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Cap.3 Ética de la Administración, in “Ética Pública y Buen Governo”, de Manuel V. Mendieta e Agustin I. Sánchez. A Ética e a Ética Aplicada Universalismo x Autonomia. Fundamentação da Moral: Hume x Kant Tugendhat: a vontade abre caminho para uma moral universal. A atitude do homem moral. O “eu quero” moral. Afetação do compromisso moral pela estrutura social a que pertença o individuo. Configurações distintas da ética de cada um em função do papel que desempenha na sociedade. Cada profissão possui em maior ou menor medida uma dimensão ética. Não se trata de mera técnica. Integridade, Ética Aplicada e Administração Pública |Integridade para a Ética: evitar condutas que impeçam a responsabilidade, mas também buscar a verdade através do debate e do discurso. Garantias de que as ações se baseiam em princípios consistentes internamente. Aristóteles e a teoria moral. Integridade x Hipocrisia. A “integridade” como virtude essencial para o Administrador Público. A ética para a Administração como ética aplicada e como ética profissional. Profissão como prática cooperativa que se desenvolvem adequadamente, gerando mais cooperação e bem estar para a sociedade. Adela Cortina: prática profissional como prática cooperativa humana que busca seu sentido nos “bens internos”. Durante muito tempo, pouca preocupação com a ética para a Administração Pública. Dominação legal, evitar a discricionariedade. Ética convencional (seguir as leis) (Kohlberg). Mais recentemente, no entanto, se evidenciou que: a) a Administração faz política e por isso contribui para se tomar decisões importantes para a cidadania ( as políticas públicas e os “burocratas de rua”); b) crise do paradigma burocrático a partir de uma estrutura de valores pós-moderna; c) superação da crise do paradigma pela “New Public Management” (taylorismo – tudo pela eficiência)? Dimensões sistemática e democrática do serviço público. A partir dos anos 90, programas nos EUA e na Europa para aumentar a integridade das organizações públicas e evitar escândalos de corrupção. Caracteristica dessas reformas: a promoção, junto com as tradicionais reformas jurídicas e sancionadoras, de propostas de natureza preventiva da corrupção e incentivadoras da moral pública, como os códigos de conduta. Revitalização da alma democrática da Adminsitração Publica, novas formas de participação e deliberação pública, novos mecanismos de accountability. As reformas de terceira geração não seriam possíveis sem que se clarificasse alguns aspectos prévios de natureza normativa: 1) os fundamentos morais da ética administrativa; 2) a proclamação de valores como guia axiológico e seus limites; 3) o papel das instituições na interpretação dos dilemas morais e sua resposta. Superação da visão racional-eficientista: 1) a eficiência não é o valor chave para guiar a ação pública, não podendo ter precedência aos valores inerentes a democracia como a participação e a equidade; 2) é impossível a pretensão de uma conciliação perfeita de valores na atuação pública, induzida pela técnica e pela necessidade sistêmica; 3) é errôneo defender a existência de um modelo de cultura organizativa superior (mais flexível, inovadora, competitiva) às demais. Fundamentação da Ética do Setor Público O Fim (Moral) do Estado: se trata de alcançar bens morais para a comunidade. Setor público x privado: o que pode ser privatizado? Limites morais. O poder não é propriedade do governo, mas confiado em suas mãos. O bem comum.Diferença entre público e privado. O funcionário como administrador temporal da coisa pública: prestação de contas, imparcialidade, justiça, beneficência, evitar o dano. Valor que supõe a todos os demais: a integridade: “sua atividade está sempre de acordo com a orientação e função da Administração, alcançando o bem público através de uma organização específica, cumprindo as funções atribuídas a sua unidade de trabalho que de alguma maneira se integram em sua orientação geral para o bem comum”. A eficácia é instrumental aos demais fins próprios. Instituições (normas e procedimentos) e capacidade subjetiva de decisão do administrador público. Rohr: duas posturas para a ética no trabalho da organização – a) adotar postura de conformidade a regras; b) aceitar as regras porque as considera valiosas, e compreende o sentido ético do seu trabalho. ( Kant: agir por dever x conforme o dever). Desenvolvimento de uma percepção moral, de raciocínio moral pelo Administrador Público. Elementos de uma ética administrativa