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Modelo de Réplica à Contestação Inexistência de Débito Indenização Danos Morais Antecipação de Tutela

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA $[processo_vara] VARA CÍVEL DA $[PROCESSO_COMARCA] - $[PROCESSO_UF]
 
 
 
 
 
PROCESSO Nº: $[processo_numero_cnj]
 
 
 
 
 
$[parte_autor_nome_completo],  já qualificado nos autos da AÇÃO DE DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS & ANTECIPAÇÃO DE TUTELA INAUDITA ALTERA PARTE, que move contra $[parte_reu_razao_social]. por seu procurador infra firmado, vem, em atendimento à determinação de Vossa Excelência, manifestar-se a respeito da Contestação apresentada pela Ré, o que faz da maneira que segue:
 
I- DAS ALEGAÇÕES DA RÉ
 
No mérito, o réu alegou que procedeu a apuração do valor a título de recuperação de consumo e seguiu as diretrizes preconizadas na Resolução 414/2010 da ANEEL. O que não merece prosperar, afinal, os fatos são distintos daqueles narrados na contestação.
 
II- DO MÉRITO
II.1- DO DIREITO DE FISCALIZAÇÃO E DA IRREGULARIDADE DA INSPEÇÃO
 
É evidente que a empresa-ré tem direito e também a obrigação de realizar fiscalização para a apuração das condições técnicas e de segurança da medição das unidades consumidoras. Porém, tem aparato técnico suficiente para detectar “ab initio”, eventual diminuição estranha no consumo de qualquer um de seus usuários, coisa que estes, não têm obrigação nem condições de fazer em virtude de seu desconhecimento técnico para tanto, cabendo salientar que a relação do consumidor com a empresa-ré é puramente comercial, devendo àquele pagar a fatura apresentada mensalmente, coisa que sempre fez.
 
Ocorre Excelência que na Lei nº 8.2451/91, conhecida como Lei do inquilinato. Em seu art. 23, VIII, a Lei do Inquilinato define que:
 
“Art. 23. O locatário é obrigado a: […] VIII – pagar as despesas de telefone e de consumo de força, luz e gás, água e esgoto”.
 
Dessa maneira o Autor torna-se o responsável por todos os débitos advindo do fornecimento de energia da referida UC. Contudo, o Autor não estava presente no ato em que houve a inspeção do contador de onde reside e não teve conhecimento em tempo hábil de contestar qualquer alegação de irregularidade no medidor.
 
Como se isso não bastasse Excelência, todos os papéis foram assinados pelo proprietário da residência, que nem sequer sabia o conteúdo. O senhor Jorlândio não teve nenhuma instrução enquanto assinava os papéis e nem ao menos tinha percepção do que estava concordando. 
 
A empresa-ré aproveitando da pouca instrução e da pouca leitura do proprietário da residência, fez  com que ele assinasse toda papelada, sem ao menos dar uma explicação esmiuçada do que estava acontecendo. Tanto que quando o Senhor Jorlândio passou os documentos para o Autor da demanda, não sabia informar os acontecimentos de forma clara e objetiva.
 
POR CONTA DISSO, NÃO DEVE SER LEVADO EM CONSIDERAÇÃO AS ASSINATURAS DO PROPRIETÁRIO.
 
II.2- DA RESPONSABILIDADE DO CONSUMIDOR PELO MEDIDOR
 
Tudo bem que o titular da instalação seja responsável pela unidade consumidora. Porém, seu dever de guarda do equipamento de medição se restringe apenas pela sua integridade externa, justamente aquela que é passível de ser visualizada. Não pode ser responsabilizado por defeitos internos, já que ele, consumidor, não tem acesso ao interior de tais equipamentos que são lacrados.
 
Dizer que o titular da unidade consumidora é o único responsável pela adequação técnica após o ponto de entrega, atenta contra a nossa inteligência e o nosso bom senso. Como já foi dito acima, exigir que ele exerce seu dever de guarda pela integridade externa do equipamento, está dentro do razoável, agora, exigir que ele mantenha a segurança interna da unidade consumidora, é ridícula, já que mensalmente a Concessionário faz a medição e tem acesso ao equipamento. Como poderá ele, pessoa sem capacitação técnica, sem acesso ao interior de tais equipamentos, já que eles são lacrados externamente, ser responsabilizado por defeitos que por ele não podem ser visualizados?
 
O Autor guardou e conservou o equipamento com todo o zelo necessário. Assim, o referido medidor foi entregue fechado e lacrado, e, no ato fiscalizatório, assim foi encontrado, não tendo qualquer indício de ter sido devassado. Os defeitos encontrados eram internos, justamente em locais aos quais o Autor não teve acesso.
 
