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A CARTA MAGNA

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Prévia do material em texto

DIREITOS 
HUMANOS
Guérula Mello Viero
Revisão técnica:
Renato Selayaram
Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais
Especialista em Ciências Políticas 
Mestre em Direito
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin — CRB 10/2147
A658d Arakaki, Fernanda Franklin Seixas.
Direitos humanos [recurso eletrônico] / Fernanda Franklin 
Seixas Arakaki, Guérula Mello Viero [revisão técnica: Renato 
Selayaram]. – Porto Alegre : SAGAH, 2018.
ISBN 978-85-9502-537-0
1. Direitos humanos I. Viero, Guérula Mello. II.Título.
CDU 342.7
A Magna Carta de 1215
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer a Magna Carta como um dos primeiros instrumentos 
garantidores dos direitos humanos.
  Explicar o momento histórico em que a Carta de 1215 foi assinada.
  Analisar os dispositivos da Magna Carta e a sua influência até a 
contemporaneidade.
Introdução
A Magna Carta de 1215 influenciou as constituições posteriores e con-
tribuiu para um modelo de constitucionalismo moderno. Muitas das 
ideias contidas no texto original permanecem até hoje, com as devidas 
evoluções históricas, como o devido processo legal, o direito de ir e 
vir, o direito de propriedade, etc. É considerada um dos documentos 
mais importantes, por ser um dos precursores na limitação do poder da 
monarquia inglesa.
Neste capítulo, você vai estudar a Magna Carta de 1215, as suas con-
tribuições aos direitos humanos, o contexto histórico em que ela foi 
assinada e quais das suas diretrizes servem como base até os dias de hoje.
A Magna Carta e as garantias aos direitos 
humanos
A Magna Carta é considerada um dos documentos históricos mais impor-
tantes, pois foi um dos primeiros a limitar o poder da monarquia inglesa, 
impedindo o poder absoluto. A Magna Charta Libertatum seu Concordiam 
inter regem Johannen at Barones pro concessione libertatum ecclesiae et 
regni Angliae (Carta Magna das Liberdades ou Concórdia entre o Rei João 
e os Barões para a outorga das liberdades da Igreja e do Reino Inglês) foi 
redigida em latim bárbaro e assinada pelo rei João da Inglaterra, conhecido 
como João Sem-Terra, no dia 15 de junho de 1215, em Runnymede, pró-
ximo a Windsor, perante o alto clero e os barões do reino, conforme expõe 
Comparato (2010).
O rei João da Inglaterra nasceu em 1167 e faleceu em 1216. Era o filho mais novo de 
Henrique II (1133–1189) e, por isso, não tinha esperanças de herdar o trono nem as 
terras, fato que lhe gerou o apelido de João Sem-Terra. No entanto, após os seus 
irmãos mais velhos participarem de uma rebelião frustrada, por volta de 1173 e 1174, 
João se tornou o filho favorito do rei, recebendo, em 1177, o título de Lorde da Irlanda, 
bem como terras na Inglaterra e no continente (SOUZA, 2015, documento on-line).
O documento foi elaborado para apaziguar as tensões crescentes entre 
o rei e os barões, que eram contrários às prisões arbitrárias, ao excesso de 
impostos — que serviam para a manutenção dos privilégios do rei — e a 
outras prerrogativas do monarca, conforme explica Brayner (2014). Para que 
não fosse deposto, o monarca aceitou assinar a Carta e, em troca, os barões 
se comprometeram a jurar fidelidade ao rei. 
A Carta promovia as garantias de uma minoria — os senhores feudais 
—, junto com medidas protetivas à nobreza e ao clero, em face do monarca, 
e limitava os poderes do rei. Como esclarece Burns (1970, p. 445), o texto 
não tinha o intuito de “[...] ser uma declaração de direitos ou uma carta de 
liberdades do homem comum; pelo contrário, era um documento feudal, 
um contrato feudal escrito, no qual o rei, como suserano, se comprometia 
a respeitar os direitos tradicionais dos vassalos”. Ou seja, em um primeiro 
momento, a Magna Carta serviu como meio para reforçar o regime feudal. 