Condutas não éticas ou improdutivas x Condutas que cumprem regras x Condutas rigorosamente éticas. Quatro elementos para que os empregados atuem com o máximo rigor ético: (Svara): Sensibilidade moral; juízo moral; motivação moral; caráter. Fases do processo de tomada de decisão(Wikström): percepção das alternativas de ação, eleição entre as alternativas; a própria ação. Importância da integridade pessoal, a par dos sistemas de controle interno e externo. Modelo de tomada de decisão ética (Svara): Descrição, Análise, Decisão. Outros modelos (Cooper, Geuras e Garofalo). O Desenvolvimento moral do político ou do funcionário (Kohlberg). A ética administrativa como ética pós-convencional. A ética da Administração não se constitui em ética da neutralidade ou ética da estrutura. O caso “Eichmann” (Hannah Arendt). Mas não vivemos no Terceiro Reich, mas num regime democrático... Para os autores, o fato de um governo ser eleito democraticamente não impede que abuse do poder obtido. Além disso, a teoria de que a democracia tem instrumentos para a autodepuração dessas condutas é um ideal normativo. Nem sempre os servidores recebem ordens claras e explicitas dos governantes, e muitas vezes os políticas se escudam na democracia para serem omissos. Dependência dos funcionários nas áreas técnicas por parte dos políticos. A responsabilidade moral é individual, não somente institucional. Condutas eleitoreiras de políticos. A ÉTICA ADMINISTRATIVA A ÉTICA POLÍTICA: APLICÁVEL A POLÍTICOS E EMPREGADOS PÚBLICOS (Ética Administrativa). Principios da ética pol´tica: 1) facilitar participação e deliberação; 2) promover e respeitar a democracia; 3) fazer a defesa e promoção dos direitos humanos; 4) buscar o interesse geral. Valores da ética política. Importância. Conjuntos de valores. Código Iberoamericano de Bom Governo: três polos – integridade, eficácia e objetividade. Sugestão dos autores: a) integridade como promoção da ética pública; b) integridade como objetividade; c) integridade como eficácia. Cultivo das virtudes pelo Administrador Público(a prudência). A Cultura Organizativa. Maior desenvolvimento moral, maior resistência às influências externas. Funções da Cultura Organizativa (OTT). co A Classificação de Hood dos estilos de gestão de organizações públicas: a via fatalista, a via hierárquica, a via individualista e a via igualitária. Susan Rose-Ackermann e o tratamento da corrupção. O suborno – probabilidade maior em organizações “fatalistas” e “individualistas”. AS Forças Internas e Externa na Ética Administrativa Cínicos x Idealistas x Pragmáticos – atitudes do administrador público em relação à moral(Lewis). Separação entre Política e Administração? Neutralidade moral da Administração? Dimensão externa (estrutura das instituições e organizações) x interna (a atitude interior dos membros que integram as organizações). A cultura das organizações, ao lado da estrutura: meio caminho entre dimensão externa e interna. Informe da OCDE: funções dos marcos de integridade: 1) determinar as zonas de risco; 2) detectar áreas em que a natureza da atividade pública poderia se desviar e transformar-se em interesse privado. Integridade do governo - confiança pública –desenvolvimento econômico. Marcos de Integridade Organizacional Marco de integridade organizacional da OCDE: a) Gestão do marco deintegridade; b) Contexto de integridade. Gestão do marco de integridade: a) essenciais: instrumentos ( códigos, avaliações de riscos, gestão de conflitos de interesse, consultas de ética, politica de denuncias...), processos (definir integridade, guiar para a integridade (formação ética), controlar e sancionar, avaliar), estruturas (responsáveis da gestão de integridade, comitês e oficinas de ética, inspetores internos...); b) complementares: instrumentos (avaliação do sistema de recursos humanos (o contrato psicológico)2erty , procedimentos de contratação, gestão orçamentária, gestão de qualidade, controle interno e externo; processos ( o que se passou, quem avaliava e como avaliar, como assegurar impacto), estrutura (gestores de RH, interventores, etc.). Contexto de integridade: a) interno (clima laboral); b) externo (partidos políticos, parlamento ,sistema judicial, Tribunal de contas, Defensoria Púbica, Polícia Fiscal, Meios de comunicação, Outros governos, Instituições Internacionais, Setor Privado, etc. Elementos Essenciais das Políticas de Integridade no Setor Público -Códigos de Conduta -Formação em Ética - Assessoramento e Controle -Conflitos de Interesse - Clima Ético