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Olá Caro Colega que me acompanha no Jus Brasil! :)
O modelo abaixo foi elaborada para um caso especifico, mas está sendo disponibilizado como forma de auxiliar aqueles que precisam de uma noção de como começar a fazer uma petição inicial sobre o tema que nela contem.
Deixe seu gostei e seu comentário ao final para nos fortalecer no JusBrasil.
Forte abraço!
Dr. Rafael Rodrigues Cordeiro.
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE JARAGUÁ DO SUL – ESTADO DE SANTA CATARINA.
TUTELA ANTECIPADA
NOME DO CLIENTE, brasileiro, casado, inscrito no CPF nºxxxxxxxxx, RG nº xxxxxx, residente e domiciliado no ENDEREÇO, vem, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado, vem, a presença de Vossa Excelência, por seu advogado, propor
AÇÃO RESCISÃO CONTRATUAL c/c DANOS MATERIAIS E MORAIS c/c PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA, em face de Em face de 
UNICK SOCIEDADE DE INVESTIMENTOS. Pessoa jurídica de direito provado, inscrito no CNPJ Nº19.047.764/0001- 60, com sede na Rua Vinte Cinco de Julho, nº 1037 – Bairro Rio Branco Cidade Novo Hamburgo R/S - CEP - 93.310-251, na pessoa de seu sócio LEIDIMAR BERNARDO LOPES.
LEIDIMAR BERNARDO LOPES, brasileiro, inscrito no CPF/MF nº 007.937.340- 29, com endereço na Rua Joaquim, nº 611, sala 2001 e 2002, Bairro Centro, São Leopoldo - RS, Cep: 93040-010.
URPAY TECNOLOGIA EM PAGAMENTOS LTDA - URPAY BRASIL - Pessoa jurídica de direito provado, inscrito no CNPJ Nº 26.463.227/0001-67, localizada na Avenida Juscelino Kubitschek, S/N, QD 104 Sul - ACSE 1-Conj.01- Lote 37-Salas 08 e 09, Plano Diretor Norte, almas/TO CEP 77020-012;
SA CAPITAL, CNPJ nº 18.033.834/0001-69, com endereço na Rua Teixeira, 352 – 4º andar – Sala 41 – Taboão - Bragança Paulista – SP – CEP 12916-360;
PACÍFICO SUL EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS, CNPJ sob nº 02.838.035/0001-20, Q – Sds, - Bloco s/n, Q SL 422 Edifício Venâncio IV – Brasília – Distrito Federal – CEP 70393-903
I. DOS FATOS
Os Requerentes, são casados e juntos depositou o valor total de R$ 11.082,00 (onze mil e oitenta e dois reais) para adquirir planos de investimento, que geraram uma cota dentro da plataforma mantida pela 1ª Requerida.
Vejamos os valores investidos pelos requerentes conforme boletos e comprovantes anexos:
****Fazer uma tabela dos valores investido*****
A 1ª Requerida prometeram ao requerente que dobraria seu capital em 6 meses, devolvendo-lhe tal importância ao final do prazo.
Acontece, que pela mídia televisiva, os Requerente tomaram conhecimento de que a empresa operava no esquema popularmente conhecido como pirâmide, e que, a empresa estaria sendo alvo de uma operação da Polícia Federal, mais precisamente a Operação Lamanai, que tem como alvo a Unick Forex, com sede em São Leopoldo, Rio Grande do Sul.
Excelência a empresa chegou a captar R$ 40 milhões por dia, e chegou a movimentar R$ 9 bilhões de reais por mês, porém tudo não passava de uma fraude.
Cumpre salientar que o site da empresa foi retirado do ar, bem como qualquer comunicação por telefone se tornou impossível.
No início o login funcionava perfeitamente, e após foi bloqueado, perdendo acesso a todas as informações.
Pois bem. A Ré, sob o argumento de investir os depósitos do Autor no mercado financeiro, prometia retornos financeiros de 200% do capital investido em até 6 meses. Além disso, no caso de indicação, o Autor ganharia 10% do montante aplicado pelo terceiro, ou ele próprio em um dos seus binários, e em caso de renovação do pacote de aplicação, ganharia 5% do montante fechado pelo terceiro vinculado à sua plataforma.
Havia, também, o ganho com “binários”, que consiste no pagamento de 50% da pontuação da sua menor equipe. Tudo consta do Plano de Negócios (APN).
A Ré se apresentou com vastos conhecimentos técnicos para operar no mercado financeiro, e que a Autora não tinha que ter preocupações, apenas aderir ao plano de negócios, e acompanhar o rendimento diário, garantindo que, caso houvesse alguma situação que comprometesse o fim das operações ou o fechamento da empresa, seria realizada a devolução do valor investido em até 48 horas, com o rendimento até ali computado. Toda a operação, desde o cadastro do Autor ocorreu por meios eletrônicos e nenhum contrato foi fornecido por nenhuma das Rés.
Como informado, em agosto de 2019, a Ré UNICK retirou seu site do ar alegando motivos de manutenção, retornando somente algumas semanas depois, com a informação de que iria devolver o dinheiro ao Autor, o que não aconteceu.
No total, o Autor adquiriu planos de investimentos no valor de R$ 11.082,00 (onze mil e oitenta e dois reais), e nunca sacou nada referente a parte dos lucros.
Entretanto, passados mais de um mês desde a informação de que iria devolver o valor investido, a Requerida UNICK bloqueou o acesso dos Requeridos ao sistema, e não devolveu quaisquer valores, informando apenas que receberam a mensagem de cancelamento.
Acontece que ao investigar mais sobre a empresa Requerida, descobriu-se que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não concedeu autorização à Requerida para atuação no mercado de investimentos brasileiro, e por isso, imediatamente solicitou o cancelamento da sua conta, com a imediata devolução de todos os valores pagos. E mais, soube que há inúmeros processos contra as Rés por todo país; acusações de crimes contraordem econômica e pirâmide financeira; investigações policiais e do Ministério Público; multas por atuação ilegal no mercado financeiro; etc.
A conduta das Requeridas provocou graves danos materiais e extrapatrimoniais aos Requeridos, que evidentemente ultrapassam o mero aborrecimento. Desta forma, não se vislumbra outra alternativa, senão o socorro judicial a fim de ser ressarcido dos valores que pagou pelos planos de investimento e indenizado pelos danos causados pelas Requeridas.
A empresa Requerida se apresentava como empresa de Marketing Multinivel, Unick Forex, como informado, prometia dobrar meu capital em seis meses.
