICO: 
• Clínico e exames laboratoriais; 
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AZULAY, R. D. Dermatologia, 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
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