UNIBF ESTAGIO 2 MÉDIO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

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RESUMO
O Estágio Supervisionado Ensino Médio Planejamento e Docência teve por finalidade compreender o processo de ensino-aprendizagem em História. O objetivo geral da pesquisa foi realizar uma análise do contexto formal, das práticas pedagógicas desenvolvidas pela disciplina de História na Escola Municipal Almeida Garret. O objetivo específico foi propor um plano de aula com base nas pinturas de Jean Baptiste Debret (o Jantar, passatempos depois do jantar, antes de 1830), e (Execução da punição de açoitamento). Para a elaboração e conclusão deste trabalho, utilizou-se, de um procedimento metodológico de natureza qualitativa. Assim como de pesquisa bibliográfica e de campo. O tema investigado oportuniza entender o quanto relevante é o conhecimento histórico na formação social, cultural e crítica dos discentes.
Palavras-Chave: História, Debret, Estágio Ensino Médio, Plano de Aula, Entrevista.
I-INTRODUÇÃO
A atividade de Estágio Supervisionado Ensino Médio: Planejamento e Docência se constitui através da observação construtiva e da análise crítica em torno do contexto estagiado. O estágio é indispensável para a formação dos futuros profissionais que desejam atuar ativamente em sala de aula. De fato, o estágio sempre será uma das experiências mais gratificante e enriquecedora do conhecimento humano, pois o estágio oportuniza o saber concreto, através da ação, reflexão, teoria, prática, coleta de dados, investigação, verificação, entrevistas e a pesquisa de campo no local estagiado.
O Estágio Supervisionado foi realizado na Escola Municipal Almeida Garret, situado na Av. Guedes da Fontoura, Nº: 470 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ, CEP: 22.621-240, possuindo como gestora a professora Claudia Roseira.
O relatório de estágio foi desenvolvido e concluído por mim Rosane Machado de Oliveira, acadêmica do Curso de Licenciatura Plena em História. O Planejamento e Docência têm por objetivo oportunizar ao estagiário uma análise da realidade escolar, do cotidiano, da prática pedagógica, dos métodos utilizados e dos recursos disponíveis para as atividades. O estágio complementa a formação acadêmica, possibilitando o confronto entre a teoria e a prática do docente, isto é, reveste-se de um caráter diversificado, uma capacitação que oferece oportunidade de construir em conjunto, uma consciência crítica e extremamente reflexiva sobre uma determinada realidade, com a essencial possibilidade de transformá-la.
O estágio propicia um conjunto de conhecimentos, ou seja, uma análise concreta em relação ao papel da escola em todos os seus campos de atuação. Nota-se, que nos cursos de Licenciatura o estágio é um elemento obrigatório e relevante para os futuros profissionais pois o estágio é uma atividade assegurada na matriz curricular.
Para a elaboração deste relatório de Estágio Supervisionado utilizou-se, de muitos procedimentos metodológicos, como às aulas expositivas ao vivo, via aulas remotas, desenvolvimento de atividades de reflexão e debates entre aluno e professor via ambiente virtual de aprendizagem; (fórum), com esclarecimentos de dúvidas com o professor da disciplina, e estudos na rota de aprendizagem.
Os itens que serão trabalhados neste relatório de estágio incluem a identificação da escola estagiada, a concepção pedagógica adotada pela instituição de ensino, a descrição e análise reflexiva das atividades de estágio supervisionado, a sua forte característica estrutural, as caracterizações dos profissionais que atuam na instituição estagiada e da turma estagiada, o perfil da professora observada durante o estágio supervisionado, a descrição e análise das aulas observadas, a descrição das atividades de avaliação observada e o plano de aula elaborado.
O Estágio Supervisionado é um elemento curricular essencial para o desenvolvimento profissional e social na carreira do futuro docente, sendo o estágio uma experiência teórica e prática que oportuniza conhecimentos construtivos e muito significativos tanto no contexto formal, quanto no contexto não formal. 
