Ameloblastoma - Características Clínicas, Radiográficas e Histopatológicas - Resumo Concurso Público de Odontologia

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Ameloblastoma – Características Clínicas, Radiográficas e Histopatológicas – 
Resumo para Concurso Público de Odontologia – Questão #12 
 
Expansão das corticais ósseas causada por Ameloblastoma 
E ai, tudo bom com você? 
 
Seja bem-vindo a mais uma questão comentada de concurso público de odontologia. E a 
questão de hoje foi retirada da prova de Turvo (SC), feita no ano de 2019 pela banca 
PSConcursos. 
 
Considero esta questão bastante importante para estudo, pois ela fala de uma das patologias 
bucais mais cobradas nas provas de concurso, o Ameloblastoma. Por isso, na resposta, nós 
iremos conversar sobre as características clínicas, radiográficas e histológicas da lesão. 
 
Bons estudos! 
 
Questão. 
Dentista – Turvo (SC) – 2019 – PSConcursos. 
Os ameloblastomas são tumores que se originam do epitélio odontogênico, são tumores de 
crescimento lento, localmente invasivos, que têm um curso benigno na maioria dos casos. 
Tumores grandes muitas vezes apresentam combinações de aspectos microscópicos. 
 
Qual das alternativas representam os padrões histológicos mais comuns: 
 
A) Folicular e plexiforme 
B) Acantomatoso e células granulares 
C) Desmoplásico e células basais 
D) Plexiforme e células basais 
E) Desmoplásico e células granulares 
 
RESPOSTA. 
O Ameloblastoma é o tumor odontogênico clinicamente significativo mais comum, assim, a 
frequência do Ameloblastoma se iguala a de todos os outros tumores odontogênicos, se 
excluindo apenas os Odontomas. 
 
Vale destacar também que os Ameloblastomas são tumores originados do epitélio 
odontogênico e vão ser lesões de crescimento lento, localmente invasivos e com curso 
benigno na maioria dos casos. Parestesia e dor são sintomas raros, mas a expansão das 
corticais ósseas normalmente está presente. 
 
Clinicamente, o Ameloblastoma pode se apresentar de três maneiras: 
 Sólido convencional ou Multicístico (86% dos casos) 
 Unicístico (13% dos casos) 
 Periférico ou Extraósseo (1% dos casos) 
 
Além disso, o Ameloblastoma não tem uma predileção por gênero e afeta uma faixa etária 
bastante variada e ampla, mas esta patologia vai ser rara em crianças abaixo dos 10 anos e no 
grupo dos 10 aos 19 anos. O local mais comum do aparecimento do Ameloblastoma é a região 
posterior de mandíbula. Outras regiões são afetadas com a frequência descrita na imagem 
abaixo. 
 
A localização mais comum do Ameloblastoma é em região posterior de mandíbula 
A apresentação radiográfica mais comum é a de uma lesão multilocular, com aspecto de 
"bolhas de sabão" ou "favos de mel". A reabsorção das raízes dos dentes adjacentes e, em 
muitos casos, a lesão pode estar associada a um terceiro molar inferior não irrompido. 
 
Aspecto radiográfico em bolhas de sabão ou favos de mel 
Outra apresentação radiográfica do Ameloblastoma, vai ser na forma de uma lesão radiolúcida 
unilocular, semelhante a uma lesão cística, no entanto, em caso de Ameloblastoma, as bordas 
da lesão serão festonadas de maneira irregular. 
 
Mas, para a nossa questão, o que importa é o padrão histológico do Ameloblastoma. Diante 
disto, vale destacar que esta lesão vai ter características histológicas bastante variadas, mas os 
padrões mais comuns de todos vão ser o Folicular e o Plexiforme. 
 
O Padrão Folicular vai envolver a presença de ilhas de epitélio em meio a um tecido conjuntivo 
fibroso. Os ninhos epiteliais consistem em uma região central de células angulares arranjadas 
frouxamente, lembrando o retículo estrelado de um órgão do esmalte. Uma única camada de 
células colunares altas, semelhantes a ameloblastos, cerca essa região central. 
 
Já o Padrão Plexiforme vai envolver cordões longos de epitélio odontogênico dispostos em 
tecido conjuntivo frouxo. Estes cordões são delimitados por células colunares ou cúbicas, 
semelhantes a ameloblastos, circundando as células epiteliais arranjadas mais frouxamente. 
 
Para encerrar, vale destacar que o tratamento para o Ameloblastoma vai envolver a curetagem 
ou a ressecção em bloco, no entanto, este é preferível do que aquele, devido as chances de 
recidiva que são bem menores. 
RESPOSTA CORRETA: Letra A 
 
Obrigado por acompanhar o meu trabalho! 
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Abraços, André Martins – Arriba Dentista