A sua inovação se deu no reconhecimento dos direitos próprios da nobreza 
e do clero, visto que existiam independentemente do consentimento do rei; 
logo, não poderiam ser passíveis de modificação por parte do monarca, como 
explica Comparato (2010).
A Magna Carta (Figura 1) foi elaborada com 63 artigos, os quais garantiam 
a posição da Igreja Católica na Inglaterra, exigiam menos severidade do rei em 
relação aos barões e traziam diversas normas sobre o sistema jurídico inglês. 
Uma das disposições do documento estabelecia um comitê, composto por 25 
barões, o qual teria poder para reformar qualquer decisão real. O texto também 
fixava que as leis deveriam ser boas e justas, proporcionando a todos o acesso 
A Magna Carta de 12152
às cortes, independentemente de terem condições financeiras ou não. O rei 
ficava impossibilitado de criar ou alterar impostos sem a anuência do Grande 
Conselho, que seria composto por representantes do clero e da nobreza, como 
leciona Silva (2015).
Figura 1. A Biblioteca Britânica, na Inglaterra, possui uma das cópias da Magna Carta de 1215.
Fonte: gabriele gelsi/Shutterstock.com.
Entre as garantias previstas na Magna Carta, Moraes (2011, p. 7) destaca 
a proporcionalidade entre o delito cometido e a sanção imposta, constante 
na cláusula 20: [...] “a multa a pagar por um homem livre, pela prática de um 
pequeno delito, será proporcional à gravidade do delito; e pela prática de um 
crime será proporcional ao horror deste, sem prejuízo do necessário à subsis-
tência e posição do infrator”. O autor também destaca a previsão do devido 
processo legal, estabelecida na cláusula 39: 
[...] nenhum homem livre será detido ou sujeito à prisão, ou privado dos seus bens, 
ou colocado fora da lei, ou exilado, ou de qualquer modo molestado, e nós não 
procederemos nem mandaremos proceder contra ele senão mediante julgamento 
regular pelos seus pares ou de harmonia com a lei do país (MORAES, 2011, p. 7). 
Moraes (2011, p. 7) ressalta também o livre acesso à Justiça, disposto no 
item 40: “[...] não venderemos, nem recusaremos, nem protelaremos o direito 
de qualquer pessoa a obter justiça”.
3A Magna Carta de 1215
Mesmo sendo elaborada para proteger os privilégios dos barões e os direitos 
dos homens livres, a Magna Carta representou uma evolução, visto que já 
trazia as liberdades públicas, como destaca Sarlet (2009, p. 41): 
[...] inobstante tenha apenas servido para garantir aos nobres ingleses alguns 
privilégios feudais, alijando, em princípio, a população do acesso aos “direitos” 
consagrados no pacto, serviu como ponto de referência para alguns direitos 
e liberdades civis clássicos, tais como o habeas corpus, o devido processo 
legal e a garantia de propriedade.
Há de se reconhecer que a Magna Carta foi um verdadeiro marco entre 
um Estado absolutista e a liberdade, passando da concentração de poder 
nas mãos do rei à garantia de direitos da população. Essa flexibilização deu 
início à consolidação das ideias que embasam os direitos fundamentais do 
ser humano, como explica Comparato (2010), ao dizer que o documento foi 
importante para a consolidação das ideias de dignidade, liberdade e igual-
dade, mas que o seu maior legado foi o art. 39, que desvinculava da pessoa 
do monarca as funções legislativas e jurisdicionais. 
Canotilho (1995) salienta ainda que, por mais que a Carta assegurasse 
apenas direitos a uma determinada classe social, já mostrava e fornecia aber-
turas para a evolução, com uma transformação dos direitos corporativos para 
os direitos humanos. Para Comparato (2010), essa limitação de poderes do 
rei permitiu o despontamento da democracia moderna, que se apresentava 
de forma embrionária nesse documento do século XIII. Apesar de a Charta 
Libertatum de 1215 ter sido direcionada ao benefício de uma classe, ela se 
tornou símbolo das liberdades modernas e dos direitos civis. Prova disso é 
que a maioria das Constituições que se conhece atende popularmente pelo 
“codinome” Carta Magna (SOUZA, 2015).
