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12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=X… 1/25 Introdução Autoria: Jamilly Dias dos Santos – Revisão técnica: Jorge Lisandro Maia Ussan Desenvolvimento socioeconômico UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO AO DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO ECONÔMICO 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=X… 2/25 As atividades econômicas exercem um papel importante na vida de todos os cidadãos. Afinal, crescimento econômico, política fiscal e monetária, variações cambiais, inflação e ações na bolsas de valores são temas cotidianos nas mídias sociais e jornalísticas. Assim, para que possamos nos nortear com segurança na enxurrada de informações e nos posicionarmos da melhor maneira possível em debates em torno desses assuntos, existe a necessidade de conhecermos as teorias econômicas. Ao entender sobre essas teorias que guiam as ações dos agentes econômicos privados e públicos, é possível tomar decisões ou, até mesmo, elaborar propostas de políticas com mais segurança. Nesse sentindo, nesta primeira unidade, estudaremos os elementos teóricos dos conceitos de desenvolvimento e crescimento econômico, de modo a destacar a diferença conceitual que há entre os dois termos. Para tanto, refletiremos a respeito de algumas questões, como: quais fatores influenciam o crescimento econômico de um país? O que seria mais importante: o desenvolvimento ou o crescimento econômico? Será que ambos são decisivos para um país? Além disso, ao longo do material, teremos uma visão geral e estratégica do desenvolvimento econômico, conheceremos os elementos para mensurar o crescimento econômico, entenderemos aspectos importantes do crescimento de curto e longo prazos, bem como identificaremos os principais indicadores de crescimento e desenvolvimento econômico, buscando compreender a distinção e a metodologia de cada um. Bons estudos! 1.1 Conceitos de desenvolvimento e crescimento econômico A partir de agora, estudaremos os conceitos de desenvolvimento e crescimento econômico, buscando destacar porque, em muitos casos, ambos são utilizados como sinônimos. Além disso, teremos uma visão geral dobre a ideia de estratégias de desenvolvimento, levando em consideração que não se trata apenas de um projeto de planejamento econômico. Acompanhe o conteúdo! 1.1.1 Diferença entre desenvolvimento e crescimento econômico O debate sobre desenvolvimento e crescimento econômico existe desde as primeiras obras da economia clássica. Está presente em Riqueza da Nações, escrito por Smith (1780); Os Princípios da Economia e da Tributação, de Ricardo (1817); e no conjunto de livros O Capital, de Marx (1867). 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=X… 3/25 Os termos, basicamente, investigavam as causas empíricas e consequências do crescimento e desenvolvimento dos países. Smith, por exemplo, investigava a natureza e as causas do progresso das nações. Ricardo, por sua vez, analisava de forma subliminar o crescimento dos países por meio do desenvolvimento da Teoria das Vantagens Comparativas. Ambos, em seus contextos conjunturais, já desenvolviam escritos tendo como pano de fundo o desenvolvimento e crescimento econômico dos países. #PraCegoVer: na figura, temos uma fotografia de perfil de Adam Smith em preto e branco. O homem veste roupas tradicionais da época e tem seus cabelos amarrados. Ele está virado para o lado direito, com um leve sorriso nos lábios. A perspectiva teórica sobre o desenvolvimento foi consolidada com a obra de Schumpeter (1912), intitulada A Teoria do Desenvolvimento Econômico. Nas décadas seguintes, vários teóricos expuseram suas ideias acerca do assunto em suas obras, como foi o caso de Nurkse, Lewis, Schultz, Kuznets, Rostow, Hirschmann e Prebisch. Para Schumpeter (1982), o desenvolvimento econômico está ligado a mudanças qualitativas do estado do sistema, ou seja, implica em mudanças na vida econômica, engendradas pelo próprio sistema, por meio de fenômenos e mudanças qualitativas. Por outro lado, o crescimento econômico está relacionado a fatores externos ao sistema, acontecendo quando a economia é impactada pelas mudanças do mundo. Isto é, tem um aspecto quantitativo. Outro teórico que apresentou importante contribuição sobre a questão foi John Maynard Keynes. As ideias do autor se consolidaram com a grande crise de 1930, a qual eclodiu nos EUA com a quebra da bolsa de valores em 1929. Figura 1 - Adam Smith já investigava o desenvolvimento e crescimento econômico Fonte: Shutterstock, 2021. John Maynard Keynes foi um economista britânico que se destacou por se opor às ideias da economia neoclássica. Para esta, mercados livres proporcionavam de forma Você o conhece? 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=X… 4/25 Diante de tal situação, a economia caiu em uma forte recessão, seguida de uma profunda depressão econômica. O Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu quase em um terço. Em 1933, 25% da força de trabalho estava desempregada, assim como os investimentos das empresas desapareceram (DORNBUSCH; FISCHER; STARTZ, 2013). Enquanto os economistas clássicos continuavam esperando "a inevitável recuperação", Keynes entra no cenário macroeconômico. Dada as diversas contribuições sobre os conceitos de crescimento e desenvolvimento, é possível mencionar que o primeiro está ligado à concepção quantitativa, enquanto o segundo está relacionado à concepção qualitativa. Embora, muitas vezes, sejam utilizados como sinônimos, o crescimento econômico está atrelado ao quanto determinado país gerou de riqueza, sem necessariamente ter melhorado as condições de vida de uma população. Já o desenvolvimento econômico impacta a qualidade de vida da população, refletindo melhorias na saúde, na educação, na renda, entre outros fatores. 