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37
História da Idade Moderna
1º TESTE FORMATIVO
1. Refira-se aos principais materiais utilizados pelo homem do século XVI na construção da sua
habitação, distinguindo entre a habitação do campo e a da cidade e entre a casa rica e a casa pobre.
R: De referir o predomínio da madeira sobre a pedra ou tijolo, na cidade da Europa central e do
norte; na Europa ocidental, predominava o tabique, isto é, a madeira e o adobe; a cobertura era de
colmo ou de telha. Na cidade, a casa pobre era uma casa térrea, constituída por dois
compartimentos. A casa burguesa� cresce em altura, havendo uma parte térrea, constituída pela
loja ou oficina no rés-do-chão, residência do mestre no andar de cima e, no alto, os quartos dos
operários. No campo, o habitat, onde a terra batida salvo raras excepções constitui o piso das
habitações, associa estreitamente homens com animais.
2. �Em consideração às possibilidades que têm os homens de vencer as distâncias, a Europa é dez
vezes mais vasta para os homens do século XVI do que o é para nós�.
Explicite o significado desta afirmação de André Corvisier, tendo em conta os principais meios de
transporte.
R: Apesar de uma certa melhoria do transporte terrestre durante o fim do século XV e princípios do
século XVI � quando se assiste a uma �encurtamento do espaço europeu� � o homem de
Quinhentos teve na navegação de cabotagem, conjugada com a fluvial e a oceânica o meio mais
rápido, mais seguro e mais económico de se deslocar. As dificuldades maiores prendiam-se com as
estradas, frequentemente intransitáveis e pouco seguras.
3. Leia, atentamente, a afirmação que se segue: �De nenhuma produção do espírito humano
podemos estar tão orgulhosos, nós alemães, como da invenção da imprensa. Ela trouxe-nos (�)
todos os conhecimentos da Terra e proporcionou-nos o espectáculo da Humanidade inteira. Através
da imprensa, uma nova vida se espalha entre todas as classes da sociedade. Quem não deseja
reconhecidamente agradecer ao fundador e promotor desta arte? (�) Como outrora os apóstolos do
Cristianismo se espalharam pelo mundo, assim os jovens impressores expandem agora a nova arte
da Alemanha por todos os países. E os seus livros impressos são (�) os arautos da verdade e da
ciência	 Jacob Wimpheling, Acerca da Arte de Imprimir, 1507.
Exponha o significado do aparecimento do livro impresso, relevando o seu contributo para a
renovação da vida intelectual no século XVI.
R: O progresso da tipografia é um problema extremamente complexo, na charneira das actividades
técnicas, intelectuais, económicas, religiosas e políticas. Sem se envolver na longa e viva polémica
que o assunto tem despertado, o aluno deveria referir que a imprensa serviu o humanismo dando a
conhecer a um maior número de pessoas os autores antigos e as obras contemporâneas. Na
verdade, as obras dos humanistas assumem um lugar importante, tendo tido as de Erasmo, por
exemplo, tiragens de várias centenas de milhares de exemplares, no decorrer do século XVI.
4. Analise a importância do período florentino da Renascença italiana, destacando as principais
consequências para a arte.
R: O círculo de artistas que, em torno de banqueiros, do governo da cidade (a senhoria) das
igrejas e dos conventos mas, sobretudo, dos Médicis 
 primeiro de Cosme, de 1430 a 1460 e,
depois, do seu neto Lourenço, o Magnifico, até 1492 
 fizeram de Florença o centro de maior
envergadura na Renascença italiana (mas havia igualmente outros centros artísticos como Pádua,
as cortes de Remini, Ferrara, Mântua, Urbino e, durante a segunda metade do século, a corte
pontifícia de Roma). O período florentino da Renascença é um período voltado inteiramente para
as pesquisas, em que os artistas reencontram a perspectiva, e se libertam dos tabus da Idade
Média, sendo o nu e os temas pagãos vistos de outro modo.
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5. Discrimine, de forma sistemática, a pluralidade de causas religiosas, morais, económicas, sociais
e políticas que estiveram na origem da Reforma.
R: Causas religiosas: - a angústia do homem do final da Idade Média, perante o pecado e a morte;
- a individualização da religião e o misticismo; - os movimentos contestatários de Roma que
rejeitavam a tradição católica e afirmavam o primado da Bíblia, como fundamento da fé,
aplicavam a metodologia crítica aos textos sagrados e permitiam a livre interpretação destes,
independentemente dos conhecimentos teológicos dos fiéis, mas permaneciam submissos à Igreja; -
a importância do pensamento erasmiano entre os humanistas e os críticos.
Causas morais: - a dissolução dos costumes do clero, em toda a sua hierarquia; - a indistinção
entre o político e o religioso, entre as hierarquias eclesiásticas.
Causas económicas, sociais e políticas: - o crescente desenvolvimento económico da burguesia e
do capitalismo comercial; - empobrecimento do mundo rural, devido aos maus anos agrícolas e às
fomes, gerador das revoltas dos camponeses contra a miséria, na Europa central; - a expansão nas
diversas camadas sociais do eramismo; - a fragmentação política, em principados e senhorios
eclesiásticos, do Sacro Império que não permitia uma centralização forte do poder imperial
perante o fisco pontifical, como a colecta das indulgências.
6. Caracterize a organização política da monarquia inglesa nas vésperas do Acto de Supremacia
(1534).
R: O reino da Inglaterra compreendia a Inglaterra e o País de Gales, aos quais se unia,
teoricamente, a Irlanda, na verdade apenas uma faixa costeira ao norte de Dublin, o Pale, onde o
rei era representado por um lorde-lugar-tenente. O rei estava rodeado do Conselho privado,
composto de um pequeno número de altos dignitários: chanceler, tesoureiro, guarda do selo
privado, e de algumas pessoas por ele convocadas. Nos condados, equivalentes aos bailiados, o
xerife entregara vários poderes ao juiz de paz, gentil-homem da região que recebeu uma comissão
do rei. Três grandes tribunais tinham sede em Westminster: a Corte de Audiências comuns
(negócios cíveis), o Banco do rei (negócios criminais) e o Tribunal de Apelação (negócios
financeiros).
7. �Na verdade, a expansão concentrou-se, no fim do século XVI, na Inglaterra e na Holanda�.
Comente esta afirmação de André Corvisier, comparando a evolução económica dos dois países.
R: O mapa económico da Europa foi profundamente modificado a partir de 1559-60. Enquanto o
mundomediterrâneo empobrece 
 �O Mediterrâneo, por 1500, era um mundo de si próprio, era o
centro de economia-mundo de então� -, a Inglaterra e a Holanda, graças aos recursos da pesca e
às actividades marítimas, puderam alimentar uma população em contínuo crescimento.
Possuidores de uma boa moeda, progridem paralelamente. A Inglaterra conhece, após as revoltas
religiosas de 1545-1560, uma paz interna. A Holanda, conquista o comércio do Báltico,
conseguindo ainda impedir o acesso ao porto de Anvers (Antuérpia). Foi o triunfo de Amesterdão
que cria a sua Bolsa em 1609. Ali era fixado o curso dos cereais do Báltico e dos principais
géneros coloniais. As vias de comércio inflectiam para Leipzig, Hamburgo e Dantzig.
8. Caracterize as duas fases em que se desenrolou a rivalidade bélica anglo-espanhola, entre 1562 e
1603.
R: O aluno deveria referir uma guerra latente (1562-1585) e uma guerra aberta (1585-1603).
FIM
2º TESTE FORMATIVO
1. Enuncie as principais reformas realizadas durante o reinado pessoal de Ivan IV, o Terrível.
R: De entre as reformas realizadas por Ivan IV, temos de destacar as seguintes: - estabelecimento
do primeiro nobiliário de famílias nobres (boiardos), ficando a hierarquia social estabelecida pela
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ligação destas famílias à família real de Moscovo; - os grupos sociais estavam definidos em
relação às funções que cada um preenchia junto do czar; - a duma dos boiardos (o conselho) e a
assembleia nacional sofreram um apagamento durante o reinado de Ivan IV.
2. Refira-se às razões do lugar de destaque ocupado pelo Banco de Amesterdão na economia das
Províncias Unidas.
R: O Banco de Amesterdão, fundado em 1609 como banco de câmbio e de depósito, tornara-se de
facto um banco de crédito. O seu movimento de negócios era espectacular. Inspirando uma
confiança absoluta, os seus títulos comerciais eram aí negociados por homens de negócio de todos
os países e de todas as confissões.
3. �O infortúnio de Olivares foi ter a enfrentá-lo o Cardeal de Richelieu. Sob a direcção desses dois
homens, a Espanha e a França empenharam-se numa luta implacável perturbando profundamente os
dois países pelos sacrifícios exigidos, suscitando revoltas e guerras civis�.
Analise, à luz desta afirmação de André Corvisier, o movimento restaurador de 1640 em Portugal.
R: No duelo franco-espanhol, personificado por Olivares e Richelieu, aquele apoiaria todos os
adversários de Richelieu e este, por seu lado, encorajou a revolta da Catalunha e a de Portugal.
Não será de estranhar que foi a França o primeiro país onde D. João IV mandou um embaixador,
facto que teve origem nas tentativas feitas, antes da revolta de 1º de Dezembro, pelo cardeal de
Richelieu, que recorrera a todos os esforços para levar Portugal a revoltar-se, aliviando assim a
pressão espanhola nos Pirinéus e na Flandres.
4. Apesar da Inquisição e de nele ter tido origem a sua decadência, a Espanha viveu no século XVII
o seu �século de ouro�. Indique cinco dos nomes que então mais se destacaram na cultura e nas
artes.
R: Lope de Veja; Tirso de Molina; Góngora; Murillo;Velasquez
5. �No começo do século XVII a ciência escorou-se em instrumentos novos de observação e de
cálculo�. Partindo desta frase de André Corvisier, refira-se sumariamente ao despertar do espírito
científico no século XVII destacando as contribuições de Tycho Brahe, Kepler e Galileo Galilei.
