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1 PLANEJAMENTO FAMILIAR Nicoly Guimarães 71D Planejamento familiar é discutir a possibilidade de escolha de um individuo ou de um casal sobre o momento e números de filhos desejados e do espaçamento das gravidezes, utilizando para isso os métodos contraceptivos. • Direito de decidir a quantidade de filhos e quando tê-los • Direito de desfrutar das relações sexuais sem temor de gravidez ou de contrair uma infecção transmitida pela relação sexual • Direito de gestar e ter o parto nas melhores condições • Direito de conhecer, gostar e cuidar do corpo e órgãos sexuais • Direito a uma relação sexual sem violência ou maus-tratos • Direito de informação por profissional de saúde e acesso aos métodos contraceptivos Os métodos contraceptivos vão se basear na chance de gestação, que ocorre no período fértil da mulher. A sobrevivência do óvulo é de 1 dia e do espermatozoide é de 3 dias. Ex.: menstruou dia 5, hoje é dia 19, logo o 14º dia do ciclo menstrual. A ovulação vai ocorrer entre o 10º-17º dia ou entre o 12º-16º dia (tem as duas definições). A paciente deve ser informada sobre a janela de sobrevivência do espermatozoide e o período de possível ovulação, sendo que a fecundação não necessariamente ocorre no dia da relação, devido a esses dois fatores. EFICÁCIA DOS MÉTODOS A eficácia dos métodos contraceptivos é medida pelo índice de Pearl: Ele vai dar uma taxa média de gestação para cada método. Ele dá dois dados: o uso ideal (como o método foi descrito) e o uso real (influencia comportamental). Em termos numéricos, entre 0-0,9 significa alta eficácia. Os melhores métodos são so 5 primeiros (implante, vasectomia, DIU, esterilização feminina, DIU de cobre) → 1ª parte da tabela. Os métodos hormonais, vem em segundo lugar na eficácia (tem muito influencia comportamental) → 2ª parte da tabela. 2 PLANEJAMENTO FAMILIAR Nicoly Guimarães 71D → Critérios de Elegibilidade dos métodos anticoncepcionais (2004) – quando vai indicar algum método, tem que saber a sua classificação → usar o aplicativo iContraception. • Classe 1: sem restrição ao uso do método. • Classe 2: as vantagens do uso do método superam os riscos teóricos ou comprovados. • Classe 3: os riscos teóricos ou comprovados superam as vantagens do método. • Classe 4: risco inaceitável para a saúde se o método do utilizado. MÉTODOS COMPORTAMENTAIS Identificar período fértil através de métodos variáveis: avaliação do muco cervical, temperatura, tabelinha e coito interrompido. → Coito interrompido - Índice de falha: uso ideal 4% e uso real 27%. Retirada do pênis da vagina antes da ejaculação – pode dar errado pela saída de esperma antes ou pela não retirada a tempo. • Insatisfação sexual • Disfunção sexual: diminuição da libido; ejaculação precoce; importância sexual. masculina → Método rítmico, tabelinha, Ogino Knaus - Índice de falha: uso real 25%. Leva em conta: • Ovulação: 12 a 16 dias antes de menstruar (2ª fase do ciclo tende a durar 14 dias). o Pode variar, sendo passível de erro. • Óvulo liberado: pode ser fecundado 12 a 24h após a ovulação. • Espermetazóide: capacidade de fecundar até 72h após a ejaculação. • É de difícil aceitação, principalmente para casais jovens. Como fazer: paciente avaliar a duração dos ciclos durante 6-12 meses. Do ciclo mais longo subtrai-se 18 e do ciclo mais curto subtrai-se 11. A partir desse número analisa o período que ela pode ovular. Ex.: ciclo mais curto de 25 dias e ciclo mais longo de 30 dias. No ciclo mais curto pode ter ovulado dia 7, e no ciclo mais curto dia 19. Vai considerar que a ovulação vai ocorrer entre os dias 7 e 19 (13 dias de abstinência). → Método de Billings - Índice de falha: uso real 32% e uso ideal 3%. Mudanças na secreção de estrogênio ao longo do ciclo → alterações nas características do muco cervical. O muco ovulatório é profuso, transparente, filante (elástico). 