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Direito angolano na era Pré-colonial até os nossos dias

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Índice
Introdução_______________________________________________________Nº 1
Aspectos gerais __________________________________________________Nº 2
Direito angolano __________________________________________________Nº 2
a) Período pré-colonial( entre os anos 600.000 a.c, “Direito costumeiro)____Nº 3
b) Período colonial (entre 1500-1975, “ Direito Português)_______________Nº 4
c) Período Pós-colonial__________________________________________Nº 5
a) 1975-1991( socialista)
b) 1992- até aos nossos dias( Multipartidário
Conclusão________________________________________________________N 7 
Referência bibliográfico ___________________________________________Nº 8
Introdução
O presente trabalho tem como tema O Direito Angolano na era colonial, no qual inicialmente farei uma abordagem sobre noções básicas do Direito, e em seguida falarei sobre o Direito angolano não só na era colônia, mas também na era pré-colonial e pós-colonial.
Aspectos gerais 
Os homens têm necessariamente de viver em sociedade, quere dizer: são forçados pela sua própria natureza a travar constates relações entre si, nessas relações surgem, a cada passo, choques ou conflitos de interesses: dois ou mais indivíduos pretendem para si simultaneamente o mesmo objecto, querem exercer a mesma actividade ou desejam reservar-se em exclusivo um campo de acção ou o gozo de uma vantagem. Esses conflitos podem resolver-se, ou pela brutal imposição da maior força de um deles, ou pela renúncia do mais fraco ou do moralmente mais perfeito.
Conceitos 
A palavra direito intuitivamente nos outorga a noção do que é certo, correto, justo equânime. 
 O Direito ( ius), no dizer do brocardo romano tradicional, a arte do bom e do equitativo ( ars boni et aequi) Diante do exposto, observamos o Direito como arte e como ciência. A palavra direito e palavra com vários significados ainda que ligados e que se entrelaçam. Direito como arte ou técnica 
 Procura melhorar as condições sociais ao sugerir e estabelecer regras justas e equitativas de conduta. Pois e justamente como arte que o Direito na busca do que pretende, se vale de outras ciências como Filosofia, História, Sociologia, Política, etc. 
Direito como Ciência. 
 Enfeixa o estudo e a compreensão das normas postas pelo Estado ou pela natureza do Homem. O Direito não se limita a apresentar e classificar regras, mas tem como objetivo analisar e estabelecer princípios para os fenômenos sociais tais como os negócios jurídicos; a propriedade; o casamento, etc. 
 Temos uma dualidade bastante interessante: o direito posto pelo Estado, ou seja, o ordenamento jurídico ou direito positivo (positivismo) e por outro lado a norma que se sobreleva e obriga independentemente de qualquer lei imposta, o idealismo, cuja maior manifestação é o chamado direito natural ou jusnaturalismo. O sentido do que é justo independe da lei. 
Direito angolano 
Para compreender o direito angolano na era colonial é indispensável fala de modo classificatório os seus períodos, que podem ser apresentados da seguinte forma:
d) Período pré-colonial (entre os anos 600.000 a.C, “Direito costumeiro)
e) Período colonial (entre 1500-1975, “ Direito Português)
f) Período Pós-colonial, subdividido em:
c) 1975-1991(socialista)
d) 1992- Até aos nossos dias (Multipartidário) 
a) Período pré-colonial (entre os anos 600.000 a.C, “Direito costumeiro)
Nas sociedades primitivas, antes que se conhecesse a escrita, as normas se traduziam pela repetição de práticas que se entranhavam no espírito social e passavam a ser entendidas como obrigatórias ou normativas. 
No Direito Angola, desde o período pré-colonial até o século XV, o costume foi a única fonte do direito. Estudos indicam que, desde a altura da chegada dos colonizadores, os angolanos já tinham grande diversidade de hábitos ou costumes, regulados por normas que assentavam no poder tradicional, embora muitas delas entrassem em "conflito" com a Lei Magna. 
O Direito Costumeiro é entendido como aquele conjunto de normas e preceitos que emergem da vontade dos antepassados, e tem como função dirimir os conflitos da vida em comunidade. É o direito que deflui do costume e reina durante milhares de anos. Destarte, Freitas do Amaral define o costume como “a prática habitualmente seguida, desde os tempos imemoriais, por todo o povo, por parte dele, ou por determinadas instituições, ao adotar certos comportamentos sociais na convicção de que são impostos ou permitidos pelo Direito” 
Assim, o costume em Angola e na maior parte dos países africanos está presente no modus vivendi das populações e deve ser visto e adotado dentro da ordem jurídica vigente em cada país. Está, pois, assim, diferenciado do Direito Positivo já que este último se fundamenta na existência de uma autoridade política constituída, o Estado, enquanto o Direito Costumeiro é vigente e opera independentemente desta autoridade.