Alguns autores utilizam grafias diferentes para a Magna Carta, como Magna Charta. O 
vocábulo é oriundo da língua grega, mas era grafado no latim clássico com ch. Contudo, 
durante toda a IdadeMédia, foi escrito sem h (COMPARATO, 2010).
A Magna Carta de 12154
Contexto histórico da assinatura da Magna Carta
A criação da Magna Carta compreende o período de transição da Alta Idade 
Média para a Baixa Idade Média, quando o modo de produção feudal começava 
a apresentar os primeiros sinais de desgaste. Em toda a Europa Ocidental, no 
século XI, delineava-se a clara tendência ao absolutismo, centralizando o 
poder tanto na sociedade civil quanto no clero. A predominância de um dos 
suseranos sobre os outros se afi rmava rapidamente. Assim, o Rei passou a se 
destacar, entre os senhores feudais, como o primeiro entre todos os suseranos. 
Já na Igreja, a ascensão ao trono pontifício do monge Hildebrando, em 1073, 
que passou a utilizar o nome Gregório VII, acelerou a autoridade espiritual e 
o poder secular do papado, conforme leciona Comparato (2010).
No fim do século XII, o Estado absolutista começou a enfrentar as primeiras 
manifestações dos feudais, em 1188, tendo como marco inicial dessa evolução 
a Declaração das Cortes de Leão, na Espanha. O povo exigia que a coroa 
leonesa reduzisse os gastos, que foram gerados a partir dos novos impostos 
estabelecidos para suprir as demandas financeiras, com consequente inflação 
dos preços, como explicam Franco e Oliveira (2017). 
Na Inglaterra, reinava Henrique II. O seu filho mais novo, João Sem-Terra 
(John Lackland, em inglês), fruto do seu casamento com Leonor da Aquitânia, 
era o seu preferido, uma vez que seus filhos mais velhos foram responsáveis 
por rebeliões frustradas entre 1173 e 1174, conforme Souza (2015). Após a 
morte do rei Henrique II e dos seus três filhos mais velhos, em 1189, Ricardo 
I, conhecido como Ricardo “Coração de Leão”, herdou o trono e permaneceu 
rei até morrer, em 1199. Após a sua morte, o seu irmão João Sem-Terra foi 
coroado rei da Inglaterra (SOUZA, 2015).
Com a ascensão ao poder de João Sem-Terra, a supremacia existente dos 
reis sobre os barões feudais, que foi exercida e reforçada durante todo o século 
XII, começou a enfraquecer. Os reinos da Inglaterra e da França travaram 
inúmeras disputas por territórios, as quais, na maioria das vezes, eram de 
êxito francês. Nesse período, vigiam as leis e os costumes feudais; assim, 
para que o rei pudesse aumentar impostos, deveria consultar os barões. Con-
tudo, após diversas derrotas, o rei João passou a aumentar os impostos para 
o financiamento das suas campanhas bélicas sem consultar os feudais. Essa 
atitude do monarca começou a desagradar a nobreza, que passou a exigir, 
constantemente, o reconhecimento dos seus direitos como condição para o 
pagamento dos impostos, conforme expõe Comparato (2010). 
5A Magna Carta de 1215
O rei João também entrou em conflito com o papado, pois apoiou as preten-
sões territoriais do seu sobrinho, o imperador Óton IV, contra a Igreja, durante 
um conflito com o rei da França. Além disso, o monarca foi excomungado 
pelo papa Inocêncio III por recusar a designação de Stephen Langton como 
cardeal de Canterbury. Com a escassez de recursos e sofrendo forte pressão 
da Igreja, o rei decidiu submeter-se ao Papa e declarar a Inglaterra feudo de 
Roma, em 1213, ato que culminou no levantamento da sua excomunhão, como 
explica Comparato (2011).