3 PLANEJAMENTO FAMILIAR Nicoly Guimarães 71D → Temperatura basal - Índice de falha: uso ideal 3%. Ação da progesterona sobre o centro termorregulador no hipotálamo. Deve-se medir a temperatura todos os dias no mesmo horário. A temperatura basal pode variar de 0,2-0,8ºC. A ovulação ocorre no 3º dia do aumento constante da temperatura. Para contracepção, ter abstinência sexual após início da elevação da temperatura. → Métodos sintotérmicos (associação dos métodos comportamentais) • Não tem índice de Pearl. → Métodos não aprovados como contraceptivos • Avaliação com teste de fitinhas (LH e metabólitos de estrogênio na urina) • Aplicativos de controle de ciclo. BARREIRA São essenciais, deviam ser usados como forma complementar. A taxa de falha se deve ao uso inadequado. → Camisinha masculina - Índice de falha: uso ideal 2% e uso real 15%. • Previne transmissão de ISTs. → Camisinha feminina - Índice de falha: uso ideal 5% e uso real 21%. • Menos usada • Bainha de poliuretano, látex ou nitrila • Anel fixo na borda externa em contato com a vulva • Anel interno móvel: adapta ao fundo vaginal, recobrindo o colo. → Diafragma - Índice de falha: uso ideal 6% e uso real 16% • Dispositivo de látex ou silicone • Apoia na vagina no fundo de saco posterior e atrás do arco púbico • Deve ser associado ao espermicida • Inserção 2h antes do coito, retirada 6 a 8h após o coito → Espermicidas - Índice de falha: uso ideal 18% e uso real 29% • Inativam os espermatozoides • Ação contra gonococo, treponema, tricomonas • Se ele causar micro ulcerações vaginais → ↑ transmissão HIV • Creme, geleia, espuma de aerossol, tabletes vaginais e óvulos. • Substancia ativa: nonoxinol-9, octoxinol-9, menfegol, cloreto de sódio, clorexidina. 4 PLANEJAMENTO FAMILIAR Nicoly Guimarães 71D CONTRACEPÇÃO HORMONAL Tem como vantagens a alta eficácia e como desvantagens os efeitos adversos. - Mecanismo de ação A progesterona e estrogênio devem ser utilizados juntos para estabilizar o endométrio. O uso exclusivo da progesterona impede o desenvolvimento do endométrio, fazendo com que ele fique atrófico, dificultando a sua proliferação (que é influenciada pelo estrogênio) e causando sangramentos irregulares. Esses hormônios vão desencadear outras ações: • Progesterona: suprime o pico de LH, inibindo a ovulação; torna o útero não receptivo para o embrião; reduz o peristaltismo da trompa, aumentando o tempo de trânsito do ovulo até a cavidade; aumenta a secreção tubária; torna o muco mais espesso. • Estrogênio: suprime o pico de FSH, contribuindo para a anovulação; estabiliza o endométrio; potencializa a ação do progestagenio. - Contraceptivos de progesterona • Oral, injetável trimestral ou implante subdermico. As categorias de progesterona dependem da sua síntese (de onde é derivado) e componente predominante. PROGESTAGENIO SINTÉTICOS DERIVADOS DA TESTOSTERONA DERIVADOS DA PROGESTERONA ESTRANOS GONANOS PREGNANOS 19 nortestosterona (ruins) 19-norprogesterona 17α hidroxiprogesterona 1ª geração: alto potencial androgênico. Ex.:Dienogest (híbrido) 2ª geração di-Norgestrel ↓ Levonogestrel pílulas mais conhecidas 4ª geração: espironolactona ↓ drospirenona tem melhor perfil p/ retenção hídrico e efeitos androgênicos Sem classificação de geração: - Medroxiprogesterona - Clomardinona -Ciproterona:mais antiandrogenica que existe (Diane) - Norpregnamos - Nomegestrol e Nestorona. 