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Deito Empresial: Títulos de CréditoDeito Empresial: Títulos de Crédito
VISÃO GERAL .
Conceito de Cesare Vivante: tulo de crédito é o
documento necessário para o exercício do direito,
literal e autônomo, nele mencionado. Este conceito foi
adotado pelo CC.
Conceito do art. 887, CC: “O tulo de crédito,
documento necessário ao exercício do direito literal e
autônomo nele con do, somente produz efeito
quando preencha os requisitos da lei”. A diferença nos
conceitos é a expressão: “nele mencionado” e “nele
con do”. 
Atenção! Esse conceito hoje está mais ligado aos
tulos de crédito cartulares (isto é, em suporte papel),
uma vez que os tulos de crédito escriturais (ou seja,
em suporte eletrônico) possuem outras caracterís cas.
Nesse sen do, veja-se a conceituação data a seguir
por Fabio Ulhoa Coelho, abrangendo os tulos
cartulares e eletrônicos.
Cceito modnoCceito modno: tulo de crédito consiste no
“registro das informações que, em conformidade com
a lei, individualizam um crédito passível de cobrança
por execução forçada, na qual exceções pessoais não
podem ser opostas a terceiros de boa-fé”. 
PRINCÍPIOS CAMBIAIS .
→ Princípio da Cartularidade: o crédito deve estar
materializado em um documento ( tulo), sendo que,
para sua transferência, é necessária a transferência do
tulo (não há que se falar em exigibilidade do crédito
sem a apresentação do documento original). 
Atenção! Atualmente, em virtude da expansão
tecnológica e da popularização dos tulos em suporte
eletrônico (ou escritural), este princípio está restrito
aos tulos em papel (cartulares). Os tulos eletrônicos
(ou escriturais) têm suas informações em um registro
eletrônico. 
→ Princípio da Literalidade: a expressão
“literalidade” significa que só tem validade, para o
direito cambiário, aquilo que está literalmente escrito
no tulo de crédito, seja ele cartular ou eletrônico.
Este princípio assegura certeza quanto à natureza, ao
conteúdo e impede que meros ajustes verbais possam
influir no tulo.
→ Princípio da Autonomia: a causa subjacente não
pode ser discu da contra o portador do tulo, uma
vez que as relações jurídico-cambiais são autônomas e
independentes entre si. O devedor não poderá opor
exceções pessoais a terceiros de boa-fé que tenham 
ob do o tulo por endosso – segurança que o credor
tem ao receber um tulo de crédito.
Atenção! Em razão do Princípio da Autonomia, o
vício em uma das relações não compromete as demais
obrigações assumidas no tulo – p.ex., eventual
endosso dado a uma pessoa incapaz não a nge os
demais. 
Observação! O Princípio da Autonomia comporta
02 (dois) subprincípios: ① inoponibilidade de
execuções pessoais a terceiros de boa-fé tem caráter
processual; e ② abstração – o tulo de crédito se
desvincula do negócio jurídico que lhe deu origem.
Portanto, a abstração ocorre quando da circulação do
tulo. Alguns entendem que a abstração é um
princípio autônomo. 
CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO .
→ Quanto à Forma/Modelo:
Título vinculado: aquele cuja forma,
modelo, é exigida e definida em legislação. Aquele que
deve observar um determinado padrão es pulado
pelo CMN – p.ex., cheque, duplicata.
Título livre: aquele cuja formatação não é
exigida e definida em lei – p.ex., nota promissória.
→ Quanto à Natureza:
Título causal: aquele que tem uma causa
específica para a sua emissão – p.ex., duplicata.
Título não causal (ou abstrato): aquele que
não precisa de causa especifica para sua emissão –
p.ex., cheque, nota promissória.
→ Quanto à Estrutura:
Ordem de pagamento: há 03 (três)
intervenientes: aquele que dá a ordem, aquele que
recebe a ordem (des natário da ordem) e o
tomador /beneficiário (credor do tulo) p.ex., cheque,
letra de câmbio.
Promessa de pagamento: há apenas 02
(dois) intervenientes: promitente ou emitente do
tulo, ou subscritor (faz a promessa) e
tomador/beneficiário (credor do tulo). Não há ordem
– p.ex., nota promissória (é promessa de pagamento,
não ordem de pagamento).