Em julho de 2019 a Ré informou que estava fazendo manuntenção na plataforma da empresa e mudou seu nome de Unick Forex para Unick Academy, alegando sofrer perseguição da CVM, e também alegando que a Unick Academy havia sido invadida por Hackers, e que teriam perdido grande valor em dinheiro pelos invasores, para assim os integrantes e investidores da plataforma acreditarem, mas eles só estavam ganhando tempo para induzir todos a acreditarem que eles, mais uma vez estavam resolvendo problemas na plataforma, quando na verdade estavam enganando a todos os investidores.
Por diversas vezes os Requerentes entraram em contato com o suporte da UNICK pelo número (54) 9678-4422, mais nunca obteve a informação de quando receberia os valores e investimentos.
As tentativas dos requerentes eram as tentativas de ligações com a Zendesk (Disk Suporte da UNICK) em busca de informações, mas sem sucesso, não responderam nenhuma das tentativas de contato.
Segundo informações de seus representantes, a empresa Unick opera no mercado financeiro FOREX, efetuando compra de moedas estrangeiras, criptmoedas e arbitragem em Forex.
A oferta dos Requeridos foram de que iriam investir o dinheiro do ora Autor neste mercado Forex com a promessa de remunerá-la diariamente com uma porcentagem de 1,5% ao dia, prometendo os Requerentes dobrar seu capital investido como acima informado, sendo que mensalmente os Requerentes poderia realizar saque do lucro para sua conta corrente cadastrada https/office.unick.forex, e que após dobrar o valor poderia fazer o saque total ou reinvestir novamente escolhendo o pacote que desejasse conforme tabela, e caso os Requerentes indicasse algum amigo para o negócio iria receber 10%, mais bônus de indicação, conforme informações de seus colaboradores de que a partir da Adesão todos os investidores da Unick automaticamente já estavam participando do processo de Marketing de Rede, o mesmo utilizado nas empresas como exemplo, POLISHOP, HERBALIFE e MARY KAY para bonificação e premiação de seus associados.
A UNICK dizia possuir vasto conhecimento técnico para operarno mercado FOREX, que os Requerentes não tinha que ter preocupações, apenas investir, e acompanhar o rendimento diário, garantindo que, caso houvesse alguma situação que comprometesse o fim das operações ou o fechamento da empresa, a mesma garantia a devolução do valor investido em até 48 horas, com o rendimento até ali computado.
Então após fazer seu investimento nos valores acima mencionado, vieram as surpresas, um grande golpe financeiro, desestruturando totalmente os sonhos e desejos dos Requerentes.
Os Requerentes nunca fez investimento neste tipo de negócio (criptomoeda), mas vendo o rendimentos já ocorridos com outras pessoas, e acompanhando o mercado que ainda lhe era novidade de Criptomoedas, decidiu, envolvido inclusive pela aparição de Atores e Cantores de televisão fazendo propaganda sobre o produto, como Dedé Santana (ex dos Trapalhões), a cantora Simoni (ex Balão Mágico), e foi envolvido pelo desejo de iniciar com este investimento.
Os Requerentes ainda teve conhecimento pela mídia, que a 1ª Requerida estava em vias de aplicar um golpe nos investidores e desconfiado resolveu fazer mais pesquisas na internet através de site reclame aqui, etc, e o mesmo obteve informação de que no dia 26/02/2019 a polícia da cidade de CRISSIUMA/RS havia fechado um escritório local da UNICK, de acordo com a matéria publicada, o Delegado de Polícia, Willian Garcez que comandou a operação, disse que a atividade do escritório era irregular, tendo em vista que a Unick Forex não tem autorização para operar ou captar clientes no Brasil, conforme informações em anexo.
Em outra pesquisa Internet descobriu que a empresa Requerida Unick estava impedida de oferecer tais serviços pelo órgão competente CVM comissão de valores imobiliários através do ATO DECLARATÓRIO CVM Nº 16169, DE 19 DE MARÇO DE 2018.
Toda essa desconfiança tornou certeza do golpe da Ré no dia 01 de agosto de 2019, quando a empresa Unick retirou seu site do ar alegando motivos de manutenção e depois de 15 dias fora do ar, ou seja, no dia 16/08/2019, o site começou novamente a funcionar, e a Autora foi comunicada pela empresa Unick que iria devolver o dinheiro dos seus clientes parcelados no prazo de completar o ciclo de 6 meses, mas sem remuneração nenhuma, conforme comunicado abaixo, bem como nos comunicados em anexos:
SOBRE PAGAMENTOS * Dessa forma, a Unick hoje irá RECOMEÇAR. Começar tudo de novo, colocando tudo em dia e sem DEIXAR NINGUÉM NO PREJUÍZO. Nisso, em torno de 400 mil pessoas que tem pacotes ativos e que ainda não receberam de volta o valor pago nos produtos (não atingiram 100% no relógio de cashback) TERÃO SEU DINHEIRO DEVOLVIDO a partir desta data. “* Todos os saques efetuados que ainda não foram pagos foram estornados, e cada cliente deverá pedir saque novamente com o que tiver disponível e daquilo que ainda irá entrar na data de aniversário da sua conta – até fechar o valor de 100% do seu pacote (ou seja, se eu tenho um pacote Master, já recebi R$ 400,00, a empresa irá me devolver R$ 798,00). * Assim, todos os clientes terão a opção de receber seu dinheiro de volta e sair da empresa, ou caso queiram, usar esse valor para ativar novos pacotes e continuar sendo um cliente Unick. * Todos os outros ganhos (binário, indicação) serão zerados e começaremos tudo de novo. Será feita uma análise por CPF onde será devolvido o valor que você“tirou do bolso”, a fim de que não tenha nenhum prejuízo financeiro, CONFORME PROMETIDO desde o início da empresa.”
Os Requerentes voltaram a entrar em contato com a empresa Unick para pedir a devolução imediata com os rendimentos de 1,5% ao mês, mas não obteve êxito, pois, segundo eles é necessário aguardar e não será computado os rendimentos.
Sendo assim, falta ressarcir o valor de R$ 11.082,00 (onze mil e oitenta e dois reais), mais os rendimentos do contrato oferecido, e neste momento, a esta ação se junta o pedido de Danos Morais.
Reitere-se que o Autor tentou de todas as formas reaver seu dinheiro, e entrou em contato com a Unick através do telefone 55 51 3273-9278, para tentar amigavelmente a devolução do valor investido com a remuneração prometida de 1,5% ao dia, mas não obteve êxito.
Por fim, diante dos fatos acima narrados não tem outra alternativa senão buscar o judiciário para poder reaver seu investimento.