II.3- DA IRREGULARIDADE DA APLICAÇÃO DA MULTA
 
O Termo de Ocorrência de Irregularidade – TOI é um instrumento previsto no antigo 129, inciso I, da Resolução nº 414/2010 da ANEEL, com a seguinte redação:
 
Art. 129. Na ocorrência de indício de procedimento irregular, a distribuidora deve adotar as providências necessárias para sua fiel caracterização e apuração do consumo não faturado ou faturado a menor.
I – emitir o Termo de Ocorrência e Inspeção – TOI, em formulário próprio, elaborado conforme Anexo V desta Resolução;
E na sequência do referido dispositivo, no inciso II, o consumidor tem o direito à exigir uma perícia técnica do medidor como decorrência lógica do princípio do contraditório e da ampla defesa:
II – solicitar perícia técnica, a seu critério, ou quando requerida pelo consumidor ou por seu representante legal;
 
O TOI, nesse sentido, tem por finalidade formalizar a constatação de alguma irregularidade encontrada nas unidades de consumo de energia elétrica, que proporcione faturamento inferior ao faturado.
 
Para tanto, este processo administrativo deveria permitir a atuação do consumidor em todas as suas fases, inclusive na perícia local que conclui pela ausência ou ocorrência de irregularidade.
 
É válido ressaltar que no ato da Inspeção o Autor, que é inquilino e responsável pela Unidade Consumidora, não estava em sua residência e não esteve presente para requerer seu DIREITO a PERÍCIA. E por sequência de erros, o proprietário da residência assinou toda documentação sem conhecimento algum do seu direito de resposta.
 
Mas ao contrário do que esperado, a empresa Ré, no mesmo ato que lavrou o TOI, em apenas 6 dias após a inspeção, gerou a aplicação da multa, sem apurar se houve furto de energia elétrica “gato”, sem o crivo de ampla defesa do consumidor.
 
Trata-se portanto, de penalidade imposta de forma indevida, conforme precedentes sobre o tema:
 
APELAÇÃO CÍVEL. CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA. LIGHT. LAVRATURA DE TERMO DE OCORRÊNCIA DE IRREGULARIDADE (TOI). Sentença de parcial procedência para declarar a nulidade do TOI lavrado pela ré, bem como determinar a restituição à parte autora, de forma simples, dos valores eventualmente pagos pelo referido TOI. Recurso exclusivo da parte autora. Consumidora que faz jus à devolução dos valores indevidamente pagos na forma simples, ante a ausência de comprovação de má fé. A lavratura de TOI, por si só, não tem o condão de acarretar danos morais e não se verifica no caso concreto qualquer desdobramento do fato a fundamentar a pretensão de indenização. Dano moral não configurado. Mero aborrecimento. Súmula 75 do TJRJ. Sentença mantida tal como lançada. DESPROVIMENTO DO RECURSO.
(TJ-RJ - APL: 01031224120118190001 RIO DE JANEIRO CAPITAL 9 VARA CIVEL, Relator: SÔNIA DE FÁTIMA DIAS, Data de Julgamento: 11/10/2017, VIGÉSIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL CONSUMIDOR, Data de Publicação: 19/10/2017)
 
Apelação Cível. Relação de Consumo. Lavratura de Termo de Ocorrência de Irregularidade (TOI). Sentença de procedência. Irresignação da parte ré. 1. Conhecimento apenas da matéria relativa à lavratura do TOI e da cobrança a título de recuperação de consumo. Ausência de impugnação específica com relação ao dano moral. Pedido genérico de reforma total da sentença. Violação ao princípio da dialeticidade. 2. Responsabilidade objetiva da prestadora do serviço. Artigo 14, § 3º da Lei 8.078/90. Incumbe à concessionária o ônus de comprovar a regularidade do TOI. 3. Aplicação do enunciado nº 256 da súmula do TJRJ. Termo de ocorrência de irregularidade que não ostenta o atributo da presunção de legitimidade, ainda que subscrito pelo usuário. 4. Laudo pericial conclusivo, no sentido de que o procedimentoadotado pela empresa ré não atendeu ao art. 72 da resolução nº 456/2000 da ANEEL, vigente à época da lavratura do TOI. Autor que solicitou a troca do relógio medidor após comprar o imóvel. Demandante não pode ser responsabilizado por eventuais danos do aparelho de medição, causados por terceiros. Falha na prestação do serviço. 5. Cobrança indevida de valores a título de recuperação de consumo. Devolução em dobro dos valores pagos pelo autor, relativos às cobranças indevidas decorrentes da lavratura do TOI. 6. Manutenção da sentença. 7. NEGA-SE PROVIMENTO AO RECURSO.
 
(TJ-RJ - APL: 00098406920098190210 RIO DE JANEIRO LEOPOLDINA REGIONAL 4 VARA CIVEL, Relator: SÉRGIO SEABRA VARELLA, Data de Julgamento: 30/08/2017, VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL CONSUMIDOR, Data de Publicação: 31/08/2017)
CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ENERGIA ELÉTRICA. TOI. INEXISTÊNCIA DE IRREGULARIDADES. Ação de obrigação de fazer cumulada com indenizatória porque a Ré lavrou Termo de Ocorrência de Irregularidade e cobra pelo consumo de energia elétrica recuperado. O Termo de Ocorrência de Irregularidade é insuficiente a provar o alegado vício no relógio medidor de energia elétrica porque produzido de forma unilateral, sem o crivo do contraditório. Apesar de a prova documental evidenciar haver problemas no medidor, a prova pericial confirma a inocorrência de consumo não registrado. O faturamento correspondente ao consumo razoável impede a cobrança do crédito pela recuperação e impõe a devolução em dobro dos valores pagos indevidamente, de vez que caracterizada a má-fé da prestadora de serviço. Incremento da verba honorária na forma do artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil. Recurso desprovido.
 