→ Quanto à Circulação:
Ao portador: aquele que não iden fica o
beneficiário; desde a Lei n. 8.021/90, não se admite
mais tulos ao portador, exceto se com previsão
expressa em lei especial – p.ex., cheque ao portador
com valor menor do que R$ 100,00 (cem) reais. 
Nomina vo: aquele que iden fica, nomeia
o beneficiário do tulo; o tulo nomina vo possui 02
(duas) formas: 
① À ordem : circula por endosso, devendo haver o
ato de transferência (endosso), acompanhado da
tradição (entrega); 
② N ão à ordem : cessão civil + tradição já
caracteriza a circulação. Cuidado! Para que o tulo
seja um tulo não à ordem, é necessário que
contenha, de forma expressa, a expressão “não à
ordem”.
Nomina vo do CC: é tulo nomina vo o
emi do em favor de pessoa cujo nome (do
beneficiário) conste no registro do emitente; o
devedor terá livro de registro, neste ficando o nome
do credor (o nome não fica no tulo de crédito). A
circulação se dá pelo endosso ou termo + tradição.
→ Quanto ao Pagamento:
Título “pro solvendo”: tulo para
pagamento; a relação causal só se ex ngue com o
pagamento do tulo. P.ex., cheque para pagamento: a
quitação se dará apenas após a liquidação do cheque
junto ao banco.
Título “pro soluto”: tulo em pagamento,
ou seja, o tulo equivale a dinheiro, havendo quitação
plena. O tulo “pro soluto”, quando emi do e
entregue ao credor, visa ex nguir a obrigação que
gerou a sua criação. 
Atenção! Na ausência de expressão “pro soluto” ou
“pro solvendo” no tulo, há a presunção de que o
tulo sempre será “pro solvendo”. 
TRANSFERÊNCIA DO TÍTULO .
EndooEndoo: consiste no ato pelo qual o credor de um
tulo de crédito, com a cláusula à ordem, transmite o
direito ao valor constante do tulo a outra pessoa, ato
este que será acompanhado da tradição da cártula,
transferindo a posse desta. 
→ Efeitos do endosso: 
① Transferência da tularidade do crédito do
endossante (o tomador) para o endossatário (passa a
ser o credor do tulo); 
② Tornar o endossante codevedor do tulo. 
Cuidado! A lei especial diz que o endossante é o
codevedor; mas o Código Civil, em seu art. 914, dispõe
que o endossante não é codevedor (ele não responde
pelo pagamento do tulo). Nesse caso, apesar do
conflito aparente, como a lei especial trata de forma
diferenciada, prevalece a regra da lei especial
(endossante é codevedor).
→ Espécies de Endosso:
Endosso em preto: iden fica de forma
expressa o endossatário;
Endosso em branco: não iden fica o
endossatário.
Endosso parcial: é nulo, não é admi do no
Brasil (não pode endossar apenas parte do valor). 
Endosso sem data: presume-se que o
endosso foi dado antes do protesto do tulo. 
Endosso póstumo: aquele dado depois do
vencimento do tulo e do protesto ou após
ultrapassado o prazo de protesto. O endosso póstumo
não tem efeito de endosso, mas, sim, de cessão civil.
Endosso sem garan a: se incluir esta
cláusula, o endossante não responde pelo pagamento
do tulo, será um ato apenas de transferência (mesmo
efeito da cessão civil). 
Atenção! Cláusula proibi va de endosso: proíbe
que o endossatário efetue um novo endosso – isto é, o
endossante não se responsabilizará pelo pagamento
ao novo(s) endossatário(s). 
→ Modalidades de endosso: 
Endosso próprio (ou transla vo): há
transferência da tularidade do crédito, torna o
endossante codevedor do tulo.
Atenção! Súmula n. 475, STJ e Tema Repe vo
465: “Responde pelos danos decorrentes de protesto
indevido o endossatário que recebe por endosso
transla vo tulo de crédito contendo vícioformal
extrínseco ou intrínseco, ficando ressalvado seu direito
de regresso contra os endossantes e avalistas”.
