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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _________ VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE ___________ . 
 
 
Processo nº. 
 
Loja de Eletrodomésticos Ltda., pessoa jurídica, CNPJ n., e-mail, sediada na Rua, 
N., Bairro, Cidade, Estado, CEP, telefone, por meio do seu Advogado, infra assinado, 
vem à presença de Vossa Excelência, apresentar sua 
 
CONTESTAÇÃO 
 
em face da Ação Condenatória movida por Antônio Augusto, dizendo e requerendo 
o que segue. 
 
I. BREVES RELATOS 
 
1. O Requerente declara que adquiriu no dia 20/10/2015, uma TV 
de LED com sessenta polegadas, acesso à internet e outras facilidades pelo preço de 
R$ 5.000,00 (cinco mil reais). 
 
2. O Requerente afirma que após a televisão funcionar 
perfeitamente durante trinta dias, o produto apresentou problema levando a explosão 
da fonte de energia do equipamento, provocando danos irreparáveis a todos os 
aparelhos eletrônicos que estavam conectados ao televisor. 
 
3. No dia 25/11/2015, o Requerente foi até o estabelecimento 
alegando que adquiriu a televisão com defeito, sendo o produto levado para análise 
na empresa fabricante. 
 
4. Após a análise do produto, o fabricante verificou que o produto 
não apresentava defeito de fabricação e a explosão se devia ao mau uso do 
proprietário. 
 
5. O Requerente pleiteia, a devolução do valor do produto ou a 
substituição do mesmo, danos materiais e morais. 
 
 
II. DO DANO MATERIAL 
 
6. Percebe que nos autos foi anexado o laudo da fabricante (Anexo 
01), onde explica o motivo do indeferimento da garantia, como também o termo de 
garantia do produto e suas especificações técnicas. 
 
7. O produto foi remetido para análise da fabricante com intuído de 
verificar se o defeito seria de fabricação. 
 
8. Após feito a análise, verificou-se que não houve VÍCIOS DE 
FABRICAÇÃO e sim MAU USO por parte do Requerente. (Anexo 02) 
 
9. Tendo em vista que no ato da entrega do produto é entregue 
também o termo de garantia, que há toda explicação como deve ser utilizado o produto 
para não danificar ou colocar em risco tanto o adquirente como a perda da garantia. 
 
10. O mau uso é culpa exclusiva do Requerente, uma vez que é o 
único que deu causa a danificação do produto, se tivesse, ele, obedecidos as normas 
técnicas explicado no termo de garantia, não teria colocado a vida útil de uso do produto. 
 
11. Tratando do mau uso comprovado pela parte técnica competente, 
não há que se falar em devolução do valor ou troca do produto. 
 
12. Uma vez que há a pacificação nas Cortes sobre o referido 
assunto, que tratando do mau uso por parte do adquirente, não cabe o fornecedor reparar 
ou trocar o produto, assim trata a jurisprudência, in verbis: 
 