1.1.2 Visão geral e estratégia de desenvolvimento O desenvolvimento econômico propriamente dito visa à melhoria do padrão de vida da sociedade, que diz respeito a um processo histórico, pois não necessariamente se alcança tal façanha, apenas uma distribuição de renda mais igualitária. Além disso, para se ter uma sociedade com desenvolvimento econômico, faz-se necessário ter melhorias nas condições de segurança, saúde e educação, e não apenas um mero crescimento de renda per capita. Portanto, para alcançar o desenvolvimento, precisamos focar em estratégias nacionais. A ideia de estratégia nacional tem como agentes os empresários, os técnicos, os administradores e o governo. Este último funciona como uma liderança que age em acordo com os agentes, a fim de definir estratégias e políticas, legalizar instituições e promover ações de automática empregos aos trabalhadores, contanto que eles fossem flexíveis na sua procura salarial. Keynes é considerado o “pai” da macroeconomia por ter revolucionado a Teoria Tradicional Neoclássica até então empregada. Ele propõe que o sistema capitalista é instável, sendo que os desequilíbrios existentes não poderiam ser resolvidos automaticamente pelo mercado (KEYNES, 1982). O artigo Uma Escola de Pensamento Keynesiano- Estruturalista no Brasil, de Luiz Carlos Bresser-Pereira, aborda a ideia de desenvolvimento econômico de Keynes sob a perspectiva estruturalista. Vale tirar um tempo para leitura! O texto pode ser acessado na íntegra clicando no botão abaixo! Acesse (https://www.scielo.br/pdf/rep/v31n2/08.pdf) Você quer ler? https://www.scielo.br/pdf/rep/v31n2/08.pdf 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=X… 5/25 investimento. A partir disso, aumenta-se a produtividade.#PraCegoVer: na figura, temos a fotografia de dois homens conversando. Aparece apenas parte do tronco e os braços do que está atrás (mais à esquerda), e as mãos cruzadas do que está na frente (à direita). Ambos estão sentados diante de uma mesa. Há papéis e documentos por cima. Pode-se dizer que as estratégias de desenvolvimento econômico para a sociedade orientam os agentes econômicos a partir do estabelecimento de pautas para a ação dos empresários, trabalhadores, profissionais, entre outros envolvidos. Essas estratégias não se resumem a uma atividade de planejamento econômico ou um projeto nacional de governo. Perduram além de mandatos governamentais, de modo que uma estratégia de desenvolvimento é resultante de um esforço conjunto de tomada de decisões. É a administração da economia nacional no sentido de levá-la em direção ao desenvolvimento. Figura 2 - As estratégias nacionais são construídas por diversos agentes Fonte: Freedomz, Shutterstock, 2021. O gestor público é voltado para a administração de instituições governamentais e para a condução de projetos políticos, a fim de atender as necessidades sociais. Dentro da gestão pública, há três principais instrumentos orçamentários que auxiliam as estratégias de desenvolvimento econômico de uma sociedade: Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentária e Lei Orçamentária Anual. Dito isso, construa um texto dissertativo explicando a função de cada um desses instrumentos. Não esqueça de compartilhar com seus colegas! Vamos Praticar! 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=X… 6/25 1.2 Crescimento econômico e suas teorias Agora que compreendemos a diferença entre desenvolvimento e crescimento econômico, neste tópico, conheceremos as teorias dos principais modelos deste último, diferenciando o que cada um entende por crescimento de curto e longo prazos, bem como a maneira como eles são mensurados. De acordo com Dalpiaz et al. (2016), foi com base na teoria keynesiana que surgiu o primeiro modelo de análise do crescimento econômico, o modelo de Harrod-Domar. Já no período pós- Segunda Guerra Mundial, os adeptos da escola neoclássica sugeriram o modelo de crescimento de Solow. Para suprir as lacunas deste, na década de 1980, surgem os primeiros modelos que levam em consideração o crescimento econômico dos países de forma endógena, os quais destacam a importância do capital humano no desenvolvimento das nações. Vamos, então, nos aprofundar nesse assunto? 1.2.1 Crescimento de curto e longo prazos Entende-se por modelo a representação matemática de aspectos da realidade. Para obtê-la, é necessário supor algumas restrições formadas por variáveis comportamentais, assim como levantar determinadas hipóteses que, muitas vezes, distanciam-se da realidade. Os modelos de crescimento buscam representar aspectos do funcionamento de sistemas econômicos. Nesse contexto, levanta-se um conjunto de hipóteses, assumindo restrições que, após comprovada alguma eficácia, são relaxadas. Na sequência, assumem-se representações matemáticas mais sofisticadas que se aproximam da realidade. Dalpiaz et al. (2016) nos explicam que o modelo de Harrod-Domar, por exemplo, sintetiza os estudos dos economistas Roy Forbes Harrod e Evsey David Domar. Ele teve como inspiração as ideias de Keynes sobre pleno emprego, crescimento econômico equilibrado e variações na renda. Além disso, considera que o desenvolvimento econômico é um processo gradual e equilibrado. Nesse contexto, Harrod constatou que o crescimento equilibrado da economia dependia da igualdade entre as taxas de poupança e investimento. Domar, por sua vez, verificou que a única garantia do pleno emprego seria um crescimento econômico equilibrado, o qual só seria alcançado se as taxas de investimento e poupança fossem iguais, conforme defendia Harrod. Ademais, a taxa de crescimento da renda deveria se mantiver igual à de crescimento da capacidade produtiva (DALPIAZ et al., 2016). Como mencionamos, o modelo Harrod-Domar teve inspiração nas ideias de Keynes, com isso, parte das hipóteses keynesianas, sendo que há três consideradas mais importantes. Conforme Lopes e Vasconcellos (2008), temos: A oferta total é igual ao produto do estoque de capital pela relação capital-produto. A poupança total equivale a uma percentagem da renda total. Hipótese 1 Hipótese 2 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=X… 7/25 Portanto, ainda de acordo com Lopes e Vasconcellos (2008), é possível identificar que o modelo destaca três variáveis básicas: taxa de investimento, taxa de poupança e relação produto-capital. O modelo parte do princípio de que o investimento agregado apresenta dois efeitos na economia: demanda e capacidade. O efeito demanda é um aumento no investimento que resulta em crescimento da demanda pelo produto. Por sua vez, o efeito capacidade é quando os investimentos aumentam a capacidade da economia em elaborar um produto. Para entendermos melhor, vamos acompanhar os dois efeitos no modelo, a começar pelo efeito demanda do investimento. Assim, considere o modelo keynesiano simples de determinação da renda para uma economia fechada sem governo, dada por , em que , representa o produto efetivo, é o consumo, é o investimento e é a propensão marginal a consumir. O multiplicador do investimento será , em que . No caso, é a propensão marginal a poupar ou a taxa de poupança. Sendo assim, podemos escrever o multiplicador do investimento da seguinte forma: ou . Esse multiplicador sintetiza o efeito demanda do investimento na economia, pois, ao observar a equação de , percebe-se que, quanto menor é a taxa de poupança, maior será o efeito do