R: Os progressos científicos do século XVII levariam o homem a corrigir a sua concepção do
Universo e a conhecer o papel nele desempenhado. Este despertar do espírito científico liga-se a
importantes progressos da ciência moderna que se escorou em instrumentos novos de observação e
de cálculo, onde se destacou a obra de génios poderosos como Tycho Brahe (1546-1601), Kepler e
Galileu. O primeiro elaborou um catálogo de estrelas de uma precisão nunca antes atingida.
Kepler utilizou as observações de Tycho Brahe � com quem privou nos últimos 18 meses da vida
daquele � pesquisando as leis do movimento dos planetas, traduzindo-as em linguagem
matemática. Galileu, por seu lado, aplicou-se ao estudo da queda dos corpos e do pêndulo, tendo
contribuído largamente para os progressos da mecânica, da astronomia e da metodologia
científica.
6. Comente a seguinte afirmação de André Corvisier, a propósito da África no século XVII: �a
expressão as Africas seria, no tocante à população, tão justificada como a das Américas�.
R: Deveria referir: uma África branca muçulmana; uma imensa África negra bastante
diversificada invadida ao norte e a leste por influências árabes e, em menor grau a oeste, por
influências europeias; uma África cristã nos planaltos da Abissínia e no alto Nilo; uma nova
Europa em vias de formação na extremidade meridional do continente.
7. André Corvisier fala, a propósito da presença dos europeus na Índia, de �uma verdadeira
talassocracia portuguesa que foi fundada por alguns chefes enérgicos, destacando-se entre eles
Albuquerque�. Explique a razão de ser desta afirmação.
R: De facto a posse dos mares do Oriente receberia com o Vice-Rei Afonso de Albuquerque uma
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nova feição. Logo ao entrar no Índico com a sua armada (ainda sob o vice-reinado do seu
predecessor, D. Francisco de Almeida) dava início a esse objectivo: isto é, prosseguir a acção
iniciada pelo seu antecessor nas bocas do Mar Vermelho, e alargá-la ao Golfo Pérsico, pontos de
primeira importância para a estratégia do domínio português no Oriente. Conquistada Malaca (em
1511) metia-se mão sobre toda a navegação do e para o Extremo Oriente. Ao findar o seu vice-
reinado, as principais chaves do Oriente estavam nas mãos dos portugueses, com o controle se não
total dos mares pelo menos das rotas e pontos estratégicos nevrálgicos fundamentais e lançados os
alicerces de um domínio territorial sede de um governo e administração central � praticamente
autónomo e quase soberano: um verdadeiro Estado português no Oriente.
8. Mostre o impacto da conquista espanhola na evolução demográfica do continente americano.
R: A população de um continente jamais recebeu um choque semelhante ao que sentiram os
indígenas em regiões imediatamente conquistadas pelos espanhóis. Os índios, que eram forçados a
trabalhar, pouco modificaram os seus métodos de cultura, mas não puderam, como no passado,
consagrar uma importante parte das suas actividades à criação de animais, à caça e à pesca.
Dessa maneira, a subalimentação reinou de forma endémica. Habituados a esforços violentos, mas
descontínuos, os índios não suportaram as minas, onde muitos morreram de esgotamento. A
mudança brusca das condições de vida agravou os efeitos de um fenómeno constante na época,
cujo primeiro contacto era o intercâmbio de doenças. A miscigenação de populações acarretou a
disseminação da sífilis nos locais de plantações onde se tornou endémica. Por fim, ao que parece,
nos lugares em que estavam em contacto permanente com os europeus, os índios perderam o gosto
de viver. O resultado foi a derrocada numérica e moral da população.
FIM
3º TESTE FORMATIVO
1. Refira-se aos principais esforços realizados na França de Luís XIV para encorajar as actividades
artísticas e literárias.
R: Deveria referir alguns dos seguintes pontos:
- 1661 é criada a Académie Royale de Danse;
- 1663 é instituída uma lista de pensões para os escritores;
- 1664 a Académie Royale de Peinture et Sculpture recebe os seus estatutos e em definitivo
organizam-se salões periódicos a partir de 1667;
- 1665 Luís XIV apoia a publicação do Journal dês Savants;
- 1666 Academia das Ciências;
- 1666 Academia de França em Roma;
- 1669 Académie Royale de Musique que será dirigida por Lully entre 1672 e 1687;
- 1671 o rei torna-se protector da Academia Francesa;
- 1671 Académie Royale d�Architecture;
- 1680 Criação da Comédie Française.
2. Caracterize as três principais correntes surgidas em França como consequência da acção do
Espírito Novo sobre as Ideias Políticas.R: Corrente anglomaníaca. Tem como propagadores os escritores que viveram na Inglaterra,
como Voltaire, Montesquieu e o abade Prévost. Dessa forma penetraram as ideias expressas por
Locke no seu Tratado sobre o Governo Civil: contrato social, soberania do povo, tolerância
religiosa, condenação do papismo e da monarquia de direito divino, difundidos por Voltaire nas
Lettres anglaises;
Corrente aristocrática. Originada por Fénelon e no círculo do duque da Borgonha que sonha com
a volta da monarquia absoluta tal como existia antes de Richelieu, temperada pelos Estados
Gerais, corrente movida por um vivo sentimento de reacção nobiliária, hostil a Luís XIV, ao seu
governo tirânico de funcionários, às suas guerras. Daí o carácter liberal e pacifista dessa corrente;
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Corrente monarquista burguesa que se manifesta no sentido inverso. Com Dubos justifica a
monarquia não pelo direito divino, mas pelos serviços que prestou à nação. É portanto um sistema
político positivo e utilitário, apto a aproveitar a possibilidade de efectuar todas as reformas
razoáveis. Será a corrente de Voltaire e inspirará mais tarde os enciclopedistas.
3. Enuncie as principais transformações do estado e da sociedade russa promovidas por Pedro, o
Grande (1699-1717).
R: A transformação mais visível do Estado Russo foi a criação de uma capital (São Petersburgo)
afastada das tradições e do meio russo, artificial, mas suficientemente bem situada e concebida
para ter podido, em alguns casos, suplantar Moscovo.
Refira-se ainda que o governo central foi profundamente modificado. A duma dos boiardos é
substituída em 1711 pelo senado que, uma década mais tarde, passou a ser fiscalizado por um
procurador-geral dependente do czar. A administração local, por seu lado, distribui-se entre onze
governos que agrupavam um total de cinquenta províncias.
De referir, ainda, que Pedro, o Grande, se serviu do exército � reorganizado em 1716 � e da Igreja
como meios de acção. Realizou uma importante reforma fiscal, baseada nos exemplos austríaco e
francês, tendo a base de imposto sido uma capitação que obrigou a um recenseamento geral da
população.
Sob o reinado de Pedro, o Grande, prosseguiram as transformações sociais que beneficiavam a
nobreza. A hierarquia nobiliária estabeleceu-se em princípio segundo as funções assumidas e não
conforme o nascimento ou fortuna pessoal.
Pedro-o-Grande foi também um pioneiro num outro domínio. Não considerava os altos cargos
públicos como reservados de direito aos membros da nobreza. O czar colocava a competência
acima da origem social, um princípio para cuja aplicação, na Europa Ocidental, haverá que
esperar pela Revolução Francesa. Na Rússia de Pedro I, um soldado podia tornar-se general e um
moço de cozinha grande-marechal da corte. Logo que um soldado ou moço de cozinha atingiam um
certo escalão na sua carreira militar ou doméstica eram imediatamente passados para a classe
nobre. Empenhou-se em desenvolver a indústria russa no espírito do mercantilismo.
Pedro, o Grande, tomou várias medidas para fazer progredir o comércio, a indústria e as
comunicações: concretamente contratando especialistas estrangeiros para pesquisarem ouro e
prata e criarem novas indústrias. Contudo, a população conservou-se maioritariamente rural
(97%), obrigada ao tributo (barchtchina), sobretudo nas regiões pouco povoadas do Norte, ou às
contribuições anuais (obrok).
4. Analise o fenómeno do crescimento da população inglesa, entre 1700 e 1800, destacando as
principais consequências que as novas necessidades suscitam.
R: Entre 1700 e 1800 há um crescimento da população inglesa e europeia, de tal modo que,
segundo alguns autores, se poder dizer que no século XVIII, em simultâneo com as revoluções
agrícola e industrial, houve � ou, pelo menos, teve início � também, uma revolução demográfica.
As novas necessidades que este saldo fisiológico provoca � ou, o problema central da época -,
prendem-se com o alimentar, vestir e empregar, mas também, transportar, abastecer de água,
albergar e instruir gerações de crianças em número muito superior aos tempos anteriores.
Para responder a estas necessidades, T. S. Ashton fala dos novos instrumentos de produção e novos
métodos de dirigir a indústria enquanto outros autores destacam, como principais consequências,
as inovações tecnológicas nomeadamente nos transportes e nas actividades produtivas.
A população inglesa passa de 5.835.000 habitantes em 1700 para 8.216.000 em 1790, 12.000.000
em 1820 e quase 18.000.000 em 1850.
5. Identifique os inventos de Hargreaves, Arkwright e Crompton que foram tão importantes para a
indústria têxtil se tornar o leading sector da Revolução Industrial inglesa.
R: Hargreaves � jenny (1767)
Arkwright � waterframe (1768)
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Crompton � mule (1778)
Foi na indústria têxtil que se deu uma transformação mais rápida. Já se haviam verificado
importantes modificações na fiação e já se havia resolvido o problema da falta de fio, que tanto
tinha atrasado o desenvolvimento da tecelagem. Entre 1764 e 1767, James Hargreaves,
carpinteiro-tecelão em Blackburn, inventava uma simples máquina manual chamada jenny, por
meio da qual uma mulher podia fazer, ao mesmo tempo, seis ou sete fios; mais tarde, ia até oitenta
fios.