 
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS 
MATERIAIS E MORAIS. ALEGAÇÃO DE VÍCIO NO PRODUTO. 
ENVIO DE CELULAR PARA ASSISTÊNCIA TÉCNICA. DEVOLUÇÃO 
DO APARELHO SEM REPAROS POR FALTA DE PAGAMENTO. 
TELA QUEBRADA. MAU USO EVIDENCIADO. AUSÊNCIA DE VÍCIO 
DE FABRICAÇÃO. IMPROCEDÊNCIA. SENTENÇA MANTIDA 
PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO CONHECIDO E 
DESPROVIDO. 1. RELATÓRIO Dispensado, nos termos do 
Enunciado 92 do FONAJE. 2. VOTO E FUNDAMENTOS Presentes 
os pressupostos de admissibilidade, tanto os objetivos quanto os 
subjetivos, o recurso deve ser conhecido. No mérito, verifico que não 
comporta provimento, devendo ser mantida a sentença por seus 
próprios fundamentos (art. 46 da Lei 9.099/95), quais sejam: Restou 
incontroverso que o aparelho celular adquirido pelo autor se 
encontrava, de fato, dentro do prazo de garantia quando encaminhado 
à assistência técnica, já que a compra foi realizada no dia 13.12.2016 
e os defeitos relatados iniciaram-se no mês de março de 2017. 
Contudo, é notório o fato de que as garantias fornecidas aos 
aparelhos eletrônicos, incluindo os celulares, não cobrem os defeitos 
gerados por mau uso e/ou uso inadequado da mercadoria. Dessa 
forma, mesmo o produto estando dentro do prazo de garantia, 
caso constatado que o defeito no mesmo tenha sido ocasionado 
pelo consumidor e/ou por terceiros e, portanto, não por defeito 
na fabricação, o próprio consumidor deverá arcar com danos e, 
consequentemente, com os valores para a reparação da 
mercadoria. É exatamente este o caso do presente feito. Os réus 
não negam o fato de que o celular do autor estava dentro do 
prazo de garantia quando do envio ao conserto, sendo tal ponto 
incontroverso, como dito acima, porém, sustentam que os 
defeitos alegados pelo requerente foram decorrentes de 
manuseio incorreto e má utilização do produto, cf. laudo 
colacionado ao Evento 29.6. Ressalta-se, neste ponto, que o 
autor em sede de impugnação à contestação (Evento 30.1) em 
momento algum teceu comentários em relação a este 
documento, ou seja, mesmo podendo se manifestar e impugnar 
especificadamente o laudo, quedou-se inerte à prova produzida 
pela parte ré. Com efeito, muito embora a parte autora tenha 
juntado aos autos documentos aptos a demonstrar a veracidade 
de suas alegações em inicial (Eventos 1.6/1.9), a prova de Evento 
30.1, emitida pelo Sr. Carlos Eduardo Martins, CREAdocumental 
140039026-5, além de refutar todas as alegações do requerente, 
é clara em apontar que os defeitos alegados não decorreram da 
fabricação do produto, mas sim do mau uso do mesmo. Assim, 
não havendo impugnação específica do autor quanto ao laudo 
apresentado, presume-se incontroverso que a trinca na tela LCD do 
aparelho celular do autor foi gerado por má utilização do produto, de 
modo que a garantia do referido celular não cobre o conserto deste 
dano. Sob esta ótica, não sendo aferido vício oculto e/ou defeito na 
fabricação do aparelho adquirido pelo autor, agiu com acerto a 
requerida MULTILASER ao enviar orçamento ao requerente e, 
consequentemente, lhe possibilitar a escolha dos reparos no produto. 
Não se tratando de caso de vício de fabricação, havendo laudo 
nos autos atestando o mau uso (seq. 29.6), o que não foi 
especificamente impugnado pelo autor, que poderia aduzir não 
ser seu aquele aparelho, por exemplo, não há que se falar em 
qualquer responsabilidade das rés, tampouco indenização ao 
autor por danos materiais ou morais. Nesse sentido: RECURSO 
INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E 
MORAIS. RELAÇÃO DE CONSUMO. VÍCIO DO PRODUTO. 
AUSÊNCIA DE PROVA MÍNIMA. ÔNUS DA PROVA QUE INCUMBE 
A AUTORA, NOS TERMOS DO ART. 373, I, DO CPC. LAUDO 
AUTORA QUE DEIXOU DETÉCNICO QUE DEMONSTRA O MAU 
USO DO PRODUTO. OBSERVAR AS REGRAS CONTIDAS NO 
MANUAL DO PRODUTO E OCASIONOU UM CURTO-CIRCUITO. 
SENTENÇADANOS MATERIAS E MORAIS NÃO CONFIGURADOS. 
MANTIDA. Recurso conhecido e desprovido. (TJPR - 1ª Turma 
Recursal - 0011851-88.2017.8.16.0173 - Umuarama - Rel.: Juiz 
Nestario da Silva Queiroz - J. 23.04.2019) (grifei) Ante o exposto, voto 
no sentido de ao recurso interposto pelo reclamante, anegar 
provimento fim de manter a sentença por seus próprios fundamentos 
(art. 46 da Lei 9.099/95). Não logrando êxito em seu recurso, condeno 
o recorrente ao pagamento de honorários advocatícios, os quais fixo 
em 15% sobre o valor da causa (art. 55 Lei 9.099/95), observados os 
benefícios da Justiça Gratuita, deferidos na seq. 67, com a ressalva 
do disposto no § 3º do art. 98 do CPC. Custas na forma da lei estadual 
18.413/2014. 3. DISPOSITIVO Ante o exposto, esta 1ª Turma 
Recursal dos Juizados Especiais resolve, por unanimidade dos votos, 
em relação ao recurso de Alex Goffi de Souza, julgar pelo (a) Com 
Resolução do Mérito - Não-Provimento nos exatos termos do voto. O 
julgamento foi presidido pelo (a) Juiz (a) Vanessa Bassani, com voto, 
e dele participaram os Juízes Maria Fernanda Scheidemantel Nogara 
Ferreira Da Costa (relator) e Nestario Da Silva Queiroz. 28 de 
novembro de 2019 Maria Fernanda Scheidemantel Nogara Ferreira 
da Costa Juiz (a) relator (a) (TJPR - 1ª Turma Recursal - 0002647-
92.2017.8.16.0052 - Barracão - Rel.:Juíza Maria Fernanda 
Scheidemantel Nogara Ferreira da Costa - J. 09.12.2019) 
 