investimento sobre o produto efetivo. Agora, vejamos o efeito capacidade produtiva do investimento no modelo. Para isso, determinaremos as variações do produto potencial ( ) como resultado das variações do estoque de capital da economia. Dessa maneira, temos que , em que e é uma constante no modelo, representando a produtividade média social potencial do capital, ou seja, a relação produto-capital (quantas unidades de produto podem ser produzidas por unidade de capital). Por definição, temos que , por isso, podemos escrever , que sintetiza o efeito de capacidade do investimento agregado. Ao observar os dois efeitos, surge um problema: se a cada período ocorrem investimentos, certamente no período seguinte haverá como resultado um aumento da capacidade produtiva. Isso pode refletir em elevação da capacidade ociosa. Logo, para que o aumento da capacidade ociosa não se concretize, precisamos ter um equilíbrio entre os efeitos demanda e capacidade: ou De acordo com Lopes e Vasconcellos (2008), podemos assumir que , supondo que, no produto de equilíbrio, (poupança é igual ao investimento), em que . Com isso, . Sendo assim, no equilíbrio, temos que ou . Dentro desse contexto, para se ter um crescimento equilibrado, ou seja, para que o produto efetivo se eleve junto a um produto potencial, sem que haja aumento da capacidade ociosa na economia, é necessário ter . Isto é, a taxa de crescimento do investimento A poupança total se torna investimento e é associada ao estoque de capital no período seguinte. Hipótese 3 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=X… 8/25 líquido e a taxa do crescimento do produto devem ser iguais à propensão marginal a poupar, multiplicada pela produtividade do capital, ou seja, igual a uma taxa de crescimento segura. Ainda de acordo com o modelo de Harrod-Domar, a trajetória de crescimento equilibrado é uma faixa bastante estreita, o qual a literatura deu o nome de equilíbrio fio de navalha. Este nos diz que, se um país sair da trajetória de equilíbrio a longo prazo,ele não consegue mais voltar para a trajetória de crescimento equilibrado. Isso se deve à hipótese da relação produto-capital constante (LOPES; VASCONCELLOS, 2008). Agora que compreendemos essa parte e temos mais clareza sobre a temática, antes de seguirmos com o conteúdo, realize a atividade proposta a seguir, considerando o que estudamos até o momento! Teste seus conhecimentos (Atividade não pontuada) Harrod e Domar foram pioneiros no desenvolvimento da Teoria do Crescimento Endógeno, a qual defende que o crescimento econômico ocorre devido a fatores endógenos (internos), e não exógenos (externos). Para os defensores do crescimento endógeno, é o investimento em capital humano, o conhecimento e a inovação que contribuem para o crescimento de uma nação. Nesse sentido, a respeito das contribuições de Harrod e Domar, com base em nossos estudos, analise as afirmativas a seguir. I. O modelo de Harrod-Domar considera que o desenvolvimento econômico é um processo gradual, contínuo e desequilibrado. II. A principal contribuição do modelo Harrod-Domar é o duplo papel do investimento, que atua tanto como elemento de demanda (gastos) quanto como elemento de oferta (ampliação da capacidade). III. Para que demanda e oferta estejam em equilíbrio, é necessário que o produto cresça a uma taxa garantida. VI. Uma dificuldade do modelo é que a taxa garantida é instável, ou seja, se um país sair da trajetória de equilíbrio de longo prazo, ele não consegue voltar para a trajetória de crescimento equilibrado. Está correto o que se afirma em: a. II, III e IV. b. I e II. c. II e IV. d. I, II e III. 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=X… 9/25 Retomando o conteúdo, a hipótese da relação produto-capital constante demonstra que, se o país tiver excesso de capital, ele precisa investir mais. No entanto, se tiver escassez de capital, ele precisa diminuir a taxa de investimento. Essa contradição explica o porquê de, uma vez saindo da trajetória de equilíbrio, nunca se retorna ao crescimento equilibrado. 1.2.2 Mensuração do crescimento Robert M. Solow, representante da escola neoclássica, apresentou seu modelo de análise de crescimento econômico em 1956, o qual lhe rendeu um Prêmio Nobel em 1987 (DORNBUSCH; FISCHER; STARTZ, 2013). O modelo de crescimento de Solow atribui o crescimento econômico à acumulação de capital, ao crescimento da força de trabalho e às variações tecnológicas. Ela tem como principais hipóteses que: Nesse modelo, o investimento pode variar em relação ao nível de investimento de equilíbrio, diferentemente do que ocorrem no modelo de Harrod-Domar, no qual a tentativa de corrigir os desvios do investimento de equilíbrio podem afastar a trajetória do crescimento real do crescimento de equilíbrio (DALPIAZ et al., 2016). O modelo de Solow parte da função de produção dada por , em que representa o produto, corresponde ao estoque de capital e diz respeito à mão de obra utilizada. Nesse sentido, vale lembrar que, por hipótese, assume-se que a mão de obra coincide com o total da população. Além disso, essa função de produção possui retornos constates de escala. Assim, ela pode ser expressa da seguinte forma: , em que é o produto por trabalhador ( ) e representa o capital por trabalhador ( ). Na função, pode ser expressa da seguinte maneira: . A função de produção, a qual parte o modelo de Solow, é representada graficamente a seguir. Observe que a declividade da curva no gráfico se dá devido à produtividade marginal do capital. e. II e IV. Verificar a força de trabalho corresponde à população e cresce a uma taxa constante; a poupança é uma parte da renda liquida e equivale ao investimento em determinado período; o investimento equilibrado equivale ao investimento total que mantém constante o crescimento da força de trabalho e do capital. 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=… 10/25 #PraCegoVer: na figura, temos um gráfico da função de produção neoclássica do modelo de Solow. Ele possui uma curva decrescente formada entre os eixos de produto por trabalhador e capital por trabalhador. Para Lopes e Vasconcellos (2008), o modelo de Solow considera que o consumo e os investimentos são proporcionais à renda, de modo que o investimento equivale à poupança, enquanto a taxa de poupança corresponde à fração do produto destinada ao investimento: e . Combinando as duas equações, é possível obter ou , em que representa o investimento por trabalhador, a taxa de poupança por trabalhador e o produto por trabalhador. Essa relação nos dá a curva do investimento: #PraCegoVer: na figura, temos um gráfico do modelo de Solow com duas curvas positivamente inclinadas, porém decrescentes. A primeira curva é da função de produção, enquanto a segunda é da propensão a poupar. Figura 3 - Modelo de Solow e sua função de produção Fonte: LOPES; VASCONCELOS, 2008, p. 375. Figura 4 - Modelo de Solow e a relação entre propensão a poupar, capital e investimento, trabalhador e produto Fonte: LOPES; VASCONCELOS, 2008, p. 376. 