A jenny era tão pequena que podia ser instalada numa casa de habitação; também era tão barata e
não exigia grande esforço para ser posta a funcionar. Em consequência disso, adaptou-se
perfeitamente ao equipamento próprio da indústria doméstica; e, desde que a fiandeira podia
agora produzir a par com o tecelão, o efeito foi fortalecer, mais do que enfraquecer, a economia
familiar. O fio fiado pela jenny era, porém, macio, só utilizável para a trama; a urdidura tinha
ainda de ser fiada à mão, até que, directamente ligada à invenção de Hargreaves, surgiu uma outra
ligada ao nome de Arkwright. Ajudado por um fabricante de relógios de Warrington, John Kay,
fabricou, em 1768, o �bastidor�, que patenteou no ano seguinte.
O produto era um fio forte, ainda que um tanto áspero e encordoado, utilizável para a urdidura e
menos caro do que o linho, geralmente usado para o efeito. Foi com a produção dessas chitas
baratas, inteiramente de algodão, que se desenvolveu a primeira fase da revolução industrial.
Ao contrário da jenny, o bastidor necessitava de maior energia do que a força humana e, por isso,
foi logo, desde o início, instalado ou em moinhos, ou em fábricas. Após experiências em pequenas
instalações onde se utilizava a força de cavalos, Arkwright procurou o apoio dos fabricantes
abastados Samuel Need, deNottinham, e Jedediah Strutt, de Derby. Em 1771 montou, em Cromford,
uma grande fábrica movida a água, segundo parece, com modelo nas fábricas da seda de Lombe,
em Derby; dentro de pouco tempo, dava emprego a cerca de 600 trabalhadores, a maior parte
crianças. Depressa se verificou que os antigos métodos de cardagem já não podiam fornecer
matérias-primas em quantidade suficiente para fazer face ao trabalho dos fiandeiros; e em 1775,
reunindo as ideias de outros e acrescentando-lhes a manivela e o pente, Arkwright registou uma
patente para cardagem por cilindros. TRal como a fiação por tambores, esta máquina exigia uma
energia que não a humana; assim, tornou-se corrente fazer as duas operações lado a lado na
fábrica.
Por meados dos anos 80, a situação voltou a alterar-se, com outra novidade na fiação. Depois de
sete anos de experiência na sua «câmara de feitiçaria», um tecelão de Bolton, Samuel Crompton
(1753-1827), conseguiu fabricar um fio fino, forte e utilizável tanto na trama como na urdidura e
adaptado à fabricação de toda a espécie de têxteis, mas especialmente para tecidos finos, até então
importados do Oriente como artigo de luxo. A máquina tinha elementos tanto da jenny como do
bastidor movido a água e, em virtude da sua origem híbrida, veio a ser conhecida pelo nome de
«mula». Não se fez qualquer registo de patentetalvez porque os termos amplos em que havia sido
concedida a patente a Arkwright o não permitiam. Quando, em 1780, ambas as patentes de
Arkwright foram finalmente canceladas, abriu-se o campo à livre iniciativa. No mesmo ano, a
máquina a vapor de Watt era, pela primeira vez, aplicada à fiação por tambores e depois de 1790,
quando a energia a vapor foi aplicada a fazer mover as «mulas», tornou-se possível construir
grandes fábricas em cidades. Não quer isto dizer, porém, que as fábricas do campo declinassem:
pelo contrário, o seu número aumentou sempre até cerca do fim da primeira década do século XIX
! isto porque as máquinas movidas a água tinham menor vibração do que as máquinas a vapor e
eram, portanto, melhores para fiar fios delicados.
6. Mostre a originalidade do pensamento de J. J. Rousseau referindo duas razões da sua imensa
influência nos contemporâneos.
R: A originalidade do pensamento de Rousseau consistiu em reunir num corpo de doutrinas
elementos conhecidos, porém diversos: ideia do bom selvagem, direitos naturais e filosofia
protestante, corrente sentimental. - Rousseau tomara o lado contrário dos Filósofos. Rousseau
utilizava temas familiares em relação aos espíritos esclarecidos. Dando-lhes outra inspiração,
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voltava-se contra os filósofos; - Rousseau preenchia os vazios que o classicismo e as "Luzes#
tinham deixado ocos. Graças ao seu estilo oratório de predicador, reintroduzia a eloquência e o
lirismo. Reabilitava o sentimento religioso entre os homens que tinham permanecido sensíveis aos
hábitos religiosos.
7. Leia, atentamente, a afirmação que se segue: $A França e a Inglaterra não são as únicas que
atraem a atenção da Europa esclarecida. Desde 1740, a elevação ao trono da Prússia de um
soberano filósofo oferece um novo tipo de governo que, do mesmo modo que o governo da
Inglaterra, conta com os favores dos espíritos conquistados às %Luzes&. Trata-se do despotismo
esclarecido. Frederico II terá émulos em numerosos países onde soberanos e ministros tentam com
maior ou menor convicção, tenacidade e felicidade, adaptar alguns princípios novos a Estados de
condições sociais e políticas diferentes'.
R: No seguimento desta afirmação de André Corvisier, refira outras tentativas de despotismo
esclarecido nos estados europeus.
- Os triunfos do despotismo esclarecido na Prússia e Rússia;
- As tentativas parciais de despotismo esclarecido nos estados mediterrânicos, nos estados
italianos, em Espanha e Portugal;
- Também nos países da Europa do Norte e na Holanda, na Polónia e o caso da Áustria.
8. Enuncie os particularismos e os factores de união existentes nas treze colónias inglesas da
América, em 1763.
R: Particularismos:- Pluralidade étnica; - Diversas confissões religiosas; - Diferença norte/sul; -
Oposição entre as populações urbanas e os pioneiros.
Factores de união ou traços comuns: - Uso da língua inglesa; - Prestígio do ensino (nomeadamente
das universidades); - Numerosas bibliotecas; - Importante sector editorial; - Respeito pela Coroa e
Parlamento.
FIM
TESTE FORMATIVO I
1. Diga, sinteticamente, o que entende por Antigo Regime.
R: Em sentido restrito, designa-se genericamente por Antigo Regime a história dos três séculos
(XV-XVIII) que precederam a Revolução Francesa de 1789.
2. Leia, atentamente, a afirmação que se segue: (Depois de um longuíssimo período de
temperaturas médias, relativamente brandas, a Europa conhece, na segunda metade do século XVI,
uma tendência para o resfriamento que se prolonga até ao meio do século XIX). Indique dois
índices para o conhecimento dessa *pequena idade glacial) acessíveis aos historiadores de hoje.
R: As crónicas dos contemporâneos./ Os anéis de crescimento das árvores
3. Identifique os dois acontecimentos que, segundo André Corvisier, devem ser assinalados como os
mais determinantes da história da Europa nos Tempos Modernos e justifique a importância desses
eventos.
R: 1492 / Cristóvão Colombo / Descoberta da Madeira
1498 / Vasco da Gama / Caminho marítimo para a Índia
A descoberta da América e do caminho marítimo para a Índia são momentos culminantes de um
caminho iniciado nos finais do século XV quando entram em contacto mundos que até então se
tinham ignorado inteiramente.
4. Indique um outro acontecimento como possível ponto de partida dos Tempos Modernos e
justifique a sua opção.
R: 1447 / Gutemberg / Impressão em caracteres móveis Gutemberg (1400-1468), ao inventar ao
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mesmo tempo os caracteres móveis agrupados e o prelo, cria a imprensa no Ocidente.
5. +Pode-se, assim, falar, apesar de seus contactos frequentes, de humanismo francês, alemão,
inglês, espanhol e dos Países Baixos,. Comente a afirmação de André Corvisier, mostrando porque
não houve humanismo na Europa mas humanismos.
R: Ao lado de traços comuns - como um grande optimismo em relação à natureza humana que
pensavam que pudesse aproximar-se da perfeição - algumas diversidades regionais - diferentes
graus de interesse pela forma e pelo estilo; diversos graus de crença no latim ciceroniano; a
multiplicação das traduções originais que contribuem para a renovação das línguas nacionais e,
em consequência, para o despertar dos nacionalismos e, ainda, o culto dos heróis nacionais
ligados à Antiguidade . desenvolvem-se em toda a parte e acentuam-se constantemente e,
sobretudo, a partir do decénio de 1520 a 1530.
6. Procure recolher informações sobre o destacado humanista português que foi Damião de Góis.
Depois, elabore uma pequena biografia fixando os grandes personagens humanistas com quem
contactou no estrangeiro e os locais que aí visitou e ressaltando como Damião de Góis foi um
verdadeiro traço de união entre Portugal e a Europa culta do século XVI.
R: Damião de Góis (1502-1574) privou com personagens humanistas de grande prestígio, como
Erasmo de Roterdão, Dürer / que o retratou -, Melanchton e Jacopo Sadoleto, entre muitos outros.
A partir de 1529 percorreu a Europa, conhecendo vários países/regiões, como, por exemplo: a
Alemanha, Flandres, Holanda, Báltico, Dinamarca, Polónia, Lituânia, Itália tendo visitado ou
vivido em cidades como Lovaina, Paris,
Antuérpia (Anvers), Lueck, Nuremberga, Vitemberg, Friburgo, Basileia, Pádua, Veneza e Roma
entre outras.
Foi um verdadeiro traço de união entre Portugal e a Europa culta do século XVI ao ligar, como
viajante, epistológrafo, diplomata e funcionário régio espaços e pessoas marcados pelo humanismo
sendo, na verdade, o exemplo quinhentista do homem que transborda de simpatia para com os
homens de todas as raças e de todos os credos.
7. Enuncie os princípios fundamentais do calvinismo
R: - A revelação encontra-se nas Escrituras (Antigo e Novo Testamento); - A predestinação; - A fé
é fonte de salvação; - O baptismo e a ceia são testemunhos da raça de Deus, mas não fonte de
graça divina.
8. Refira as razões que terão levado o historiador J. U. Nef a falar da existência de uma primeira
revolução industrial nos séculos XVI-XVII (1550-1560), indicando as regiões da Europa que lhe
serviram de palco.
R: Alguns progressos verificados em certas áreas 0 como, por exemplo, a metalurgia, mas também
a química, a tinturaria (em especial relacionada com a indústria têxtil) e a construção naval 0
levaram Nef a falar de uma primeira revolução industrial que teve lugar na zona de Liége
(Bélgica), na Suécia e, sobretudo, na Inglaterra.