Entretanto, em 1214, em mais uma tentativa de retomar a posse das terras 
francesas, o monarca foi derrotado novamente pelo rei francês, durante a 
Batalha de Bouvines, perdendo a região do Ducado da Normandia, visto que 
não tinha mais recursos nem apoio dos ingleses. No ano seguinte, os barões 
organizaram uma revolta armada, devido aos constantes fracassos de João 
Sem-Terra, e tomaram a cidade de Londres, com o apoio do clero, obrigando 
o rei a assinar a Magna Carta, conforme leciona Comparato (2010). O do-
cumento limitava os poderes do rei inglês, além de garantir que a criação 
de leis ou majoração de impostos só ocorreriam após aprovação do Grande 
Conselho, que seria formado por nobres. Em 15 de junho de 1215, a Magna 
Carta recebeu o selo real. Em contrapartida, quatro dias depois, em 19 de 
junho de 1215, os barões reafirmaram os seus juramentos de fidelidade ao 
monarca (SILVA, 2015).
Como o documento havia sido assinado por meio de coerção dos barões 
sobre o rei, e eles não queriam que o monarca declinasse da sua decisão, a 
Magna Carta estabelecia um comitê, composto por 25 barões, que tinham 
poderes para reformar qualquer decisão real, inclusive utilizando a força, se 
necessário. No entanto, assim que os barões se retiraram de Londres, João 
Sem-Terra recorreu ao papa Inocêncio III, o seu superior feudal, que a declarou 
nula, devido ao fato de ter sido obtida por coerção e sem o consentimento do 
pontifício, conforme expõe Comparato (2010).
Após a morte do monarca, em 1216, os barões, com o apoio do papa, co-
roaram Henrique III, filho do rei João, como o seu sucessor, embora tivesse 
apenas 9 anos de idade. O novo rei reeditou a Magna Carta, retirando alguns 
dispositivos, como a cláusula 61, a qual anulava as prerrogativas monárquicas. 
Ao completar 18 anos, Henrique III analisou novamente a Magna Carta, 
reduzindo-a para 37 artigos. Como vimos, o documento original, assinado 
por João Sem-Terra, contava com 63 cláusulas (SILVA, 2015).
À época da morte de Henrique III, o Direito inglês já havia incorporado 
a Magna Carta no seu ordenamento, tornando-a mais forte, o que dificultava 
a sua anulação. Em 1217, o filho de Henrique III confirmou mais uma vez o 
A Magna Carta de 12156
documento e, em 1225, a versão curta foi ratificada pelo monarca. Segundo Mi-
randa (1990), algumas cláusulas foram modificadas ou acrescentadas, enquanto 
outras foram suprimidas nos reinados seguintes. Contudo, foi confirmada por 
diversos soberanos, como Eduardo I, Eduardo III, Ricardo II, Henrique IV, 
Henrique V e Henrique VI; alguns, inclusive, a ratificaram mais de uma vez. 
Costa (2001) leciona que, desde a sua assinatura até o século XV, cada 
soberano teria jurado respeitar o texto expresso no documento. Apenas os 
reis da dinastia Tudor (1485–1603) teriam ignorado a Magna Carta. Estes 
transformaram a Inglaterra em um Estado nacional, devido à ruptura com os 
domínios franceses, ao enfraquecimento do feudalismo e à aspiração a um 
poder centralizado por parte da pequena nobreza e da burguesia.
A Magna Carta representa um marco constitucional importante, conside-
rado, inclusive, o primeiro da história europeia, tendo servido de embasamento 
para outros países ao elaborarem as suas Constituições. Influenciou também 
o sistema common law inglês. A Carta se tornou um referencial, pois traçou 
os limites de atuação dos governantes pela primeira vez, limites que foram 
seguidos por diversos Estados. Ao longo dos anos, o documento foi constan-
temente revisado, visando adaptar-se à época; no entanto, ainda hoje, alguns 
dispositivos originais integram as leis inglesas, conforme afirma Silva (2015).
Você sabe a diferença entre os sistemas common law e civil law? no common law, o Direito 
prioriza os costumes e a jurisdição; é um Direito misto, costumeiro e jurisprudencial, 
coordenado pelos precedentes. Na ausência destes, utiliza-se o Direito positivo. Já o 
civil law valoriza a letra da lei, o que está positivado, mas também segue forte influência 
da doutrina e dos julgados (ARAÚJO; RANGEL, 2017).