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=… 11/25 Agora, vamos supor que o estoque de capital se deprecie a uma taxa constante igual a , de modo que está relacionada à depreciação do capital. A variação no estoque de capital ( ) corresponde ao nível de investimento, menos a depreciação e o aumento da mão de obra. Quando o investimento restitui a depreciação do capital e acrescenta mão de obra, mantém-se constante a relação capital por trabalhador, e o sistema entra em equilíbrio. Assim, temos que ou . Portanto, a variação no estoque de capital per capita é igual ao investimento, menos a depreciação do capital, em que está ligado à variação do capital, representa o investimento per capita e é o investimento necessário para manter constante a relação capital por trabalhador. Fazendo com que , obtém-se o crescimento equilibrado ou estado estacionário de longo prazo, que é dado por . Dessa maneira, é o nível de investimento que compensa o crescimento populacional e a depreciação do capital. Para entender melhor esse equilíbrio, podemos combinar os gráficos da função de produção e depreciação do capital para obtermos o diagrama do equilíbrio no modelo de Solow: #PraCegoVer: na figura, temos um dos gráficos do modelo de Solow, o qual apresenta três curvas positivamente inclinas. Duas são decrescentes, que são as curvas da função de produção e propensão a poupar. A terceira curva é a taxa de depreciação. No encontro das curvas de propensão a poupar e taxa de depreciação há um ponto E, que representa o equilíbrio. Ao analisar o gráfico, percebe-se que, inicialmente, a economia está com um estoque de capital por mão de obra igual a k3. Neste ponto, a depreciação excede os investimentos na economia. Ao longo do tempo, ocorrerá uma redução do estoque de capital até que ele alcance o nível k1. Por outro lado, se a economia está com um estoque de capital igual a k2, os investimentos excedem a depreciação. Assim, a economia irá elevar o estoque de capital ao longo do tempo até alcançar k1. O nível de estoque em k1 corresponde ao ponto E, que é o equilíbrio do sistema, ou seja, o ponto no qual a relação capital por trabalhador garante crescimento constate a longo prazo. Figura 5 - Diagrama do equilíbrio no modelo de Solow Fonte: LOPES; VASCONCELOS, 2008, p. 377. 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=… 12/25 Sendo assim, o modelo de Solow nos mostra que, independentemente do estágio em que se encontra a relação capital por trabalhador, a tendência é que ela venha a convergirpara um nível de equilíbrio. Isso se difere das conclusões as quais chegou o modelo de Harrod-Domar. No equilíbrio de longo prazo ou estado estacionário, não existe crescimento do produto por trabalhador, nem do estoque de capital por trabalhador. Tem-se, na verdade, um equilíbrio estável, já que qualquer estoque de capital diferente de k1 tende a convergir para o equilíbrio de longo prazo. Existem alguns fatores que permitem que a economia passe de um estado estacionário para outro, ou seja, quando o estoque de capital e produto por trabalhador são maiores. Um desses fatores é a taxa de poupança. Um aumento na taxa de poupança reflete em um crescimento nos investimentos. No curto prazo, o estoque de capital por trabalhador e a depreciação do capital são constantes. Entretanto, no longo prazo, o estoque de capital aumenta, já que o investimento será maior do que a depreciação. Dessa forma, tem-se um novo estado estacionário. Se a economia apresenta elevado nível de poupança, possui um grande estoque de capital e alto nível de produção per capita. Isso não quer dizer, porém, que a economia manterá um crescimento sustentado. Este ocorrerá apenas da passagem de um estado estacionário para outro. Teste seus conhecimentos (Atividade não pontuada) As principais teorias do crescimento econômico têm como base os modelos matemáticos com suposições de simplificação, justamente para que seja possível analisar a realidade a partir de modelos genéricos, como é o caso do modelo de Solow e do modelo de Harrod- Domar. Ambos são considerados os principais formalizados no que diz respeito ao crescimento econômico. Nesse contexto, com base em nossos estudos sobre as teorias de crescimento, analise as afirmativas a seguir e marque V para as verdadeiras e F para as falsas. I. ( ) O crescimento econômico é consequência do aumento sustentado do PIB real por pessoa. II. ( ) A Teoria Tradicional do Crescimento divide o crescimento do produto em duas categorias: aumento dos insumo (capital e trabalho) e aumento do produto em relação ao aumento dos insumos. III. ( ) Nas teorias do crescimento, a poupança doméstica é um fator mais relevante do que a poupança agregada. IV. ( ) Considera-se nas teorias do crescimento um estado estacionário quando o produto (Y) e o insumo de capital (K) crescem na mesma proporção, o que implica em uma razão produto/capital fixo. Agora, assinale a alternativa com a sequência correta. 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=… 13/25 Podemos dizer, portanto, que os dois modelos vistos ao longo deste tópico são estruturas que explicam o crescimento econômico de longo prazo de forma exógena, ou seja, externa. No próximo tópico, estudaremos em mais detalhes a respeito do desenvolvimento econômico e suas teorias. Continue a leitura! a. F, V, V, F. b. V, V, F, F. c. F, V, F, F. d. F, F, F, V. e. F, V, F, V. Verificar Modelos de crescimento econômico são, muitas vezes, representados por simplificações matemáticas da realidade, já os modelos de desenvolvimento são representações teóricas que explicam a realidade. Dito isso, construa um comparativo entre os modelos de crescimento e desenvolvimento econômico. Não esqueça de compartilhar com seus colegas! Vamos Praticar! 1.3 Desenvolvimento econômico e suas teorias A partir de agora, conheceremos as ideias e teorias sobre o desenvolvimento econômico, as quais foram elaboradas por importantes teóricos, como Nurkse, Schultz, Schumpeter, Kuznets e Rostow. Assim, poderemos destacar os conceitos e o fenômeno fundamental para cada um deles. 