Endosso impróprio: não há transferência da
tularidade do crédito, sendo que sua finalidade é
legi mar a posse de terceiro. Espécies:
① Endosso Mandato: também chamado endosso
por procuração ou endosso para cobrança, é a cláusula
cambiária pela qual o endossante cons tui o
endossatário seu mandatário para a prá ca de todos
os atos necessários ao recebimento da soma
cambiaria.
Cuidado! O endossante-mandante é aquele que dá
os poderes de mandato para o mandatário; o
endossatário-mandatário recebe os poderes do
mandato, mas não é credor do tulo. 
Atenção! Súmula n. 476, STJ e Temas Repe vos
463 e 464: “o endossatário de tulo de crédito por
endosso-mandato só responde por danos decorrentes
de protesto indevido se extrapolar os poderes de
mandatário”.
② Endosso Caução (ou Pignora cio): é a forma de
se ins tuir um penhor em tulo de crédito, por meio
da colocação de expressão: “endosso em garan a /
endosso em penhora”. 
É a forma de garan a de pagamento de uma
obrigação; se ela não for devidamente paga, o credor
que tem a posse do tulo pode u lizá-lo como forma
de pagamento da sua obrigação. 
CCeão Civil de Créditoeão Civil de Crédito: consiste em ato bilateral
não cambial (contrato, negócio jurídico) em que se
transfere a tularidade de um crédito. 
→ Diferença entre endosso e cessão civil: quem
endossa um tulo responde pelo pagamento deste
tulo, enquanto aquele que faz a cessão civil não
responde pelo pagamento. 
Pode ser feita da mesma forma que qualquer outro
contrato; confere os direitos derivados de quem o
cedeu e poderá ser parcial. 
Cuidado! O cedente responde apenas pela
existência da dívida, e não por seu adimplemento (art.
296 do CC), salvo es pulação em contrário.
Atenção! STJ, informa vo 697: É valida a cláusula
contratual inserida em contrato de cessão de crédito
celebrado com um FIDC (Fundo de Inves mento em
Direitos Creditórios) que consagra a responsabilidade
do cedente pela solvência do devedor (cessão de
crédito pro solvendo).
Exceção – contrato de factoring: A empresa
faturizada não responde pela insolvência dos créditos
cedidos, sendo nula a disposição contratual em
sen do contrário e eventuais tulos de créditos
emi dos com o fim de garan r a solvência dos créditos
cedidos no bojo de operação de factoring. A natureza
do contrato de factoring (ou fomento mercan l ou
antecipação de recebíveis), diversamente do que se dá
no contrato de cessão de crédito puro, não permite
que os contratantes, ainda que sob o argumento da
autonomia de vontades, es pulem a responsabilidade
da cedente (faturizada) pela solvência do
devedor/sacado (Informa vo 695 do STJ).
AS GARANTIAS DO CRÉDITO .
As garan as do crédito podem ser de 02 (duas)
espécies: reais ou pessoais. 
A garan a real consiste na vinculação de um bem
(móvel ou imóvel) ao pagamento da dívida – p.ex.,
penhor, hipoteca, caução, alienação fiduciária.
Já a garan a pessoal (também chamada de
fidejussória) se dá quando outra pessoa (garan dor)
também assume a obrigação do devedor, tornando-se
coobrigada; são elas: o aval e a fiança.
AvaAvall: declaração cambiária decorrente de uma
manifestação unilateral de vontade, pela qual a pessoa
natural ou jurídica assume obrigação autônoma e
incondicional de garan r, no vencimento, o
pagamento do tulo, nas condições nele
estabelecidas. 
Função do aval: tem a função de reforço de
pagamento; o tulo pode ser cobrado tanto do
avalista quanto do avalizado, não sendo necessário
cobrar-se primeiro do avalizado. 
→ Espécies de aval:
Aval em branco: iden fica o avalizado;
Aval em preto: não iden fica o avalizado;
Aval parcial: a lei especial admite o aval
parcial, enquanto o Código Civil (art. 897, §único)
dispõe pela vedação do aval parcial. Nesse caso,
aplica-se a lei especial, sendo possível o aval parcial.
