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24- Vitalidade fetal

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1 
Referência: aula da prof. Sabina Bastos 
Também pode ser chamado de bem estar fetal. 
Faz parte dos cuidados pré-natais de qualquer gestação. 
Na anamnese, com o simples interrogatório de 
movimentação fetal (MF), já avalia a vitalidade fetal. 
A percepção materna da movimentação do feto é 
um sinal tranquilizador, mas só é possível a partir de 16 a 
20 semanas. Desde a vida embrionária, o embrião começa 
a mexer, sendo que a mãe não consegue perceber. As 
primigestas só percebem mais tarde, depois das 20 
semanas. 
Indicações para avaliação da vitalidade fetal 
• Risco habitual: placentação adequada e um bom 
aporte de oxigênio para o feto, permitindo 
crescimento e vitalidade adequados. 
• Ausculta dos batimentos cardíacos fetais, 
medição da altura uterina e registro da 
movimentação fetal. 
• Nos casos com redução da movimentação fetal ou 
após 40 semanas, indica-se propedêutica 
ampliada, tendo grande relevância o perfil 
biofísico fetal, principalmente a cardiotocografia. 
• Gestação de alto risco: pode haver maior risco de 
placentação inadequada, ocasionando menor 
área de trocas materno-fetais, ou outras 
condições danosas ao compartimento 
intrauterino que restrinjam a oferta de oxigênio 
ao feto, necessitando avaliação da vitalidade fetal 
por métodos variados. 
Condições maternas que necessitam de propedêutica 
ampliada de vitalidade fetal 
 
Condições relacionadas à gravidez 
 
Principais testes de vitalidade fetal 
• Ausculta cardíaca 
• Mobilograma: contagem dos movimentos fetais 
• Cardiotocografia 
• Perfil biofísico fetal 
• Dopplervelocimetria ou perfil hemodinâmico fetal 
Mobilograma 
 Consiste no registro diário da movimentação fetal. 
Orienta a paciente a, após as maiores refeições, esperar 
um tempo e deitar, observando as movimentações 
durante uma hora. O normal é que tenham seis 
movimentações em uma hora. A vantagem é que isso não 
tem custo nenhum e a paciente pode fazer sozinha. 
Para a gestação de risco habitual, causa ansiedade 
sem melhorar o resultado perinatal. Esse método tem um 
valor muito importante para as pacientes diabéticas. 
Cada feto tem seu próprio ritmo, caso a gestante 
perceba mudança desse padrão, deve buscar serviço de 
saúde. 
Cardiotocografia (CTG) 
• Classificação 
o Cardiotocografia anteparto 
o Cardiotocografia basal 
o Cardiotocografia estimulada 
• Outra classificação para CTG: antenatal ou basal, 
intraparto. 
Esse exame consiste no registro da frequência 
cardíaca fetal, dos movimentos corpóreos fetais e das 
contrações uterinas. Está indicado a partir de 28-32 
semanas, porque antes disso o feto tem uma imaturidade 
do sistema nervoso autônomo, gerando muito falso 
positivo. 
É um exame que apresenta muitos falso positivos. 
 
2 
 
Pede para a mãe apertar esse pequeno eletrodo 
sempre que sentir o bebê mexer. Tem outro eletrodo que 
vai para o fundo do útero e outro que vai para o dorso 
fetal, que é por onde iremos registrar o BCF. Vai sair um 
papel registrando os BCFs, as movimentações fetais e as 
contrações uterinas. 
 
Esse exame apresenta alta sensibilidade e baixa 
especificidade. Ou seja, há elevadas taxas de falso positivo 
para detectar sofrimento fetal. Quando o bebê é mais 
prematuro, a chance de dar falso positivo é ainda maior. 
Pode alterar se o bebê estiver dormindo ou se a mãe não 
se alimentou adequadamente, por exemplo. 
A alteração desse exame expressa hipoxemia fetal. 
Parâmetros analisados 
• Alterações basais: linhas de base (FCF de base) e 
variabilidade. 
• Alterações transitórias: acelerações e 
desacelerações. 
1. FCF basal: linha de base 
• FCF média em 10 minutos: 110/120 a 160 bpm 
• Bradicardia (FCF < 110 bpm): hipóxia, bloqueios 
cardíacos, drogas. 
o É mais grave quando abaixo de 100 bpm 
• Taquicardia (FCF > 160 bpm): hipoxemia em fase 
inicial, arritmias, hipertermia, infecções 
ansiedade. 
o É mais grave quando acima de 180 bpm 
2. Variabilidade 
• Pequenas irregularidades – macro e micro 
oscilações da cardiotocografia: 10 a 25 bpm 
• Em 1 minuto, pega o maior e o menor valor. 
• Obs.: é definida entre 5 a 25 bpm pela FIGO e, pela 
classificação de Zugaih e Behle, entre 10 e 25 
bpm. 
 
2.1 Classificação 
• Tipo 0 (silenciosa): < 5 bpm; padrão terminal. 
• Tipo 1 (comprimida): diminuída; 5-10 bpm; 
hipóxia inicial ou sono. 
• Tipo 2 (ondulatória ou oscilatória): normal; 10-25 
bpm. 
• Tipo 3 (saltatória): aumentada; > 25 bpm; 
compressão de cordão umbilical ou movimento 
fetal excessivo. 
• Padrão sinusoidal: grave – interrupção urgente. 
 