3ª geração: Desogestrel (dec.90) ↓Gestodeno ↓ Norgestimato - Contraceptivos combinados (estrogênio + progesterona) As pílulas combinadas visam: redução da dose + substancia que mimetize o estradiol da forma mais bioequvalente possível ** estrogênios • Oral: etinilestradiol (EE), valerato estradiol, 17β estradiol, mestranol. o Etinilestradiol: sintético e 100x vez a potencia do estradiol. • Injetável mensal: enantato de estradiol, valerato de estradiol e cipionato de estradiol • Anel vaginal: etinilestradiol • Adesivo transdérmico: etinil estradiol. 5 PLANEJAMENTO FAMILIAR Nicoly Guimarães 71D → Riscos: • ↑ TEP/TVP: em 2-3x vezes → <5 casos em 10.000 mulheres e componente progestagenico também infleuncia no risco → levonorgestrel é o mais seguro. • ↑ AVC em 0,29 e 1,39 por 100.000 mulheres • ↑ cervicite por Chlamydia • ↑ adenoma hepático maligno. → Efeitos colaterais • Progestagenio (depende da família): acne, edema, depressão, aumento e crescimento de pelos e piora do perfil lipídico (1ª geração) • Estrogênios (depende da dose): náuseas, vômitos, cefaleia, mastalgia, cloasma, ↑ risco de fenômenos tromboembólicos. o Ganho de peso e diminuição da libido: não tem comprovação na literatura. → Efeitos benéficos não contraceptivos • ↓ Ca de endométrio → não prolifera • ↓ Ca de ovário → não recruta mensal • ↓ Ca de colorretal → muda a composição do suco biliar • ↓ doenças benignas da mama • ↓ gravidez ectópica • ↓ fluxo menstrual • ↓ cistos funcionais • Regulariza os ciclos menstruais • ↓ TPM e dismenorreia • ↓ Endometriose, mioma • ↓ DIP • ↓ Progressão da artrite reumatoide • ↑ Densidade óssea • Melhora acne e hisurtismo. Na escolha do AC deve ser avaliado as ações biológicas dos progestagenios: → Interações medicamentosas (drogas que diminuem a eficácia dos COC) • Antibióticos: Rifampicina, Tetraciclina. • Anticonvulsivanetes: Carbamezepina, Bartbitúricos e Hidantoína, etc. • Anti-histaminicos • Antifúngicos: Griseofulvina, Itraconazol e Cetoconazol 6 PLANEJAMENTO FAMILIAR Nicoly Guimarães 71D → Contraceptivos orais combinados (COC) - Índice de falha: uso ideal 0,3% e uso real 9%. Dentro do perfil de contracepção deve-se escolher o melhor com a menor dosagem, o melhor perfil anti-androgenico ou androgênico e com uma composição mais bioequivalente possível, para evitar efeitos adversos futuros. - Regime de uso Pílula monofáfica Pílula bifásica Pílula trifásica - Classificação dos COC Dosagem de etinilestradiol • 50 μg: alta dosagem. • 35 μg • 30 μg • 20 μg • 15 μg Dosagem do progestina Todas as pílulas são iguais e a cartela costuma vir com 21 comprimidos. Toma os 21 e para 7 dias, recomeçando uma nova cartela no 8º dia. Os comprimidos da 1ª semana tem + estrogenio, para revitelizar o endométrio. Já os comprimidos da 2ª semana tem + progesterona, para parar o sangramento mais rápido. Mimetiza o ciclo menstrual. Em algumas pessoas as pilulas monofásicas causam atrofia intensa do endométrio e sangram. irregulares. 1ª semana: ↑↑ estrogenio; 2ª semana, ↓ um pouco o estrogenio; 3ª semana: mantem a concetração de estrogenio e ↑↑ progesterona Cartelas 28 cmp.: 21 ativos + 7 placebo 21 cmp.: 21 ativos → para 7 dias 24 cmp.: 24 ativos → para 4 dias Uso contínuo 12 semanas: 84 ativos → pausa 7 d. a cada 12 semanas Pode ou não emendar. Quantas cartelas vai emendar depende da tolerância da paciente. são baixa dosagem → normalmente inicia o COC com 15 ou 20. Ex.: começou com 20, mas o endométrio está instável (tem muito spot). Nesse caso aumenta a dosagem p/30. 