Dispositivos da Magna Carta e a sua 
influência atual
Os dispositivos constantes na Magna Carta, assinada por João Sem-Terra em 
1215, regulam diversas matérias. No entanto, nem todas são relevantes para 
a afi rmação dos direitos humanos e para a instituição de um regime demo-
crático. Segundo Comparato (2010), têm-se artigos direcionados à conjuntura 
puramente local, bem como cláusulas que constituem as primeiras fundações 
da civilização moderna.
7A Magna Carta de 1215
Como avalia o doutor honoris causa da Universidade de Lisboa, o jurista 
Manoel Gonçalves Ferreira Filho (ORDEM DOS ADVOGADOS DE SÃO 
PAULO, 2015, documento on-line), o espírito da Magna Carta influenciou:[...] através dos séculos e contribuiu para um modelo de constitucionalis-
mo moderno, que surgiu a partir do desenvolvimento de várias ideias que 
se encontram naquele documento: a limitação do poder governamental, a 
participação dos governados no exercício do governo, estado de direito e 
valorização da justiça.
Para Ferreira Filho, a Carta traz diretrizes iniciais para outros ramos do 
Direito, como o Penal, uma vez que estabelece a exigência da proporcionalidade 
entre a punição e o delito cometido. 
O doutrinador Nelson Nery Júnior (ORDEM DOS ADVOGADOS DE 
SÃO PAULO, 2015) ressalta que essa sobrevivência ao longo dos anos se deu 
devido à forma do documento, que é passível de interpretação. Ainda, o texto 
apresenta preceitos inquestionáveis, que não comportam contradição, como a 
necessidade de haver o devido processo legal para processar alguém ou para 
desapossar alguém de seus bens — visto a importância de se dar o direito 
de defesa —, bem como a preexistência de um processo para que ocorra a 
prisão. O doutrinador Heleno Torres (ORDEM DOS ADVOGADOS DE SÃO 
PAULO, 2015) acrescenta outro aspecto importante herdado da Magna Carta: 
as diretrizes estabelecidas para a cobrança de tributos, uma vez que o docu-
mento define que é necessário consentimento geral para que haja a cobrança 
de um tributo. Além da preocupação com a origem da receita, a Carta também 
dispunha sobre o seu destino, estipulando que o tributo deveria ser destinado 
para realizar o bem comum.
Na sequência, vamos analisar as cláusulas da Magna Carta que foram 
basilares aos direitos humanos. 
Liberdade religiosa
Conforme Comparato (2010, p. 95), o art. 1º da Magna Carta estabelece que: 
[...] a Igreja de Inglaterra será livre e serão invioláveis todos os seus direitos 
e liberdades: e queremos que assim seja observado em tudo e, por isso, de 
novo asseguramos a liberdade de eleição, principal e indispensável liberdade 
da Igreja de Inglaterra, a qual já tínhamos reconhecido antes da desavença 
entre nós e os nossos barões [...]. 
A Magna Carta de 12158
Dessa forma, a Carta reconhece as liberdades eclesiásticas, com destaque 
para a designação de bispos, abades e demais autoridades, sem que seja ne-
cessária a confirmação por parte do rei. Esse dispositivo apontava, portanto, 
para a futura separação entre Igreja e Estado.
Liberdade do homem
O art. 2º dispõe sobre as liberdades de que gozarão os homens livres do reino: 
“Concedemos também a todos os homens livres do reino, por nós e por nossos 
herdeiros, para todo o sempre, todas as liberdades abaixo remuneradas, para 
serem gozadas e usufruídas por eles e seus herdeiros, para todo o sempre 
[...]” (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2018, documento on-line). Note 
que, como ressalta Bonavides (1998), tratava-se de um equilíbrio precário, 
pois a interpretação deveria se dar no contexto do sistema feudal; logo, o 
conceito de homem livre se limitava aos integrantes do clero e da nobreza 
e a alguns burgueses.