9. Identifique a principal razão da sublevação de Évora de 1637, também conhecida como
Alterações de Évora ou Revolta do Manuelinho.
R: As Alterações de Évora (1637) tiveram como propósito fundamental o protesto contra a
crescente carga tributária determinada, imediatamente, pelas dificuldades das finanças
espanholas.
10. Enuncie as causas de outras graves revoltas populares que marcaram a primeira metade do
século XVII europeu.
R: A generalidade das convulsões sociais da primeira metade do século XVII assentou não só em
questões religiosas, mastambém em questões de natureza política e social. A luta contra o peso do
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fisco real acendeu-se contra os agentes colectores de impostos e os representantes do rei, em
França. Aqui a revolta era contra o Estado.
11. O reinado de Filipe II corresponde ao apogeu do poderio espanhol. Descreva,
esquematicamente, as fronteiras do Império de Filipe II após 1580.
R: Filipe II (Filipe I de Portugal), rei de Espanha desde 1556 e de Portugal desde 1581, possuía
um império planetário que se espraiava na Europa 1 para além de toda a Península Ibérica 1 pelos
Países Baixos, Franco Condado, Milão, reino de Nápoles, a Sicília e outras ilhas do Mediterrâneo;
as Américas; sem esquecer os domínios coloniais portugueses.
FIM
TESTE FORMATIVO II
1. Leia, atentamente, a afirmação que se segue:
2Nesta época [meados do século XVII] o mar do Norte começava a tornar-se demasiado pequeno
para as duas marinhas rivais e, tanto nas Índias Ocidentais como nas Orientais, Ingleses e
Holandeses calcavam alegremente aos pés os interesses uns dos outros3.Carl Grimberg, História
Universal, vol. 11, p. 218.
Tendo em conta o texto de C. Grimberg, refira-se ao significado do Acto de Navegação promulgado
pelo Parlamento inglês em 1651.
R: O Acto de Navegação 4 segundo o qual todos os produtos coloniais deviam ser importados em
navios ingleses (monopólio) e os produtos europeus em navios ingleses ou dos seus países de
origem 4 visava atingir as Províncias Unidas provocando uma ruptura entre os dois países, a que o
Tratado de Westminster (1654) pôs termo: os Holandeses reconheceram o Acto de Navegação
2. Refira os três meios de acção utilizados pela governação do cardeal de Richelieu que justificam a
afirmação de André Corvisier: 5O governo de Richelieu foi um governo de guerra6.
R: O desenvolvimento dos meios de luta; - A centralização administrativa (nomeadamente através
de uma ambiciosa política económica alicerçada no mercantilismo, tendo tentado imitar as
companhias de navegação tão bem sucedidas entre os holandeses); - O controlo da opinião
pública.
3. Estabeleça uma cronologia sumária da Guerra dos Trinta Anos, entre a 7Defenestração de Praga8
(1618) e a Paz de Vestefália (1648).
R: 1618 9 Defenestração de Praga e revolta da Boémia
1620 9 Batalha de Monte Branco
1621 9 Reatamento da guerra entre as Províncias Unidas e a Espanha
1625 9 Intervenção da Dinamarca na Guerra dos Trinta Anos (1625-1629)
1627 9 Tomada de La Rochelle (reduto protestante)
1629 9 Tratado de Lubeque: punha termo às incursões dinamarquesas na Alemanha do Norte.
Armistício na guerra entre a Polónia e a Suécia.
1630 9 Intervenção de Gustavo Adolfo, da Suécia, na Guerra dos Trinta Anos
1631 9 Conquista e saque de Magdburgo por Tilly
1634 9 Batalha de Nordingen
1635 9 Declaração de guerra da França à Espanha
1636 9 Richelieu intervém directamente na Guerra dos Trinta Anos. Aliado à Suécia e à Holanda,
declarou guerra à Espanha de Filipe IV. Batalha de Corbie. Vitória dos Espanhóis que ameaçam
Paris.
1640 9 Revolta de Portugal contra a Espanha
1641 9 Revolta da Irlanda
1642 9 Revolta de Londres. Os Franceses ocupam o Rossilhão
1644 9 Reunião das conferências em Munster e em Osnabrück com vista à paz
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1648 9 Paz de Vestefália
4. Leia, atentamente, a afirmação que se segue: :Durante o período da crise da segunda metade do
século XVI e da primeira metade do XVII, elaborou-se a civilização clássica para a qual contribuem
a restauração religiosa efectuada pelo reformados e pelos católicos, o despertar do espírito
científico, a dualidade entre barroco e classicismo;. André Corvisier. Refira os principais
instrumentos doutrinais com que o catolicismo foi dotado durante o pontificado de Pio V.
R: O catecismo romano, o novo breviário e o novo missal, a Vulgata, ou tradução oficial da Bíblia
actualizada, o ensinamento dos humanistas, e, enfim, as listas de livros postos no Índex.
5. Identifique três das causas que estão na base de um certo retrocesso conhecido pelo
protestantismo no decurso da primeira metade do século XVII.
R: A sorte das armas (Boémia, Países Baixos espanhóis), o cansaço provocado pela luta (França),
e as contendas internas (Império).
6. Ao longo do século XVII inventaram-se, ou foram utilizados pela primeira vez, pelo menos seis
importantes instrumentos científicos. Refira três deles.
R: Telescópio; / Microscópio; / Relógio de pêndulo; / Termómetro; / Barómetro; / Bomba
aspirante.
7. <A arte barroca submergiu a Europa na primeira metade do século XVII. Melhor que a arte
clássica, expressava a sensibilidade de uma época perturbada=. Justifique a asserção de André
Corvisier.
R: Profusão decorativa, patente, por exemplo, na talha, onde o dourado recria uma antevisão do
próprio Céu, oferecendo ao crente uma visão da eternidade;
- Concentrações de iluminação que põem em destaque altares gloriosos ou o esplendor dos
interiores de salões de solenidades;
- Recurso ao trompe l>oil, essas pinturas de aparência enganadora, tão ao jeito dos cenários de
teatro;
- Utilização de elementos cenográficos, onde os coches, sob a forma de viaturas de aparato,
cumprem essa função de um modo impar.
8. O comércio triangular entre Europa-África teve importantes repercussões não só do ponto de
vista económico, como também social e cultural. Enuncie as principais repercussões para o
continente africano do tráfico negreiro.
R: Transformado num vasto e inesgotável reservatório de mão-de-obra que foi utilizada nas
colónias ibéricas, das fazendas mexicanas ao Peru e ao Brasil, a escravatura traduz uma autêntica
hemorragia populacional para África, com graves consequências socioeconómicas e culturais.
9. Identifique outras mercadorias ? para além dos escravos ? envolvidas no comércio triangular
negreiro.
De Para Produtos
Europa África Tecidos, cereais, quinquilharias
África Europa Ouro, escravos, marfim, malagueta
África América Escravos
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América África Plantas alimentares, sobretudo o milho e a
mandioca.
América Europa Madeiras, açúcar, ouro e prata
Europa América
Espécies vegetais (trigo, vinha, cana de açúcar
e
algodão) e animais domésticos (boi, ovelha e o
cavalo).
10. No final do século XVII produz-se uma melhoria nas relações comerciais entre a China e o
Ocidente. Aponte os principais passos dados pelos europeus para desenvolver o comércio com a
China naquela fase.
R: Os europeus instalam feitorias em Cantão, mas passando pelo intermediário das guildas dos
comerciantes cantoneses. A East Índia Company estabelece relações regulares com Cantão em
1699. A companhia francesa similar, depois de uma Companhia da China, mantém alguma
actividade até à proibição das sedas chinesas na França em 1713. A partir de 1708, alguns navios
franceses atingem a China pelo sul da América, mas esse comércio dos mares do sul choca-se com
os ingleses e os espanhóis.
11. Leia, atentamente, a afirmação que se segue: @A chegada dos europeus não perturbou os países
da antiga civilização do velho Mundo, particularmente a Índia e a China. A vida dos impérios não
se modificou. As técnicas europeias introduziram-se de maneira mais demorada nesses países, do
que no Islão hostil. As únicas regiões perturbadas com os acontecimentos são aquelas em que as
civilizações indígenas se mostraram tão fracas em relação à civilização europeia que os europeus
puderam impor a sua autoridade e estabelecer-se em grandes extensões. É o caso do Novo MundoA.
André Corvisier
Comente o texto.
R: A partir dos elementos avançados por Corvisier, ao tentar distinguir, em termos gerais, as
relações estabelecidas pelos Europeus no Oriente B particularmente na Índia e na China B e no
Novo Mundo, o aluno deveria, na sua resposta, contrastar que a vida dos/nos impérios indiano e
chinês não se modificou com a chegada dos europeus, ao contrário do mundo americano onde a
CconquistaD deixoumarcas (ou consequências) indeléveis.
FIM
TESTE FORMATIVO III
1. Analise a organização social característica do Antigo Regime.
R: A organização social do Antigo Regime baseia-se na distinção de ordens. Mesmo onde os
factores económicos originam classes, a noção de ordem prevalece sobre a de classe. O lugar de
cada um é assinalado nas cerimónias, na igreja e de acordo com o costume. A seda é reservada aos
nobres, a casimira, geralmente preta, aos burgueses, a sarja, o algodão e o linho aos artesãos, fora
de quaisquer considerações económicas.
2. Identifique os principais obreiros do palácio de Versalhes durante o reinado de Luís XIV.
R: Le Vaue Jules Hardouin-Mansart (arquitectos) - Le Brun (decoração interior). - André Le Nôtre
(jardins).
3. A política externa de Luís XIV dá a impressão de dominar a Europa até quase ao fim do seu
reinado. Por volta de 1689, contudo, ocorre uma mudança significativa. Enuncie os dois elementos
de tensão que então têm lugar.
R: A formação de uma coligação contra a França, conduzida por Guilherme dEOrange.
