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Fundamentos da Gestão da Logística Pública O procedimento licitatório3 M ód ul o 2Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Enap, 2021 Enap Escola Nacional de Administração Pública Diretoria de Educação Continuada SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF Fundação Escola Nacional de Administração Pública Presidência da Enap: Diogo Costa Diretoria de Desenvolvimento Profissional da Enap: Paulo Marques – Diretor de Desenvolvimento Profissional Conteudista e facilitador: Daniel Cardim Heller, (Conteudista, 2021). Curso produzido em Brasília 2021. Desenvolvimento do curso realizado no âmbito do acordo de Cooperação Técnica FUB / CDT / Laboratório Latitude e Enap. 3Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Unidade 1 – Modalidades e tipos de licitação ................................... 5 1.1 Identificação das modalidades de licitação ......................................................5 1.1.1 Concorrência...............................................................................................5 1.1.2 Tomada de Preços .......................................................................................6 1.1.3 Convite ........................................................................................................6 1.1.4 Concurso .....................................................................................................7 1.1.5 Pregão .........................................................................................................7 1.1.6 Regras Específicas .......................................................................................8 1.1.6.1 Parcelamento e fracionamento ......................................................................9 1.1.6.2 Registro de Preços – Lei n° 8.666/93 ............................................................11 1.1.6.3 Regime Diferenciado de Contratação – RDC – Lei n° 12.462/11 ..................13 1.1.7 Dispensa e Inexigibilidade ........................................................................18 1.1.7.1 Dispensa de Licitação – Contratação Direta – Lei nº 8.666/93 ....................18 1.1.7.2 Inexigibilidade de Licitação – Contratação Direta – Lei nº 8.666/93 ............20 1.1.7.3 Serviços Técnicos Profissionais Especializados – Lei n° 8.666/93 .................21 Unidade 2 – Fase interna ................................................................ 22 2.1 Identificação e definição das fases da licitação ..............................................23 2.2 Requisitos Gerais de Publicidade e Transparência .........................................23 2.3 A Fase Interna .................................................................................................25 Unidade 3 – Fase externa ................................................................ 27 3.1 Definição da fase externa da licitação ............................................................27 3.2 Edital ...............................................................................................................27 3.3 Habilitação ......................................................................................................29 3.4 Julgamento .....................................................................................................30 3.5 Homologação e Adjudicação ..........................................................................31 3.6 Anulação e Revogação ....................................................................................32 3.7 Recurso Administrativo ..................................................................................32 Referências ..................................................................................... 36 Sumário 4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 5Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Unidade 1 – Modalidades e tipos de licitação Ao final desta unidade, você será capaz de relacionar as modalidades e tipos de licitação. 1.1 Identificação das modalidades de licitação As modalidades de licitação estão previstas no art. 22, e os tipos de licitação no art. 45 da Lei de Licitações e Contratos Administrativos, que é a Lei nº 8.666/93. A tendência é que as principais modalidades da Lei de Licitações migrem para o pregão, pois é uma modalidade com um procedimento mais célere e competitiva. Fonte: Elaborado pelo autor (2021). 1.1.1 Concorrência Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. M ód ul o O procedimento licitatório3 6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública As características da concorrência em relação à tomada de preços e ao convite são: • Envolver valores maiores; • Ter maior prazo entre a divulgação do aviso e a data de comparecimento dos interessados; e • Necessitar de fase de habilitação específica. 1.1.2 Tomada de Preços Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. As características da tomada de preços em relação à concorrência e ao convite são: • Envolver valores médios; • Ter médio prazo entre a divulgação do aviso e a data de comparecimento dos interessados; • Não haveria, em tese, fase específica de habilitação, pois só são cadastrados os interessados habilitados. 1.1.3 Convite Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados, em número mínimo de 3 (três), pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente, especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas. Como características do convite em relação à concorrência e à tomada de preços destacam-se: • Envolver valores menores; • Ter prazo diminuto entre a divulgação do aviso e a data de comparecimento dos interessados; e • Não haveria, em tese, fase específica de habilitação, pois só são cadastrados os interessados habilitados. 7Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 1.1.4 Concurso Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores. Tudo deve acontecer conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias. Dentre as características diferenciadoras do concurso temos: • O valor é fixo (prêmio), não correspondendo à atribuição de valor ao produto; • A execução é anterior à sua realização; e Por vezes é inevitável a adoção de critérios subjetivos, mas esses critérios devem ser previamente estabelecidos. 1.1.5 Pregão O pregão é a modalidade de licitação criada pela Lei nº 10.520/2002, conforme a seguir definido: Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei. Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. Art. 2º (VETADO) § 1º Poderá ser realizado o pregão por meio da utilização de recursos de tecnologia da informação, nos termos de regulamentação específica (Brasil, 2002). As características do pregão que merecem destaque são: • Se aplica a qualquer faixa de valor; • Como os bens têm padrões de desempenho objetivamente definidos, vence quem oferta o menor preço; • Comporta proposta prévia, lances e negociaçãodireta com o pregoeiro; e • A habilitação se dá após a fase de apreciação das propostas, com análise da documentação apenas do melhor classificado no pregão. 8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública O Pregão é regulamentado pelo Decreto nº 3.555/02, na sua forma presencial pelo Decreto nº 10.024/19 e na forma eletrônica, onde consta o procedimento completo para realização do pregão. A forma eletrônica é obrigatória, salvo quando houver inviabilidade técnica ou a desvantagem para a administração na realização da forma eletrônica, e devidamente justificado pela autoridade competente. Saiba mais O sistema eletrônico está disponível no Portal de Compras do Governo Federal. 1.1.6 Regras Específicas Os prazos mínimos para publicação seguem o prescrito no art. 21 da Lei de Licitações e Lei e decretos do Pregão. Confira no quadro a seguir o prazo de acordo com a modalidade. As faixas de valores para as licitações foram atualizadas pelo Decreto nº 9.412, de 18 de junho de 2018. Sendo elas: https://www.gov.br/compras/pt-br/sistemas/comprasnet-siasg 9Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Art. 1º Os valores estabelecidos nos incisos I e II do caput do art.23 da Lei nº 8.666/93, de 21 de junho de 1993, ficam atualizados nos seguintes termos: I - para obras e serviços de engenharia: a) na modalidade convite - até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais); b) na modalidade tomada de preços - até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); e c) na modalidade concorrência - acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); e II - para compras e serviços não incluídos no inciso I: a) na modalidade convite - até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais); b) na modalidade tomada de preços - até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais); e c) na modalidade concorrência - acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais). 1.1.6.1 Parcelamento e fracionamento No que diz respeito ao parcelamento fracionamento, tem-se que: Art. 23. [...] 1º As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade sem perda da economia de escala. 2º Na execução de obras e serviços e nas compras de bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou compra, há de corresponder licitação distinta, preservada a modalidade pertinente para a execução do objeto em licitação. [...] 7º Na compra de bens de natureza divisível e desde que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é permitida a cotação de quantidade inferior à demandada na licitação, com vistas à ampliação da competitividade, podendo o edital fixar quantitativo mínimo para preservar a economia de escala (BRASIL, 1993). 10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública O parcelamento é obrigatório diante de três situações específicas. Clique nas opções a seguir e confira mais detalhes sobre cada uma delas. • Concorrência - eficiência Possibilitar maior número de participantes no certame (concorrência – eficiência). • Viabilidade técnica Não afetar a integralidade do objeto ou descaracterizá-lo (viabilidade técnica). • Viabilidade econômica Não afetar a economia de escala e as sinergias de execução (viabilidade econômica). É vedado promover a divisão do objeto do contrato com o intuito de utilizar modalidade de licitação procedimentalmente mais simples em razão da consequente redução do valor estimado da contratação. Art. 23. [...] §3º A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores, ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País. §4º Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência. §5º É vedada a utilização da modalidade “convite” ou “tomada de preços”, conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de seus valores caracterizar o caso de “tomada de preços” ou “concorrência”, respectivamente, nos termos deste artigo, exceto para as parcelas de natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou empresas de especialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço. [...] §8º No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro dos valores mencionados no caput deste artigo quando formado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando formado por maior número (Brasil, 1993, grifo nosso). 11Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Destaque h, h, h, h, Fracionar para fugir da modalidade correta e mais complexa é inadmitido, apesar de ser possível a contratação de mais de uma empresa para trabalhar concomitantemente no mesmo objeto utilizando a modalidade correspondente à soma dos valores. 1.1.6.2 Registro de Preços – Lei n° 8.666/93 Em relação ao registro de preços, destaca-se que Art. 15. [...] 1º O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado. 2º Os preços registrados serão publicados trimestralmente para orientação da Administração, na imprensa oficial. §3º O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observadas as seguintes condições: I - seleção feita mediante concorrência; II - estipulação prévia do sistema de controle e atualização dos preços registrados; III - validade do registro não superior a um ano (BRASIL, 1993). O Sistema de Registro de Preços (SRP) tem uma importância muito grande, por isso, clique nas opções a seguir e confira o que este sistema faz, qual sua importância dentre outras informações. • O que é É um conjunto de procedimentos para registro formal de preços relativos à prestação de serviços e aquisição e locação de bens, para contratações futuras. • Ações realizadas O órgão executa uma licitação, mas o objeto dessa licitação não é contratação de bem ou serviço, e sim o registro de preços e fornecedores para futuras e eventuais aquisições. • Benefícios Assim, um processo licitatório pode dar ensejo a inúmeros contratos, possibilitando uma maior economia de escala e redução dos custos operacionais, já que a administração termina por prescindir da realização de novos procedimentos a cada contratação. 