II-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
As atividades propostas com base nas pinturas de Debret do período colonial são fundamentais para o conhecimento histórico dos discentes. É fato que estudar o período colonial através de pinturas é muito mais significativo e atrativo em sala de aula.
A prática do estágio é necessária para que haja uma reflexão e uma articulação em torno da teoria e da prática pedagógica. O Planejamento e à Docência quando desenvolvido concretamente no ambiente estagiado é capaz de moldar gradativamente o pensamento do estagiário e prepará-lo para enfrentar a realidade em sala de aula com muito mais clareza das ações desenvolvidas. 
Porém, é necessário que o professor e orientador faça uma análise qualitativa em torno das pinturas e dos pintores selecionados para trabalhar em sala, assim como é preciso que o docente do ensino de História realize uma interpretação coerente, ou seja, uma leitura das pinturas antes de apresentá-las aos estudantes.
O estágio é de grande importância, pois é um dos momentos mais significativos em uma licenciatura. Poderá ocorrer, desde o início do curso, possibilitando que a relação entre os saberes teóricos e os saberes das práticas ocorra durante todo o percurso da formação, garantindo, inclusive, que (PIMENTA et al, 2006), “os alunos aprimorem sua escolha de serem professores a partir do contato com as realidades de sua profissão”. 
Ao professor de história cabe ensinar ao aluno como levantar problemas, procurando transformar em cada aula de história, temas e problemáticas em narrativas históricas. Como muito bem disse, (LOCH et al, 2000), “ensinar história passa a ser então, dar condições ao aluno para poder participar do processo de fazer o conhecimento histórico de construí-lo”.
Nas pinturas de Debret, é possível perceber como o povo negro era tratado com uma inferioridade em relação aos brancos durante o período colonial. No entanto, percebe-se que o que mais valia para os brancos era a força do negro, do seu trabalho, o rendimento de seus serviços, mas infelizmente não a sua pessoa e muito menos a sua cor de pele.
No Brasil os portugueses recorreram à utilização da mão de obra escrava, pois os colonizadores tinham conhecimento das habilidades dos negros, sobretudo por sua rentável utilização na atividade açucareira das ilhas do Atlântico.
Muitos escravos provinham de culturas em que trabalhos com ferro e a criação de gado eram usuais. Conforme (FREIRE; 1987), “a sua capacidade produtiva era assim bem superior à do indígena”. 
Nota-se, como havia interesse por trás de cada decisão e de cada escolha realizada pelos patrões brancos, pois o negro era desprezado pelos senhores de posse e ao mesmo tempo, era tido como a salvação desses senhores, pois a força para o trabalho vinha do povo negro.
A pintura é uma fonte de história imprescindível para a estruturação do conhecimento histórico dos estudantes, sendo essencial a utilização e a indagação de diversas pinturas no ensino de História e a sua metodologia utilizada para a atividade, baseando-se em imagens de Debret em cartazes, assim como do livro didático do aluno.
Primeiramente em sala de aula, busquei questionar os estudantes do 1° ano, se a turma em geral se interessava por obras de arte, por pinturas em tela, ou se já haviam pintado alguma tela, ou então realizado algum curso de pintura em contextos formais ou não formais.
Busquei em sala de aula abrir espaço para uma intensa e completa interação, ou seja, para um diálogo aberto com todos os educandos. Em seguida, apresentei para os alunos as atividades propostas por meio do livro didático e por meio de cartazes com as pinturas de Debret ampliadas, sendo que as pinturas escolhidas para o trabalho em sala foi: O Jantar passatempos depois do jantar. Antes de 1830 e a Execução da punição de açoitamento.
Depois de uma análise construtiva e de um debate coletivo em torno das duas obras de Debret, as quais retratam a inferioridade dos negros e o tratamento miserável que recebiam de seus patrões brancos,solicitei que as atividades fossem elaboradas e desenvolvidas através da reunião dos alunos em grupos de três membros.