O reconhecimento do poder tradicional obriga as entidades públicas e privadas a respeitar, na sua relação com aquelas instituições, os valores e as normas consuetudinários observados nas organizações político-comunitárias tradicionais que não sejam conflituantes. 
O poder tradicional, através das autoridades tradicionais, desempenhou funções materialmente administrativas desde os tempos idos, dada a insuficiência da acção administrativa estadual nas zonas periféricas. A questão da obrigatoriedade do costume está relacionada como a sua legitimidade, isto é, como gera a sua aceitação no seio da comunidade, tornando-se mesmo de cumprimento obrigatório pelos membros desta.
Dito de outro modo, o Direito Costumeiro é praticado há vários anos por povos de quase todo o país, que o alimentam de geração a geração, cada um com as suas especificidades. É tão enraizado na cultura nacional, que há quem já não consiga imaginar a sociedade angolana a reger-se sem as normas deixadas pelos seus ancestrais.A pois a chegada dos portugueses, os costumes passam a desempenhar um papel menor no Direito Angolano.
Apesar da predominância da lei como fonte directa em nosso ordenamento jurídico, o costume desempenha papel importante, principalmente porque a lei não tem condições de predeterminar todas as condutas e todos os fenômenos. O uso reiterado de uma prática integra o costume. 
b) Período colonial (entre 1500-1975, “ Direito Português)
O período colonial angolano durou de 1500 a 1975 começou com o desembarque da primeira expedição europeia no atual território nacional e se estendeu até a independência. No decorrer desses 5 séculos, Angola era uma possessão de Portugal, sendo todo o período marcado pela exploração de nossos recursos naturais e humanos em benefício dos lusitanos.
Com a chegada dos portugueses em Angola, no último quartel do século XV, havia uma alteração significativa no quadro político, econômico e cultural da região. Em 1482-3, a mando do reino português, Diogo Cão aportou na foz do rio Zaire, chegando pela primeira vez no atual território angolano.
 Os povos que viviam naquela região ficaram conhecidos como bantus, tendo como principal fator característico a questão linguística. É relacionada a esses povos a introdução de práticas agrícolas e de metalurgia na África central. O primeiro contato entre o representante do reino português e os povos nativos ocorreu no reino do Kongo. Esse reino era forte e estruturado, contando com a presença de milhares de habitantes. Ele tinha como líder o Manikongo. 
Supõe-se que, em termos territoriais, o Kongo estava organizado em seis províncias: Soyo, Mbamba, Nsundi, Mpango, Mbata e Mpemba. Além dessa organização política, havia as mbanzas, lubatas e estados independes, como o Ndongo, Matamba, Loango, Ngoyo, Dembe, Cakongo, entre outros. O poder central do Manikongo organizava-se por meio de cobranças de impostos em produtos, cobrados entre as províncias, estados independentes, mbanzas e lubatas. Esses tributos podiam ser pagos em produtos como ráfia, marfins e cativos, mas os povos do Kongo desenvolveram uma espécie de moeda local, as conchas denzimbo, vindas da Ilha de Luanda. 
No início da colonização a aplicação do direito se deu por meio dos forais, responsáveis por solucionar questões locais. Com a divisão das capitanias hereditárias as funções judiciais foram dadas aos donatários, que tinham como função administrar, legislar, acusar, julgar, etc. Eles tinham pleno poder por tudo que estava em suas terras. Porém, esse sistema foi falho, de modo que o governo colonial teve de se centralizar e ser coordenado por um governador-geral.
Quanto ao modo de aplicação do Direito Português na era colonial em Angola, era feita segundo as seguintes ordens:
No decorrer da colonização, isto é, em 1485, é marca com a introdução da lei portuguesa, leis essa que na relação de amizade, os angolanos eram julgados segundo os costumes e os portugueses segundo p seu direito. No caso, em que um angolano matasse ou estivesse em conflitos com um português era julgado segundo o direito português. Em questões civis, quando o autor for português e o réu angolano aplicava-se a Lei portuguesa, ao contrário, caso o autor for um angolano e o réu um português aplicava-se o direito costumeira angolano.