Aval posterior: ao vencimento e ao
protesto, tem o mesmo efeito de aval;
Aval simultâneo: são os avais dados por
dois ou mais avalistas para o mesmo avalizado;
Atenção! STF, Súmula nº 189: “Avais em branco e
superpostos [duas pessoas dão o aval] consideram-se
simultâneos e não sucessivos”.
Aval sucessivo: o avalista garante a
obrigação de outro avalista (aval do aval);
→ O aval dado em tulo de crédito é autônomo,
não tem bene cio de ordem – tem equivalência
obrigacional: o avalista tem a mesma posição que o
avalizado, mesma responsabilidade, mesmo direito;
pela equivalência obrigacional, se for acionado, terá
direito de regresso contra o avalizado e os devedores
anteriores a ele.
FiançaFiança: é uma espécie contratual acessória, em
que o sujeito compromete-se perante o credor a
sa sfazer uma obrigação assumida pelo devedor, caso
este não a cumpra.
Só pode ser dada por escrito e em contrato, não
admi ndo interpretação extensiva; é acessório, ou
seja, ex nguindo-se a obrigação principal, ela
automa camente também se ex nguirá.
Possui bene cio de ordem, conforme previsto no
art. 827 do CC, a não ser que expressamente o
renuncie no instrumento contratual.
Atenção! Súmula 549 do STJ e Tema Repe vo
708: “É válida a penhora de bem de família
pertencente a fiador de contrato de locação.”
TÍTULOS DE CRÉDITO EM ESPÉCIE .
Letra de Câmbio: Letra de Câmbio: tulo de crédito decorrente de
relações de crédito, entre 02 (duas) ou mais pessoas,
pelo qual o designado sacador dá a ordem de
pagamento pura e simples a outrem, denominado
sacado, a seu favor ou de terceira pessoa
(tomador/beneficiário), no valor e nas condições dela
constantes. Esse tulo está disciplinado na Lei
Uniforme de Genebra (Decreto n. 57.663/1966).
→ Requisitos da Letra de Câmbio:
① Cláusula cambial: requisito de todos os tulos
de crédito, consiste na aposição da expressão que
iden fica qual espécie de tulo de crédito aquele se
trata; ou seja, deve constar a expressão “letra de
câmbio” no tulo de crédito;
② Ordem incondicionada referente ao pagamento
de valor determinado; 
③ Iden ficação do sacado: nome da pessoa contra
quem a ordem é emi da;
④ Iden ficação do tomador: a letra de câmbio não
suporta pagamento ao portador, sendo essencial
iden ficar quem será o seu beneficiário;
⑤ Assinatura do sacador (aquele que dá a ordem
de pagamento).
→ Aceite: ato de concordância com uma ordem de
pagamento dada. O aceitante torna-se devedor
principal do tulo, enquanto o sacador será o
codevedor do tulo. O aceite é ato priva vo do
sacado.
Recusa do aceite: é possível a recusa do aceite, pois
na letra de câmbio o aceite é faculta vo. É possível
ainda, o aceite parcial: 
a) Aceite parcial limita vo : está relacionado ao
valor do tulo (p.ex., tulo é de R$ 10 mil e o aceite é
de R$ 2 mil); 
b) Aceite parcial modifica vo : está relacionado
aos termos do tulo (p.ex., muda a data do
pagamento). No aceite parcial e na recusa do aceite
como um todo, ocorre o vencimento antecipado do
tulo. 
Atenção! A lei proíbe que a letra de câmbio sem
aceite seja protestada por falta de pagamento,
conforme prevê a lei do protesto (Lei 9.492/1997, art.
21, §5o). É possível ser feito o protesto por falta de
aceite, mas nesse caso o sujeito a ser protestado é o
sacador, uma vez que foi a ordem dele que deixou de
ser obedecida.
Cláusula não aceitável: para ter validade, deve
estar expressa no tulo de crédito; quando se coloca
cláusula não aceitável, o tulo não poderá ser
apresentado para aceite, mas tão somente para
pagamento – sua finalidade é evitar o vencimento
antecipado da letra de câmbio.
→ Endosso e Aval: aplicam-se as regrasgerais de
endosso e aval.
