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Ameloblastoma - Características Clínicas, Radiográficas e Histopatológicas - Patologia Bucal - Odonto Resumos #13

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Ameloblastoma - Características Clínicas, Radiográficas e 
Histopatológicas - Odonto Resumos #13 
 
O Ameloblastoma é o Tumor Odontogênico clinicamente significativo mais comum dos ossos 
gnáticos. Esta lesão é bastante marcante tanto pelas suas dimensões, quanto pela sua 
agressividade e invasividade. Pessoalmente, eu lembro a 7 anos atrás, quando estava na 
faculdade, de ficar impressionado com as imagens do livro de Patologia Oral e Maxilofacial do 
Neville, as quais eram referentes a casos bastante agressivos de Ameloblastoma. 
 
Ameloblastoma em região anterior de mandíbula [Patologia Oral e Maxilofacial - Neville - 3ª ed.] 
Além disso, uma outra coisa que me recordo da época em que cursava patologia bucal na 
graduação é que toda prova tinha no mínimo duas questões sobre Ameloblastoma, assim, não 
fiquei tão surpreso em perceber que questões de patologia oral de concursos públicos para 
dentistas frequentemente traziam questionamentos referentes as características clínicas, 
radiográficas e histopatológicas do Ameloblastoma e, é exatamente sobre isto que nós iremos 
conversar neste artigo, exclusivo para os meus seguidores do Passei Direto. 
 
 
Bons estudos! 
Ameloblastoma - Generalidades. 
O Ameloblastoma é um tumor proveniente da diferenciação de células do epitélio 
odontogênico. Assim, podemos concluir que esta lesão pode surgir dos restos da lâmina 
dentária, de um órgão do esmalte em desenvolvimento, do revestimento epitelial de um cisto 
odontogênico, ou das células basais da mucosa oral. 
Apesar de serem patologias bastante invasivas, os Ameloblastomas possuem crescimento 
lento, com um curso benigno na maior parte dos casos. 
Além disso, é importante destacar que o Ameloblastoma pode ser dividido em três tipos, que 
irão se diferenciar entre si de acordo com as suas características clínico radiográficas: 
• Ameloblastoma Sólido Convencional ou Multicístico (86% dos casos) 
• Ameloblastoma Unicístico (13% dos casos) 
• Ameloblastoma Periférico ou Extraósseo (1% dos casos) 
Por ser [disparado] o padrão mais comum de todos, abaixo nós iremos discutir as 
características do Ameloblastoma Sólido Convencional. 
Ameloblastoma - Características Clínicas. 
O Ameloblastoma Sólido Convencional não possui predileção por gênero e pode ser 
encontrado em pacientes com uma ampla variação etária, sendo raro em indivíduos de até 19 
anos e mais frequente na terceira e sétima décadas de vida. 
Como é possível de se observar na imagem, apenas 15 a 20% dos Ameloblastomas ocorrem em 
maxila e, cerca de 80 a 85% destas lesões acometem a mandíbula, principalmente a região 
posterior, onde o Ameloblastoma pode estar associado a um terceiro molar incluso. 
 
Frequentemente, o Ameloblastoma é assintomático e lesões menores são observadas 
somente durante o exame radiográfico de rotina. A apresentação clínica mais comum é de 
uma tumefação indolor ou expansão dos ossos gnáticos. Dor e parestesia são incomuns, 
mesmo em tumores grandes. 
 
 
 
Ameloblastoma em sínfise mandibular com expansão do rebordo alveolar 
Ameloblastoma - Características Radiográficas. 
Radiograficamente, o Ameloblastoma Sólido pode se apresentar de duas formas, como uma 
lesão multilocular ou unilocular. 
A manifestação multilocular é bastante característica do Ameloblastoma, visto que a lesão se 
apresenta a partir de um aspecto de um aspecto de "bolhas de sabão" ou "favos de mel". 
Nestes casos, a expansão da tábua ósseal vestibular e lingual/palatina é comum, assim como a 
reabsorção das raízes dos dentes adjacentes à lesão. 
 
Ameloblastoma multilocular associado a terceiro molar incluso 
Já o aspecto unilocular é bastante padrão, no entanto, em caso de Ameloblastoma, as bordas 
da lesão apresentam um festonamento irregular. 
 
 
 
Ameloblastoma unilocular. Destaque para reabsorção dos incisivos e festonamento das bordas da lesão. 
Ameloblastoma - Diagnóstico Diferencial. 
Grande parte dos cistos dos ossos maxilares se apresentam de forma unilocular, por isso, neste 
caso, ao Ameloblastoma faz diagnóstico diferencial com todos eles. Como exemplo de lesões 
uniloculares semelhantes ao Ameloblastoma, podemos citar o Cisto Dentígero, Cisto 
Periodontal Lateral e até o Cisto Ósseo Traumático. 
 