Tributação 
Os dispositivos 12 e 14 estabelecem a regra “no taxation whitout representa-
tion” (em português, “não há tributação sem consentimento”). Ou seja, ambos 
estabelecem, na sua essência, que o exercício do poder de tributar deve receber 
consentimento dos súditos:
Art. 12 
Nenhuma taxa de isenção do serviço militar (scutagium), nem contribuição 
alguma será criada em nosso reino, salvo mediante consentimento do conselho 
comum do reino, a não ser para resgate da nossa pessoa, para armar cavaleiro 
o nosso filho mais velho e para celebrar, uma única vez, o casamento da 
nossa filha mais velha; e para isto, tão somente, uma contribuição razoável 
será lançada.
Art. 14 
E, para obter o consentimento do conselho comum do reino a respeito do 
lançamento de uma contribuição (exceto nos três casos supramencionados), 
ou de uma taxa de isenção do serviço militar, convocaremos os arcebispos, 
bispos, abades, condes e os principais barões, individualmente por carta 
— e, ademais, convocaremos de modo geral, por meio de nossos xerifes e 
bailios, todos os que nos têm como suseranos — para uma data determinada, 
mais exatamente, após transcorridos pelo menos 40 dias, e em local certo; 
e em todas as cartas convocatórias, especificaremos a razão da convocação 
(COMPARATO, 2010, p. 96).
9A Magna Carta de 1215
Força da lei 
Segundo Comparato (2010), os arts. 16 e 23 apresentam o primeiro passo na 
direção de superar o estado servil existente à época, substituindo a vontade 
arbitrária do patrão pela norma geral e objetiva da lei, no que tange às re-
lações de trabalho. Ambos os arts. demonstram o sentido inicial da norma 
fundamental, presente em quase todas as Constituições, na qual “[...] ninguém 
será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da 
lei” (COMPARATO, 2010, p. 93): 
Art. 16
Nenhum homem será forçado a realizar maior serviço de que deve em virtude 
de seu feudo de cavaleiro ou de qualquer outra posse livre de terra. 
Art. 23
Nenhuma localidade ou pessoa será forçada a construir pontes sobre rios, ex-
ceto aqueles com uma antiga obrigação a fazê-lo (DIRETORIA DE POLÍCIA 
COMUNITÁRIA E DE DIREITOS HUMANOS, 2016, documento on-line).
Juiz natural
Os arts. 17 e 40 da Magna Carta dispõem sobre o monarca não ter domínio 
sobre a justiça, uma vez que se constitui de função de interesse público. Até 
a existência do documento, o modelo executório dos julgados era por meio 
de venda aos demandantes. Após a assinatura do documento, no entanto, é 
reconhecido que o rei tem o poder-dever de justiça quando esta for solicitada 
pelos súditos, como afi rma Comparato (2010). 
Art. 17
Os processos comuns não virão ao nosso tribunal, mas serão apreciados 
num lugar fixado. 
Art. 40 
Nós não venderemos, recusaremos, ou protelaremos o direito ou a justiça para 
quem quer que seja (DPCDH, 2016, documento on-line).
Penalidades proporcionais 
As bases do tribunal do júri, como concebido atualmente, tiveram início nos 
arts. 20 e 21 da Magna Carta, bem como o princípio do paralelismo entre de-
A Magna Carta de 121510
litos e penas. Assim, tais artigos acabaram por ser responsáveis pelo processo 
histórico de abolição das penas criminais desproporcionais ou arbitrárias, 
como leciona Comparato (2010):
Art. 20 
Um homem livre não poderá ser multado por um pequeno delito a não ser em 
proporção ao grau do mesmo; e por um delito grave será multado de acordo 
com a gravidade do mesmo, mas jamais tão pesadamente que possa privá-lo 
de seus meios de vida. Do mesmo modo, tratando-se de um mercador, deverá 
ter este resguardada a sua mercadoria; e de um agricultor, deverá ter este 
resguardado o equipamento de sua granja — se estes se encontrarem sob a 
mercê de uma corte real. Nenhuma das multas referidas será imposta a não 
ser mediante o juízo de homens reputados da vizinhança. 
Art. 21 
Condes e barões não serão multados a não ser por seus iguais, e em proporção 
à gravidade de suas ofensas (DIRETORIA DE POLÍCIA COMUNITÁRIA 
E DE DIREITOS HUMANOS, 2016, documento on-line).