3. Acelerações transitórias 
• Aumentos transitórios na FCF: mínimo 15 bpm, 
com duração > 15 minutos. 
 
3 
 
• Feto reativo: pelo menos duas acelerações 
transitórias. 
• Feto não reativo: sem aceleração em 40 minutos, 
podendo ser por imaturidade fetal, drogas, 
hipoxemia. Nesse caso, pode ser necessário fazer 
estímulo ou outros exames. 
4. DIPS ou desacelerações 
• Quedas transitórias na FCF: são reduções na FCF 
abaixo da linha de base, de mais de 15 bpm de 
amplitude e com duração superior e 15 segundos. 
• Não periódicos: sem importância clínica. 
• Periódicos: consequentes à contração uterina. 
 
 A imagem acima mostra, respectivamente, uma 
queda, que representa a desaceleração, e um aumento, 
que representa a contração uterina. A primeira 
desaceleração está coincidindo com a contração, já a 
segunda foi depois da contração. 
4.1 Tipos de desacelerações 
• Desaceleração precoce: DIP I 
• Desaceleração tardia: DIP II 
• Desaceleração umbilical: DIP III 
4.1.1 DIP 1, precoce ou cefálico 
• Contração uterina: estímulo vagal pela 
compressão do polo cefálico. 
• Coincide com a contração uterina. 
É um estímulo vagal comum de acontecer, então 
não representa sofrimento fetal. 
 
 
4.1.2 DIP 2 ou tardio 
Ocorre após o início da contração uterina, 
significando sofrimento fetal. 
• Queda de pO2 no espaço interviloso. 
• Início e retorno lentos à FCF basal 
• Hipóxia fetal: lembrar que hipóxia é no tecido e 
hipoxemia é no sangue. 
 
 
4.1.3 DIP 3 ou variável ou umbilical 
 É uma ação vagal em resposta à compressão 
funicular (do cordão umbilical). 
• Favorável: observa-se aceleração antes e depois 
do DIP. 
• Desfavorável: DIP grave (FCF < 60 bpm) – hipóxia. 
 
4 
Os fatores predisponentes são: circular de cordão, 
prolapso de cordão, inserção velamentosa de cordão, 
rotura de membranas e oligoâmnio. 
 
Classificação dos resultados - Índice Cardiotocométrico 
 
Classificação usada na prática 
 
Cardiotocografia estimulada 
 É feita no caso de o bebê estar dormindo. Assim, 
pode dar um lanche para a mãe ou coloca-la em decúbito 
lateral esquerdo. 
• Estímulo mecânico: movimentos laterais. 
o Reativo: pelo menos uma aceleração 
transitória. 
• Estímulo sonoro: faz com estimulador fetal 
Kobomed. 
o Polo cefálico: 5 segundos. 
Perfil biofísico fetal 
Da mesma forma da cardiotocografia, é reservado 
para as gestações de alto risco. Muitas vezes, faz como 
complemento em uma CTG alterada. 
 O sistema nervoso central reflete as atividades 
biofísicas fetais. 
Avalia parâmetros fisiológicos em 30 minutos: 
• Frequência cardíaca fetal: CTG 
• Movimentos corporais fetais: USG 
• Movimentos respiratórios fetais: USG 
• Tônus fetal: USG 
• Volume de líquido amniótico: USG 
Os quatro primeiros são itens que avaliam 
questões agudas do feto. Já o líquido amniótico está muito 
relacionado com sofrimento fetal crônico. 
Metodologia 
• Idade gestacional: 28 semanas. 
• CTG: até 30 minutos 
• USG: até 30 minutos. 
• Pontuação: 2 (normal) ou 0 (anormal) 
A hipoxemia leva à perda progressiva das 
atividades reflexas fetais de forma inversa à ordem de 
desenvolvimento do concepto. 
Na embriogênese, o primeiro que aparece é o 
tônus, depois o movimento fetal, os movimentos 
respiratórios e a reatividade da FCF, que é o mais sensível 
à hipóxia. As alteraçõesacontecem de forma inversa ao 
que aparece primeiro. Dê um jeito de decorar isso. 
O que é normal? 
• Movimento respiratório: ≥ 1 episódio ≥ 30 
segundos de duração. 
• Movimento fetal: ≥ 3 movimentos fetais discretos 
ou 1 de MMII. 
• Tônus: ≥ 1 movimento de flexão/extensão ou 
abrir/fechar mãos. 
• Líquido: maior bolsão ≥ 2 ou ILA. 
 
 
5 
A imagem anterior mostra o ILA, que é a medição 
do maior bolsão de cada quadrante. 
 
O movimento respiratório fetal é bom de ver na 
CA (circunferência abdominal), em que se olha a 
barriguinha fetal abrindo e fechando. 
 
Classificação 
 
Pontuação: até 10. 
 
 
• Falso positivo: prematuridade extrema, drogas 
sedativas, hipoglicemia, sono fetal, infecção 
amniótico.

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