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=… 14/25 1.3.1 Conceitos As análises de Ragnar Nurkse se caracterizam por uma sólida fundamentação teórica e analítica de dados estatísticos e conceitos históricos. Entre as contribuições do autor para as teorias do desenvolvimento econômico, destaca-se a conceituação de subdesenvolvimento e as medidas fundamentais para sua superação (LEITE, 2017). De acordo com Nurkse (1957), o subdesenvolvimento é um problema de baixo nível de capital, caracterizado pela ineficiência alocativa entre a população e os recursos naturais existentes. Essa ineficiência alocativa e produtiva se caracteriza por uma circularidade, na qual a pobreza da nação determina baixos níveis de renda, que, por sua vez, gera baixos níveis de poupança e, consequentemente, baixo nível de investimento. Isso se traduz em baixo nível de renda. #PraCegoVer: na figura, temos um esquema com três retângulos interligados por setas, formando um triângulo aberto. Cada retângulo representa um nível: de renda, de poupança e de investimento. Leite (2017) nos explica que países pobres possuem como característica uma população com baixos níveis de renda, poupança e investimento. Este último significa baixa produtividade com consequente baixo nível de renda, fechando o círculo do subdesenvolvimento determinado por Nurkse. A solução para superar esse círculo é aumentar o nível de renda, o que resultará em uma ampliação da capacidade produtiva. Para Nurkse (1957), a industrialização é a única forma de acelerar a capacidade produtiva, mas não qualquer tipo. A industrialização que conduz ao desenvolvimento é aquela voltada ao mercado local, e não a voltada à produção de manufaturados, os quais são destinados à exportação. O autor ainda acredita que os países subdesenvolvidos não conseguem sair sozinhos da condição de subdesenvolvimento. A ação do Estado é decisiva na superação desse problema, pois ele possui os instrumentos e as condições necessárias para estimular a poupança e direcionar o investimento, em um nível que a iniciativa privada não alcança (NURKSE, 1957). Além disso, existe um nível de crescimento que, quando ultrapassado, provoca um efeito em cadeia de estímulos recíprocos entre os setores da economia. Enquanto esse nível não é alcançado, várias forças atuam para manter o crescimento estagnado e em subdesenvolvimento. Portanto, países pobres só superam esse cenário por meio da intervenção estatal e com o apoio de empreendimentos da iniciativa privada (NURKSE, 1957). Figura 6 - Para Nurkse, há três obstáculos do subdesenvolvimento: níveis de renda, investimento e poupança Fonte: Elaborada pela autora, 2021. 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=… 15/25 O desenvolvimentismo se consolidou como pensamento econômico no final do colonialismo, nos anos de 1950 e 1960. Na América Latina, essa consolidação se deu com a Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL). Recentemente, a CEPAL assinou o Acordo Regional sobre Acesso à Informação, Participação Pública e Acesso à Justiça em Assuntos Ambientais na América Latina e no Caribe, que visa garantir sua plena implementação e eficácia no que diz respeito aos direitos de acesso à informação ambiental, participação pública nos processos decisórios ambientais e acesso à justiça em matéria ambiental. Além disso, viabiliza a criação e o fortalecimento de capacidades e cooperação, contribuindo para a proteção do direito de cada pessoa, dos presentes e das gerações futuras, para se viver em um ambiente saudável e para o desenvolvimento sustentável. Outro importante autor na área das teorias do desenvolvimento é Theodore W. Schultz (1902- 1998), que recebeu um Prêmio Nobel em 1979 pelas pesquisas que destacam a importância da agricultura e do capital humano para o desenvolvimento dos países. Schultz (1973) advogava a ideia de que a superação do subdesenvolvimento implicava em um crescimento equilibrado entre os setores agrícola e industrial. Desse modo, para superar a pobreza, os países precisam estabelecer políticas de apoio ao desenvolvimento agrícola, e não apenas de apoio aodesenvolvimento industrial. O desenvolvimento, segundo Schultz (1973), viria com o crescimento equilibrado dos dois setores, de maneira que a modernização deve ser acompanhada de políticas de apoio à agricultura, com investimentos em tecnologia e garantia de preços que assegurem o crescimento do setor agrícola. Com isso, é possível levar prosperidade à toda a economia. Além de destacar essa necessidade de investimentos equivalentes entre os setores industrial e agrícola, o autor destacava, também, a relevância em investimentos dos setores púbico e privados em capital humano. Afinal, conhecimento e habilidades correspondem a uma forma de capital. Este, por sua vez, é resultado de vários anos de investimento (SCHULTZ, 1973). O investimento nas áreas de educação, pesquisa, saúde, treinamento no trabalho e desenvolvimento de habilidades, de acordo com Schultz (1973), desempenha um papel cada vez maior no crescimento da produtividade e lucratividade, bem como no aumento dos salários do mercado de trabalho devido à crescente qualificação alcançada pelos trabalhadores. Nesse sentido, o autor enxergava o investimento em capital humano como uma forma de redução das desigualdades econômicas. Caso Você quer ler? 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=… 16/25 Temos, ainda, as contribuições de Joseph A. Schumpeter (1883-1950) para as teorias do desenvolvimento, com estudos sobre o desenvolvimento capitalista e sua abordagem sobre os ciclos econômicos. Para Schumpeter (1982), o desenvolvimento econômico no capitalismo funciona como um fluxo circular que se repõe ano após ano, adaptando-se unicamente de forma quantitativa às novas exigências, buscando alcançar um novo equilíbrio. No caso, o autor nos explica que a maneira de romper esse fluxo e alcançar um padrão superior de desenvolvimento é por meio da inovação aplicada pelo empresariado empreendedor. Cabe destacar que não é qualquer tipo de inovação que leva ao desenvolvimento econômico de uma sociedade. Aquela que promove mudanças qualitativas na produção do sistema precisa ser aplicada à vida econômica e ser introduzida em grupo. Assim, inovações que são replicadas e se generalizam produzem desenvolvimento, pois aumentam o investimento, o emprego, a renda e o crédito. Sendo assim, Schumpeter (1982) nos traz que o empresário empreendedor é o agente decisivo na geração de mudanças qualitativas na produção, não apenas por ser o responsável por introduzir inovações, mas por visualizar novas oportunidades, oferecendo ao “consumidor” a chance de conhecer diferentes “produtos”. Com isso, temos novos hábitos de consumo