Pequeno Ameloblastoma Unilocular, com grandes semelhanças a um Cisto Periodontal Lateral 
Por sua vez, o aspecto multilocular do Ameloblastoma possui semelhança com uma 
quantidade menor de lesões, como o Granuloma de Células Gigantes, Mixoma Odontogênico, 
Tumor Marrom do Hiperparatireoidismo. 
 
 
 
Respectivamente, Tumor Marrom do Hiperparatireoidismo e Granuloma de Células Gigantes 
Ameloblastoma - Características Histopatológicas. 
Em relação a Histopatologia, o Ameloblastoma apresenta diferentes padrões: 
• Padrão Folicular 
• Padrão Plexiforme 
• Padrão Acantomatoso 
• Padrão de Células Granulares 
• Padrão Desmoplásico 
• Padrão de Células Basais 
De todos estes, os padrões Folicular e Plexiforme são os mais comuns. 
O padrão Folicular se apresenta a partir de ilhas de epitélio, que lembram o epitélio do órgão 
do esmalte em meio a um estroma maduro de tecido conjuntivo fibroso. As células epiteliais 
se arranjam frouxamente e uma camada de células colunares altas, semelhantes a 
ameloblastos, cerca a região central das ilhas epiteliais. 
 
Ameloblastoma - Padrão Folicular 
O padrão Plexiforme por sua vez, consiste em cordões longos ou lençóis maiores de epitélio 
odontogênico, os quais são delimitados por células colunares ou cúbicas, semelhantes a 
ameloblastos, circundando as células epiteliais arranjadas mais frouxamente. O estroma de 
suporte tende a ser vascular e arranjado frouxamente. 
 
 
 
Ameloblasltoma - Padrão Plexiforme 
Já o padrão Acantomatoso por sua vez, ocorre a partir de uma metaplasia escamosa extensiva, 
frequentemente associada à formação de ceratina, nas regiões centrais das ilhas epiteliais de 
um ameloblastoma Folicular. Essas alterações não indicam um curso mais agressivo para a 
lesão, contudo, histopatologicamente, tal lesão pode ser confundida com um carcinoma de 
células escamosas ou com um tumor odontogênico escamoso. 
 
Ameloblastoma - Padrão Acantomatoso 
O padrão de Células Granulares, ocorre a partir de uma transformação de grupos de células 
epiteliais da lesão em células granulares. Essas células apresentam citoplasma abundante 
preenchido por grânulos eosinofílicos, cujas características ultraestruturais e histoquímicas 
lembram lisossomos. 
 
Ameloblastoma - Padrão de Células Granulares 
 
 
O padrão Desmoplásico, tem como principal característica a presença de pequenas ilhas e 
cordões de epitélio odontogênico em um estroma bastante colagenizado. Estudos revelaram 
um aumento da produção da citocina conhecida como fator de crescimento transformador-B 
(TGF-B) associado a essa lesão, o que sugere que tal citocina pode ser responsável pela 
desmoplasia. 
 
Ameloblastoma - Padrão Desmoplásico 
Por último temos o Padrão de Células Basais, o qual é o tipo menos comum de todos e que se 
manifesta a partir de ninhos de células basaloides uniformes. Não há retículo estrelado na 
porção central dos ninhos, cujo as células periféricas tendem a ser cúbicas em vez de 
colunares. 
 
Ameloblastoma - Padrão de Células Basais 
Ameloblastoma - Tratamento. 
O tratamento do Ameloblastoma pode ser feito principalmente de duas maneiras, a partir da 
enucleação + curetagem ou da ressecção em bloco com margem de segurança. 
Para este tumor, a enucleação deve vir acompanhada da curetagem para remoção de possíveis 
restos celulares que podem ficar no sítio cirúrgico, visto que o Ameloblastoma tende a se 
infiltrar entre as trabéculas do osso esponjoso intacto, na periferia da lesão, mesmo antes da 
reabsorção óssea se tornar radiograficamente evidente. 
Contudo, apesar da combinação da enucleação e da curetagem, taxas de recidivas bastante 
altas, de 50 a 90%, são relatadas emAmeloblastomas tratados a partir destes procedimentos. 
 
 
Diante disto, vale destacar que a ressecção em bloco, apesar de mais agressiva e invasiva, 
tende a ter uma taxa de sucesso bem maior, visto que estudos indicam que as recidivas de 
Ameloblastomas tratados a partir da ressecção em bloco ocorrem e cerca de 15% dos casos 
__ 
Bom, por hoje era isso! Espero que este artigo seja valioso nos seus estudos para provas da 
graduação ou de concurso público de odontologia. Qualquer dúvida em relação ao assunto 
que você tiver, é só me enviar no Passei Direto, a maior rede de estudos do Brasil, onde você 
pode me seguir para ter acesso a mais conteúdos como este! 
 
Abraços, André Martins - Arriba Dentista

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