12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública • Regulamentação É regulamentado no Decreto federal nº 7.892/2013, alterado pelo Decreto nº 8.250/2014. De acordo com o art.7º do referido decreto, a licitação para registro de preços será realizada na modalidade de concorrência, do tipo menor preço, ou na modalidade de pregão. A licitação para sistema de registro de preços não requer previsão de recursos orçamentários. É admissível que entidades públicas passem a aderir a registros de preços efetuados originalmente por outras entidades igualmente estatais, inclusive majorando o quantitativo de aquisições pretendido, o que é conhecido popularmente como “carona”. Destaque h, h, h, h, A existência dessa figura é polêmica e muitos sustentam que há vícios insanáveis na prática, mas não há dúvidas de que a “carona” é elemento de celeridade e desburocratização nas compras governamentais. A seguir apresentamos algumas situações de utilização do SRP. • Características do objeto Quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade decontratações frequentes. • Entrega parcelada Quando for conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou contratação de serviços remunerados por unidade de medida ou em regime de tarefa. • Necessidade do objeto por mais de um órgão/entidade Quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo. • Demanda variável Quando, pela natureza do objeto, não for possível definir previamente o quantitativo a ser demandado pela administração. Confira no quadro a seguir as principais características e vantagens do SRP. Principais características Vantagens Procedimento licitatório CONCORRÊNCIA, do tipo menor preço ou técnica e preço; ou PREGÃO do tipo menor preço. Disponibilização de orçamento apenas quando do empenho da aquisição/contratação; Assinatura de uma Ata de Registro de Preços (equivalente a um “termo compromisso”), não de um contrato. Otimização dos estoques e da contratação de serviços, com consequente redução de custos. 13Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública A contratação ocorre quando do surgimento da necessidade. Redução do número de licitações. Não obriga a aquisição da totalidade dos bens/ serviços licitados. Otimização do poder de compra de bens e serviços. Prazo de vigência da Ata de Registro de Preços limitado a um ano. Amplia a desburocratização e o uso do poder de compra, possibilitando a obtenção de menores preços nas contratações da administração pública. Possibilidade de contratação de bens e serviços de informática. Possibilidade de adesão, de órgãos/entidades (não participantes) que queiram utilizar a Ata de Registro de Preços durante a sua vigência. Fonte: Elaborado pelo autor (2021). Na imagem a seguir apresentamos um roteiro básico, segundo os Arts. 4º e 5º do Decreto nº 7.892/2013 – alterado pelo Decreto nº 8.250/14 e pelo Decreto nº 9.488/2018. Fonte: Elaborado pelo autor (2021). 1.1.6.3 Regime Diferenciado de Contratação – RDC – Lei n° 12.462/11 O Regime Diferenciado de Contratação (RDC), Lei nº 12.462/2011, representa, na visão do Governo Federal, um avanço em relação ao modelo tradicional de licitações, pois ele encurta o tempo do processo e o custo dos projetos ao adotar o critério de inversão de fases. Nesse sentido, são mencionados pela Casa Civil da Presidência da República (BRASIL, 2011) os seguintes avanços do RDC: 14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública O estímulo à informatização do processo licitatório, com vistas a acelerar os procedimentos e torná-los mais transparentes. A criação do regime de contratação integrada, no qual o contratado assume a execução de todas as etapas da obra, bem como todos os riscos associados. A obra deve ser entregue à administração, no prazo e pelo preço contratados, em condições de operação imediata, vedado qualquer aditivo por falha na elaboração dos projetos e nas etapas de execução. A possibilidade de utilização de remuneração variável, instituindo prêmios e sanções pecuniárias para o contratado, conforme o grau de atendimento das condições estabelecidas no edital, como prazos, qualidade do serviço ou obra etc. A inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento como regra geral, diminuindo a burocracia e reduzindo o custo para os participantes. A combinação de diferentes etapas de disputa entre os participantes, abertas ou fechadas, estimulando a concorrência e aumentando os ganhos da administração. A não divulgação do orçamento estimado para os participantes durante a licitação, buscando evitar conluios e outras práticas anticoncorrenciais. Vale lembrar que o orçamento fica disponível todo o tempo para os órgãos de controle e é divulgado normalmente após o encerramento do processo. A instituição de fase recursal única, economizando tempo e reduzindo as possibilidades de manobras protelatórias por parte dos participantes da licitação. A instituição da pré-qualificação permanente e do sistema de registro de preços de obras e serviços, dando celeridade ao processo e diminuindo os riscos da contratação. De acordo com o art. 1º da Lei que o instituiu, Lei n° 12.462/11, o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) é aplicável exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização: Art. 1º [...] I - dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, constantes da Carteira de Projetos Olímpicos a ser definida pela Autoridade Pública Olímpica (APO); e II - da Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol Associação - Fifa 2013 e da Copa do Mundo Fifa 2014, definidos pelo Grupo Executivo - Gecopa 2014 do Comitê Gestor instituído para definir, aprovar e supervisionar as ações previstas no Plano Estratégico das Ações do Governo Brasileiro para a realização da Copa do Mundo Fifa 2014 - CGCOPA 2014, restringindo-se, no caso de obras públicas, às constantes da matriz de responsabilidades celebrada entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios; III - de obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos Estados da Federação distantes até 350 km (trezentos e cinquenta quilômetros) das cidades sedes dos mundiais referidos nos incisos I e II; 15Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública IV - das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); V - das obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS; VI - das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e reforma e administração de estabelecimentos penais e de unidades de atendimento socioeducativo; (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015); VII - das ações no âmbito da segurança pública; (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015); VIII - das obras e serviços de engenharia, relacionadas a melhorias na mobilidade urbana ou ampliação de infraestrutura logística; e (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015); IX - dos contratos a que se refere o art. 47-A. (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015); X - das ações em órgãos e entidades dedicados à ciência, à tecnologia e à inovação (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016). [...] §3º Além das hipóteses previstas no caput, o RDC também é