Direito de propriedade e vedação ao confisco 
Os arts. 28, 30 e 31 do documento dispõem sobre a garantia do respeito à 
propriedade privada contra o confi sco ou as requisições, decretadas pelo 
soberano ou por ofi ciais, e que sejam notoriamente abusivas (COMPARATO, 
2010). Ainda estabelecem que a fi xação de determinado tributo não pode ter 
por consequência a deterioração total ou parcial de um bem, como explica 
Rodrigues (2013, documento on-line). 
Art. 28 
Nenhum delegado ou meirinho tomará trigo ou outros bens móveis de qualquer 
homem sem imediato pagamento, a menos que o vendedor voluntariamente 
lhe ofereça crédito. 
Art. 30 
Nenhum xerife, meirinho ou outra pessoa tomará cavalos ou carroças de 
qualquer homem livre sem o seu consentimento.
Art. 31
Nem nós nem quaisquer de nossos meirinhos poderão tomar madeira para 
nossos castelos, ou para qualquer outro propósito, sem o consentimento do 
proprietário (DIRETORIA DE POLÍCIA COMUNITÁRIA E DE DIREITOSHUMANOS, 2016, documento on-line).
11A Magna Carta de 1215
Devido processo legal
As cláusulas 38 e 39 consagram o devido processo legal, o qual estabelece 
que o ato que for praticado por autoridade legalmente fi xada, para que seja 
considerado válido, efi caz e completo, deve atender a todas as etapas que estão 
previstas em lei, conforme expõe Rodrigues (2013):
Art. 38 
No futuro, nenhum meirinho sujeitará qualquer homem a julgamento, fundado 
apenas em sua própria declaração, sem provas e sem produzir testemunhas 
para demonstrar a verdade do delito alegado. 
Art. 39 
Nenhum homem livre será detido ou aprisionado, ou privado de seus direitos 
ou bens, ou declarado fora da lei, ou exilado, ou despojado, de algum modo, 
de sua condição; nem procederemos com força contra ele, ou mandaremos 
outros fazê-lo, a não ser mediante o legítimo julgamento de seus iguais e de 
acordo com a lei da terra (DIRETORIA DE POLÍCIA COMUNITÁRIA E 
DE DIREITOS HUMANOS, 2016, documento on-line).
Comparato (2010) ainda destaca que esse dispositivo é o coração da Magna 
Carta, pois desvincula do monarca tanto a lei quanto a jurisdição, permitindo 
aos homens serem julgados pelos seus pares e de acordo com a lei da terra. O 
devido processo legal consta expresso na 14ª Emenda à Constituição norte-
-americana e foi adotado pela Constituição Federal brasileira de 1988, art. 
5º, LIV. As cláusulas 52 e 55 da Magna Carta reafirmam esse princípio para 
determinadas situações particulares: 
Art. 52
Restauraremos imediatamente as terras, castelos, liberdades, ou direitos de 
qualquer pessoa que tenha sido por nós esbulhada ou cujos bens tenham sido 
por nós confiscados, sem o legítimo julgamento de seus iguais. Se houver 
controvérsia, a matéria deverá ser decidida pelo julgamento de vinte e cinco 
barões referidos na cláusula abaixo, para assegurar a paz. De qualquer maneira, 
nos casos em que alguém tenha sido esbulhado ou privado de algum bem, sem 
o legítimo julgamento de seus iguais, por nosso Rei Henrique ou por nosso 
irmão Rei Ricardo, e este bem permaneça em nossas mãos ou é possuído 
por outros sob nossa garantia, teremos prorrogação do período comumente 
permitido aos cruzados, e menos que um processo tenha sido iniciado, ou uma 
investigação tenha sido feita por nossa ordem, antes de termos tomado a cruz 
como um cruzado. Em nosso retorno da cruzada, ou se nós a abandonarmos, 
faremos imediatamente inteira justiça. 