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Perturbação das relações das forças na Europa central: a Áustria, vitoriosa contra os turcos, pôde
contribuir para essa coligação com o concurso de forças crescentes.
4. FO exemplo mais claro da organização de um Estado a partir de Estados absurdos cabe à casa de
Hohenzollern. O principal artesão foi Frederico Guilherme, o Grande Eleitor (1640-1688), cuja
obra precedeu de alguns vinte anos a de Leopoldo IG. Refira-se, sintecticamente, ao papel do
Grande Eleitor na criação do Estado Prussiano.
R: Com a paz ou tratado de Oliva (1660), que lhe valeu o desligamento da Prússia da suserania
polaca, começou verdadeiramente a obra do Grande Eleitor (1640-1688). Frederico Guilherme de
Hohenzolern soube extrair dos seus Estados forças morais associando à sua obra a nobreza e a
burguesia e as forças financeiras e económicas, exercendo uma estrita política económica
inspirada no exemplo holandês e no colbertismo. A nobreza encontrou no exército e na alta
administração lugares honrosos e renunciou a todo o papel político nas dietas. A pequena
burguesia auxiliou na constituição de uma burocracia numerosa e trabalhadora. Fez o possível por
aumentar a riqueza pública: atraiu emigrantes de todos os países do Império e incentivou as
fábricas que foram postas sob o controlo do comissariado da guerra.
5. Enuncie as principais experiências de despotismo esclarecido nos Estados italianos e ibéricos.
R: Nos Estados italianos o melhor exemplo de déspota esclarecido, foi o do Arquiduque Leopoldo
de Habsburgo, grão-duque da Toscana e futuro Imperador Leopoldo (1765-1792). Também a
experiência de despotismo esclarecido que teve lugar no reino de Nápoles protagonizada por
Tannuci, ministro durante a juventude do sucessor de Dom Carlos, Fernando IV (1759-1774).
Em Espanha, o Hsueño ilustradoI passou pelos reinados de Filipe V, Fernando VI e,
especialmente, Carlos III. Este último acedeu ao trono de Espanha em 1759, depois de ter reinado
em Nápoles durante vinte e cinco anos. Tinha, pois, uma longa experiência de governo tendo-se já
destacado como um monarca JilustradoK.
6. A Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, de 4 de Julho de 1776,
testemunha o êxito encontrado nas colónias pelas ideias de Locke, Montesquieu e dos filósofos
franceses. Enuncie os direitos fundamentais do Homem que nela foram consignados.
R: Os homens são livres e iguais em direitos e que a vida, a propriedade, a busca da felicidade são
direitos fundamentais do homem.
FIM
I PARTE
1.1. As balizas cronológicas iniciais do período moderno têm oscilado conforme os autores e as
escolas históricas. Indique os dois acontecimentos históricos tidos por André Corvisier como os
mais determinantes pontos de partida dos Tempos Modernos. (1 valor)
R: A descoberta da América, em 1492, por Cristóvão Colombo.
A abertura da rota do Cabo, em 1498, por Vasco da Gama.
1.2. As balizas cronológicas terminais da história da Europa nos Tempos Modernos são menos
fluídas do que as iniciais, sendo geralmente aceite o ano de 1789. A que acontecimento André
Corvisier associa aquela data? (1 valor)
R: A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
2. Leia com atenção: LRoma sucedia a Florença, cujo humanismo fora interrompido pelo fanatismo
de SavonarolaM.
Refira, a propósito, os três grandes papas do Renascimento italiano e os três artistas que deixaram o
nome ligado à basílica de S. Pedro, no Vaticano. (1,5 valores)
R: - Alexandre VI, Júlio II e Leão X. - Bramante, Miguel Ângelo e Rafael.
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3.1. Recorde, a partir das seguintes datas, os principais momentos da cisão reformista iniciada com
Martinho Lutero. (1,5 valores)
R: 1517: afixação em Wittenberg das 95 teses sobre o valor das indulgências.
1519: disputa de Leipzig.
1521: Dieta de Worms onde Lutero recusou retratar-se das suas doutrinas heréticas.
3.2. Enuncie os princípios do calvinismo. (1,5 valores)
R: A revelação encontra-se nas Escrituras (Antigo e Novo Testamentos).
- A predestinação.
- A fé é fonte de salvação.
- O baptismo e a ceia são testemunhos da graça de Deus, mas não fonte de graça divina.
4. Caracterize o poder político europeu no século XVI. (2,5 valores)
R: A afirmação dos nacionalismos em torno dos soberanos.
- A afirmação do poder real.
- A decadência do poder político do papa face aos monarcas e ao imperador.
- O direito romano como justificativo do poder real.
- A permanência do direito consuetudinário.
- O soberano como árbitro das tensões sociais.
- O absolutismo.
5. Com Isabel I, a Inglaterra, que era economicamente um reino agrícola, arrancou para um império
comercial marítimo. Como se traduziu a conjuntura favorável que a Inglaterra conheceu entre 1560
e meados do século XVII? (2,5 valores)
R: Avanço demográfico. - Notável desenvolvimento da indústria. - Grande expansão do comércio
marítimo.
6. Refira, esquematicamente, os meios de acção utilizados pela governação do Cardeal de Richelieu
que justificam a afirmação de André Corvisier: NO governo de Richelieu foi um governo de
guerraO. (1,5 valores)
R: O desenvolvimento dos meios de luta; - A centralização administrativa; - O controlo da opinião
pública.
7. Uma característica do período que ajudou a tomar possível a revolução científica foi a invenção
de novos instrumentos. Indique dois instrumentos de observação inventados ou usados pela
primeira vez no século XVII. (1 valor)
R: Luneta de aproximação (ou telescópio). - Microscópio
8. Leia com atenção: PApesar das suas divisões, o mundo muçulmano representava um bloco
relativamente unido por uma civilizaçãoQ.
Refira as três principais línguas do mundo muçulmano, indicando os domínios em que eram usadas.
(1,5 valores)
R: A língua persa era a da poesia; - A língua turca a dos exércitos e da administração; - A língua
árabe a da religião e das ciências.
9. Exponha os pontos mais significativos da governação de Jean-Baptiste Colbert no campo do
fomento industrial. (2,5 valores)
R: Criou manufacturas propriedade do Estado (como os Gobelins ou a Savonnerie);
- Favoreceu as manufacturas privadas concedendo-lhes subsídios, adquirindo acções ou
outorgando-lhes o monopólio de fabrico e venda de certos produtos e concedeu-lhes a isenção de
impostos;
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- Contratou reputados técnicos e artistas de países vizinhos;
- Tabelou os salários;
- Aumentou as taxas alfandegárias sobre a importação de artigos estrangeiros concorrentes;
- Criou uma regulamentação minuciosa e um corpo de inspectores visando manter a qualidade dos
produtos.
10. Leia o enunciado que em seguida lhe apresentamos e justifique, depois, a razão de ser desta
afirmação de Suzanne Pillorget a propósito da governação de Robert Walpole em Inglaterra. (2
valores)
RÉ um aspecto da vida social que parece ter magoado mais os contemporâneos, durante o seuministério: o relaxamento geral dos costumesS.
R: A extensão dos negócios agitava a sociedade inglesa;
- A especulação originava fortunas rápidas;
- O alto comércio havia-se desligado de qualquer puritanismo;
- Os costumes brutais e depravados não eram o apanágio dos novos-ricos;
- A aristocracia e as classes populares entregavam-se à embriaguez;
- A prostituição e o jogo proliferavam nas cidades, principalmente em Londres;
- A mentira e a corrupção grassavam na política;
- O sentimento nacional encontrava-se entorpecido.
FIM
I PARTE
1. «A noção de Antigo Regime tem sido, por vezes, criticada. Todavia a referida noção continua a
usar-se, não só em França, como noutros países, em particular sob influência da historiografia
francesa». MENDES, J. M. Amado T História Económica e Social dos Séculos XV a XX, p. 73.
1.1. Enuncie, sinteticamente, o que entende por Antigo Regime. (10 pontos)
R: Em sentido restrito, chama-se Antigo Regime ao período compreendido entre os séculos XV e
XVIII (antes da Revolução Francesa).
1.2. Como sabe, os limiares de cada período são fictícios, podendo variar consoante a história de
cada país europeu.
Indique duas das balizas cronológicas passíveis de serem apontadas para o início do período
moderno e duas das balizas cronológicas passíveis de serem apontadas para o seu fim. (10 pontos)
R: Para marcar o início do período moderno:
- A conquista de Ceuta (1415)
- A tomada de Constantinopla pelos Turcos (1453)
- A descoberta da América por Cristóvão Colombo (1492)
- A viagem de Vasco da Gama à Índia (1497)
Para marcar o fim do período moderno:
- A Revolução Francesa (1789)
- Início do Liberalismo (cuja data varia consoante os países)
1.3. Analise a organização social característica do Antigo Regime. (15 pontos)
R: A organização social do Antigo Regime baseava-se na distinção de ordens. Mesmo onde os
factores económicos originaram classes, a noção de ordem prevalece sobre a da classe. O lugar de
cada um é assinalado nas cerimónias, na igreja e de acordo com o costume. Também no trajar, a
seda era reservada aos nobres, a casimira (geralmente preta) aos burgueses, a sarja, o algodão e o
linho aos artesãos, e tudo isto fora de quaisquer considerações económicas.
II
2. UO movimento secular é bastante nítido. A guerra dos Cem Anos tinha dizimado a Europa. Em
seguida vem a paz, o fim das grandes UperdasV, a UreconstruçãoV.
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Donde, a partir desta data, [se dá] um arranque demográfico que só parece ter parado no século
XVII.V TAVARES, Maria José Ferro e RAMOS, Paulo de Oliveira W História da Idade Moderna.
Caderno de Apoio, p. 19.
2.1. Enuncie alguns dos factores que confirmam esta asserção. (10 pontos)
R: - A expulsão dos judeus de várias regiões da Europa e a dos muçulmanos de Espanha;
- A descida dos montanheses para as planícies com a conquista de terras novas;
- A migração dos camponeses para as cidades;
- A migração para os novos mundos;
- As próprias guerras, como explicação de um superpovoamento da Europa.