(TJ-RJ - APL: 00232911220098190001 RIO DE JANEIRO CAPITAL 31 VARA CIVEL, Relator: HENRIQUE CARLOS DE ANDRADE FIGUEIRA, Data de Julgamento: 11/04/2017, QUINTA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 17/04/2017)
 
Com base no Histórico de Contas do Cliente acostados nos autos pela empresa Ré, é possível notar que não houve nenhuma mudança na média de valores pagos pelo Autor.
 
A inspeção da Concessionária ocorreu no dia 09 de janeiro de 2019, e todas as faturas anteriores a essa data tinha uma média de R$ 16,00 ( dezesseis reais) e no entanto, após todas as alterações no medidor de energia os valores continuam na mesma média, o que podemos confirmar que não havia nenhuma irregularidade no faturamento de Energia.
 
III- DO DANO MORAL
 
Por MORAL, na dicção de Luiz Antônio Rizzatto Nunes, entende-se" (...) tudo aquilo que está fora da esfera material, patrimonial do indivíduo "(O Dano Moral e sua interpretação jurisprudencial. São Paulo: Saraiva, 1999, p. 1).
 
Portanto, a definição de dano moral tem que ser dada sempre em contraposição ao dano material, sendo este o que lesa bens, apreciáveis pecuniariamente, e àquele, ao contrário, o prejuízo a bens ou valores que não tem conteúdo econômico. Assim, a citada indenização tem a finalidade de compensar a sensação de dor da vítima e, ao mesmo tempo, produzir no causador do mal, impacto bastante para dissuadi-lo de igual e novo atentado.
 
A reparação que obriga o ofensor a pagar, e permite ao ofendido receber, é princípio de justiça, com feição, punição e recompensa, dentro do princípio jurídico universal que adote que ninguém deve lesar ninguém. Desta maneira:
 
" Todo e qualquer dano causado à alguém ou ao seu patrimônio, deve ser indenizado, de tal obrigação não se excluindo o mais importante deles, que é o DANO MORAL, que deve automaticamente ser levado em conta. "(V. R. Limongi França, Jurisprudência da Responsabilidade Civil, Ed. RT, 1988).
 
Nesta modalidade de reparação, Culto Magistrado, não se trata de pagar o transtorno e a angústia causada ao autor, mas sim de dar ao lesado os meios derivativos, com que se aplacam ou afugentem esses males, através de compensação em dinheiro, o quantum satis, a fim de se afastar os sofrimentos ou esquecê-los, ainda que não seja no todo, mas, ao menos, em grande parte.
 
E, no caso, a verdade é que não se pode negar o abrupto prejuízo moral do Requerente, uma vez que foi vítima de um ato arbitrário e ilegal da empresa ré.
 
É curioso e triste constatar, que por irresponsabilidade, ignorância ou mesmo por dolo, neste pais o consumidor ainda seja tratado com desprezo, embora repleto de razão, assumindo as grandes empresas a posição ilusória de instituição poderosas, sem qualquer termos a sansões previstas na Lei 8.078/90, pelo mister a condenação da ré na reparação dos prejuízos suportados pelos autores.
 
Não conformado e o pior, sem ter dado a oportunidade do requerente se defender conforme preceitua a Lei Magna, no seu art. 5º, inclui LV, em relação ao direito do contraditório e ampla defesa.  
 
IV – DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
Verifica-se que a estimativa de cálculo feita, unilateralmente, pela ré, em recuperação de capital por suposta fraude em medidor que energia elétrica que esta afirma ter sido realizado pela autora, tudo feito com base em resolução da ANAEEL, além de não integrar o sistema de proteção ao consumidor, ainda não encontra respaldo na doutrina e jurisprudência, fato que por si só já enseja o cancelamento do débito apurado pela concessionária.
 
Por todas as razões acima expostas, visa o autor sentença declaratória de conteúdo negativo que declare não existir o débito em questão, eis que o consumo auferido no medidor continua o mesmo após a inspeção da ENERGISA. Ademais, a tutela antecipada busca a manutenção de um direito que lhe assiste.
 
V- DOS PEDIDOS
 
Por todo o exposto requer se digne Vossa Excelência em receber a presente impugnação, a fim de dar pela procedência da ação, com a condenação da Ré, em todos os pedidos contidos na exordial.
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento.
 
 
       $[advogado_cidade], $[geral_data_extenso].
 
      $[advogado_assinatura]

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