→ Tipos de Vencimento da Letra de Câmbio: 
À vista: exigível de imediato;
Com data certa: exigível na data definida;
A certo termo de vista: número específico
de dias, contados a par r de uma data inicial (data do
aceite);
A certo termo de data: número específico
de dias, contados a par r de uma data inicial (data da
emissão).
→ Prazo Prescricional:
Cobrar devedor/avalista: 03 (três) anos,
contados do vencimento; 
Cobrar codevedor/coavalista: 01 (um) ano,
contado do protesto; 
Direito de regresso: 06 (seis) meses do
pagamento ou de quanto demandar.
Nota PrióriaNota Priória: é tulo de crédito pelo qual
uma pessoa sica ou jurídica, denominada emitente,
faz a outra pessoa, designada beneficiário, uma
promessa pura e simples de pagamento de quan a
determinada, em seu favor ou a outrem à sua ordem,
nas condições nela constantes. A nota promissória
também está disciplinada na Lei Uniforme de Genebra
(Decreto n. 57.663/1966).
Atenção! Diferentemente da letra de câmbio, a
nota promissória não é ordem de pagamento, é
promessa de pagamento. 
→ Requisitos: 
① Cláusula cambial: é necessária a denominação
“nota promissória” no tulo;
② Promessa pura e simples de pagamento de
quan a determinada; 
③ Época de pagamento (se não constar, presume-
se o tulo à vista);
④ Lugar de pagamento (se não constar, u liza-se
o domicílio do emitente);
⑤ Nome do beneficiado; 
⑥ Lugar de emissão, data e lugar onde foi passada
a nota promissória (se não se sabe o local, u liza-se o
domicílio do emitente); 
⑦ Assinatura do emitente.
→ Aceite: a nota promissória não admite aceite,
pois este é ato de concordância de uma ordem de
pagamento dada.
→ Vencimento:
À vista: exigível de imediato;
Com data certa: exigível na data definida;
A certo termo de vista: número específico
de dias, contados a par r de uma data inicial (data do
aceite);
A certo termo de data: número específico
de dias, contados a par r de uma data inicial (data da
emissão).
→ Endosso e Aval: aplicam-se as regras gerais de
endosso e aval.
→ Prazo Prescricional: 
Cobrar devedor/avalista: 03 (três) anos,
contados do vencimento; 
Cobrar codevedor/coavalista: 01 (um) ano,
contado do protesto; 
Direito de regresso: 06 (seis) meses do
pagamento ou de quanto demandar.
Atenção! STJ, Súmula 504 e Tema Repe vo 641: O
prazo para ajuizamento de ação monitória em face do
emitente de nota promissória sem força execu va é
quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento
do tulo. 
ChequeCheque: tulo de crédito pelo qual uma pessoa,
(emitente/sacador), com base em prévia e disponível
provisão de fundos em poder de banco ou ins tuição
financeira, denominado sacado, dá contra o banco
uma ordem incondicional de pagamento à vista, em
seu próprio bene cio ou em favor de terceiro,
designado beneficiário. A lei que regula o cheque no
Brasil é a Lei 7.357/1985.
O cheque é tulo vinculado, isto é, só produz
efeitos quando é emi do exatamente da forma exigida
por lei (em suporte papel fornecido pelo banco sacado
– talão de cheques). O cheque só pode ser à vista. 
→ Cheque “pré-datado” e “pós-datado”: é aposta
uma data futura, acordada entre as partes, para a
apresentação do tulo. STJ, Súmula 370: Caracteriza
dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-
datado. 
→ Requisitos: 
① Cláusula cambial: é necessária a
expressão/denominação “cheque” no tulo de crédito,
sendo que somente é considerado cheque aquele
emi do pelo banco sacado;
② Ordem incondicionada referente ao pagamento
de valor determinado; 
③ Nome do banco ou ins tuição financeira
equiparada (nome do sacado);
④ Lugar de pagamento;
⑤ Indicação de data e do lugar de emissão;
⑥ Assinatura do emitente.
→ Aceite: Aceite: cheque não admite aceite.
→ Endosso: mesmas regras da letra de câmbio.