2.2. Coloque V (verdadeiro) ou F (falso) à frente das seguintes afirmações. (10 pontos)
R: F A. A floresta apenas permite a recolecção.
V B. Á volta da floresta desenvolveram-se vários ofícios.
V C. Propagou-se o uso do carvão de lenha.
V E. A floresta recuou devido às investidas humanas.
2.3. XDepois de um longuíssimo período de temperaturas médias relativamente brandas, a Europa
conhece, na segunda metade do século XVI, uma tendência para o resfriamento que se prolonga até
ao meio do século XIXY.
Indique dois índices para o conhecimento dessa Zpequena idade glaciarY acessíveis aos
historiadores de hoje. (10 pontos)
R: - As crónicas dos contemporâneos
- Exame dos anéis de crescimento das árvores (dendrocronologia)
III
3. ZO humanismo quis purificar a linguagem pela qual era transmitida a palavra eterna[ Ao fazê-
lo, contribuiu para a Reforma pondo em dúvida a autoridade da Vulgata colocando a ciência
filológica acima de todo o magistério. Ele introduziu o método crítico nas ciências religiosas.Y
DELUMEAU, J. cit in TAVARES, Maria José Ferro e RAMOS, Paulo de Oliveira \ História da
Idade Moderna. Caderno de Apoio, p. 35.
3.1. Comente a afirmação de André Corvisier segundo a qual "não houve humanismo na Europa
mas humanismos". (15 pontos)
R: Deveria ter assinalado que, ao lado de traços comuns (como um grande optimismo em relação à
natureza humana que pensavam podia aproximar-se da perfeição), o humanismo europeu
apresentou variações regionais como:
- Diferentes graus de interesse pela forma e pelo estilo;
- Diversos graus de crença no latim ciceroriano;
- Multiplicação das traduções originais que contribuem para a renovação das línguas nacionais e,
em consequência, para o despertar dos nacionalismos e dos heróis nacionais ligados à
Antiguidade;
- Desenvolvem-se em toda a parte e acentuam-se constantemente, sobretudo a partir do decénio de
1520 a 1530.
3.2. Indique as teses principais dos reformistas. (10 pontos)
R: - A justificação pela fé; - Sacerdócio universal; - A predestinação; - A infalibilidade das
Escrituras
3.3. Enuncie os princípios fundamentais do calvinismo. (10 pontos)
R: - A revelação encontra-se nas Escrituras (Antigo e Novo Testamento);
- A predestinação;
- A fé é fonte de salvação;
- O baptismo e a ceia são testemunhos da graça de Deus, mas não fonte de graça divina.
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IV
4.1. Caracterize o mercantilismo. (10 pontos)
R: - A política proteccionista dos soberanos; - A criação de companhias nacionais; - O
desenvolvimento da agricultura e indústrias nacionais; - Limite das importações, completado por
leis anti sumptuárias.
4.2. Explique a crise monetária de finais do século XVI e inícios do século XVII. (10 pontos)
R: O excesso de prata da América que expulsa o ouro da circulação e provoca inflação e subida de
preços não acompanhada de aumento de salários, a que se seguiu uma diminuição da prata
americana no século XVII.
4.3. Indique as causas das revoltas populares no século XVII. (10 pontos)
R: - Causas políticas, relacionadas com as guerras de religião; - Causas económicas, provocadas
pela miséria e pela excessiva carga fiscal; - Causas sociais, como o enorme êxodo rural verificado.
V
5.1. ]O reinado de Luís XIV é considerado como o apogeu da monarquia absoluta, mesmo que sob
certos aspectos o aparelho estatal seja menos desenvolvido no final do século XVII do que na época
da elevação de Luís XVI. É que, pelo menos durante a primeira parte do reinado, o direito divino
conheceu o seu apogeu.^ CORVISIER, André _ O mundo moderno, p. 288.
Comente o texto supracitado. (10 pontos)
R: - A corrente de pensamento político provocada pelo assassínio de Henrique IV, que culminou na
primeira parte do reinado de Luís XIV com o apogeu da monarquia absoluta de direito divino; -
Que se entende por monarquia absoluta de direito divino; - Papel de Bossuet como grande teórico
desta corrente; - Impacto de obras como `Memórias para a Educação do Delfima ou `A Política
Retirada da Santa Escrituraa na doutrinação do absolutismo; - A exaltação dos `reis sagradosa,
com poderes taumatúrgicos.
5.2. Refira os três meios de acção utilizados pela governação do cardeal Richelieu que justificaram
a afirmação de André Corvisier: bO governo de Richelieu foi um governo de guerrac. (10 pontos)
R: - Desenvolvimento dos meios de luta; - A centralização administrativa; - Controlo da opinião
pública.
FIM
I PARTE
1.1. Indique dois índices para o conhecimento da dpequena idade glaciarc acessíveis aos
historiadores de hoje. (5 pontos)
R: - As crónicas dos contemporâneos - Exame dos anéis de crescimento das árvores
(dendrocronologia)
1.2. Refira-se aos principais materiais utilizados pelo homem do século XVI na construção da sua
habitação, distinguindo entre a habitação do campo e da cidade e entre a casa rica e a casa pobre.
(10 pontos)
R: Deveria ter referido o predomínio da madeira sobre a pedra na Europa Centrale do Norte por
contraponto com a Europa Ocidental onde predominava o tabique (madeira e adobe); a cobertura
era de colmo ou telha.
Na cidade: a casa pobre era térrea, constituída por dois compartimentos; a casa burguesa cresceu
em altura, havendo uma parte térrea (loja ou oficina), residência do mestre no andar intermédio e,
no alto, o quarto dos operários.
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No campo: o chão era em terra batida (salvo raras excepções) e a habitação congrega no mesmo
espaço homens e animais.
1.3. eEm consideração às possibilidades que têm os homens de vencer as distâncias, a Europa é dez
vezes mais vasta para os homens do século XVI do que o é para nósf.
Explicite o significado desta afirmação de André Corvisier, tendo em conta os principais meios de
transporte daquele período. (10 pontos)
R: Era importante assinalar que, não obstante uma certa melhoria do transporte terrestre durante
o fim do século XV e princípios do século XVI (quando se assiste ao gencurtamento do espaço
europeuh), os homens do século XVI tiveram na navegação de cabotagem, conjugada com a fluvial
e oceânica, o meio mais rápido, seguro e económico de se deslocarem. As dificuldades maiores
prendiam-se com as estradas, frequentemente intransitáveis e pouco seguras.
II
2. iO infortúnio de Olivares foi ter a enfrentá-lo o Cardeal Richelieu. Sob a direcção desses dois
homens, a Espanha e a França empenharam-se numa luta implacável perturbando profundamente os
dois países pelos sacrifícios exigidos, suscitando revoltas e guerras civisj.
2.1. Analise, à luz desta afirmação de André Corvisier, o movimento restaurador de 1640 em
Portugal. (15 pontos)
R: Deveria ter assinalado que no duelo franco-espanhol, personificado por Olivares e Richelieu,
aquele apoiaria todos os adversários de Richelieu e este, por seu lado, encorajou a revolta da
Catalunha e de Portugal. Daí não ser de estranhar que, após a Restauração, o primeiro país onde
D. João IV mandou um embaixador fosse exactamente a França, dado o apoio que Richelieu deu a
Portugal, encorajando a rebelião.
2.2. André Corvisier fala, a propósito da presença dos europeus na Índia, de kuma verdadeira
talassocracia portuguesa [que] foi fundada por alguns chefes enérgicos, destacando-se entre eles
Albuquerquel.
Explique a razão de ser desta afirmação. (15 pontos)
R: De facto a posse dos mares do Oriente receberia com o Vice-rei Afonso de Albuquerque uma
nova feição. Logo ao entrar no Índico com a sua armada (ainda sob o vice-reinado do seu
predecessor, D. Francisco de Almeida) dava início a esse objectivo: prosseguir a acção iniciada
pelo seu antecessor nas bocas do Mar Vermelho e alargá-la ao Golfo Pérsico, pontos de primeira
importância para a estratégia do domínio português no Oriente. Conquistada Malaca (em 1511)
metia-se mão sobre toda a navegação do e para o Extremo Oriente. Ao findar o seu vice-reinado,
as principais chaves do Oriente estavam nas mãos dos portugueses, com o controlo se não total dos
mares pelo menos das rotas e pontos estratégicos; além disso, estavam também lançados os
alicerces de um domínio territorial sede de um governo e administração central (praticamente
autónomo e quase soberano: um verdadeiro estado português no Oriente).
III
3.1. Caracterize o mercantilismo. (10 pontos)
R: - A política proteccionista dos soberanos.
- A criação de companhias nacionais.
- Desenvolvimento da agricultura e indústrias nacionais.
- Limite das importações, completado por leis anti sumptuárias.
3.2. Explique a crise monetária de finais do século XVI e inícios do século XVII. (10 pontos)
R: O excesso de prata da América que expulsa o ouro da circulação e provoca inflação e subida de
preços não acompanhada de aumento de salários, a que se seguiu uma diminuição da prata
americana no século XVII.
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3.3. Indique as causas das revoltas populares no século XVII. (10 pontos)
R: - Causas políticas, relacionadas com as guerras de religião.
- Causas económicas, provocadas pela miséria e pela excessiva carga fiscal.
- Causas sociais, como o enorme êxodo rural verificado.
IV
4.1. Refira-se aos principais esforços realizados na França de Luís XIV para encorajar as
actividades artísticas e literárias. (10 pontos)
R: - 1661 é criada a Académie Royale de Danse
- 1663 é instituída uma lista de pensões para os escritores
- 1664 a Académie Royale de Peinture et Sculpture recebe os seus estatutos definitivos.
- 1665 Luís XIV apoia a publicação do Journal dês Savants.
- 1666 Academia das Ciências e Academia de França em Roma.
- 1669 Académie Royale de Musique.
- 1671 O rei torna-se protector da Academia Francesa.
- 1671 Académie Royale dmArchitecture.
