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Paralisia Braquial Obstétrica PBO UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP Manaus 2020 DEFINIÇÃO A paralisia braquial obstétrica (PBO) é uma lesão, que acomete o membro superior de recém-nascidos causada pelo estiramento de uma ou mais raízes do plexo braquial. Outras nomenclaturas encontradas: Paralisia Braquial Perinatal (PBP) Paralisia neonatal do plexo Braquial (PNPB) PLEXO BRAQUIAL O plexo braquial é composto pelos ramos anteriores dos nervos espinhais de C5 a T1, cujas raízes nervosas são responsáveis pela inervação sensitiva e motora do membro superior. Diabetes gestacional ou pré-gestacional Asfixia Perinatal Erro médico* DO Distócia do ombro Parto Pélvico com hiperextensão de cervical Fatores associados Fetos macrossômicos Uso de Forceps* No momento há evidências indiretas que estabelecem que as forças propulsoras maternas (endógenas) podem ser a causa mais provável da paralisia do plexo braquial no nascimento, nos partos sem DO e crianças com peso < 4.000g. A PBO também pode ter origem intraútero, genética, ou postural. Incidência 1 a 3:1.000 nascidos vivos Quadro Clínico Sintomas variam de acordo com grau da lesão. Atrofia/hipotrofia Fraqueza muscular Perda sensório-motora Contraturas Redução de movimentação Deformidades Compensações CLASSIFICAÇÃO GRAVIDADE DA LESÃO NEUROPRAXIA AXONOTMESE NEUROTMESE COMPONENTES DO PLEXO LESIONADOS C5-C6 (C7) ERB-DUCHENNE C8-T1 KLUMPKE C5-T1 ERB-KLUMPKE Paralisia de ERB DUCHENNE “gorjeta de garçom” “ Sinal de corneteiro” Mais comum 80-90% dos casos Paralisia da alta porção média do Plexo MS em adução, rotação interna, extensão do cotovelo e pronação. Movimentos de punho e mão são conservados. Paralisia de KLUMPKE Paralisia baixa-Tronco Inferior do PB Lesão rara de 2-5% Pior prognóstico Conservação dos músculos do ombro e cotovelo Déficit de flexão de punho e movimento dos dedos Ausência do reflexo de preensão Paralisia de ERB KLUMPKE “Braço de boneca de pano” Paraisia de todo membro superior Dedos em garra Perda de sensibilidade Lesão em C4: Desconforto respiratório pela lesão no Nervo frênico e diminuição do ângulo costofrênico. Lesão em T1: Envolvimento da cadeia simpática –Sd; de Horner( miose, ptose e onidrose) Classificação de Narakas Diagnóstico Prognóstico Clínico Exame radiológico Eletroneuromiografia A maioria dos casos apresenta recuperação espontânea entre os 3-4 meses de idade Extensão e gravidade influenciam Lesões do plexo superior são menos graves Nas paralisias totais o prognóstico não é bom Prognostico ruim em casos de não recuperação da função antigravitacional da bíceps entre os 3 -6 meses de idade Avaliação funcional de Mallet e escala de Toronto Tratamento Conservador: de 1 a 3 meses, período de observação Até a 2ª ou 3ª semana enquanto o hematoma persiste em torno do plexo, o membro superior deve ser mantido em repouso com enfaixamento junto ao tórax. Imobilização gessada ou gesso em posição de “estátua da liberdade ou esgrimista” Tratamento dinâmico: inicia na 3ª semana com manipulação articular do ombro e cotovelo, pelos pais orientados por fisioterapeuta. Eletroterapia - Estimulação elétrica é controversa, mas sabe-se que se não estimular o plexo após 2 anos de desenervação nada restará de recuperação. A FES tem sido utilizada para 3 propósitos: *Aumentar a força dos m. desinervados *Bombardear os centros de retorno musculo cutâneo contribuindo para a percepção muscular e sensorial * Reduzir a dor Cirúrgico : Indicações: * Ausência de recuperação do bíceps(até 3m) *Escala de Toronto <3,5 *Plexopatia total com S.Horner A fisioterapia deve prosseguir até a maturidade esquelética, salvo se recuperação completa Referências Coelho, B. B. C. P., de Oliveira Rocha, L., & Guimaraes, É. M. F. (2013). Abordagem fisioterapêutica em criança com paralisia braquial obstétrica utilizando terapia de contenção e indução do movimento. Ciência & Desenvolvimento-Revista Eletrônica da FAINOR, 6(2). Lopes, P. C., Peixoto, Y. K. M., Chequer, L. N. B., Matiles, R. S., & Leite, S. A. (2019). PARALISIA BRAQUIAL OBSTÉTRICA: ASPECTOS ANATÔMICOS EM UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA. Anais do Seminário Científico do UNIFACIG, (5). Galbiatti, J. A., Cardoso, F. L., & Galbiatti, M. G. P. (2020). Paralisia obstétrica: De quem é a culpa? Uma revisão sistemática de literatura. Revista Brasileira de Ortopedia, 55(2), 139-146. Ribeiro PR, Sparapani FV. Paralisia obstétrica do plexo braquial. Rev Bras Neurol Psiquiatr. 2014;18(2):148-55 http://www.traumatologiaeortopedia.com/
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