→ Aval: aplicam-se as regras da lei de câmbio; no
entanto, admite, tanto o aval total quanto o aval
parcial.
→ Pagamento Parcial: o portador não pode recusar
pagamento parcial, e, nesse caso, o sacado pode exigir
que esse pagamento conste do cheque e que o
portador lhe dê a respec va quitação.
→ Sustação: 
Contra-ordem/revogação – só produz
efeitos após o prazo de apresentação; 
Oposição/sustação – espécie mais comum,
é realizada pelo emitente ou portador legí mo e
produz efeitos mesmo durante o prazo de
apresentação.
→ Modalidades do Cheque: 
Cheque visado: o banco sacado, a pedido
do emitente ou portador legi mado, coloca no verso
uma declaração confirmando e reconhecendo a
existência de fundos suficientes para o pagamento do
cheque; 
Cheque administra vo: emi do pelo banco
sacado para liquidação por uma de suas agências,
nele, emitente e sacado é a mesma pessoa; 
Cheque cruzado: só poderá ser pago a um
banco, não podendo circular por endosso.
→ Prazo para Apresentação ao banco sacado:
30 dias: cheque apresentado na mesma
praça da agência em que o cheque foi emi do; 
60 dias: cheque apresentado em praça
DIFERENTE da agência em que o cheque foi emi do.
Atenção! Cheque pré-datado ou pós-datado: não
se altera o prazo prescricional em caso de cheque pré
ou pós datado, contando-se a par r da apresentação.
Observação! Só é possível a execução do
endossante do cheque se este for apresentado dentro
do prazo legal. STF, Súmula 600: “Cabe ação execu va
contra o emitente e seus avalistas, ainda que não
apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde
que não prescrita a ação cambiária”.
→ Prazo Prescricional: 06 (seis) meses a par r da
expiração do prazo de apresentação.
Executar o emitente/avalista: 06 meses,
contados do fim do prazo de apresentação (ou da data
da apresentação, se esta se der antes dos prazos de 30
e 60 dias); 
Executar o endossante/avalista: 06 meses,
contados do protesto ou da declaração da câmara de
compensação; 
Direito de regresso: 06 meses contados do
pagamento ou de quando demandado.
→ Execução:
Conta conjunta: na ação de execução
apenas pode constar o nome daquele que emi u o
cheque; se constar o nome do outro corren sta, cabe
dano moral; 
Juros de mora: os juros de mora contam-se
a par r da apresentação no banco, ou seja, é da data
da primeira apresentação ao banco (STJ); 
Protesto: o protesto não é obrigatório, mas
faculta vo. 
→ Cheque Prescrito: em ambos os casos, é
desnecessária a demonstração da causa subjacente. 
Ação de enriquecimento ilícito (art. 61 da
lei de cheque): contra o emitente ou outros obrigados,
que se locupletaram injustamente com o não-
pagamento do cheque, prescreve em 02 anos,
contados do dia em que se consumar a prescrição;
Ação monitória : STJ, Súmula 299: “É
admissível a ação monitória fundada em cheque
prescrito”; Súmula 531 e Tema Repe vo 564: “Em
ação monitória fundada em cheque prescrito, ajuizada
em face do emitente, é dispensável menção ao
negócio jurídico subjacente à emissão da cártula.”
DuplicataDuplicata: tulo de crédito causal e à ordem,
extraído por vendedor ou prestador de serviço, que
visa documentar o saque fundado sobre crédito
decorrente de compra e venda mercan l ou prestação
de serviços, e que tem como pressuposto a extração
de uma fatura. 
Atenção! Na duplicata, sempre deve haver a
emissão de uma fatura, no caso de compra e venda
mercan l. A emissão de fatura é obrigatória, porém a
emissão da duplicata não é obrigatória.
A duplicata foi prevista pela Lei 5.474/68, onde se
encontram as normas gerais do ins tuto, e na Lei
13.775/2018, que veio trazer as regras especiais da
duplicata em suporte eletrônico. 