- 1680 Criação da Comédie Française.
4.2. Identifique os principais obreiros do palácio de Versalhes durante o reinado de Luís XIV. (5
pontos)
R: - Le Vau e Jules Hardouin-Mansart (arquitectos);
- Le Brun (decoração interior);
- André Le Nôtre (jardins)
4.3. Caracterize as três principais correntes surgidas em França como consequência da acção do
Espírito Novo sobre as Ideias Políticas. (20 pontos)
R: Corrente anglomaníaca. Tem como propagadores os escritores que viveram na Inglaterra como
Voltaire, Montesquieu e o abade Prévost. Dessa forma penetraram as ideias expressas por Locke
no seu Tratado sobre o Governo Civil (contrato social, soberania do povo, tolerância religiosa,
condenação do papismo e da monarquia de direito divino, difundidos por Voltaire nas Lettres
Anglaises).
Corrente aristocrática. Originada por Fénelope no círculo do duque da Borgonha que sonha com a
volta da monarquia absoluta tal como existia antes de Richelieu, temperada pelos Estados Gerais.
Corrente movida por um sentimento de reacção nobiliária, hostil a Luís XIV, ao seu governo
tirânico de funcionários, às suas guerras. Daí o carácter liberal e pacifista desta corrente.
Corrente monarquista burguesa que se manifesta no sentido inverso. Com Dubos, justifica a
monarquia não pelo direito, mas pelos serviços que prestou à nação. É portanto um sistema
político positivo e utilitário, apto a aproveitar a possibilidade de efectuar todas as reformas
razoáveis. Será a corrente de Voltaire e inspirará mais tarde os enciclopedistas.
V
5.1. Mostre a originalidade do pensamento de J. J. Rosseau referindo duas razões da sua imensa
influência nos contemporâneos. (15 pontos)
R: A originalidade do pensamento de Rosseau consistiu em reunir num corpo de doutrinas
elementos conhecidos, porém diversos: ideia do bom selvagem, direitos naturais e filosofia
protestante e corrente sentimental. Entre as razões para a sua influência deveria destacar:
- Rosseau tomara o lado contrário dos Filósofos. Rosseau utilizava temas familiares em relação
aos espíritos esclarecidos e, dando-lhes outra inspiração, voltava-se contra os Filósofos.
- Rosseau preenchia o vazio que o classicismo e as nLuzeso tinham deixado ocos. Graças ao seu
estilo oratório de predicador, reintroduzia a eloquência e o lirismo. Reabilitava o sentimento
religioso entre os homens que tinham permanecido sensíveis aos hábitos religiosos.
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5.2 pDeu-se pouca atenção ao despotismo nos países mediterrânicos. Os Filósofos preferiam olhar
para os grandes Estados do Norte a olhar para os países do Sul onde a influência determinante da
Igreja parecia consagrar os povos ao imobilismoq.
Enuncie as principais experiências de despotismo esclarecido nos Estados italianos e ibéricos. (15
pontos)
R: Nos Estados italianos o melhor exemplo de déspota esclarecido foi o do Arquiduque Leopoldo
de Habsburgo, grão-duque da Toscana e futuro imperador Leopoldo (1765-1792). Poderia referir
também a experiência de despotismo esclarecido que teve lugar no reino de Nápoles,
protagonizada por Tannuci, ministro durante a juventude do sucessor de Dom Carlos, Fernando IV
(1759-1774).
Em Espanha, o rsueño ilustrados passou pelos reinados de FilipeV, Fernando VI e,
especialmente, Carlos III. Este último acedeu ao trono de Espanha em 1759, depois de ter reinado
em Nápoles durante vinte e cinco anos. Tinha, pois, uma longa experiência de governo tendo-se já
destacado como um monarca tilustradou.
Em Portugal, deveria destacar a tentativa de Pombal, no reinado de D. José (1750-1777).
FIM
I PARTE
1. Para Corvisier vOs europeus da fachada atlântica abrem o acesso ao resto do mundow.
Aponte, esquematicamente, as principais consequências desta asserção para os impérios americanos
e asiáticos. (2 valores)
R: Deveria apontar a destruição de imensos impérios na América e a imposição de contactos
comerciais e espirituais aos impérios asiáticos, apesar de pouco desejados por estes últimos.
2. Segundo o autor do Manual xPortugueses e Espanhóis escolheram Anvers (Antuérpia) como
escala do seu comércio no Nortey.
Refira as razões que estiveram na base desta escolha. (2 valores)
R: Deveria ter referido o facto de Anvers (ou Antuérpia) dever a sua escolha à sua situação
geográfica, à actividade da sua interlândia, à maleabilidade da sua organização corporativa e,
finalmente, ao facto de pertencer ao conjunto das possessões dos Habsburgos.
3. Comente a afirmação:
zO humanismo favoreceu o conhecimento do corpo humano{. (2 valores)
R: Deveria salientar que os médicos começaram a praticar as dissecações, mau grado as
excomungações da Igreja e, por outro lado, os artistas reproduziram o sistema ósseo e muscular
com notável paixão pela verdade. Assim, a fisiologia acompanhou os progressos da anatomia.
4. Iniciado sob uma relativa indiferença, o Concílio de Trento reuniu-se de 1545 a 1547, de 1551 a
1552 e de 1562 a 1563.
Indique as duas tendências reformistas que se opuseram ao longo do referido Concílio. (2 valores)
R: A moderada, sustentada pelos soberanos dos países divididos pela Reforma Protestante
(exemplos de Carlos V, Fernando de Habsburgo e Catarina de Médicis), que não desejavam ver
posições extremas e mantinham, por razões políticas, a atitude dos erasmianos da geração
precedente.
A do papado que, constatando a ruptura definitiva, se opunha a toda a concessão doutrinária aos
protestantes e esperava, através da reforma disciplinar, reforçar a autoridade pontifical sobre o
mundo católico.
5. Perante a decadência dos impérios peninsulares novos estados foram tomando parte no comércio
ultramarino, tendo por base companhias comerciais e a teoria mercantilista.
Refira o papel então desempenhado pelas companhias comerciais. (2 valores)
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R: Era relevante assinalar que as companhias comerciais foram criadas pelos governos e
inspiradas por desígnios mercantilistas, estando limitadas o tráfico num sector geográfico
determinado e devendo agrupar todos os comerciantes interessados numa rota comercial. Estas
companhias detinham, assim, um monopólio e contavam com a protecção do Estado.
6. |A maior parte do século XVII pertence ao que foi chamado o «Século de Ouro» da Espanha}.
Caracterize, de forma esquemática, a sociedade espanhola de então. (2 valores)
R: De forma esquemática, a sociedade espanhola de então estava marcada:
- Pela preponderância do alto clero e da alta nobreza, definindo-se esta pela primogenitura e pela
concentração dos morgadios na pessoa do primogénito;
- Pelos letrados;
- Pelos fidalgos, nobres não primogénitos;
- Pelos burgueses;
- Pelo campesinato onde abundavam os jornaleiros
7. Explique a seguinte afirmação do autor do Manual:
~O estabelecimento de ingleses e franceses [na América do Norte] chegou a resultados diferentes�.
(2 valores)
R: Deveria ter assinalado por um lado a constituição de uma imensa e despovoada província
francesa no Canadá e, por outro lado, a implantação de colónias inglesas relativamente pouco
extensas, muito povoadas, diversas e que testemunhavam um certo espírito de autonomia.
8. Descreva como a Inglaterra encarou, do ponto de vista do progresso industrial, o problema dos
transportes internos antes da difusão dos caminhos-de-ferro. (2 valores)
R: Deveria mencionar que desde os finais do século XVII e até à generalização dos caminhos-de-
ferro, na década de 1830, a Inglaterra desenvolveu a navegabilidade dos seus rios e, a partir de
meados do século XVIII, alargou substancialmente a sua rede de canais.
FIM
I PARTE
1. Enuncie as quatro datas comummente referidas como balizas cronológicas iniciais para o período
moderno, indicando também os factos históricos que lhes estão associados. (10 pontos)
R: - 1415 � Conquista de Ceuta;
- 1453 � Tomada de Constantinopla pelos Turcos;
- 1492 � Descoberta da América por Cristóvão Colombo;
- 1497 � Viagem de Vasco da Gama à Índia.
2. Refira as fontes de energia motriz a que recorria o homem do século XVI. (10 pontos)
R: - vento e água; - carvão de pedra e a madeira.
3. Lê-se, no seu Caderno de Apoio, a propósito da Reforma protestante, que �na arte, a reforma
calvinista foi iconoclasta�. Explique a razão de ser desta afirmação. (15 pontos)
R: A reforma calvinista, reprovando o culto das imagens, provocou, nos países onde se expandiu,
uma destruição sistemática das imagens representando Cristo, a Virgem e os santos
4. Explicite de que forma o barroco "afirmava as preeminências celestes da religião romana e as
terrestres das aristocracias". (15 pontos) CORVISIER, André, O Mundo Moderno, Lisboa, Edições
Ática, 1976, p. 231.
R: - Seu aspecto teatral; - A profusão decorativa; - Apelo ao maravilhoso.
5. Justifique a seguinte asserção de André Corvisier a propósito da expansão muçulmana: "Um dos
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principais factores da expansão é a simplicidade da religião muçulmana" (25 pontos) CORVISIER,
André, O Mundo Moderno, Lisboa, Edições Ática, 1976, p. 242.
R: - Abandono confiante à vontade de Deus;
- A ausência de sacerdócio;
- A simplicidade dos ritos;
- A flexibilidade da moral;
- A promessa de um paraíso concreto, acessível a todos os crentes, principalmente sem julgamento
aos que morreram na guerra santa.
6. Enuncie, esquematicamente, os dados principais da política europeia nos primeiros vinte anos do
reinado de Luís XIV. (15 pontos)
R: - A fraqueza do Império espanhol;
- A relativa ausência da Inglaterra;
- As divisões da Europa central;
- O poderio real da França;
- O aparente poder do Império turco.