aplicável às licitações e aos contratos necessários à realização de obras e serviços de engenharia no âmbito dos sistemas públicos de ensino e de pesquisa, ciência e tecnologia. [...] Art.3º As licitações e contratações realizadas em conformidade com o RDC deverão observar os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento nacional sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo. Art. 4º Nas licitações e contratos de que trata esta Lei serão observados as seguintes diretrizes: I - padronização do objeto da contratação relativamente às especificações técnicas e de desempenho e, quando for o caso, às condições de manutenção, assistência técnica e de garantia oferecidas; II - padronização de instrumentos convocatórios e minutas de contratos, previamente aprovados pelo órgão jurídico competente; 16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública III - busca da maior vantagem para a administração pública, considerando custos e benefícios, diretos e indiretos, de natureza econômica, social ou ambiental, inclusive os relativos à manutenção, ao desfazimento de bens e resíduos, ao índice de depreciação econômica e a outros fatores de igual relevância; IV - condições de aquisição, de seguros, de garantias e de pagamento compatíveis com as condições do setor privado, inclusive mediante pagamento de remuneração variável conforme desempenho, na forma do art.10; V - utilização, sempre que possível, nas planilhas de custos constantes das propostas oferecidas pelos licitantes, de mão de obra, materiais, tecnologias e matérias-primas existentes no local da execução, conservação e operaçãodo bem, serviço ou obra, desde que não se produzam prejuízos à eficiência na execução do respectivo objeto e que seja respeitado o limite do orçamento estimado para a contratação; VI - parcelamento do objeto, visando à ampla participação de licitantes, sem perda de economia de escala; VII - ampla publicidade, em sítio eletrônico, de todas as fases e procedimentos do processo de licitação, assim como dos contratos, respeitado o art.6º desta Lei. Os tipos de licitação estão previstos no art.45 da lei de licitações. Fonte: Elaborado pelo autor (2021). Confira a seguir o que diz a lei. Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle. § 1o Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso: I - a de menor preço: quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço; II - a de melhor técnica; III - a de técnica e preço. 17Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso. Art. 46. Os tipos de licitação “melhor técnica” ou “técnica e preço” serão utilizados exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos, ressalvado o disposto no § 4º do artigo anterior. § 1º Nas licitações do tipo “melhor técnica” será adotado o seguinte procedimento claramente explicitado no instrumento convocatório, o qual fixará o preço máximo que a Administração se propõe a pagar: [...] (BRASIL, 1993). A regra geral é a adoção do tipo “menor preço” e a objetivação dos critérios de julgamento das propostas. A seguir apresentamos a definição de cada tipo. Clique nas opções para conhecer. • Menor preço É o tipo mais utilizado e ocorre quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a administração é o menor preço ofertado, observadas as especificações estabelecidas no edital. • Melhor técnica Aplicável nas licitações para contratação de serviços de natureza predominantemente intelectual (elaboração de projetos, estudos técnicos preliminares, projetos básicos e executivos etc.). O procedimento é diferenciado e está estabelecido no § 1º do art. 46 da Lei 8.666/93. • Técnica e preço Utilizado nas mesmas situações da licitação do tipo melhor técnica. A diferença é que aqui a classificação dos licitantes ocorre pela aplicação de uma média ponderada das pontuações obtidas nas propostas técnica e de preço, conforme critérios estabelecidos no edital. O procedimento é diferenciado e está estabelecido no § 2º do art. 46 da Lei 8.666/93. • Maior lance ou oferta O critério de julgamento é o maior lance ou oferta. Aplica-se nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso. 18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 1.1.7 Dispensa e Inexigibilidade Quando falamos de dispensa e inexigibilidade é preciso estar atento às diferentes possibilidades. A imagem a seguir lista quais são elas. Fonte: Elaborado pelo autor (2021). Continuando seus estudos você terá a oportunidade de conferir mais informações sobre cada uma dessas possibilidades. Confira! 1.1.7.1 Dispensa de Licitação – Contratação Direta – Lei nº 8.666/93 No plano conceitual, você saberia dizer quando há contratação direta? Essa situação acontece quando o procedimento licitatório normal é impossível ou não viabiliza a contratação mais vantajosa frente aos objetivos do Estado e da sociedade. Além disso, ele requer um procedimento administrativo especial e simplificado que comprove de modo fundamentado a condição excepcional, previsto no art. 26 do Estatuto Federal das Licitações, não equivalendo a uma contratação informal. Há três hipóteses: licitação dispensada, licitação dispensável e licitação inexigível. Na sequência apresentamos as características de cada uma delas. Clique nas opções. • Na licitação dispensada A lei não permite licitar, pois eventual licitação seria desnecessária ou antieconômica. • Na licitação dispensável É possível licitar, mas a lei autoriza a dispensa. • Na licitação inexigível Não há viabilidade de competição. • Licitação dispensada Art.17 da Lei nº 8.666/93 – Alienação de bens imóveis (I) e móveis (II). 19Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos: [...] (As alíneas declaram as hipóteses) II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos: [...] (Alíneas declaram as hipóteses) (Brasil,1993). Em relação a licitação dispensável – Art. 24 da Lei n° 8.666/93 – Pequeno valor ou situações extraordinárias, é dispensável a licitação: I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea “a”, do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea “a”, do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez; (...) (BRASIL,1993). Nos demais incisos do art. 24 da Lei n° 8.666/93 estão presentes algumas situações de licitação dispensável, tais como: 20Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Fonte: Elaborado pelo autor (2021). A relação de situações descritas no art. 24 é taxativa, ou seja, somente pode ser contratado por dispensa nas situações ali elencadas. 1.1.7.2 Inexigibilidade de Licitação – Contratação Direta – Lei nº 8.666/93 Quando a licitação é inexigível? Quando é inviável a competição, conforme preceitua o art.25 da Lei de Licitações. Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes; II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação; III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública (Brasil, 1993, grifo nosso). 21Enap Fundação Escola Nacionalde Administração Pública Destaque h, h, h, h, Note que a expressão “em especial” revela que o rol da inexigibilidade é exemplificativo, o que não ocorre com as hipóteses de dispensa. Serviços técnicos profissionais especializados (art. 13) são serviços que exigem a aplicação prática e utilitária de conhecimentos e habilidades pessoais típicas de uma profissão que requeira o domínio aprofundado de arcabouço teórico ou habilidade técnica de difícil obtenção. É o caso de auditores tributários ou restauradores de arte. 1.1.7.3 Serviços Técnicos Profissionais Especializados – Lei n° 8.666/93 Em relação aos serviços técnicos profissionais especializados, confira o que a lei diz a respeito. Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a: I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos; II - pareceres, perícia se avaliações em geral; III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias; IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços; V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico. VIII - (Vetado). [...] §1º Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos para a prestação de serviços técnicos profissionais especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de concurso, com estipulação prévia de prêmio ou remuneração. §2º Aos serviços técnicos previstos neste artigo aplica-se, no que couber, o disposto no art. 111 desta Lei (Transferência de direitos patrimoniais sobre o serviço). §3º A empresa de prestação de serviços técnicos especializados que apresente relação de integrantes de seu corpo técnico em procedimento licitatório ou como elemento de justificação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, ficará obrigada a garantir que os referidos integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços objeto do contrato (BRASIL, 1993). 22Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública A preferência pelo concurso se deve ao fato de permitir a comparação da habilidade técnica e artística dos proponentes a partir da qualidade do produto que se deseja contratar, como nos casos de um projeto de arquitetura ou de um parecer sobre determinado tema. É muito frequente a inexigibilidade de licitação para serviços técnicos, por força da previsão contida no art. 25, II, da Lei nº 8.666/93. A responsabilização do servidor e do particular por abuso na contratação direta está prevista no Art. 25: Art. 25 [...] § 2º Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis (Brasil, 1993, grifo nosso). Quando se fala em superfaturamento, significa que este é o pagamento de bens e serviços a preços superiores aos praticados no mercado ou orçados pela administração, levando-se em conta as circunstâncias da execução do contrato. Não deve ser confundido com o sobrepreço, que é a cotação de preço de material ou serviço com preço superior ao orçamento estimado pelo órgão ou entidade pública ou ao preço corrente de mercado. Fonte: Elaborado pelo autor (2021). Unidade 2 – Fase interna Ao final desta unidade, você será capaz de identificar quais são e como ocorrem as diferentes ações que compõem a fase interna do procedimento licitatório. 23Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 2.1 Identificação e definição das fases da licitação O procedimento licitatório congrega uma sequência pré ordenada de atos. Didaticamente, há uma fase que se opera no seio da administração e outra que tem a participação direta dos proponentes. Na classificação de fases adotada pelo Tribunal de Contas da União (2010) tem-se a fase interna ou preparatória e a fase externa ou executória. Clique nas opções a seguir e confira mais sobre cada fase. • Fase interna ou preparatória Nesse momento, verificam-se procedimentos prévios à contratação: identificação de necessidade do objeto, elaboração do projeto básico (ou termo de referência), estimativa da contratação, estabelecimento de todas as condições do ato convocatório etc. • Fase externa ou executória É o que momento em que se inicia a publicação do edital ou a entrega do convite e termina com a contratação do fornecimento do bem, da execução da obra ou da prestação do serviço. 2.2 Requisitos Gerais de Publicidade e Transparência Art. 20. As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada, salvo por motivo de interesse público, devidamente justificado. Parágrafo único. O disposto neste artigo não impedirá a habilitação de interessados residentes ou sediados em outros locais (BRASIL, 1993). O local físico de realização da licitação tende a se tornar menos relevante com o avanço da forma eletrônica dos certames. Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez: I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidas por instituições federais; II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal quando se tratar, respectivamente, de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Estadual ou Municipal, ou do Distrito Federal; 24Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública III - em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal de circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Administração, conforme o vulto da licitação, utilizar-se de outros meios de divulgação para ampliar a área de competição. §1º O aviso publicado conterá a indicação do local em que os interessados poderão ler e obter o texto integral do edital e todas as informações sobre a licitação. §2º O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será: I - quarenta e cinco dias para: a) concurso; b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada integral ou quando a licitação for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”; II - trinta dias para: a) concorrência, nos casos não especificados na alínea “b” do inciso anterior; b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”; III - quinze dias para a tomada de preços, nos casos não especificados na alínea “b” do inciso anterior, ou leilão; IV - cinco dias úteis para convite. §3º Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior serão contados a partir da última publicação do edital resumido ou da expedição do convite, ou ainda, da efetiva disponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde. §4º Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas (BRASIL, 1993, grifo nosso). Com base no que está publicado em lei destaca-se ainda dois pontos sobre o cumprimento de prazos e sobre o aviso. Confira a seguir. • Cumprimento dos prazos O cumprimento dos prazos e condições de divulgação presentes nesse artigo é condição de validade da licitação. 25Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública • Aviso Aviso é o documento que contém as informações essenciais da licitação, como o objeto, amodalidade, o órgão contratante e os prazos para a manifestação de interessados. 2.3 A Fase Interna A fase interna corresponde aos procedimentos internos à administração, aos atos preparatórios anteriores à publicação do edital ou divulgação do convite. Na imagem a seguir apresentamos um esquema simplificado dessa fase, bem como previsto no art.38 da Lei de licitações, e as diretrizes da Instrução Normativa nº 5, de 26 de maio de 2017, da Secretaria de Gestão do MPDG. Fonte: Elaborado pelo autor (2021). Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente: I - edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso; II - comprovante das publicações do edital resumido, na forma do art. 21 desta Lei, ou da entrega do convite; III - ato de designação da comissão de licitação, do leiloeiro administrativo ou oficial, ou do responsável pelo convite; IV - original das propostas e dos documentos que as instruírem; V - atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora; VI - pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa ou inexigibilidade; VII - atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua homologação; VIII - recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e respectivas manifestações e decisões; IX - despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for o caso, fundamentado circunstanciadamente; 26Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública X - termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso; XI - outros comprovantes de publicações; XII - demais documentos relativos à licitação. Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração (BRASIL, 1993). Destaque h, h, h, h, Embora a fase externa se inicie com a publicação do edital, os vícios da fase interna comunicam à fase externa e a “existência de contradição entre o edital e os atos anteriormente produzidos é causa de nulidade”, segundo ensinamento de Marçal Justen Filho (2010, p. 519). As minutas de editais de licitações e os contratos ou similares, presentes no processo administrativo, devem ser examinadas e aprovadas por assessoria jurídica, a fim de detectar possíveis erros e inadequações. O exame deve ser prévio à exteriorização do edital e ter caráter conclusivo: aprova ou rejeita, apontando o que deve ser corrigido. A manifestação da assessoria jurídica não vincula o dirigente máximo da entidade, mas esse assume responsabilidade exclusiva pela prática dos atos em discordância. O dirigente pode tanto se manifestar pela existência de defeitos jurídicos não apontados no parecer, quanto afirmar não existirem as inadequações nele declaradas. Quanto à responsabilidade jurídica da assessoria, a questão é controversa, mas é razoável o entendimento em duas situações, conforme apresentamos na imagem a seguir. Fonte: Elaborado pelo autor (2021). 27Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Unidade 3 – Fase externa Ao final desta unidade, você será capaz de identificar quais são e como se dão as ações da fase externa do procedimento licitatório. 3.1 Definição da fase externa da licitação A fase externa ou executória inicia-se com a publicação do edital ou com a entrega do convite e termina com a contratação do fornecimento do bem, da execução da obra ou da prestação do serviço. Na imagem a seguir ilustramos como acontece essa fase. Fonte: Elaborado pelo autor (2021). 3.2 Edital O edital (ou convite) corresponde ao documento de divulgação pública da licitação que convida à participação os interessados e declara suas regras fundamentais. Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e indicará obrigatoriamente, o seguinte: I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara; II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos, como previsto no art. 64 desta Lei, para execução do contrato e para entrega do objeto da licitação; III - sanções para o caso de inadimplemento; IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico; 28Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de licitação e o local onde possa ser examinado e adquirido; VI - condições para participação na licitação, em conformidade com os arts. 27 a 31 desta Lei, e forma de apresentação das propostas; VII - critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos; VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em que serão fornecidos elementos, informações e esclarecimentos relativos à licitação e às condições para atendimento das obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto; IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e estrangeiras, no caso de licitações internacionais; X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou faixas de variação em relação a preços de referência, ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48; XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela; XII - (Vetado).XIII - limites para pagamento de instalação e mobilização para execução de obras ou serviços que serão obrigatoriamente previstos em separado das demais parcelas, etapas ou tarefas; XIV - condições de pagamento, prevendo: a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, contado a partir da data final do período de adimplemento de cada parcela; b) cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade com a disponibilidade de recursos financeiros; c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final do período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo pagamento; d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e descontos, por eventuais antecipações de pagamentos; 29Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública e) exigência de seguros, quando for o caso; XV - instruções e normas para os recursos previstos nesta Lei; XVI - condições de recebimento do objeto da licitação; XVII - outras indicações específicas ou peculiares da licitação (Brasil, 1993). [...] § 2º Constituem anexos do edital, dele fazendo parte integrante: I - o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especificações e outros complementos; II - orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários; III - a minuta do contrato a ser firmado entre a Administração e o licitante vencedor; IV - as especificações complementares e as normas de execução pertinentes à licitação. Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada. [...] § 1º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei [...] (BRASIL, 1993). 