II. PRELIMINARMENTE
1. DA JUSTIÇA GRATUITA
Inicialmente, os Requerentes requerem a Vossa Excelência que sejam deferidos os benefícios da justiça gratuita, por não ter condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem comprometer o seu orçamento familiar, conforme documentos anexos.
Vale ressaltar os Referentes são casados, ambos assalariados, não recebem um alto salário, apenas o suficiente para garantir o sustento de sua família e de seus filhos, desse modo, presumem-se hipossuficientes.
Para tal benefício os Requerentes junta declaração de hipossuficiência e comprovante de renda, os quais demonstram a inviabilidade de pagamento das custas judicias sem comprometer sua subsistência, conforme clara redação do Art. 99 Código de Processo Civil de 2015.
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso.
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por lei, faz jus o Requerente ao benefício da gratuidade de justiça:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - MANDADO DE SEGURANÇA - JUSTIÇA GRATUITA - Assistência Judiciária indeferida - Inexistência de elementos nos autos a indicar que o impetrante tem condições de suportar o pagamento das custas e despesas processuais sem comprometer o sustento próprio e familiar, presumindo-se como verdadeira a afirmação de hipossuficiência formulada nos autos principais - Decisão reformada - Recurso provido. (TJSP; Agravo de Instrumento 2083920-71.2019.8.26.0000; Relator (a): Maria Laura Tavares; Órgão Julgador: 5ª Câmara de Direito Público; Foro Central - Fazenda Pública/Acidentes - 6ª Vara de Fazenda Pública; Data do Julgamento: 23/05/2019; Data de Registro: 23/05/2019
Cabe destacar que o a lei não exige atestada miserabilidade do requerente, sendo suficiente a "insuficiência de recursos para pagar as custas, despesas processuais e honorários advocatícios"(Art. 98, CPC/15), conforme destaca a doutrina:
"Não se exige miserabilidade, nem estado de necessidade, nem tampouco se fala em renda familiar ou faturamento máximos. É possível que uma pessoa natural, mesmo com bom renda mensal, seja merecedora do benefício, e que também o seja aquela sujeito que é proprietário de bens imóveis, mas não dispõe de liquidez. A gratuidade judiciária é um dos mecanismos de viabilização do acesso à justiça; não se pode exigir que, para ter acesso à justiça, o sujeito tenha que comprometer significativamente sua renda, ou tenha que se desfazer de seus bens, liquidando-os para angariar recursos e custear o processo." (DIDIER JR. Fredie. OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Benefício da Justiça Gratuita. 6ª ed. Editora JusPodivm, 2016. p. 60)
"Requisitos da Gratuidade da Justiça. Não é necessário que a parte seja pobre ou necessitada para que possa beneficiar-se da gratuidade da justiça. Basta que não tenha recursos suficientes para pagar as custas, as despesas e os honorários do processo. Mesmo que a pessoa tenha patrimônio suficiente, se estes bens não têm liquidez para adimplir com essas despesas, há direito à gratuidade." (MARINONI, Luiz Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo Código de ProcessoCivil comentado. 3ª ed. Revista dos Tribunais, 2017. Vers. ebook. Art. 98)
Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade de justiça aos Requerentes.
2. DA SOLIDARIEDADE E LEGITMIDADE DAS REQUERIDAS
Nos termos do parágrafo único do art. 7º do CDC, tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo.
Mais adiante, o art. 25 estabelece em seu parágrafo 1º, que havendo mais de um responsável pela causação do dano, todos responderão solidariamente pela reparação prevista nesta e nas seções anteriores.
Outrossim, dispõe o art. 14 do mesmo diploma, que o fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Assim sendo caracterizada a relação de consumo, à luz da teoria da aparência e da boa-fé objetiva, a responsabilidade é solidária entre todos aqueles que participam da cadeia de consumo, cabendo ao consumidor demandar contra qualquer um deles.
Para entendermos Excelência, como funcionava e como funciona o esquema entre a empresa UNICK SOCIEDADE DE INVESTIMENTOS LTDA, e demais instituições requeridas como responsáveis solidários, e também, com o intuito de provar a Vossa Excelência a Responsabilidade Solidária das empresas Rés, façamos um esboço de como é o procedimento para os consumidores começarem a fazer parte do negócio oferecido, qual seja:
1. O consumidor ou por pesquisa nos sites ou por contato com alguém que já fez, é chamado para participar do negócio; consequentemente faz o cadastro no site, através de um link na empresa UNICK SOCIEDADE DE INVESTIMENTOS LTDA, CNPJ Nº 19.047.764/0001-60, e a partir desse cadastro, se torna membro para começar a comprar os pacotes oferecidos previamente.
2. Depois de cadastrado, o consumidor pode abrir quantas contas quiser, inclusive em seu próprio nome. E após escolher o pacote, elabora o boleto para pagamento, do valor do pacote, como podemos verificar nos pagamentos realizados pela Autora, nas contas da URPAY TECNOLOGIA EM PAGAEMNTOS LTDA. A logística para desvio do dinheiro é algo impressionante, o Boleto é emitido pelo site da UNICK, porém o beneficiário é URPAY, ou seja, um golpe financeiro extraordinariamente arquitetado, pois, pelas pesquisas em outros processos, onde houve aceite da liminar, o R. Juízo mandou fazer a penhora do valor principal na conta da UNICK, mas nada foi localizado, porém, na conta dos parceiros solidários, a penhora foi possível de ser realizada.
3. Posteriormente o consumidor, de posse do boleto, dirige ao Banco de sua preferência e faz o pagamento, cujo valor pago pelo consumidor é direcionado para outra empresa e não a UNICK, com outro CNPJ; sendo beneficiária no presente caso a empresa URPAY, que é a beneficiária, em outros processos e possível ver a existência de um terceira empresa FULLBANK, mais não envolve esse caso.
Com toda a explanação, mostramos a Vossa Excelência, que o valor pago teve como beneficiário a URPAY. Todo esse diagrama, é garantido por outras empresas, com outro CNPJ, qual seja, SA CAPITAL, CNPJ nº 18.033.834/0001-69, conforme documentos anexos, e anúncios feitos pela empresa.
Já a PACÍFICO SUL EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS, é a anuente da GARANTIA REAL que existia, através de um imóvel no estado de GOAIS, conforme era apresentado pela UNICK em seus folhetos de apresentação, conforme se observa nos documentos anexo, e a seguir: 
 Com toda essa explanação, fica claro e pacificado, que todas as empresas são responsáveis solidários, pois, direto ou indiretamente fazem parte do mesmo grupo econômico, COM UMA ÚNICA FINALIDADE, ENGANAREM TODOS SEUS INVESTIDOS, OU SEJA, CONSUMIDORES.