7. Exponha, sucintamente, os factores sociais, políticos e económicos favoráveis à prioridade
inglesa na Revolução Industrial. (25 pontos)
R: - Sociais: sociedade empreendedora e inventiva, mentalidade calvinista e mão-de-obra
numerosa.
- Políticos: parlamentarismo.
- Económicos: abundância de capitais; amplo mercado, quer interno, quer externo; e uma vasta
rede de comunicações, com destaque para a rede de canais e uma poderosa marinha mercante.
8. A Áustria conheceu, no século XVIII, duas formas de despotismo esclarecido.
Nomeie-as. (15 pontos)
R: - Maria Teresa, com o ministro Kaunitz; - José II.
9. Enuncie os principais factores de união ou traços comuns existentes nas treze colónias inglesas
da América nas vésperas da independência. (20 pontos)
R: - O uso da língua inglesa;
- O prestígio do ensino;
- A publicação de obras religiosas e científicas, jornais e almanaques;
- A consciência de pertencer a um povo eleito;
- Estavam presos aos princípios da �gloriosa de revolução� de 1689 e ao Self Government;
- Respeitavam a Coroa e o Parlamento.
II
Desenvolva o seguinte tema (50 pontos):
�A fachada atlântica, a partir de 1530, submete ao seu dinamismo as demais partes da Europa�.
CORVISIER, André, O Mundo Moderno, Lisboa, Edições Ática, 1976, p. 45.
Ao elaborar a sua resposta não se esqueça de:
1 - referir a actividade dos portos atlânticos antes das Grandes Descobertas;
2 - destacar as cidades e os organismos peninsulares que mais sobressaíam no trato ultramarino;
3 - indicar os principais mercados onde se fazia a distribuição europeia da maioria dos produtos
trazidos por Portugueses e Espanhóis.
R: Os portos atlânticos,já antes das Grandes Descobertas, participam de uma mesma actividade
que drena os produtos dos países da interlândia: vinhos de Bordéus, da Andaluzia, sal de Setúbal e
de Bruges, bacalhaus e arenques do mar do Norte e da Mancha, lãs brutas da Inglaterra e de
Castela, sarjas da Flandres. Lisboa e Sevilha tornam-se os centros do comércio ultramarino. A
Casa da Contratación, criada em Sevilha, e a Casa da Índia, em Lisboa, são os organismos que
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recebem o monopólio do comércio com os países descobertos.
Portugueses e espanhóis escolhem Anvers (Antuérpia) como escala do seu comércio no Norte. Às
relações com Lisboa e Sevilha, essa cidade junta as que mantém com o Báltico e, por via terrestre,
com Lião, Augsburgo e, mesmo, com Veneza e Florença
FIM
I PARTE
1. Considere o seguinte excerto de Maria José Ferro Tavares expresso no seu Caderno de Apoio
(Lisboa, Universidade Aberta, 1996, p. 2): [No século XVI] �a casa era distinta no campo ou na
cidade e variava ainda, consoante o estrato social do seu proprietário�.
Explicite os dados com que a autora justifica esta afirmação.
R: Encontra-se o predomínio da madeira sobre a pedra ou o tijolo, na cidade da Europa central e
do norte. Na Europa ocidental predominava o tabique, ou seja, a madeira e o adobe. A cobertura
era de colmo ou de telha. A janela de vidro surge nas cidades a partir do século XVI. O ladrilho e o
sobrado constituem o chão das casas mais ricas. O aquecimento com lareira era raro, sendo o
mais vulgar o uso da braseira. No mundo asiático, ligava-se o adobe com o bambu.
Na cidade, a casa pobre era uma casa térrea, constituída por dois compartimentos: a �casa
dianteira� (�cómodo da frente�) e a câmara ou sobrado (�cómodo traseiro�) que podia encontrar-
se na traseira daquela ou num piso superior. A �casa burguesa� cresce em altura, havendo uma
parte térrea, constituída pela loja ou oficina. Nos pisos superiores estava a residência do artesão
ou do mercador e, também, dos trabalhadores. No campo, a habitação associava pessoas e
animais.
2. Leia a seguinte afirmação:
�Povo de marinheiros e de comerciantes, senhores do estuário do Reno e dirigindo assim uma
hinterlândia activa, os holandeses fizeram do seu pequeno país o Estado mais próspero da Europa,
no momento em que os demais países eram presa de fomes e de epidemias e arcavam com grave
crise económica. Os holandeses faziam-se presentes no mundo inteiro�. André Corvisier, O Mundo
Moderno, Lisboa, Edições Ática, 1976, p. 183.
Discrimine as regiões/Estados com os quais a Holanda exercia um comércio activo durante o século
XVII.
R: Os holandeses exerciam um comércio activo com todos os Estados europeus, dominavam o
Báltico, tinham-se introduzido no Mediterrâneo e no Império turco; Fora da Europa, a sua acção
exercia-se pelas feitorias que possuíam desde a Bova Amesterdão (futura Nova Iorque) até à
Formosa e por meio do comércio que realizavam, apesar da interdição, com as colónias
espanholas, cuja base era Curaçao;
Continuaram a ser os únicos europeus autorizados a comerciar com o Japão, depois deste se ter
fechado ao comércio com o estrangeiro (1638).
3. Leia, atentamente, a afirmação que se apresenta de seguida:
�[...] conseguiu uma bula do papa Paulo III declarando que os índios eram homens, e não bestas,
livres, e não escravos. Insistiu depois nisto Frei Bartolomé de las Casas e mandou o Imperador ao
doutor Figueroa tomar outras informações [...] pelas quais, e por outras muito boas razões [...]
libertou o Imperador os índios, mandando sob gravíssimas penas que ninguém os faça escravos, e
assim se guarda e cumpre. Lei foi santíssima, como convinha a imperador clementíssimo� Francisco
López de Gómara, História Geral das Índias, 1551 ?
Refira as consequências da conquista espanhola para a população ameríndia.
R: A população ameríndia, apesar dos esforços de Las Casas e outros no combate pela justiça na
conquista da América, diminuiu de forma acentuada devido à violência dos conquistadores, à
subalimentação, ao trabalho forçado, e às doenças levadas pelos colonizadores.
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4. Leia a seguinte afirmação:
�Pois que devo em breve deixar o Norfolk, não será fora de propósito fazer um modesto resumo dos
métodos que tornaram o nome deste condado tão celebre no mundo da agricultura� A. Young, �À
volta da herdade�, 1771, (cit. in História da Idade Moderna.
Caderno de Apoio, Lisboa, Universidade Aberta, 1996, p.140)
Refira as principais práticas que A. Young associa aos grandes melhoramentos da agricultura em
Norfolk.
R: - A vedação feita sem a assistência do Parlamento (isto é, não por leis, mas por acordos);
- A margagem e argilagem vigorosas;
- A adopção de um sistema de afolhamento quadrienal, baseado na alternância de quatro culturas
(nabos, cevada, forragens e trigo);
- A outorga de arrendamentos a longo prazo pelos proprietários;
- A repartição em grandes explorações da maioria das terras do condado.
5. Leia a seguinte afirmação:
�Faziam-se aí quase de repente fortunas imensas. Law, assediado em sua casa por suplicantes e
suspirantes, via forçarem-lhe a porta, entrarem no jardim pelas suas janelas, cairem no seu gabinete
pela chaminé. Não se falava senão em milhões...� Saint-Simon (Louis de Rouvroy, duque de),
Memórias.
Esquematize os grandes marcos que constituíram o célebre Sistema de Law.
R: - Criação de um banco privado (1716);
- Fundação da Companhia do Ocidente ou do Mississipi (1717);
- Transformação do Banco de Law em Banco Real (1718);
- Formação da Companhia das Índias (1719);
- Fusão do Banco Real com a Companhia das Índias (1720)
II PARTE
1. Refira as principais causas religiosas, morais, económicas, sociais e políticas da
Reforma.
R: Causas religiosas:
- A angústia do homem do final da Idade Média, perante o pecado e a morte;
- A individualização da religião e o misticismo;
- Os movimentos contestatários de Roma que rejeitavam a tradição católica e afirmavam o
primado da Bíblia como fundamento da Fé;
- A importância do pensamento erasmiano entre os humanistas e os críticos.
Causas religiosas:
- A dissolução dos costumes do clero, em toda a sua hierarquia;
- A indistinção entre o político e o religioso, entre as hierarquias eclesiásticas.
Causas económicas, sociais e políticas:
- Crescente desenvolvimento económico da burguesia e do capitalismo comercial;
- Empobrecimento do mundo rural, devido aos maus anos agrícolas e às fomes, gerador das
revoltas dos camponeses contra a miséria, na Europa central;
- A expansão nas diversas camadas sociais do erasmismo;
- A fragmentação política, em principados e senhorios eclesiásticos, do Sacro Império que não
permitia uma centralização forte do poder imperial perante o fisco pontifical, como a colecta das
indulgências.
FIM
I PARTE
1. Leia a seguinte afirmação:
�É verdade que, vivendo embora uma vida mais curta do que a nossa, o homem do século XVI é
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menos apressado que o do século XX�. André Corvisier, O Mundo Moderno, Lisboa, Edições
Ática, 1976, p. 20.
Justifique esta asserção de André Corvisier.
R: - As medidas do espaço; - A imprecisão para a expressão do tempo; - As noções de dia de
trabalho e de convívio; - A relação com a natureza.
2. A partir de 1520, a Europa entrou em recessão. Justifique esta afirmação.
R: - O ritmo irregular da economia;
- O aumento dos preços, a sua origem e resultados;
- A evolução no crédito;
- O papel dos estabelecimentos europeus ultramarinos.
3. Considere o seguinte excerto de Maria José Ferro Tavares expresso no seu Caderno de Apoio
(Lisboa, Universidade Aberta, 1996, p. 31)
�O concílio de Trento, iniciado em 1545 e terminado em 1563, definiu o dogma e restaurou a
disciplina eclesiástica�.
Explicite os dados com que a autora justifica esta afirmação.
R: - O Dogma baseia-se na Escritura e na tradição;
- A interpretação das Escrituras pertence à Igreja;
- A hierarquia

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