na sociedade. Nesse contexto, Schumpeter (1982) destaca a ação criação-destruição, na qual a ação criativa ou inovativa desencadeia consequências destrutivas, uma vez que inovações deslocam ou eliminam produtos antigos do mercado. Além da ideia de desenvolvimento pela introdução da inovação, outra contribuição de Schumpeter foi a ideia dos ciclos econômicos, em que ele identificou a existência de três tipos de ciclos: ciclo de Kitchin, ciclo de Juglar e ciclo de Kontradieff (LEITE, 2017). O artigo Estrutura Produtiva, Restrição Externa e Crescimento Econômico: A Experiência Brasileira, escrito por Veridiana Ramos da Silva Carvalho e Gilberto Tadeu Lima, nos traz uma análise da perda do desempenho econômico brasileiro a partir da década de 1980. Os autores utilizam uma abordagem keynesiana de crescimento econômico sob restrição externa para estudo. Para ler o texto na íntegra, clique no botão abaixo! Acesse (https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/eco s/article/view/8642767/10322) Ciclo de Kitchin 1 Ciclo de Juglar 2 Ciclo de Kontradieff 3 https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8642767/10322 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=… 17/25 Ciclo curto que dura, em média, 40 meses. Está relacion ado ao comport amento das vendas. Quando estas estão em expans ão, as empres as investe m no aument o do seus estoque e, conseq uentem ente, no aument o da produçã o, do empreg o e da renda. O ciclo dura até a redução do ritmo das vendas (LEITE, 2017). Ciclo que dura em torno de nove a 10 anos. Está relacion ado ao fluxo de investim ento, o qual se inicia quando as empres as, para moderni zarem seu process o produtiv o, investe m na aquisiçã o de máquin as e equipa mentos (LEITE, 2017). Após a instalaç ão e utilizaçã o destes, o ritmo de investim ento cai. Com isso, as máquin as adquirid as entram em uma fase de intensa utilizaçã o e Ciclo que dura aproxim adamen te 50 a 60 anos. Está associa do à introduç ão de um conjunt o de inovaçõ es e novos método s de comerci alização e produçã o. A introduç ão e replicaç ão do conjunt o de inovaçõ es dura cerca de 15 anos. Quando as inovaçõ es já estão estabel ecidas e o ciclo se esgota, o ritmo de investim ento cai, as empres as contrata m menos e o ritmo de 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=… 18/25 Vale mencionar que, quando o declínio da atividade econômica coincide com as retrações dos ciclos de Kitchin e Julgar, o sistema econômico caminha para uma depressão. A etapa que vai do crescimento até a depressão dura em torno de 25 anos. A fase seguinte é a introdução de um novo conjunto de inovações, bem como a retomada do crescimento. 1.3.2 Fenômeno fundamental Simon Kuznets recebeu um Prêmio Nobel em 1971 com o levantamento estatístico que permitiu medir magnitudes econômicas, as quais interferiam no processo de mudança social. As contribuições do autor para as teorias do desenvolvimento estão relacionadas ao campo da quantificação de variáveis macroeconômicas. Ele buscou variáveis macro que possibilitavam a comparação entre países desenvolvidos e aqueles considerados pobres (LEITE, 2017). As ideias de Kuznets foram importantes para a definição dos conceitos de renda nacional, renda per capita, coeficiente de capital (associação entre capital investido e produção anual), entre outras variáveis que permitem quantificar as propostas de Keynes. Em seus estudos, Kuznets (1955) buscou analisar as principais características do crescimento econômico dos países nos séculos XIX e XX. O autor destacou o uso da variável PNB (Produto Nacional Bruto) para medir crescimento econômico, citando que este não é o melhor ou o único a ser utilizado para tal função, mas é um indicador muito adequado para medir o comportamento de nações desenvolvidas. Para nações pobres, Kuznets (1955) sugere que o PNB não é o parâmetro mais apropriado, pois não capta as mudanças nas condições econômicas de tais países. Nesse contexto, o crescimento econômico das nações se inicia com a inserção de novas técnicas de produção. Contudo, essa inserção não ocorre de forma conjunta em todos os países. Inicialmente, alguns poucos começam o processo, e só depois há a difusão do progresso técnico com os demais (KUZNETS, 1955). Os países que iniciam o processo de difusão da nova tecnologia são aqueles que já possuem proximidade com as tecnologias tradicionais, no sentido de saber quais as limitações e o que é necessário para superá-las. A velocidade de difusão do progresso técnico entre os países está ligada diretamente à capacidade de eles introduzirem novas tecnologias em seus processos desgast e. Um novo ciclo se inicia com a necessi dade de repor tais equipa mentos. crescim ento declina (LEITE, 2017). 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=… 19/25 produtivos. Essa capacidade, por sua vez, está ligada a fatores políticos,ideológicos e institucionais. Sem eles, a difusão se dificulta e, por vezes, não ocorre, o que contribui para o atraso econômico de determinadas nações (KUZNETS, 1955). Pode-se dizer que o subdesenvolvimento dos países, para Kuznets (1995), resulta, principalmente, da incoerência institucional de algumas nações para introduzirem e difundirem novas tecnologias. Uma das principais contribuições do autor ficou conhecida como Lei de Kuznets, que é a análise comparativa entre a distribuição de renda nos países pobres e nos desenvolvidos. Em seus estudos, verificou que há uma relação entre a fase em que o país se encontra na trajetória do desenvolvimento e o nível da distribuição de renda. #PraCegoVer: na figura, temos uma fotografia editada digitalmente. Do lado direito, na parte inserir, encontramos o braço de um homem. Deve, emana um sistema criado digitalmente retratando a tecnologia em processos produtos. Há ícones como lâmpadas, casas, relógios, lupas, hierarquia, entre outros. Mais um importante autor na área é o historiador Walt W. Rostow (1916-2003), que tinha o interesse de mostrar como as teorias econômicas podiam ser incorporadas à história econômica por meio de uma análise mais completa da sociedade, relacionando as forças sociais, políticas e econômicas (ROSTOW, 1974). Assim, Rostow (1974) dividiu o desenvolvimento da sociedade em cinco etapas: sociedade tradicionais, pré condição para decolagem, decolagem, marcha para a maturidade e consumo de massa. Figura 7 - Há certa importância da inserção de novas tecnologias nos processos produtivos Fonte: Wright Studio, Shutterstock, 2021. Organizada predominantemente ao redor de atividades agrícolas. O poder político era centralizado e ligado ao controle