Acredita os Requerentes, que a prova mais robusta, para que Vossa Excelência poderá concluir o elencado acima, em relação a responsabilidade solidária, é a prova obtida no processo nº 1010685-64.2019.8.26.0008, da 4ª vara cível do Foro Regional VII de Tatuapé - São Paulo-SP, onde foi deferido o bloqueio BACENJUD pelo Juíz, e o resultado se deu, que a empresa UNICK SOCIEDADE DE INVESTIMENTOS LTDA, CNPJ Nº 19.047.764/0001-60, tem relacionamentos inexistentes com as instituições financeiras, ou seja: não tem dinheiro em banco, entendemos, pois que, todo o patrimônio da empresa Unick, pode estar nas empresas, as quais estamos requerendo a solidariedade, e no decorrer do Devido Processo e Ampla Defesa, os Requerentes poderá desistir da solidariedade em relação a empresas que provarem que não tem relação alguma com a 1ª Requerida.
Outrossim, as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias.
Sabemos que a jurisprudência é clara em dizer, quando há mais de uma instituição financeira envolvidas no negócio, a responsabilidade deverá ser solidária.
Vejamos o conceito de Instituição Financeira:
De forma geral, uma instituição financeira é aquela que faz o papel de intermediário entre o cliente e algum tipo de serviço do mercado financeiro, como a realização de algum investimento, empréstimos, financiamento, entre outros serviços. Uma corretora de valores, um banco de investimentos e um banco múltiplo são exemplos de instituições financeiras.
A Responsabilidade Solidária das empresas rés, S. A. CAPITAL LTDA figura no contrato como garantidora do investimento. Inclusive, consta, no contrato, assinatura dessa empresa, avalizando o negócio. Assim, por participarem da negociação e práticas comerciais, devem as Rés em questão responder solidariamente, nos termos do art. 942, parágrafo único do Código Civil. Aplicável, ainda, o disposto no art. 14 e 20, do Código de Defesa do Consumidor.
Por fim, verifica-se que a empresa Unick Investimentos apresentou uma carta de fiança da empresa S/A Capital, garantindo a todos seus clientes 100% de satisfação garantida, conforme colacionamos em anexo.
Ainda poderemos ver o quanto convincente a UNICK - https://www.youtube.com/watch?v=c8u554tEDA4&feature=youtu.be, ou através do link https://youtu.be/c8u554tEDA4, onde se pode perceber o poder de persuasão utilizado pelos administradores.
E nem se cogite hipótese de ilegitimidade, pois conforme expressa determinação legal prevista no art. 34, também do CDC, o fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes autônomos.
Portanto, evidente a legitimidade e solidariedade das Requeridas.
III. DO DIREITO
Inicialmente, frisa-se que o Requerente não recebeu os rendimentos prometidos e teve o conhecimento de se tratar de esquema criminoso de pirâmide financeira cujos lucros sem dúvida apenas aproveitam aos seus criadores.
A legislação brasileira, em especial no Código Civil, prevê a possibilidade de o credor buscar a satisfação de seu crédito mediante a oposição da ação pertinente.
No presente caso, tem-se em tela um ato ilícito pelo descumprimento da obrigação pactuada por parte dos Réus, o que se enquadra no CC nos seguintes termos:
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
No presente caso, tem-se a demonstração inequívoca da ilicitude do ato dos Réus, ao deixar de pagar o valor acordado, nos termos do Art 186 do CC, sendo inexigível qualquer outra prova.
Ainda, segundo o artigo 46 do CDC, os contratos de consumo não obrigarão os consumidores se não lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compressão de seu sentido e alcance.
Outrossim, dispõe o artigo 36 do mesmo diploma legal que a publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente a identifique comotal.
No caso dos autos, o produto das Requeridas era oferecido convencendo os participantes/clientes/investidores que receberiam fantásticos rendimentos. Ou seja, dada a ocorrência de vício do consentimento diante da ilusão imputada aos consumidores, foi a parte requerente induzida em erro, aderindo a proposta, contratando plano de investimento, que na realidade ocultava prática ilícita (pirâmide financeira), e que atualmente sequer paga os valores prometidos.
Portanto, o comportamento das Requeridas configurou clara prática abusiva, enquadrando-se no artigo 39, IV do Código de Defesa do Consumidor, in verbis:
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:
(...)
IV. prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços.
Cumpre dizer que os produtos oferecidos eram uma armadilha para o consumidor, como transparece na hipótese, onde foi completamente desprezado o princípio da boa-fé contratual.
Portanto, resta claro o direito ao desfazimento do negócio. Consequência disso é o retorno das partes ao estado anterior à contratação, com a rescisão do contrato e a devolução do valor pago pelo Requerente, devidamente corrigido e acrescido de juros.
Quanto aos valores a serem devolvidos pelas Requeridas, além daqueles pagos pelo Requerente, há os lucros. É que conforme já exposto, quando um cliente compra um dos pacotes de informação, cria-se a obrigação das Requeridas em pagar 200% do valor do pacote ofertado em seis meses. Ou seja, conforme o marketing da empresa, o cliente que adquire o pacote consegue dobrar o capital investido em 6 meses.
Logo, tem-se que a ré assumiu a obrigação de pagar os bônus diários até o limite de 200% do pacote comprado, mais as indicações e os binários, e por isto, tem a obrigação de pagar o prometido sobre os depósitos.
Nesse diapasão, é altamente ilustrativo transcrever a inteligência do art. 402 do Código Civil: “salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidos ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de ganhar”.
Outrossim, nos termos do art. 35, inciso I, do CDC, c/c art. 247, do Código Civil, é dever da empresa cumprir a oferta veiculada e realizar o pagamento da quantia prometido, isto é, o pagamento dos retornos financeiros prometidos.
Cumpre destacar que o contrato de aquisição de plano de investimentos é considerado como de adesão, já que não foi ofertado aos Requerentes a possibilidade de conhecimento amplo e claro de todas as cláusulas, tão pouco discuti-las.
Assim, é nítida afronta ao artigo 39, IV do CDC, permitindo a rescisão do contrato, com a restituição integral do valor pago, corrigido e acrescido de juros, impedindo-se lesão patrimonial à consumidora, o que desde já se requer.
3. DO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
Não reconhecer o direito aqui pleiteado, configura grave privilégio ao ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA, uma vez que ficou perfeitamente demonstrado o enriquecimento indevido do devedor em detrimento ao direito do credor, devendo ser ressarcido nos termos do Código Civil:
Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários.