CONSUMIDOR. REPARAÇÃO DE DANOS. APARADOR DE 
CANTOS DE GRAMA. ALEGAÇÃO DE DEFEITO DE FABRICAÇÃO 
DO PRODUTO. ALEGAÇÃO PELA RÉ DE MAU USO PELO 
CONSUMIDOR. LAUDO DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA QUE ATESTA 
O MAU USO DO BEM. CULPA EXCLUSIVA DO CONSUMIDOR. 
AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE. PEDIDO DE TROCA DO 
PRODUTO IMPROCEDENTE. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. 
Relatou o autor que comprou junto à ré um aparador de cantos de 
grama, que estragou em virtude de alegado defeito de fabricação, 
razão pela qual postulou a troca do produto e a condenação da ré à 
indenização a título de danos morais. A ré, por sua vez, alega que 
ocorreu mau uso por parte do consumidor. A demanda foi julgada 
improcedente sob o fundamento de mau uso. Recorreu o autor. O 
laudo da assistência técnica juntado à folha 10 é esclarecedor 
para atestar que o problema no produto se originou de mau uso 
devido a não utilização da saia de proteção do motor, que 
provocou o seu aquecimento excessivo e consequente queima. 
Em sendo reconhecida a culpa exclusiva do consumidor pelo 
defeito (mau uso), não há o que se falar em responsabilidade da 
ré, nos exatos termos do art. 12, par.3º, inciso III, do CDC. Correta 
a sentença que julgou improcedente o pedido. SENTENÇA MANTIDA 
PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO IMPROVIDO. 
(Recurso Cível Nº 71005240775, Segunda Turma Recursal Cível, 
Turmas Recursais, Relator: Vivian Cristina Angonese Spengler, 
Julgado em 08/04/2015). 
 
13. O CDC adotou a responsabilidade objetiva como regra, 
entretanto admitiu causas excludente de responsabilização do fornecedor, numa nítida 
evidencia a teoria do risco fundamentada da aludida responsabilidade não foi do risco 
integral, que por sua vez, admite causas excludentes. 
 
14. De fato, não evidenciando o nexo de causalidade entre o dano e 
o defeito do produto, isento, está o Requerido de ser responsabilizado por qualquer 
avaria ou perda por parte do Requerente. 
 
15. Traz a luz do CDC, no seu art. 12, § 3º, III, caso há a 
comprovação que o produto teve sua danificação devido ao mau uso por parte do cliente, 
o fornecedor e isento de responsabilidade. 
 
16. Uma vez comprovado pelo relatório técnico, anexos nos autos, 
realizada por pessoa capacitada, que a danificação do produto foi ocasionada pelo 
Requerente, devido não atentar o devido uso descrito no manual e termo de garantia 
(anexo 02). 
 
 
III. DO DANO MORAL 
 
17. Também convém, na ocasião, contestar, igualmente, o dano 
moral supostamente sofrido pelo autor. 
 
18. Em seus ensinamentos traz Carlos Roberto Gonçalves que dano 
moral é o que atinge o ofendido como pessoa, não lesando seu patrimônio, e sim a lesão 
de bem que integra os direitos da personalidade, como a honra, a dignidade, a intimidade 
e a imagem, acarretando ao lesado tristeza, vexame e humilhação. 
 
19. Percebe-se que, para a configuração do dano moral, há a 
necessidade de lesão à um dos direitos da personalidade, o que não há no presente 
caso, não havendo falar, assim, em implicação de dano moral. 
 
20. Em virtude de o próprio Requerente ser causador do problema 
apresentado, exclui a responsabilidade objetiva por parte do fornecedor como determina 
o CDC no seu Art. 12, § 3º, III. 
 
21. Após visto em relatório técnico anexados nos autos, percebe que 
não é evidenciado nenhum vício e sim negligência por parte do adquirente do produto, 
na qual, traz pelo descumprimento das normas técnicas para uso do produto. 
 
22. Trazido pelo CDC, art. 14, § 3º, II, que quando comprovado que 
o não a vícios no fornecimento ou de fabricação, não fica responsável por indenizar o 
DANO MORAL, por excluir o nexo da casualidade. 
 
23. Como pacificado nas cortes, uma vez comprovado pela análise 
técnica que a culpa é exclusiva do consumidor, devido ao seu mau uso, o fornecedor não 
tem o dever de indenizar. 
 
RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. DEFEITO DE PRODUTO. 
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. DEFEITO DECORRENTE DO 
MAU USO PELA CONSUMIDORA. Tendo a recorrida se 
desincumbido do ônus de prova que lhe foi imposto, logrando 
comprovar que o defeito é decorrente do mau uso do produto 
pela autora, não há falar em dever de indenizar. RECURSO 
DESPROVIDO. UNÂNIME. (Recurso Cível Nº 71004496782, Primeira 
Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Pedro Luiz Pozza, 
Julgado em 28/01/2014) 
 
RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. TELEVISOR. QUEBRA 
DO DISPLAY. LAUDO DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA QUE APONTA 
MAU USO DO PRODUTO. VÍCIO DO PRODUTO NÃO 
CONFIGURADO. DEVER DE SUBSTITUIR O PRODUTO NÃO 
CARACTERIZADO. HIPÓTESE DE EXCLUDENTE DE 
RESPONSABILIDADE. ARTIGO 14, § 3.º, II, DO CDC. SENTENÇA 
MANTIDA. O autor adquiriu uma televisão, produto que apresentou 
defeitos de imagem, no primeiro mês de uso. Requereu a restituição 
do valor pago, bem como indenização por danos morais. O laudo 
técnico apresentado pela assistência autorizada da fabricante 
constatou que o display (tela do televisor) estava quebrado em razão 
de queda ou colisão do produto. Concluiu, portanto, pelo mau uso 
do aparelho (fl. 58). Configurada hipótese de excludente de 
responsabilidade da requerida, conforme dispõe o artigo 14, § 3.º, 
II, do CDC. Não evidenciado o vício oculto, não há se falar em 
aplicação do artigo 18, parágrafo 1.º, II, do CDC. Sentença de 
improcedência que merece ser mantida pelos seus próprios 
fundamentos jurídicos, nos termos do artigo 46 da Lei n.º 
9.099/95. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005140603, 
Segunda Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Cintia 
Dossin Bigolin, Julgado em 20/05/2015). 
 
24. Desta forma, não pode o Requerente arcar com indenização pelo 
fato de culpa exclusiva do Requerido. 
 
 
IV. IMPUGNAÇÃO DO VALOR DA CAUSA 
 
25. Em que pesem os fundamentos anteriormente expostos, torna-
se descabido o valor dado à causa pelo ora Requerente. 
 
26. No tocante ao dano moral, o valor requerido na exordial 
encontra-se em desacordo com quaisquer padrões de razoabilidade para o caso concreto 
em questão. 
 
27. Assim, requer o Requerente o valor da causa para R$5.000,00 
(cinco mil reais), em questão de danos matérias do valor do produto negociado pelas 
partes. 
 
28. Tendo em vista que foi apenas um produto adquirido no 
estabelecimento, e não há provas de que o dano a televisão teria acarretado danos aos 
demais objeto, sendo descabido pedir esse valor, inclusive pelos danos morais, isso 
causo o enriquecimento sem justa causa. 
 
29. Tendo que nos seus preceitos doutrinários de LIMONGI 
FRANÇA, que enriquecimento sem causa, enriquecimento ilícito ou locupletamento ilícito 
é o acréscimo de bens que se verifica no patrimônio de um sujeito, em detrimento de 
outrem, sem que para isso tenha um FUNDAMENTO JURÍDICO. 
 
30. Descabido o valor pleiteado neste feito, uma vez que o 
requerente não sofreu dano moral, por motivo aqui exposto, não vale a pretensão desse 
valor. 
 
 
V. DA DECADÊNCIA 
 
31. O direito que supostamente teria Antônio Augusto decaiu no dia 
25/02/2016, 90 dias após a constatação do vício, conforme o Art. 26, II do CDC: 
 
“Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil 
constatação caduca em: 
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos 
duráveis.” 
 
32. Não houve qualquer obste a decadência, e considerando que 
decorreram mais de noventa dias entre a data do surgimento do defeito e a do 
ajuizamento da ação, o direito decaiu. 
 
33. Como se trata de matéria de interesse público, “Deve o juiz, de 
ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei” (art. 210 do CC) e extinguir 
a matéria com resolução de mérito (art. 487 do CPC). 
 
VI. DOS PEDIDOS 
 
Ante exposto, requer: 
 
34. Que seja dado indeferimento dos pedidos da exordial, ante a 
ausência de culpa do Requerido no eventodanoso, pelos motivos aqui expostos. 
 
35. se afastadas as preliminares, a ação seja extinta com resolução 
do mérito, baseada na decadência acima descrita; 
 
36. Caso seja dado provimento da exordial, que seja visto o valor da 
causa, para então ser desobedecido o princípio da razoabilidade. 
 
37. Sejam admitidos todos os meios de prova previstos em lei, 
especialmente o documental, o pericial e todo aquele que se mostrar necessário. 
 
38. seja o autor condenado ao pagamento de custas processuais 
bem como os honorários de sucumbência; 
 
 
Neste termo, espera e requer deferimento. 
 
Cidade, Data. 
 
Nome do Advogado 
OAB n.