A Magna Carta de 121512
Art. 55
Todas as multas que nos foram pagas injustamente e contra a lei da terra, e 
todas as punições por nós impostas injustamente, deverão ser inteiramente 
suspensas, ou a matéria será decidida de acordo com o julgamento da maio-
ria dos vinte e cinco barões referidos abaixo, na cláusula para assegurar a 
paz, juntamente com Stephen, arcebispo de Canterbury, se ele puder estar 
presente, e outros que ele desejar trazes consigo para tal fim. Se o arcebispo 
não puder estar presente, o processo continuará sem ele, sob a condição de 
que, se qualquer um dos vinte e cinco barões estiver, ele próprio, envolvido 
em processo semelhante, seja afastado de seu próprio julgamento, e seja 
escolhido e juramentado outro em seu lugar, como substituto para este caso 
particular, pelo restante dos vinte e cinco barões (DIRETORIA DE POLÍCIA 
COMUNITÁRIA E DE DIREITOS HUMANOS, 2016, documento on-line).
Direito de ir e vir
Os arts. 41 e 42 dispõem sobre o direito de qualquer pessoa em geral e dos 
comerciantes de terem liberdade de entrada e saída do país, além da livre lo-
comoção dentro das fronteiras. Ainda, o dispositivo 41 estabelece as primeiras 
normas do direito de guerra dos comerciantes, como expõe Comparato (2010):
Art. 41 
Todos os mercadores poderão entrar ou deixar a Inglaterra, livremente e 
com toda a segurança, e poderão permanecer ou viajar em seu interior, 
por terra ou água, com propósitos de comércio, sem quaisquer restrições 
ilegais, de acordo com os antigos e legítimos costumes. Estas disposições, 
entretanto, não serão aplicadas em tempo de guerra a mercadores de um 
país que esteja em guerra contra nós. Qualquer um destes mercadores que 
se encontrar em nosso país na eclosão da guerra deverá ser detido sem in-
júria à sua pessoa ou propriedade, até que nós ou o nosso Grande Justiceiro 
tenha descoberto como nossos mercadores estão sendo tratados no país em 
guerra contra nós. Se nossos próprios mercadores estiverem seguros, eles 
também estarão seguros. 
Art. 42 
Será permitido, no futuro, a qualquer homem, deixar ou retornar a nosso 
reino, livremente e com toda a segurança, por terra ou por mar, preservada a 
sua fidelidade para conosco, exceto em tempo de guerra, por pouco tempo, 
para o bem comum do reino. São excluídas desta provisão as pessoas que 
tiverem sido aprisionadas ou declaradas fora da lei de acordo com a lei da 
terra; bem como os súditos, de um país que esteja em guerra contra nós, e 
os mercadores — que devem ser tratados conforme foi estatuído acima (DI-
RETORIA DE POLÍCIA COMUNITÁRIA E DE DIREITOS HUMANOS, 
2016, documento on-line).
13A Magna Carta de 1215
Princípio da igualdade
O art. 60 estabelecia, incialmente, privilégios apenas para os barões e nobres. 
No entanto, com a evolução histórica do Direito, a norma alcançou a sua pleni-
tude, sendo destinada a toda a sociedade, conforme afi rma Rodrigues (2013):
Art. 60 
Todos estes costumes e liberdades que nós garantimos, devem ser observados 
em nosso reino, tanto quanto nos concerne, em nossas relações com nossos 
súditos. Devem ser observados, similarmente, por todos os homens de nosso 
reino, tanto clérigos quanto leigos, em suas relações com seus próprios homens 
(DIRETORIA DE POLÍCIA COMUNITÁRIA E DE DIREITOS HUMANOS, 
2016, documento on-line).
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A Magna Carta de 121514
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Leitura recomendada
JOHN LACKLAND. In: Royal encyclopaedia. The home of the royal family. Inglaterra. Dis-
ponível em: <https://www.royal.uk/john-lackland-r-1199-1216>. Acesso em: 15 jul. 2018.
15A Magna Carta de 1215
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https://jus.com.br/
https://lanyy.jusbrasil.com.br/
http://www.oabsp.org.br/
http://www.direitoshumanos.usp/
https://www.royal.uk/john-lackland-r-1199-1216
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esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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