Ampla doutrina reforça a importância da censura ao enriquecimento sem causa, para fins da efetiva preservação da boa-fé nas relações jurídicas:
“A pessoa física ou jurídica que enriquecer sem justa causa, em razão de negócio jurídico realizado, dará ensejo ao lesado a ajuizar ação visando à restituição do valor recebido indevidamente, atualizado monetariamente.
 Inicialmente, para início de trabalho, toma-se como conceito de enriquecimento sem Causa situação na qual um indivíduo aufere vantagem indevida em face do empobrecimento de outro, sem causa que o justifique.”
Assim, considerando-se a tentativa infrutífera de recebimento dos valores devidos, bem como os prejuízos com o investimento feito R$ 11.082,00 (onze mil e oitenta e dois reais), mais os rendimentos do Contrato oferecido, no mesmo valor investido que, neste momento se junta o pedido integral do valor acima com o valor Contratado, mais as perdas e danos e danos morais a ser arbitrada pelo juízo.
4. DAS PERDAS E DANOS
Conforme demonstrado pelos fatos narrados e provas juntadas, o nexo causal entre o dano e a conduta do Réus ficaram perfeitamente caracterizado pela obrigação não paga, gerando o dever de indenizar conforme preconiza o Código Civil:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
 Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Nesse sentido, é a redação do Art 402 do CC que determina:
“Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar”.
Pauta-se a presente ação no art. 786 do Código de Processo civil, que apregoa a execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo.
No presente caso, toda perda deve ser devidamente indenizada, especialmente por que a negligencia do Réu causou no mínimo prejuízo quanto ao recebimento de renda da poupança no importe de 0,37% a.m.
Motivos pelos quais devem conduzir a indenização aos danos materiais sofridos, bem como aos lucros cessantes.
5. DA APLICABILIDADE DO CDC
É de ressaltar que se trata de questões afeitas às relações de consumo, justificando a escolha desse foro para apreciá-la, a teor do art. 101, I do Código de Defesa do Consumidor (CDC), prevendo a possibilidade de propositura desta demanda no domicílio do Requerente porquanto reconhecidamente hipossuficiente.
Dispõe a Constituição Federal de 1988 (CF/88) em seu artigo 5º, inciso XXXII, que “o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor”. A defesa de seus direitos é, portanto, garantia constitucional, efetivada pela Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990, que regulamenta as formas de proteção do consumidor, com normas de ordem pública e interesse social.
Entre os direitos básicos previstos no CDC está à garantia de reparação dos danos patrimoniais e morais, o acesso à justiça e a inversão do ônus da prova em favor do consumidor, nos termos do artigo 6º, incisos VI, VII e VIII, devendo estes serem aplicados ao caso em tela.
Cumpre destacar, em relação ao art. 6º, VIII, do CDC, que os Requerentes se encontram em nítida desvantagem em relação às Requeridas, o que por si só autoriza a inversão do ônus probandi, uma vez que se trata de aplicação do direito básico do consumidor, inerente à facilitação de sua defesa.
Sobre a relação de consumo, as partes enquadram-se nos conceitos de consumidor e fornecedor conforme dispõem os arts. 2º e 3º do CDC, vez que o Requerente é consumidor final e as Requeridas instituições financeira, nos termos da Súmula 297 do STJ.
Sendo assim, inexistem maiores dificuldades em se concluir pela aplicabilidade do referido Código, visto que este corpo de normas pretende aplicar-se a todas as relações desenvolvidas no mercado brasileiro que envolvam um consumidor e um fornecedor.
Portanto, requer seja o caso analisado e julgado sob o prisma da relação de consumo, deferindo-se ainda, em favor do Requerente, o benefício da inversão do ônus da prova consoante artigo 6º, VIII, do CDC, ante a manifesta hipossuficiência técnica e financeira em relação às Requeridas.
6. DA VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR
Na relação de consumo, à qual se adapta a prestação de serviços desempenhada pela Requerida, é os Requerentes sem sombra de dúvida o consumido vulnerável e hipossuficiente perante o poderio financeiro da mesma, sendo certo, que deve o Judiciário não só determinar emfavor dos Requerentes as medidas assecuratórias ao direito do consumidor, como inclusive, dar soluções alternativas para as questões controvertidas que desta relação ganharam vida.
7. DA PROTEÇÃO LEGAL DOS CONSUMIDORES
Assiste aos consumidores a presunção legal da sua proteção.
Esta presunção está dita no primeiro princípio em que se funda a Política Nacional das Relações de Consumo, na qual o reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor frente ao fornecedor, assim insculpida no inciso I, do art. 4º, do CDC, in verbis:
“A política Nacional de Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde (...);
 Inciso I – reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; (...)”
Aos Juízes é permitida a intervenção nas relações de consumo, para dar soluções alternativas às questões controvertidas que desta relação ganharam vida.
Ao analisar a questão, Vossa Excelência não será um mero servidor da vontade das partes, mas um ativo implementador da Justiça, tendo sempre como objetivo a equidade das partes.
Assim ressalta o Código de Defesa do Consumidor em seus artigos 6º, inciso VI e 14, caput:
“Artigo 6º, CDC - São direitos básicos do consumidor:
 Inciso VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.
(...).
 “Artigo 14, do CDC– O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação de serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.”
Composto por normas de ordem pública, o Código de Defesa do Consumidor adota como regra a responsabilidade objetiva dispensando, assim, a comprovação da culpa para atribuir ao fornecedor a responsabilidade pelo dano, bastando a presença da ação ou omissão, o dano e o nexo causal entre ambos.
Assim, diante da evidente relação de causa e efeito que se formou e ficou demonstrada, surge o dever de indenizar independentemente da apuração de culpa.
8. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Igualmente, conforme já exaustivamente comentado, aplicando-se o Código de Defesa do Consumidor, deflagra-se um dos direitos básicos do consumidor, insculpido no Artigo 6º, Inciso VIII, concernente a inversão do ônus da prova.
“Artigo 6º, CDC - São direitos básicos do consumidor:
 “VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências”.
DA FALTA DE INFORMAÇÃO CLARAS E OFENSA aos artigo, 6º, incisos III e VIII, 14 caput do Código de Defesa do Consumidor, assim dispõe:
 Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;
 VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
9. NECESSIDADE DE CONCESSÃO DE TUTELA DE URGÊNCIA
Trata-se de nítida situação que ampara pedido de liminar, diante da inequívoca dos requisitos necessários a concessão do pedido de urgência, TENDO EM VISTA QUE O REU ESTÁ DEVENDO PARA VÁRIOS CLIENTES, CONFORME PROVAS E NEGATIVA DE DEVOLUÇÃO DOS RENDIMENTOS DE SEUS CLIENTES.
Fica demonstrado que o diante do risco de perecimento ou de dilapidação do patrimônio causa grave risco de perecimento do direito.