Em 1575-1842, começa o período da dominação, no qual o capitão-mor, entidade como poder administrativos e judicial, obrigavam os sobas na altura a jurar vassalagem aos capitães-mores, não obstante, os sobas (Reis) ainda deterem o poder judiciário.
No período de 1842-1975, houve um estado de relações, e é marcado com a aplicação do código pena Português de 1852 e código civil de 1857, a lei 25/02/1868 que aboliu a escravatura, mas os libertos tinham o estatuto de menores sob tutelados governadores de Angola e tinham de trabalhar 10 anos para os liberta. Neste período os indígenas eram sujeitos as leis locais e os assimilados e os portugueses eram julgados segundo as leis portuguesa. 
g) Período Pós-colonial, subdividido em:
e) 1975-1991 (socialista)
 1975-1991: o período ideológico da Nação angolana que tem início com a proclamação da independência no dia 11 de Novembro de 1975, bem como a declaração da opção estratégica de construção de uma sociedade socialista onde economia e política passaram a estar centralizados num único agente: o Estado. É igualmente um período de euforia, de esperança, de pensar no futuro, de planificação, de construção, o auge da geração da utopia, aquela que empreendeu a luta contra a política colonial, e que assumiu a missão de construção de uma sociedade socialista. 
Porém, estes planos são todos colocados em causa com o início da guerra civil, que conduzirá o país a uma situação difícil, com a saída de quadros e recursos humanos essenciais para o desenvolvimento destes mesmos projetos, com a destruição das suas infraestruturas, dando lugar a uma outra geração: a geração armada e militarizada.
f) 1992- Até aos nossos dias (Multipartidário) 
Durante este período tem lugar a assinatura dos Acordos de Bicesse, em Maio de 1991, pondo fim à guerra civil e ao modelo socialista, que dá lugar à implantação do multipartidarismo e liberalização da economia. Neste período o direito angolano começou a dar passos para sua compilação, quem até então tem sido um processo longo, com a criação de Leis e doutrinas que tem uma essencial aproximada ao direito consuetudinário. Daí que o Direito angola ser considerado um direito consuetudinário, não obstante de ser um direito de origem romano-germánico, fruto da influência do direito português.
O Conceito de Direito positivo em Angola, ganhou outro corpo, por força do reconhecimento constitucional do costume nos termos do artigo 7º da CRA que estabelece o seguinte: “É reconhecida validade e a força jurídica do costume que não seja contrário à constituição nem atente contra a dignidade da pessoa humana”.3 
Conforme o artigo 223.º deste mesmo texto constitucional, “o Estado angolano reconhece o estatuto, o papel e as funções das instituições do poder tradicional, constituídas de acordo com o direito consuetudinário e que não contrariam a Constituição”.
Hoje ao falarmos de Direito positivo em Angola, devemos ter em conta duas dimensões do Direito: A primeira dimensão, é aquela em que o direito se apresenta de forma escrita, que se traduz no direito estadual ou na própria lei. A segunda dimensão, é aquela em que o direito, não se apresenta de forma escrita, mas sim por intermédio de costumes ou tradições, que nos remete ao direito consuetudinário. 
Conclusão
Em suma, O sistema jurídico que vigorou durante todo o período Colônia foi o mesmo que existia em Portugal, isto é, o Direito Romano-Germánico - os direitos que a integram traçam suas origens até o direito romano, tal como interpretado pelos glosadores (Búlgaro (jurista)) a partir do século XI e sistematizado pelo fenômeno da codificação do direito, a partir do século XVIII. Formada por uma legislação completa regida pela razão e o dever, não obstante, havia excepções na sua aplicação em caso concreto.  
Importa salientar, que o Direito Costumeiro continua a ser uma das premissas legalmente reconhecidas pelo Estado angolano para regular o funcionamento das comunidades rurais, apesar da recente aprovação, pelo Parlamento, de um novo texto constitucional e Código Penal.
Referencia bibliográfica
Constituição da Republica de Angola, 2010
https://www.angop.ao/noticias/grandes-reportagens/da-tradicao-ao-formal-direito-costumeiro-divide-especialistas/
https://www.iesp.edu.br/sistema/uploads/arquivos/publicacoes/manual-de-introducao-ao-estudo-do-direito.pdf
http://www.eeh2010.anpuh-rs.org.br/resources/anais/9/1279060711_ARQUIVO_Artigo-ANPUH-RS-Corrigidoerevisado.pdf
https://journals.openedition.org/mulemba/1775

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