3.3 Habilitação A habilitação corresponde à comprovação da idoneidade dos interessados, que é condição geral de participação na licitação. Pela habilitação, a titularidade das condições para exercero direito a participar da licitação é declarado pela administração. Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a: I - habilitação jurídica; II - qualificação técnica; III - qualificação econômico-financeira; IV - regularidade fiscal e trabalhista; (Redação dada pela Lei nº 12.440, de 2011). V - cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal (BRASIL, 1993). 30Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Quando se dá a verificação da habilitação do proponente no procedimento licitatório? Depende. No pregão e no Regime Diferenciado de Contratações, a habilitação se dá após a fase de julgamento das propostas. Nas modalidades tradicionais da Lei nº 8.666/93, a habilitação é condição para apreciação da proposta da empresa. Clique nas opções a seguir e confira o que cada uma dessas modalidades representa. • Habilitação jurídica Comprovação de existência, da capacidade de fato e da regular disponibilidade. Os requisitos são os definidos em lei, não havendo espaço para outros definidos em edital. • Regularidade fiscal É uma forma indireta de punir os infratores às leis fiscais e selecionar empresas financeiramente saudáveis, que apresentam menor risco de inexecução do contrato. Para contratar com a administração, é necessário estar em dia com a Fazenda, com a Seguridade Social e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, e com a Justiça do Trabalho. • Qualificação técnica e econômico-financeira Comprovação de experiência e capacidade de desenvolver e concluir o objeto do contrato, em relação respectivamente aos conhecimentos e habilidades, teóricos e práticos, e à disponibilidade de recursos financeiros para a satisfação das obrigações assumidas pelo contratado. 3.4 Julgamento Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos: I - abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à habilitação dos concorrentes, e sua apreciação; II - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, contendo as respectivas propostas, desde que não tenha havido recurso ou após sua denegação; III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, desde que transcorrido o prazo sem interposição de recurso, ou tenha havido desistência expressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos; IV - verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, conforme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial competente, ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços, os quais deverão ser devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis; 31Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública V - julgamento e classificação das propostas de acordo com os critérios de avaliação constantes do edital; VI - deliberação da autoridade competente quanto à homologação e adjudicação do objeto da licitação. Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle. §1º Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso: I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço; II - a de melhor técnica; III - a de técnica e preço; IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso (BRASIL, 1993). 3.5 Homologação e Adjudicação Para compreender e saber diferenciar a homologação e a adjudicação, clique nas opções a seguir. • Homologação A homologação é o ato pelo qual a autoridade competente verifica e atesta a conveniência e a legalidade de todo o procedimento licitatório. • Adjudicação Já a adjudicação é o ato pelo qual a autoridade competente atribui ao licitante vencedor do certame, autor da proposta mais vantajosa, o objeto da licitação, ou seja, o direito de contratar com a administração, se houver contratação. Os referidos atos estão previstos no art. 43, inciso VI, da Lei nº 8.666/93. Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos: [...] VI - deliberação da autoridade competente quanto à homologação e adjudicação do objeto da licitação. (BRASIL, 1993). 32Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 3.6 Anulação e Revogação A anulação e a revogação também são termos distintos. Na sequência apresentamos suas principais características. • Anulação A anulação ocorre quando for constatada alguma ilegalidade no procedimento licitatório, pode ser de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado, e tem efeito ex tunc, ou seja, retroage até sua origem. • Revogação A revogação somente poderá ser efetuada por razões de interesse público, decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, e tem efeito ex nunc, ou seja, vale a partir do ato de revogação e pode gerar indenização de prejuízos. Tanto a anulação quanto a revogação são de competência da autoridade competente para aprovação do procedimento licitatório, ou seja, sua homologação, e estão previstas no art.49 da Lei nº 8.666/93. Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado. §1º A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei. §2º A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei. §3º No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e a ampla defesa. §4º O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimento de dispensa e de inexigibilidade de licitação. (BRASIL, 1993). 3.7 Recurso Administrativo Dos atos da administração decorrente da aplicação da Lei cabe recurso administrativo, conforme preceituado no art.109 da Lei nº 8.666/93 e art. 4º, incisos XVIII a XXI da Lei nº 10.520/2002. 33Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem: I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de: a) habilitação ou inabilitação do licitante; b) julgamento das propostas; c) anulação ou revogação da licitação; d) indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento; e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 78 desta lei; e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 79 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994); f) aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou de multa; II - representação, no prazo de 5 (cinco) dias úteis da intimação da decisão relacionada com o objeto da licitação ou do contrato, de que não caiba recurso hierárquico; III - pedido de reconsideração, de decisão de Ministro de Estado, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, na hipótese do § 4o do art. 87 desta Lei, no prazo de 10 (dez) dias úteis da intimação do ato. §1ºA intimação dos atos referidos no inciso I, alíneas “a”, “b”, “c” e “e”, deste artigo, excluídos os relativos a advertência e multa de mora, e no inciso III, será feita mediante publicação na imprensa oficial, salvo para os casos previstos nas alíneas “a” e “b”, se presentes os prepostos dos licitantes no ato em que foi adotada a decisão, quando poderá ser feita por comunicação direta aos interessados e lavrada em ata. §2º O recurso previsto nas alíneas “a” e “b” do inciso I deste artigo terá efeito suspensivo, podendo a autoridade competente, motivadamente e presentes razões de interesse público, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva aos demais recursos. §3º Interposto, o recurso será comunicado aos demais licitantes, que poderão impugná-lo no prazo de 5 (cinco) dias úteis. 34Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública §4º O recurso será dirigido à autoridade superior, por intermédio da que praticou o ato recorrido, a qual poderá reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, ou, nesse mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente informado, devendo, neste caso, a decisão ser proferida dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado do recebimento do recurso, sob pena de responsabilidade. §5º Nenhum prazo de recurso, representação ou pedido de reconsideração se inicia ou corre sem que os autos do processo estejam com vista franqueada ao interessado. §6º Em se tratando de licitações efetuadas na modalidade de “carta convite”, os prazos estabelecidos nos incisos I e II e no parágrafo 3º deste artigo serão de dois dias úteis. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados e observará as seguintes regras: [...] XVIII - declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar imediata e motivadamente a intenção de recorrer, quando lhe será concedido o prazo de 3 (três) dias para apresentação das razões do recurso, ficando os demais licitantes desde logo intimados para apresentar contrarrazões em igual número de dias, que começarão a correr do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos; XIX - o acolhimento de recurso importará a invalidação apenas dos atos insuscetíveis de aproveitamento; XX - a falta de manifestação imediata e motivada do licitante importará a decadência do direito de recurso e a adjudicação do objeto da licitação pelo pregoeiro ao vencedor; XXI - decididos os recursos, a autoridade competente fará a adjudicação do objeto da licitação ao licitante vencedor; [...]. (BRASIL, 1993) Em suma, cabe recurso nas seguintes situações: • Habilitação ou inabilitação do licitante • Julgamento das propostas • Anulação ou revogação da licitação • Indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento 35Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública • Rescisão do contrato unilateralmente pela Administração • Aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou de multa Os prazos para recurso estão indicados na imagem a seguir. Fonte: Elaborado pelo autor (2021). 36Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Referências Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 21 julho de 2021. Brasil. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/L8666cons.htm. Acesso em: Acesso em: 21 julho de 2021. Brasil. Lei nº 10.520, de 17 de junho de 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/2002/l10520.htm. Acesso em: Acesso em: 21 julho de 2021. Brasil. Decreto nº 10.024, de 20 de setembro de 2019.. Disponível em http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D10024.htm. Acesso em: 10 de novembro de 2020. Brasil. Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 20011. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12462.htm. Acesso em: Acesso em: 21 julho de 2021. Brasil. Decreto nº 3.555, de 8 de agosto de 2000. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/decreto/d3555.htm. Acesso em: 10 de novembro de 2020. Brasil. Decreto nº 9.412, de 18 de junho de 2018. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9412.htm. Acesso em: 10 de novembro de 2020. Brasil. Decreto nº 7.892, de 23 de janeiro de 2013. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2011-2014/2013/decreto/d7892.htm. Acesso em: 10 de novembro de 2020. Brasil. Portal de Compras do Governo Federal. Comprasnet Siasg. https://www.gov.br/compras/ pt-br/sistemas/comprasnet-siasg. Acesso em: 20 de novembro de 2020. Brasil. Portal de Compras do Governo Federal. Instrução Normativa nº 5, de 26 de maio de 2017, Secretaria de Gestão do MPDG. https://www.gov.br/compras/pt-br/acesso-a-informacao/ legislacao/instrucoes-normativas/instrucao-normativa-no-5-de-26-de-maio-de-2017- atualizada. Acesso em: 20 de novembro de 2020. Brasil. Casa Civil da Presidência da Repúbica. Tire suas dúvidas sobre o Regime Diferenciado de Contratações (RDC). Disponível em: https://casa-civil.jusbrasil.com.br/noticias/2776614/tire- suas-duvidas-sobre-o-regime-diferenciado-de-contratacoes-rdc . Acesso em: 21 julho de 2021 Brasil. Tribunal de Contas da União. Licitações e contratos: orientações e jurisprudência do TCU / Tribunal de Contas da União. 4. ed. rev., atual. e ampl. Brasília: TCU, Secretaria-Geral da Presidência: Senado Federal, Secretaria Especial de Editoração e Publicações, 2010. Justen Filho, Marçal. Comentários à lei de licitações e contratos administrativos. 14ª ed. São Paulo: Dialética, 2010. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10520.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10520.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D10024.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D10024.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12462.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12462.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3555.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3555.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9412.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9412.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/decreto/d7892.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/decreto/d7892.htm https://www.gov.br/compras/pt-br/sistemas/comprasnet-siasg https://www.gov.br/compras/pt-br/sistemas/comprasnet-siasg https://www.gov.br/compras/pt-br/acesso-a-informacao/legislacao/instrucoes-normativas/instrucao-normativa-no-5-de-26-de-maio-de-2017-atualizada https://www.gov.br/compras/pt-br/acesso-a-informacao/legislacao/instrucoes-normativas/instrucao-normativa-no-5-de-26-de-maio-de-2017-atualizada https://www.gov.br/compras/pt-br/acesso-a-informacao/legislacao/instrucoes-normativas/instrucao-normativa-no-5-de-26-de-maio-de-2017-atualizada https://casa-civil.jusbrasil.com.br/noticias/2776614/tire-suas-duvidas-sobre-o-regime-diferenciado-de-contratacoes-rdc https://casa-civil.jusbrasil.com.br/noticias/2776614/tire-suas-duvidas-sobre-o-regime-diferenciado-de-contratacoes-rdc
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