→ Requisitos: 
① Cláusula cambial: denominação duplicata; 
② Número da fatura – é requisito essencial
porque a duplicata é uma duplicação das informações
da fatura; 
③ Data do vencimento ou declaração de duplicata
à vista;④ Nome e domicílio do sacador (emitente);
⑤ Importância a pagar; 
⑥ Praça do pagamento; 
⑦ Ordem de pagamento; 
⑧ Aceite;
⑨ Assinatura do emitente.
→ Aceite: ato de concordância com a ordem de
pagamento dada. Na duplicata, o aceite é ato
obrigatório. 
→ Espécies de aceite: 
Ordinário: decorre da assinatura do sacado
lançada no anverso do tulo; 
Presumido: ocorre quando a mercadoria é
entregue ou o serviço é prestado e não há recusa
formal do sacado + protesto; 
Por comunicação: ocorre quando o sacado
envia uma mensagem, um comunicado ao sacador,
informando que aceita aquela ordem de pagamento.
→ Processamento: quando a duplicata não é à
vista, o sacador, após emi -la, tem 30 (trinta) dias para
remetê-la ao sacado, que terá, por sua vez, 10 (dez)
dias para a devolução, com aceite ou recusa do aceite. 
→ Protesto: 
Por falta de aceite; 
Por falta de pagamento; 
Por falta de devolução. 
Atenção! Caso ocorra o extravio da duplicata, ainda
assim será possível a rada do protesto, por meio da
apresentação da triplicata (segunda via da duplicata)
ou por indicação.
→ Endosso, Aval e Vencimento: mesmas regras da
letra de câmbio, tanto no que tange ao endosso,
quanto ao aval, ressalvando-se, novamente, o aval
parcial, polêmico na doutrina: para uns, seria vedado,
pelo Código Civil, enquanto, para outros, seria
possível, pela previsão na lei da letra de câmbio
(Princípio da Especialidade). 
→ Vencimento: pode ser à vista ou em data certa.
→ Execução: se a duplicata tem aceite, é
perfeitamente possível a execução; se a duplicata não
foi aceita, é possível a cobrança judicial de duplicata
não aceita, desde que esta seja protestada (por falta
de pagamento) e seja apresentado o devido
comprovante de entrega da mercadoria ou do serviço
prestado. 
Atenção! Se houver recusa do aceite, na forma dos
arts. 7º e 8º da Lei, não será possível a execução da
duplicata.
→ Prazo prescricional: 
Devedor principal: 03 (três) anos contados
do vencimento; 
Codevedor: 01 (um) ano contado do
protesto; 
Direito de regresso: 01 (um) ano contado
do pagamento ou de quando demandado.
TÍTULOS DE CRÉDITO ELETRÔNICOS .
Atualmente, com a evolução tecnológica, são cada
vez mais comuns na prá ca empresarial e na prá ca
bancária a emissão de tulos de crédito em suporte
eletrônico. São exemplos:
→ Títulos bancários: Nota de Crédito Rural (NCR) e
Cédula de Crédito Rural (CCR), Nota de Crédito
Industrial (NCIN) e Cédula de Crédito Industrial (CCI),
Nota de Crédito à Exportação (NCE) e Cédula de
Crédito à Exportação (CCE), etc.
Atenção! Cédula de Crédito Bancário (CCB):
promessa de pagamento em dinheiro que pode
representar qualquer modalidade de crédito.
→ Títulos do Agronegócio: Nota Promissória Rural
(NPR) e Duplicata Rural (DR), Cédula de Produto Rural
(CPR), Cer ficado de Depósito Agropecuário (CDA) e
Warrant Agropecuário (WA), Cédula Imobiliária Rural
(CIR).
→ Títulos de Crédito Imobiliário: Cédula de Crédito
Imobiliário (CCI), Cer ficado de Recebíveis Imobiliários
(CRI), Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra
Imobiliária Garan da (LIG).
→ Outros Títulos Eletrônicos: Debêntures, Cédula
de Debêntures, Letra de Arrendamento Mercan l
(LAM).
BibliografiaBibliografia
COELHO, Fábio Ulhoa. Títulos de Crédito: uma nova
abordagem. São Paulo, Thomson Reuters Brasil, 2021.
CRUZ, André Santa. Direito Empresarial. Coleção
Sinopses para Concursos. 4. ed. Salvador, Juspodivm,
2021.

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