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CICLOS ECONOMICOS (1)CICLOS ECONÔMICOS TEORIAS ANTIGAS E RECENTES

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CICLOS ECONÔMICOS: TEORIAS ANTIGAS E RECENTES
Luanda Carvalho Fontes Cardoso
Mayara Maria Saturno da Silva
1 Introdução
	A sociedade, com o seu crescimento, vive em mudanças estruturais representadas por ciclo econômico. A economia brasileira é baseada na produção de bens e serviços, onde no cenários de expansão e contração da atividade econômica sempre acontecerão. Dessa forma, caracteriza-se um ciclo econômico pelas flutuações que ocorrem na economia em curto prazo, envolvendo uma alternância de períodos de recuperação e prosperidade, com períodos de relativa estagnação ou recessão. O termo recessão refere-se ao período de declínio de certa atividade econômica, o qual pode ser superado em um breve período ou se estender de forma prolongada.
Entende-se, portanto, que a teoria dos ciclos econômicos estápreocupada com o fato de porque as economiasnão crescem de modo suave, mas sim apresentam flutuações recorrentes. Os estudos dos ciclos econômicos tive grande importância na segunda metade do século XIX, apresentando às reflexões dos fenômeno das crises que afetaram a economia mundial desde a Revolução Industrial. De acordo com o Dicionário de Economia de Sandroni, uma crise econômica se caracteriza como um desequilíbrio entre produção e consumo, sendo motivada na economia capitalista pela superprodução.
O estudo dos ciclos econômicos se torna indispensável para se entender o desenvolvimento da sociedade, analisando os grandes momentos de expansão e retração econômica no processo capitalista. Compreender os movimento das economias de mercado e procurar toma medidas contra ele é um dos desafios da pesquisa macroeconômica e da formulação de políticas de estabilização nas economias avançadas.
Dessa forma, o objetivo do presente trabalho é pontuar as teorias dos ciclos econômicos, tanto antigas quanto recentes, apresentando as fases dos ciclos e evidenciando o motivo de sua existência.
2 Metodologia
	Para o desenvolvimento do presente trabalho fez-se necessário o estudo de publicações recentes sobre os ciclos econômicos e a situação da economia brasileira e mundial, assim como as teorias mais antigas que embasam o estudo do desenvolvimento econômico, embasado em pesquisas bibliográficas.
3 Resultados e Discussão
	A sociedade em si sofre os efeitos das crises e também dos ciclos econômicos, onde os desequilíbrios tendem a se maior, agravando o período recessivo em que a economia se encontra. A principal característica do ciclo era a de que as economias capitalistas moviam-se de acordo com um padrão estruturado, gerando movimentos regulares, observáveis empiricamente, expansionistas e contrativas do produto agregado. Diferentemente, as crises se relacionavam com a ruptura da estrutura vigente, em que o sistema capitalista mostrava-se incapaz de dirigir a produção e assegurar o consumo, gerando o paradoxo da coexistência de superprodução e subconsumo.
	Nas economias avançadas, ocrescimento real do PIB flutua de um modorecorrente e irregular, com uma extensão média do ciclo de 5 a 8 anos, apresentando pequena amplitude. Observa-se, ainda, que os componentes dos gastos privados são pró-cíclicos, enquanto que o gasto médio do governo é acíclico. Algumas variáveis sistematicamente se antecipam às flutuações econômicas durante o ciclo econômico, como estoques, utilização da capacidadeinstalada, preços das ações, saldos monetários reais, enquanto outras reagem de modo defasado, como a inflação e a taxa de desemprego. Há ainda outras que coincidem com o ciclo, como a taxa de juros. Observa-se, então, que o investimento, especialmente em estoques, é mais volátil e o consumo menos volátil do que o PIB.
	Todo ciclo econômico é formado por quatro estágios principais:
- Expansão: Período quando a economia do país está em crescimento consistente da produção de mercadorias e serviços. Normalmente as taxas de juros estão num patamar baixo, o que posteriormente pode estimular pressões inflacionárias;
- Boom: Este é o pico do ciclo, fase da qual a produção de bens e serviços alcança o seu ponto máximo. Nesses picos normalmente acontecem desequilíbrios econômicos tais como aumento da inflação e necessidade de elevação da taxa de juros;
- Contração: Aqui é percebida uma diminuição da atividade econômica e as taxas de desemprego se encontram em tendência de elevação constante;
- Recessão: Esta fase acontece quando atinge-se o ponto mais forte da crise macroeconômica, onde é caracterizado por alto desemprego, sobras relevantes de capacidade instalada e taxas de juros elevadas;
Os ciclos normalmente seguem sua dinâmica exatamente nessa ordem, porém, os períodos de duração de cada fase são completamente desconhecidos e imprevisíveis.
	Há essencialmente duas abordagens fundamentais sobre a natureza dos ciclos econômicos. A primeira trabalha com o conceito de que os ciclos são oscilações intrínsecas a uma economia capitalista, como uma série de fenômenos que seguem uma determinada ordem, em que as crises não podem ser consideradas de forma ocasional. O estado normal da economia é esperar que, ultrapassada a fase de crise, cada ciclo se renove através das fases citadas anteriormente, que irá acarretar a crise seguinte, a partir da qual se origina novo ciclo.Os modelos teóricos que representam essa visão são aqueles conhecidos como aceleradores/multiplicadores.
	Dentro da abordagem keynesiana, a produção dá-se para atender ao consumo, ao investimento e às variações de estoques e o investimento depende das expectativas. Já na abordagem multiplicadora keynesiana, o investimento é determinado de acordo com a variação da produção ocorrida no período anterior. Se em dado momento amplia-se o investimento autônomo, tem-se um crescimento do produto em relação ao nível anterior. Isso, por sua vez, levará a crescimentos adicionais do investimento, cujos impactos adicionais só irão diminuindo conforme for diminuindo a variação da renda.
A outra abordagem fundamental sobre a natureza dos ciclos econômicos está postulada nos modelos de propagação. Em contraste aos modelos precedentes, cada ciclo é visto como único, começando quando um estado de repouso na economia sofre perturbações advindas de choques exógenos e sua absorção seria determinante para a caracterização do fenômeno cíclico de forma ondular.A versão mais influente da teoria dos ciclos por propagação deve-se a Schumpeter. Em sua teoria, a perturbação exógena é dada por uma inovação, que por definição envolve expectativa incerta, a qual impacta uma economia que se encontra supostamente em um estado de repouso, ou, em um estado de equilíbrio geral, em que os movimentos cíclicos repousam necessariamente entre as vizinhanças do equilíbrio. Assim, qualquer perturbação pode ter o poder de gerar oscilações. O curso normal dos acontecimentos apresenta um quadro de incerteza e irregularidade que pode ser interpretado do ponto de vista da busca de um novo equilíbrio, ou da adaptação a uma situação geral que mudou de maneira relativamente rápida e considerável.
As novas teorias que se tem desenvolvido para explicar os ciclos partem das hipóteses do modelo neoclássico, incorporando um elemento de percepção equivocada por parte dos agentes, impondo que o impacto imediato de uma política monetária expansionista se dá sobre a produção e o emprego. Porém, uma série de pesquisas recentes tem buscado fundamentar em termos microeconôrnicos a existência de ciclos a partir de um referencial denominado novo keynesiano, que incorpora imperfeições de mercado e rigidez de preços, determinando que oscilações da demanda afetarão principalmente o produto e o emprego

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