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1 DISMENORREIA Nicoly Guimarães 71D No período menstrual são manifestados vários sintomas, físicos ou neurovegatativos: • inchaço abdominal • cefaleia • dor nas mamas • diarreia ou constipação • nervosismo • vomito • tontura • náuseas A cólica, dor clínica na região do hipogástrio, que pode ser irradiada para região lombo- sacra e face interna das coxas, surge no período menstrual, 1-2 dias ou algumas horas antes da menstruação. Outros nomes para ela são: cólica menstrual, menstruação dolorosa, algomenorreia, menalgia, odinomenorreia. CLASSIFICAÇÃO → Primária • iniciou desde de a primeira menstrução • não se identifica doença de base • dor acompanha o fluxo menstruação → Secundária • manifesta-se mais tardiamente • dor ocorre antes e durante a menstruação • associada a doenças orgânicas - Causas • cistos ovarianos • DIP • Adenomiose e endometriose • Pólipos • Dispositivos intra uterino • Sinéquias uterinas (síndrome de Asherman) • Aderências • Congestão pélvica • Distopias uterinas • Dismenorreia membranácea • Hímem imperfurado • Septo vaginal • Estenose cervical • Retroversões uterinas/ retroflexões acentuadas • Hipoplasia • Anomalias anatômicas uterinas • Mioma: não dói, mas na menstruaçaõ a reação inflamatória é ↑, gerando cólica. ** menstruação membranácea (dismenorreia membranácea): endométrio cresce e fica espessado, soltando inteiro ao invés de descamar por parte. - Diagnóstico diferencial • Patologias gastrointestinais • Patologias genito-urinarias • Patologias neurológicas patologias musculoesqueléticas PERCEPÇÃO DA DISMENORREIA A percepção da dor pode variar entre as pacientes, mas primeiramente deve ser resolvida sua possível origem, para iniciar o tratamento. Depois pode classifica-la em algum espectro: • Maior tendência a ter: enxaqueca, fibromialgia, depressão e ansiedade • História familiar, tabus sobre menstruação, convivência com outras dismenorreicas. • Dismenorreia grave: anorexia, agitação agressividade, história de abuso sexual FATORES DE RISCO • Menarca precose • Primiparidade tardia 2 DISMENORREIA Nicoly Guimarães 71D • ↓ consumo de peixes, ovos e frutas • Fluxo menstrual abundante (>80ml) e de longa duração (>8 dias). FISIOPATOLOGIA Ao fim da fase secretora, com a diminuição da disponibilidade de estrogênio e, principalmente, progesterona tem mudança na liberação de fosfolípide e conversão na liberação aumentada da prostaglandina F2, que contrai o endométrio e, associado, tem o fechamento de vasos e isquemia. Algumas drogas, como o Misoprostol (indutor do parto) busca aumentar o tônus uterina, por contração do miométrio. PROPEDEUTICA • Anamnese e EF: excluir outras causas, identificar a dor no período de início e fim e caracterizar os sinais. • US pélvico (se queixa recorrente): buscar endometriose, mioma, adenomiose, etc. • Hemograma • Exame de urina • Vídeolaparoscopia TRATAMENTO - Medidas gerais (não farmacológico) • Modificações dietéticas: ômega 3 e vitamina E • Exercícios aeróbicos • Terapia psicológica. - AINE (inicia no 1º do fluxo ou logo que iniciarem os sintomas) Nível da cólica e remédios • 1º: dipirona e buscopan • 2º: ibuporfeno e naproxeno • 3º: ácido mefenamico, nimesulida, dicoflenaco • Dor incapacitante: piroxican, meloxica Nos primeiros três dias usa os mais leves, se não melhora vai usando os outros até o contraceptivo oral. - Manipulação hormonal • Dismenorreia primária: tratamento não farmacológico ou farmacológico (AINE e CO). o 1ª escolha: em mulheres que não desejam engravidar (contraceptivo) → tem uma camada endometrial menor, o que ↓ reação inflamatória e ↓ cólica. Pode ser cíclico ou contínuo. ▪ No caso de DIU deve ser o medicamentoso, porque o de cobre ↑ reação inflamatória. O medicamentoso faz atrofia do endométrio, diminuindo a sua espessura e liberação de prostaglandina. • Dismenorreia secundária: propedêutica e tratamento específicos. buscar por causas secundárias.
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