Ficou destacado claramente nesta peça processual, em tópico próprio, que houvera falha na prestação dos serviços diante da recusa do cumprimento de obrigação contratual da Ré, por conta dessa ilicitude, formula-se pleito de tutela provisória de urgência.
Ademais, considerando a relação consumerista entre as partes, bem como o descumprimento da obrigação contratual da Ré, a Tutela de Urgência ora pleiteada é também específica, amparada pelo art. 48 c/c o art. 84, ambos do Código de Defesa do Consumidor, in verbis:
Art. 48. As declarações de vontade constantes de escritos particulares, recibos e pré-contratos relativos às relações de consumo vinculam o fornecedor, ensejando inclusive execução específica, nos termos do art. 84 e parágrafos. 
§ 1º A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas optar o autor ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente. 
§ 2º A indenização por perdas e danos se fará sem prejuízo da multa (art. 287, do Código de Processo Civil). § 3º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia, citado o réu.
§ 4º O juiz poderá, na hipótese do § 3º ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito. 
§ 5º Para a tutela específica ou para a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz determinar as medidas necessárias, tais como busca e apreensão, remoção de coisas e pessoas, desfazimento de obra, impedimento de atividade nociva, além de requisição de força policial.
Ora Excelência, de que vale adquirir e investir se o consumidor está privado do serviço de saque e/ou transferência.
Verifica-se que as Requeridas não devolveram o dinheiro investido no prazo de 48 horas e nem os rendimentos prometidos, ou seja, a obrigação não vem sendo cumprida, observa-se que aos Requerentes vem sendo enganado pelas as Requeridas.
Assim, conforme exposto, aliado aos demais documentos anexados com a presente ação, resta cabalmente comprovado que o direito dos Requerentes em receber os seus valores, obrigação injustificadamente descumprida de forma ilícita pelas as Requeridas.
Quanto ao perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, os Requerentes usaram de suas economias para investir o dinheiro e sua família também necessitam da quantia investida para saque imediato, posto que os mesmos sobrevivem destes rendimentos. os Requerentes estão impedidos de realizar o saque.
Por outro lado, a negativa de saque a retirado do site do ar, gerou evidente situação de abandono, bem como a insegurança jurídica e financeira aos consumidores, o que desperta um grande alerta para um possível “calote”.
Excelência, não é justo com o Autor que investiu meses na plataforma Ré e no momento que mais precisa de suas reservas, está privado de utiliza-las seja pela suposta alta demanda ou por problemas técnicos enfrentados pela Ré.
Verifica-se que existe várias denúncias no Reclame aqui na plataforma da 1ª Requerida que não está cumprindo com a devolução dos valores dos investidores, conforme plataforma do reclame aqui.
No site do Reclame Aqui, é possível verificar centenas e centenas de reclamações de diversos consumidores das mais variadas localidades, posto que todos reclamam pelo mesmo motivo, a inadimplência da 1ª Requerida que congelou todos as solicitações de saques.
Dessa forma, os Requerentes não podem aguardar ad eternum as Requeridas efetivar suas solicitações de saques. Caso as Requeridas não sejam compelidas a cumprir coercitivamente a obrigação contratual, os Requerentes correm o risco de perder os valores investidos, até mesmo, em razão da incerteza e falta de transparência, a empresa pode se tornar insolvente ou ainda deixar de existir até o provimento final da presente ação.
Em caso análogo ondefoi concedida tutela de urgência:
Processo: 1098933-21.2019.8.26.0100 (Tramitação prioritária)
Classe: Procedimento Comum Cível
Área: Cível
Assunto: Rescisão do contrato e devolução do dinheiro
Distribuição: 03/10/2019 às 17:19 - Livre
37ª Vara Cível - Foro Central Cível
Controle: 2019/001932
Juiz: ADRIANA CARDOSO DOS REIS Valor da ação:
R$ 26.000,02
Partes do processo
Reqte: José Hilton da Silva
Advogado: Taciano Ferrante
Reqdo: Urpay Tecnologia Em Pagamentos Ltda
Remetido ao DJE
Relação: 0398/2019 Teor do ato: Vistos. 1. Defiro em parte o pedido de tutela de urgência de natureza cautelar (artigo 300 do Código de Processo Civil). A probabilidade do direito do autor está evidenciada pelos documentos que instruíram a petição inicial, os quais demonstram que ele investiu o valor de R$ 8.985,00 (fls. 28/29, 34/35, 64/65, 68/69 e 73/74) junto à ré Unick Sociedade de Investimentos Ltda. (fls. 36/41), cujo pagamento era efetuado à ré Urpay Tecnologia Em Pagamentos Ltda. (fls. 28, 34, 64, 68 e 73) e cujas obrigações eram garantidas pela ré S.A. Capital Ltda. (fls. 36/41). O perigo de dano se consubstancia pelo risco de inexistência de bens para garantir futura execução, já que a CVM emitiu alerta de atuação irregular da ré Unick Sociedade de Investimentos Ltda. na emissão e distribuição de valores mobiliários sem a sua autorização (<http://www.cvm.gov.br/noticias/arquivos/2019/2019042 5-3.html>). Diante do exposto, e com fundamento no artigo 300 do Código de Processo Civil, determino o arresto dos ativos financeiros existentes em nome das rés até o limite de R$ 8.985,00. Recolha o autor as despesas necessárias ao cumprimento da medida (recolhimento em favor do Fundo Especial de Despesa do Tribunal - FEDT, código 434-1, R$ 48,00). Após, proceda-se via online pelo sistema BACENJUD. Cumprida a medida, aguarde-se o depósito, que deverá permanecer vinculado ao processo até o julgamento da lide. Indefiro a tutela de urgência em relação aos demais valores indicados pelo autor. A uma porque ele comprovou o pagamento do valor de R$ 8.985,00 e não de R$ 11.882,00. A duas porque não há prova da alegada pactuação de remuneração diária no percentual de 1,5%, bem como de bônus por indicação no percentual de 10%, já que referidas obrigações não constam do contrato celebrado entre as partes. 2. Por não vislumbrar na espécie, diante da natureza da controvérsia posta em debate e das especificidades da causa, a possibilidade de composição consensual, e de modo a adequar o rito processual às necessidades do conflito, deixo para momento oportuno a análise da conveniência da audiência de conciliação (CPC, art. 319, VII, e Enunciado n. 35 da ENFAM). "Enunciado n. 35: Além das situações em que a flexibilização do procedimento é autorizada pelo art. 139, VI, do CPC/2015, pode o juiz, de ofício, preservada a previsibilidade do rito, adaptá-lo às especificidades da causa, observadas as garantias fundamentais do processo". Outrossim, cumpre destacar entendimento de José Miguel Garcia Medina ao concluir que "o CPC/2015 é parte de um esforço, no sentido de substituir, ainda que gradativamente, a cultura da sentença pela cultura da pacificação, mas a nova lei processual não adotou essa postura de modo absoluto" in Direito Processual Civil Moderno , RT Páginas 534 (grifos nossos). 3. APÓS o cumprimento do item 1 desta decisão, CITEM-SE as rés para integrarem a relação jurídico-processual (CPC, artigo 238) e oferecerem contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias úteis (CPC, artigos 219 e 335), sob pena de revelia e presunção de veracidade das alegações de fato aduzidas pelo autor (CPC, artigo 344), cujo termo inicial será a data prevista no artigo 231 do CPC, de acordo com o modo como foi feita a citação (CPC, artigo 335, III). Intimem-se. São Paulo, 08 de outubro de 2019. Advogados (s): Taciano Ferrante (OAB 196373/SP); grifo nosso).
