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Universidade Estadual de Maringá Centro de Ciências Exatas Departamento de Química Físico-Química Experimental 1 4050/Turma31 Relatório: DETERMINAÇÃO DE PRESSÃO DE VAPOR E ENTALPIA DE VAPORIZAÇÃO Discente: Docente: Maringá, setembro de 2021. RESUMO Quando um liquido é colocado em um recipiente evacuado e cujo volume é maior do que o do líquido, uma porção do líquido evapora de modo a preencher o volume restante do recipiente, se permanecer líquido depois do equilíbrio líquido-gás ser estabelecido a pressão do vapor é uma função apenas da temperatura, essa pressão desenvolvida é denominada pressão de vapor do líquido (pv), a temperatura na qual a pressão de vapor é igual a 1 atm é o ponto normal de ebulição do líquido Teb. Um método válido para determinar o calor de vaporização de um líquido é medir a pressão de vapor a várias temperaturas e plotar um gráfico, assim se obtém o coeficiente angular da reta e, deste valor, pode-se calcular Qvap. Este método é eficiente e pode fornecer resultados mais precisos do que medidas obtidas em alguns calorímetros mais simples. Integrando a equação de Clausius-Clapeyron, obtém-se uma equação que relaciona a pressão de vapor do líquido com o calor de vaporização e com a temperatura: A entalpia de vaporização corresponde ao calor de vaporização à pressão constante e tem valor sempre positivo, visto que uma mudança de fase do estado líquido para vapor requer fornecimento de energia, logo, o processo é endotérmico. A entropia de vaporização, ∆vapS, na temperatura de ebulição, Teb, de um líquido está relacionada com a sua entalpia de vaporização, nessa temperatura por: OBJETIVO Determinar a pressão de vapor de um líquido em diversas temperaturas e calcular o seu calor de vaporização. MATERIAIS E MÉTODOS O sistema abaixo foi montado: O termômetro ficou submerso na água de termostatização e seu bulbo não ficou encostado em nada durante o processo de leitura, uma quantidade de acetona foi adicionada no isoteniscópio de tal forma a preencher o lado fechado e, no lado aberto, o nível de líquido ficou a aproximadamente 4 cm abaixo do nível do outro lado. As bolhas no lado fechado foram eliminadas inclinando o isoteniscópio. As mangueiras de silicone foram conectadas, antes de ligar a bomba de vácuo, verificou-se que a mesma estivesse com a agulha da válvula de escape aberta (parte do vácuo em aberto). Dessa forma, ao ligar a bomba, o sistema não foi submetido à vácuo imediatamente. Observando o manômetro de mercúrio e o nível de líquido no isoteniscópio, a válvula de escape foi fechada gradativamente diminuindo suavemente a pressão. O fechamento foi interrompido quando o manômetro registrou uma diferença de 5 cm entre as alturas do mercúrio, no manômetro. Em seguida o isoteniscópio foi inclinado e foram dados pequenos golpes com os dedos de modo a formar uma pequena bolha no lado fechado deste. Certificando-se que a bolha formada no isoteniscópio era somente de vapor do líquido e com os níveis igualados, a pressão foi registrada. A válvula de escape foi fechada vagarosamente, cuidando para que a coluna de mercúrio não quebre e nem que a coluna menor diminua de 3 cm. Os níveis dos dois lados do isoteniscópio foram igualados, o que pode ser feito através da regulagem de pressão ou de variação de temperatura do sistema. Após a estabilização térmica e mecânica do sistema foram efetuadas as leituras de temperatura e pressão. Em seguida a temperatura do sistema foi aumenta cerca de 3°C e o vácuo foi diminuído (abrindo a válvula de escape - ocorre o aumento da pressão interna); novamente os níveis do isoteniscópio foram igualados. Após a estabilização do sistema a pressão e temperatura foram registradas, o procedimento foi repetido até atingir a máxima pressão. A temperatura e a pressão atmosférica em que os experimentos foram realizados foi anotada, após a medida com a pressão do sistema igual à externa, foram efetuadas medidas com pressão maior usando o ar comprimido da bomba. RESULTADOS E DISCUSSÃO 1. Resultados experimentais obtidos: T (°C) ΔP (mmHg) 34,0 -320 36,0 -258 37,5 -222 41,0 -159 50,0 93 55,0 230 59,0 409 Patm= 760 mmHg Eq. 1 Utilizando a equação 1 para calcular as pressões de vapor e transformando a temperatura de graus Celsius para Kelvin, obtém-se a seguinte tabela: T (K) ΔPvap (mmHg) 307,15 440 309,15 502 310,65 538 314,15 601 323,15 853 328,15 990 332,15 1169 Após obtidos os valores acima, foram efetuados os cálculos de 1/T e ln (Pvap): 1/T Ln (ΔPvap) 0,003256 6,086775 0,003235 6,2186 0,003219 6,287859 0,003183 6,398595 0,003095 6,74876 0,003047 6,897705 0,003011 7,063904 Com base nos valores da tabela acima o gráfico de ln (Pvap) vs 1/T foi feito: Eq. 2 A partir da equação 2 e do coeficiente da reta, calcula-se o ΔHvap para a acetona, considerando o valor de R= 8,314 J/molK: O valor de ΔS°vap pode ser calculado a partir da equação 3: Eq. 3 A entropia de vaporização da acetona de acordo com a literatura é de 88,3 J/Kmol e o valor da entalpia de vaporização é de 29,1 kJ/mol, sendo assim o erro percentual é de: ΔH°vap (kJ/mol) ΔS°vap (J/Kmol Teórico 29,1 88,3 Experimental 31,751 96,46 Erro Percentual (%) 9,1 9,2 Os erros foram consideravelmente significativos, mas já esperados visto que é um experimento que exige muita cautela e pode gerar muitos erros de leitura de pressões e temperaturas, entre outros erros experimentais. CONCLUSÃO Após a realização do experimento foi possível compreender um dos métodos utilizados para a determinação da entalpia de vaporização, o experimento exige muita cautela visto que é utilizado mudança de temperatura e pressão em um sistema fechado e um manômetro contendo mercúrio que pode quebrar ou ocorrer um vazamento de mercúrio, a partir dos dados obtidos foram calculados a entalpia e a entropia de vaporização da acetona, sendo que ambas as propriedades obtiveram um erro percentual de 9%. REFERÊNCIAS ATIKNS, P. W; de PAULA, Julio. Físico-Química. Vol 1. 9ª Ed. Rio de Janeiro: LTC, 1940. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5735294/mod_resource/content/1/aula25_termodinamica_segunda_e_terceira_lei.pdf> Acesso em: 26 de Set. de 2021, às 18:00 hrs. Ln Pvap X 1/T 3.255738238645613E-3 3.2346757237586934E-3 3.2190568163528088E-3 3.1831927423205475E-3 3.0945381401825778E-3 3.0473868657626088E-3 3.0106879421947915E-3 6.0867747269123065 6.2186001196917289 6.2878585601617845 6.3985949345352076 6.7487595474916793 6.8977049431286357 7.063903961472068 1/T ln Pvap
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