Para a pesquisa foi incorporado um texto crítico em torno das duas pinturas expostas em sala de aula e debatidas com a turma em geral, sendo que o texto deveria conter até trinta linhas e receber um título de acordo com as obras de arte de Debret trabalhada. Para o desenvolvimento do texto os estudantes puderam contar com o livro base da disciplina, cartazes com as pinturas em tamanho amplo e com as explicações oportunizadas por mim, professoro estagiária da turma.
Contudo, foi possível perceber e avaliar no final da aula que os educandos participaram ativamente das atividades propostas, sempre buscando trocar opiniões com os colegas e com o grupo de trabalho de maneira significativa, e construtiva, sendo que os textos foram desenvolvidos com êxito por cada grupo de alunos.
Em seguida, realizou-se a leitura de cada texto em sala de aula, havendo um novo debate entre os grupos e seus textos sobre a escravidão no período colonial com base nas obras de arte de Debret, finalizando de forma significativa tudo o que foi proposto em aula. 
Todos os alunos de cada grupo, participaram de uma forma voluntária e descontraída, proporcionando um sentimento de gratificação aos docentes.
III-CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante o desenvolvimento do Estágio Supervisionado Ensino Médio verificou-se, o quanto é relevante se deparar com a realidade cotidiana do contexto escolar, assim como, participar em sala de aula, questionar, planejar, participar ativamente da prática pedagógica, do acompanhamento das ações do pedagogo, do diretor, do professor, e da comunidade escolar em geral.
É fundamental que haja uma relação dinâmica, uma amizade por parte do professor e dos demais funcionários da escola, para com os pais e com os alunos que a instituição de ensino recebe.
No colégio estagiado há muitas ações positivas em prol do desenvolvimento do aluno e através de uma pesquisa de campo no contexto escolar, foi possível observar, entrevistar, participar, planejar aula, acessar documentos e regimentos do colégio, analisar e refletir o encaminhamento pedagógico, o desenvolvimento de todas atividades, o processo de ensino e aprendizagem, as dificuldades encontradas e a avaliação dos discentes. 
Na instituição estagiada o processo de ensino e o processo avaliativo ocorrem de forma ética, democrática e compartilhada com a comunidade escolar e na instituição predomina o princípio da democratização a qual se alicerça em uma visão emancipadora e cidadã, com um diálogo aberto com a comunidade escolar, com a participação das famílias dos alunos nos assuntos relacionados à educação, no ensino e na aprendizagem.
O Estágio Supervisionado contribuiu significativamente para a futura formação docente no Curso de História, sendo que possibilitou um contato concreto com a realidade estagiada, proporcionando um aprendizado sólido e reflexivo com as diversas realidades encontradas na escola, principalmente na turma do 1° ano do Ensino Médio.
Os momentos de observações e participação no espaço estagiado foram momentos em que a descrição dos sujeitos foi observada e descrita neste relatório de estágio, incluindo a posição social, o comportamento com a disciplina, interesse, aprendizado, ciclo, etc.
No desenvolvimento do trabalho foi possível fazer uso das palavras dos sujeitos, tornando o documento mais preciso e fidedigno, onde o local estagiado foi detalhado da melhor maneira possível.
As observações e as participações realizadas no decorrer do Estágio Supervisionado foram fundamentais para a análise reflexiva sobre a prática pedagógica em sala de aula e no ensino e na aprendizagem de História.
Conclui-se, que o Estágio enquanto disciplina curricular possibilita ao estagiário um conhecimento construtivo do campo em que se deseja atuar futuramente, pois oportuniza um entendimento qualitativo e articulado em torno da teoria e da prática docente, nas constantes aprendizagens e vivências construtivas através do contato real com o local estagiado e com as diversas pessoas e realidades encontradas.
IV-REFERÊNCIAS
PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência: Diferentes Concepções. Revista Poíesis – Volume 3, números 3 e 4, pp.5-24, 2005/2006. 
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1987.
LOCH, Jussara M. de Paula. Uma Perspectiva Emancipatória. Química Nova na Escola. São Paulo, n. 12, p. 30-33, nov. 2000.