Pelo exposto, aliado à farta documentação carreada aos autos, nos termos do art. 300 e seguintes do CPC c/c arts. 48 e 84 do CDC, requer a concessão da Tutela de Urgência ora pleiteada, para que seja determinado, o bloqueio BACENJUD nas contas dos Réus, no valor de R$ 11.082,00 (onze mil oitenta e dois reais), referente ao valor principal investido, ficando claro que os depósitos ocorreram na conta corrente da empresa URPAY, conforme orientação da própria Requerida UNICK, ficando pendente ainda a ser ressarcido os rendimentos previstos em contrato e os danos morais pleiteados.
10. DANO MORAL – RESPONSABILIDADE OBJETIVA
A conduta das Requeridas acima narrada, submeteu os Requerentes a enorme aborrecimento, humilhação e constrangimento, pois foi incentivado através de falsas promessas, a comprar planos de investimentos com todas as suas economias acumuladas durante anos, em fundos não autorizados pela CVM. E as Requeridas sabiam disso!
O direito à indenização por danos morais encontra-se expressamente consagrado em nossa Carta Magna, como se vê pela leitura de seu artigo 5º, incisos V e X, os quais transcrevo: "É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem" (artigo 5º, inciso V, CF).
"São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral, decorrente de sua violação" (artigo 5º, inciso X, CF).
É correto que, antes mesmo do direito à indenização material e moral ter sido erigido à categoria de garantia constitucional, já era previsto em nossa legislação infraconstitucional, bem como, reconhecido pela Justiça.
O comando constitucional do art. 5º, V e X, também é claro quanto ao direito da parte autora à indenização dos danos morais sofridos.
É UM DIREITO CONSTITUCIONAL.
E se não bastasse o direito constitucional previsto no art. 5º, é a própria Lex Mater que em seu preâmbulo alicerça solidamente como um dos princípios fundamentais de nossa nação e, via de consequência, da vida em sociedade, a defesa da dignidade da pessoa humana. Dignidade que foi ultrajada, desprezada pelas Requeridas.
A indenização dos danos morais que se pleiteia é direito constitucional a todos. E no ordenamento jurídico infraconstitucional, além do CDC, está o Código de Leis Substantivas Civis de 2002 a defender o mesmo direito dos Requerentes. Com efeito o artigo 927 do Código Civil apressa se em vaticinar a obrigação de reparar que recai sobre aquele que causar dano a outrem por ato ilícito.
No CDC, por seu turno, também contempla a indenização por dano moral, nos incisos VI e VII, do artigo 6º, in verbis:
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;
Ademais, a norma consumerista estatui que a responsabilidade por falha na prestação dos serviços é objetiva, in verbis:
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
No mesmo sentido, o ato ilícito presente neste acidente de consumo é, conforme os artigos 186, 187 e 927 do Código Civil, determinam que aquele que por ação voluntária violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, ficará obrigado a repará-lo.
É assente a doutrina no sentido da reparação do dano sofrido.
Assim é que Sérgio Severo afirma: “Dano patrimonial é aquele que repercute, direta ou indiretamente, sobre o patrimônio da vítima, reduzindo-o de forma determinável, gerando uma menos-valia, que deve ser indenizada para que se reconduza o patrimônio ao seu status que ante, seja por uma reposição in natura ou por equivalente pecuniário.” (In Os Danos Extrapatrimoniais. São Paulo: Saraiva, 1996,p. 40). 
“Dano moral é aquele que, direta ou indiretamente, a pessoa, física ou jurídica, bem assim a coletividade, sofre no aspecto não econômico dos seus bens jurídicos”. (Op. Cit. p. 42).
O doutrinador Carlos Alberto Bittar conclui:
Assim sendo, para que haja ato ilícito, necessária se faz a conjugação dos seguintes fatores: a existência de uma ação; a violação da ordem jurídica; a imputabilidade; a penetração na esfera de outrem. Desse modo, deve haver um comportamento do agente, positivo (ação) ou negativo (omissão), que, desrespeitando a ordem jurídica, cause prejuízo a outrem, pela ofensa à bem ou a direito deste. Esse comportamento (comissivo ou omissivo) deve ser imputável à consciência do agente, por dolo (intenção) ou por culpa (negligência, imprudência, imperícia), contrariando, seja um dever geral do ordenamento jurídico (delito civil), seja uma obrigação em concreto (inexecução da obrigação ou de contrato). [...] Deve, pois, o agente recompor o patrimônio (moral ou econômico) do lesado, ressarcindo-lhe os prejuízos acarretados, à causa do seu próprio, desde que represente a subjetividade do ilícito.[1]
 Constatado o ato do agente e o nexo de causalidade, resta perquirir a extensão do prejuízo, não para garantir o recebimento da indenização, mas para que o valor seja arbitrado com fundamento no artigo 944 do Código Civil.
No que concerne ao quantum, deve ser levado em conta os seguintes parâmetros, aceitos tanto pela doutrina quanto pela jurisprudência:
a) a posição social e econômica das partes;
b) a intensidade do dolo ou o grau de culpa do agente;
c) a repercussão social da ofensa; e,
d) o aspecto punitivo-retributivo da medida.