da terra. A sociedade era fortemente hierarquizada com base em laços familiares. Sociedade tradicional 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=… 20/25 Rostow (1974) era ciente de que essa estrutura apresentava limitações, mas a ideia ao retratar a história da humanidade em cinco etapas era para identificar regularidades na evolução das sociedades, destacando as caraterísticas de cada nação. Além disso, ele pretendia mostrar como os setores econômicos dos países se transformam para crescer e observar como as sociedades empregam seus recursos produtivos. Identificada como uma etapa de transição. É quando a ciência começa a intervir na produção agrícola e industrial, surgem os primeiros empreendedores, bancos e instituições de crédito, há formação de um estado nacional centralizado, aumento do investimento em infraestrutura e ampliação do comércio, inclusive o internacional. É quando o progresso econômico se generaliza. Novas indústrias surgem e se expandem, aumentando o número de trabalhadores empregados. Isso reflete diretamente no aumento da renda, da poupança e dos investimentos, que, por sua vez, proporciona maior grau de urbanização das cidades. Período extenso de progresso continuado. A indústria atinge a autonomia. O sistema econômico produz o que é necessário, com alto nível de tecnologia. Não existe dependência técnica, econômica ou política. O progresso continuado refletirá em maior ênfase no setor de bens de consumo duráveis e serviços. Estes serão os responsáveis pelo crescimento econômico. Isso terá como resultado o aumento da renda superior às necessidades básicas de alimentação, habitação e vestuário. A proporção da população urbana em relação ao total será maior. per capita Pré-condição para decolagem Decolagem Marcha para a maturidade Consumo de massa 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=… 21/25 Agora que conhecemos as principais teorias e ideias relacionadas ao desenvolvimento econômico, com destaque para autores relevantes nesse meio e suas contribuições, podemos passar aos indicadores desse desenvolvimento, sobre o qual estudaremos com o próximo tópico. Sabemos que Rostow identificou cinco etapas históricas no desenvolvimento econômico das sociedades. Apesar das limitações encontradas pelo autor, tais etapas se mostravam, de modo geral, presentes na atividade econômica. Na economia contemporânea, é possível identificar três setores econômicos de atividades: agropecuária, indústria e serviços. Nesse sentido, construa um quadro identificando cada uma das etapas propostas por Rostow em um dos três setores de atividades econômicas! Vamos Praticar! 1.4 Indicadores de desenvolvimento econômico Para finalizarmos, neste último tópico, estudaremos sobre os principais indicadores de desenvolvimento econômico, focando no objetivo e na metodologia de cada um deles. Além disso, serão abordadas questões sobre o que se convencionou chamar de mito do desenvolvimento econômico. Ficou curioso? Acompanhe! 1.4.1 Indicadores do grau de desenvolvimento Para acompanhar o desenvolvimento e crescimento de determinado local, certa região ou um país, faz-se necessário o uso de parâmetros, métricas ou instrumentos. Dessa maneira, a partir deles, os dados podem ser direcionamentos em termos de ações ou políticas de melhorias. Os indicadores dizem respeito a um dos instrumentos mais utilizados para servir de parâmetro para as tomadas de decisões por parte de gestores ou formuladores de políticas. Existem diversos tipos, os quais são aplicados para distintos fins. Os indicadores do grau de desenvolvimento são, basicamente, a esquematização de informações, dados e estatísticas que possibilitam a identificação dos principais problemas que a sociedade e as localidades possuem. Entre os diversos tipos de indicadores socioeconômicos, podemos destacar o coeficiente de Gini, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Produto Interno Bruto (PIB), a renda per capita e a taxa de desemprego. 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=… 22/25 O coeficiente de Gini, também conhecido por índice de Gini, tem por objetivo mensurar a desigualdade social das diversas regiões. Trata-se de um indicador que investiga a relação entre sociedades pobres e ricas, classificando-as de acordo com o seu nível de renda. Esse coeficiente é um indicador que consiste em um número de 0 a 1, no qual 0 representa total igualdade e 1 representa total desigualdade. Por exemplo, em termos de renda, quanto mais próximo de 0, menor será a desigualdade de renda de determinada localidade. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), por outro lado, leva em consideração o desenvolvimento de uma nação sob a ótica de três principais fatores: renda bruta per capita, expectativa de vida e educação. O IDH foi desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU) na década de 1990, com o principal objetivo de obter informações que representassem para além de dados econômicos, levando em conta a qualidade de vida da sociedade. Já o Produto Interno Bruto (PIB) é um dos indicadores mais aplicados pelos analistas e formuladores de políticas. Ele representa a riqueza produzida pelas atividades econômicas de um território, ou seja, representa tudo o que foi produzido e consumido por uma sociedade (no município, no estado, na região ou no país). Em relação à renda per capita, ela representa toda a distribuição de riqueza produzida por um país, dividida pela sua população. Isto é, pode ser calculada com a divisão do Produto Nacional Bruto (PNB) pelo número de habitantes, conforme a localidade. No caso, o PNB representa, O índice de Gini recebeu esta denominação devido ao nome do estatístico, demógrafo e sociólogo que o formulou: Corrado Gini. Este nasceu em Roma, em maio de 1884, e veio a falecer em 1965 (ROSSI, 1983). Você sabia? O que você sabe sobre o cálculo do PIB? Pois no vídeo PIB: O Que é, para que Serve e como é Calculado, do Instituto de Geografiae Estatística (IBGE), podemos entender um pouco melhor a respeito desse indicador e como é realizado o cálculo para sua utilização em análises. Assista ao vídeo clicando no botão abaixo! Acesse (https://www.youtube.com/watch? v=lVjPv33T0hk) Você quer ver? https://www.youtube.com/watch?v=lVjPv33T0hk 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=… 23/25 basicamente, o PIB, menos o capital que deixa o país, mais o capital que entra de empresas nacionais instaladas em outro país. No entanto, cabe mencionar que, no Brasil, a renda per capita é calculada e divulgada pelo PIB, dividido pela população. Por fim, temos a taxa de desemprego. O desemprego é um dos maiores problemas enfrentados por uma nação, visto que representa a falta de renda e, com isso, a queda de consumo, o que reflete em menos lucro e emprego. Geralmente, as grandes crises econômicas afetam a população com a elevação da taxa de desemprego. 