7 PLANEJAMENTO FAMILIAR Nicoly Guimarães 71D → Contraceptivos combinados injetáveis - Índice de falha → uso ideal <1% e uso real 3% menor concentração de estrogênio (a partir de 35μg) + progesterona menos androgênica e mais semelhante a natural (dienogest e nomegestrol) • Tem no SUS e não é caro. tem que aplica • Aplicação mensal: aplicar a cada 30 dias. 3 dias antes ou 3 dias depois não altera a eficácia. o Valerato de estradiol 5mg Enantato de noretisterona 50 mg o Enantato de estradiol 10mg Acetofenido de algestona 150mg o Cipionato de estradiol 5mg Acetato de medroxiprogesterona 25mg → Adesivos transdérmicos combinados - Índice de falha: uso ideal 0,3% e uso real 9%. • Aplicação semanal: substituição do adesivo 1x/semana. o Etinilestradiol 750mg (20μg/ dia) Norelgestromina 6mg (150μg/ dia) • Após aplicação do 3º adesivo fazer pausa de 7 dias. • Nível sérico de progesterona é alta • Perde eficácia em paciente >90kg. → Anéis vaginais combinados - Índice de falha → uso ideal 0,3% e uso real 9%. • Pouca flutuação nos níveis hormonais séricos (menor nível possível). • Aplicação semanal: retirada do anel após 3ª semana e pausa 7 dias. o Etinilestradiol 15 mg/ dia o Etonogestrel 120 mg/ dia (não é a melhor progesterona) → Contraceptivos de progestagenio isolado - Índice de falha → uso ideal 0,3% e uso real 9%. • Pacientes que desejam contracepção eficaz com contraindicação ao uso do estrogênio • Pacientes que desejam menor fluxo menstrual - Mecanismo de ação: depende da dose/nível sérico. • Baixos: pode ocorrer ovulação • Moderados: pode haver níveis basais de FSH e LH e alguma maturação folicular • Elevados: FSH basal é reduzido, menor atividade folicular, menor produção de estradiol, não há pico de LH. - Regimes de contraceptivo de progestenio isolado Normalmente para quem está amamentando ou só para não menstruar • Via oral o Noretisterona 350 μg o Levonorgestrel 30 μg o Linestrenol 300 μg o Desogestrel 75 μg o Dienogest 2 μg • Injetável trimestral: AMP 150 μg (tem no posto) Pode aplicar do 3º ao 8º dia do ciclo. A taxa de falha é maior. 8 PLANEJAMENTO FAMILIAR Nicoly Guimarães 71D • Implante subdérmico: etonogestrel (Inflanon) → convertido em desogestrel → libera de 30-40 μg/dia. • SIU-LNG: levonorogestrel (DIU mirena (20 μg) e kaiene (25-12 μg) → Pílula oral de progesterona (POP) – minipílula - Índice de falha: 0,3% e uso real 9%. • Contem apenas progesterona na fórmula • Uso contínuo, sem pausa • Irregularidade menstrual (pq atrofia o endometria) o Noretisterona 350 μg o Levonorgestrel 30 μg o Linestrenol 300 μg o Desogestrel 75 μg o Dienogest 2 μg → Contraceptivo injetável de progesterona - Índice de falha: uso ideal 0,2% e uso real 6% • Injetável trimestral: intramuscular ou subcutâneo • Irregularidade menstrual (as vezes tem que usar estrogênio para revitalizar o endométrio) • Ganho de peso • Retorno lento da fertilidade → Implante subdérmico (** mais eficaz de todos, superior a ligadura) - Índice de falha: uso ideal 0,05% e uso real 0,05% • Etonogestrel → convertido em desogestrel • Não tem aceitação boa • Ele pode mudar de lugar • Duração 3 anos • Liberação hormonal o 60-70 μg/ dia o 25-30 μg/dia → após 3 anos DISPOSITIVO INTRAUTERINO (DIU) É de longa ação, independe do paciente. Apresentado em duas formas: • Inerte (plástico) • Medicados: com metal (cobre e prata) e hormonal (progestagenio). • T de cobre: barato, tem na UBS, é o mais comum • Cobre com prata • Multiload: adere melhor ao miométrio, mas pode chegar ao endométrio. 