Nesse sentido temos a seguinte posicionamento:
Quanto ao valor ou critério de seu estabelecimento, já se firmou a jurisprudência: “Na indenização a título de danos morais, como é impossível encontrar um critério objetivo e uniforme para a avaliação dos interesses morais afetados, a medida da prestação do ressarcimento deve ser fixada a arbítrio do juiz, levando-se em conta as circunstâncias do caso, a situação econômica das partes e a gravidade da ofensa, de modo a produzir, no causador do mal, impacto bastante para dissuadi-lo de igual e novo atentado, sem, contudo, significar um enriquecimento sem causa da vítima, visto que quem está enriquecendo ilicitamente é a empresa UOL ao se apropriar indevidamente dos recursos financeiros da Autora. (TJMG – Ac. da 2ª Câm. Cív. julg. em 22-5-2001 – Ap. 000.197.132-4/00-Divinópolis – Rel. Dês. Abreu Leite; in ADCOAS 8204862).
Inclusive, ficou demonstrado que os Requerentes foram enganados pelas pela UNICK, pois, sente vergonha em contar para sua família que foi vítima de um golpe de estelionato, pois, precisa do dinheiro do saque para a manutenção de sua família.
Diante do exposto, o montante não pode ser irrisório, a ponto de menosprezar a dor sofrida pelo Requerente, que foi iludido por falsas promessas e está privado dos seus recursos financeiros. Além disso, as Requeridas ignoraram os deveres da boa-fé e todos os demais princípios aos quais deviam obrigação, constrangendo o consumidor em evidente necessidade financeira ao não ressarcir, pelo menos, os valores investidos, motivo pelo qual o valor de R$ 50.000,00, (cinquenta mil reais), se mostra justo e adequado a ser fixado a título de danos morais.
11. DA CORREÇÃO DOS VALORES SEGUNDO CONTRATO
Tendo em vista que houve promessa de investimento, é necessário haver a apuração dos lucros investidos pelos Requerentes na forma contratada e ofertada pela UNICK.
Tendo em vista que não houve acesso mais a plataforma de investimento, não é possível apurar-se qual valor dos juros e correções que os Requerentes fazem jus.
Dessa forma, se faz necessário que as requeridas tragam aos autos os extratos de investimentos feitos pelos requentes com as devidas correções e juros que se refere aos lucros dos investimentos.
Não havendo apresentação e faz necessário, aplicação de multa diária para apresentação dos lucros dos investimentos, caso, não seja aplicado é necessário a apuração por meio de liquidação de sentença, ou por indenização compensatória na importância do dobro do valor investido, conforme apresentados pela UNICK, ou seja, a importância total de R$ 22.164,00 (vinte e dois mil cento e sessenta e quatro reais) que se refere ao valor investido mais 100% de lucro.
12. DA PRÁTICA DE CRIME
A UNICK e seu grupo econômico praticou o crime previsto no artigo 171, pois, os fatos aqui narrados se adéquam ao fato típico descrito no art. 171 do Código Penal, que assim:
"Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
 Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.”
Logo, é mister que Vossa Excelência oficie o Ministério Público para a instauração da competente persecução penal nos termos do art. 40 do Código de Processual Penal, ou inclusão do Requerestes como vitimas em eventual ação penal que já esteja em tramitação.
IV. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Ante o exposto, REQUER:
a) A concessão de TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA, a fim de deferir o bloqueio online via sistema Bacenjud em contas de nome das Requeridas na quantia de R$ 11.082,00 (onze mil e oitenta e dois reais), conforme consta no extrato do Requerente como “total a ser ressarcido”, lembrando que esse valor é o que foi efetivamente pago pelo Requerente e, portanto, tem o direito inequívoco de recebe-lo, sem falar de eventual lucros e indenização que merece receber ao final da demanda.
b) DEFERIMENTO DA JUSTIÇA GRATUITA nos moldes do art. 98 do CPC.
c) A CITAÇÃO DAS REQUERIDAS por carta, para apresentar contestação, caso queiram;
d) A DISPENSA DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO;
e) A INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA conforme o art. 6º, VIII, do CDC que constitui direito básico do consumidor a facilitação da defesa dos seus direitos em juízo;
f) A APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, o reconhecimento da relação de consumo e aplicando a inversão do ônus da prova;
g) No mérito, requer a PROCEDÊNCIA TOTAL dos pedidos para rescindir o contrato de adesão existente entre as partes, condenando as Requeridas solidariamente a devolução do valor pago pelo Requerente (de R$ 11.082,00 (onze mil e oitenta e dois reais), e ainda, ao pagamento dos lucros conforme prometido, a ser apurado em liquidação de sentença, tudo acrescido de juros e correção monetária;
h) Alternativamente, não sendo possível a aferição do exato lucro do investimento, seja as Requeridas condenadas, ao pagamento de 100% do valor investido a titulo de lucro do investimento, uma vez que esta era a promessa da UNCIK, sendo assim, o valor do principal com o lucro do investimento deverá ser R$ 22.164,00 (vinte e dois mil cento e sessenta e quatro reais).
i) A condenação das Requeridas ao pagamento de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) a título de danos morais;
j) Condenar os Réus nas custas e honorários SUCUMBENCIAIS, tendo em vista prática abusiva praticada pelos Réus, a fim de responder não só a efetiva reparação do dano, mas também ao caráter preventivo pedagógico do instituto, no sentido de que no futuro o fornecedor de serviços tenha mais cuidado e zelo com o consumidor, sem, contudo, caracterizar em hipótese alguma enriquecimento ilícito por parte dos Requerentes, pois o Princípio da Razoabilidade das indenizações por danos morais é um prêmio aos maus prestadores de serviços, públicos e privados, portando, os honorários deve ser fixados na importância mínima de 20% sobre o valor da condenação, consoante o art. 85 do CPC;
k) A EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO AO MINISTÉRIO PÚBLICO, nos termos do art. 40 do Código de Processo Penal, para apuração da prática do crime previsto no art. 171 do Código Penal, ou para que inclua os Requerentes como vitimas em eventual ação penal em tramite.
l) Protesta provar o alegado, através de todos os meios de provas em direitos admitidos;
m) Que as futuras intimaçõese notificações sejam todas feitas em nome do advogado subscritor.
Dá-se à causa o valor de R$ 72.164,00 (Setenta e dois mil cento e sessenta e quatro reais)[2]
 Pede deferimento.
 Florianópolis/SC, 3 de julho de 2020
RAFAEL RODRIGUES CORDEIRO
OAB/SC 50.767
Petição assinada digitalmente
(Lei 11.419/2006, art. 1º, § 2º, III, a)
[1] BITTAR, Carlos Alberto. Responsabilidade civil nas atividades perigosas, in Responsabilidade Civil Doutrina e Jurisprudência, 1988, p. 93-5
[2] Valor da causa: Somatória de R$ 11.082,00, que se refere ao valor investido + R$ 11.082,00 que se refere ao eventual lucro de 100% do investimento prometido pela UNICK + R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) a titulo de danos morais.

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