1.4.2 Mito do desenvolvimento econômico O mito do desenvolvimento econômico ficou conhecido com o consagrado autor Celso Furtado, título de seu livro lançado em 1974. A obra tem como pano de fundo a ideia de Kenneth Boulding, o qual acreditava que um crescimento econômico exponencial em um mundo finito não era uma opção. Para Furtado, em um sistema capitalista, países da periferia não teriam a capacidade de reproduzir o padrão de consumo dos países ricos. Isso porque o padrão de produção e consumo no mundo era impossível de ser generalizado devido à disponibilidade limitada de recursos naturais. Nesse contexto, o autor classifica o desenvolvimento como um mito, pois, na prática, acarreta em destruição ambiental e crescimento predatório (CASTRO, 1974). Posteriormente, diversos autores consagrados escreveram sobre essa visão. Destacam- se as interpretações de Antônio Barros de Castro e de Paul Singer. Para Castro (1974), Celso Furtado foi influenciado pelo Clube de Roma ao escrever o mito do desenvolvimento, mas não compartilhava da ideia do clube, nem com relação ao crescimento populacional, nem com relação ao possível esgotamento de recursos naturais. Já para Singer, Furtado estava certo, pois, em determinado momento, a pressão exercida pela demanda será muito maior do que a capacidade existente em termos de avanço científico para resolver ou substituir os recursos naturais esgotáveis (CASTRO, 1974). A fim de fecharmos o material, imagina que você faz parte de um ONG, a qual trabalha com repasse de recursos da iniciativa privada para instituições de caridade de países em desenvolvimento. Enquanto integrante, precisa elaborar um parecer sobre alguns países. Suas conclusões irão determinar o destino de recursos financeiros do financiamento para o desenvolvimento de certa região. Para tanto, você deverá construir um comparativo, levando em consideração o IDH da localidade. Depois, compartilhe com seus colegas! Vamos Praticar! Conclusão 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=… 24/25 Chegamos ao fim da primeira unidade da disciplina de Desenvolvimento Socioeconômico. Embora muitos utilizem os conceitos de crescimento e desenvolvimento como sinônimos, pudemos observar aqui que existe literatura diferenciando ambos, tratando o conceito de crescimento como algo quantitativo, ao passo que o conceito de desenvolvimento é dado como algo qualitativo. A partir disso, também foi possível diferenciar o uso de indicadores socioeconômicos. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: entender a diferença entre os conceitos de crescimento e desenvolvimento, levando em consideração o motivo pelo qual ambos são tratados como sinônimos em determinados casos; avaliar a visão de importantes teóricos sobre os conceitos de curto e longo prazos; analisar o que significa e qual é a metodologia adotada por indicadores de desenvolvimento e crescimento econômico; diferenciar os modelos de crescimento econômico de representação matemática em relação aos modelos teóricos de desenvolvimento econômico. BRESSER-PEREIRA, L. C. Uma escola de pensamento keynesiano-estruturalista no Brasil? Revista de Economia Política, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 305-314, abr./jun. 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rep/v31n2/08.pdf (https://www.scielo.br/pdf/rep/v31n2/08.pdf). Acesso em: 22 jan. 2021. CARVALHO, V. R. da S.; LIMA, G. T. Estrutura produtiva, restrição externa e crescimento econômico: a experiência brasileira. Economia e Sociedade, Campinas, v. 18, n. 1, p. 31-60, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8642767/10322 (https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8642767/10322 ). Acesso em: 22 jan. 2021. CASTRO, A. B. de. O mito do desenvolvimento econômico. Pesquisa e Planejamento Econômico, Rio de Janeiro, dez. 1974. DALPIAZ, R. M. G. et al. Teorias do crescimento econômico. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S/A., 2016. Referências https://www.scielo.br/pdf/rep/v31n2/08.pdf https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8642767/10322 12/09/22, 17:30 Desenvolvimento socioeconômico https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=m%2bSy9XInFioYsaZvtFtTTA%3d%3d&l=B7TSPK84jQV5S%2byVMscUKA%3d%3d&cd=… 25/25 DORNBUSCH, R.; FISCHER, S.; STARTZ, R. Macroeconomia. 11. ed. São Paulo: McGraw-hill, 2013. KEYNES, J. M. A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. São Paulo: Atlas, 1982. KUZNETS, S. Economic growth and income inequality. American Economic Review, [s. l.], v. XLV, p. 1-28, mar. 1955. Disponível em: https://assets.aeaweb.org/asset- server/files/9438.pdf (https://assets.aeaweb.org/asset-server/files/9438.pdf). Acesso em: 22 jan. 2021. LEITE, A. C. Teorias do desenvolvimento econômico. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S/A., 2017. LOPES, L. M.; VASCONCELLOS, M. A. S. (org.). Manual de macroeconomia: básico e intermediário. São Paulo: Atlas, 2008. NURKSE, R. Problemas da formação de capital em países subdesenvolvidos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1957. PIB: o que é, para que serve e como é calculado. [S. l.], [s. d.]. 1 vídeo (4 min). Publicado pelo canal IBGE. Disponível em: https://www.youtube.com/watch? v=lVjPv33T0hk (https://www.youtube.com/watch?v=lVjPv33T0hk). Acesso em: 22 jan. 2021. ROSTOW, W. W. Etapas do desenvolvimento econômico (1960). Rio de Janeiro: Zahar, 1974. SCHULTZ, T. W. O capital humano: investimentos em educação e pesquisa. Rio de Janeiro: Zahar, 1973. SCHUMPETER, J. A. A Teoria do Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1982. (Série Os Economistas). SMITH, A. A riqueza das nações: uma investigação sobre sua natureza e suas causas. São Paulo: Abril Cultural, 1983. ROSSI, J. W. Decomposição funcional do Índice de Gini com dados de renda do Brasil. Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, v. 37, n. 3, p. 337-348, jul./set. 1983. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe/article/view/310/7711 (http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe/article/view/310/7711). Acesso em: 26 jan. 2021. https://assets.aeaweb.org/asset-server/files/9438.pdf https://www.youtube.com/watch?v=lVjPv33T0hk http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe/article/view/310/7711
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