9 PLANEJAMENTO FAMILIAR Nicoly Guimarães 71D → DIU de cobre- Índice de falha: uso ideal 0,8% e uso real 2% Gera uma reação inflamatória no endométrio: libera leucócitos e prostaglandinas. Isso deixa o meio inóspito para o espermatozoide, diminuindo o tempo de sobrevida na cavidade, além do endométrio ficar não responsível (não preparado para a implantação). O metal libera cobre que altera o muco cervical e a cavidade endometrial, atrapalhando a motilidade no gameta. ** o DIU de prata é cobre+prata – dá menos efeitos colaterais. O DIU de cobre e prata por causar inflamação gera menstruação exarcebada, logo um dos efeitos colaterais é dismenorreia e cólica forte. Isso aumenta a chance dele sair do lugar (mais frequente expulsão no 1º mês). • Se o parasita Actinomicos, infectar o DIU, gerando endometrite crônica, associada a sangramento irregular e cólica. Após tratamento, se não parar de sangrar tem que retirar o DIU. • Se engravidar com o método, tem mais chance de ter aborto espontâneo, parto prematuro ou ela ser ectópica. • Se tiver DIP, o dispositivo pode agravar o quadro, se o tratamento não for eficaz (em cerca de 72h). → DIU medicado c/ progesterona (Mirena) - Índice de falha: uso ideal 0,2% e uso real 0,2% • Tem levonorgestrel • Pouca ação sistêmica → nível sérico baixo (só progesterona) • Duração prolongado → 5 anos • Independente da paciente. • Por não gerar aumento do fluxo menstrual, diminui a capacidade de expulsão. • Kylenna tem menor dosagem e menor liberação diária com a mesma eficácia contraceptiva. A escolha varia de acordo com as necessidades, se for pra ficar sem menstruar o Mirena é melhor. 10 PLANEJAMENTO FAMILIAR Nicoly Guimarães 71D LARC (long-acting reversible contraception) É a escolha de primeira linha para adolescentes. São os mais usados por: • Não depender de adesão • Uma vez inseridos não dependem de ações regulares da paciente Ex.: DIU de cobre, SIU-LNG, implante subdérmico. • Tem efeitos colaterais MÉTODOS CIRÚRGICOS É permitido: I. Em homens e mulheres com capacidade civil plena, maiores de 25 anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, tendo decorrido pelo menos 60 dias entre a manifestação do desejo e realização do procedimento. II. II. Em caso de risco de vida ou à saúde da mulher (relatório escrito e assinado por 2 médicos) • No parto só pode fazer o ligamento, se tiver risco de vida ou for a 3ª cesária. É vedado: Em mulher durante períodos de parto, aborto ou até 42º dia de pós-parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores ou quando a mulher for portadora de doença de base e a exposição a segundo ato anestésico ou cirúrgico representar maior risco para a saúde. É necessário relatório escrito e assinado por dois médicos. • Não pode fazer no pós parto imediato, caso ela não tenha decidido isso antes (até 70 dias antes do parto). Tem que esperar 60 dias. → Laqueadura tubárea (salpicotripsia) - Índice de falha: uso ideal 0,5%. • Laparotomia • Laparoscopia: padrão ouro. a. Tem várias tecnicas • Via vaginal • Via histeroscópica (Essure): no Brasil não faz. → Vasectomia - Índice de falha: uso ideal 0,2%. • Ambulatorial com anestesia local • Secção e ligadura ou oclusão dos ductos deferentes → necessita da confirmação pela análise seminal de 8 a 12 semanas após o procedimento. • Tabu • Irreversível. CONTRACEPÇÃO DE EMERGENCIA Com exceção do DIU atuam impedindo ou atrasando a ovulação. Método de Yuzpe (COC): 100 µg EE + 0,5 mg LNG, 2 doses 12/12h. Até 5 dias. o Estrogênio em dose altíssima. • Levonorgestrel: 150 µg dose única. Ideal até 3 dias (pode estender até 5 dias) o Tem na UBS de 75 ou 150 µg. • DIU T Cu: até 5 dias. • Acetato de ulipristal: 30 µg dose única. Até 5 dias. – não tem no Brasil • Mifepristona: 25 a 50 µg, dose única. Até 5 dias. – não tem no Brasil. 11 PLANEJAMENTO FAMILIAR Nicoly Guimarães 71D A pílula do dia seguinte vai retardar o pico de LH para não ter ovulação (também vai alterar motilidade da trompa e qualidade do muco). Caso a ovulação tenha ocorrido, a janela de oportunidade já foi perdida. Logo, ela tem eficácia menor. Com o DIU, se a ovulação tiver ocorrido ele ainda vai proteger, porque ele não atua alterando a ovulação.
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