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ANATOMIA Weslley Jonathan P4 Vascularização da Pelve ARTÉRIAS PÉLVICAS - As artérias pélvicas possuem múltiplas anastomoses que proporciona significativa circulação colateral - As quantidades de artérias que entram na pelve menor variam no sexo masculino (4 artérias) e feminino (6 artérias) Mulheres: ▪ 2 Artérias ilíacas internas ▪ 2 Artérias ováricas ▪ Artéria sacral mediana ▪ Artéria retal superior (continuação da mesentérica inferior) No HOMEM: as artérias testiculares NÃO entram na pelve, portanto apenas quatro destas entram na pelve menor ARTÉRIA ILÍACA INTERNA - É a artéria mais importante da pelve - Principal responsável pela vascularização das vísceras pélvicas e da estrutura musculoesquelética - Também envia ramos para região glútea, regiões mediais da coxa e para o períneo - Cada artéria ilíaca interna possui cerca de 4cm, e começa quando a artéria ilíaca comum se bifurca em duas artérias: 1. Ilíaca externa → Membro inferior 2. Ilíaca interna → Região pélvica - A bifurcação da ilíaca comum ocorre no disco intervertebral entre L5 e S1 - A artéria ilíaca interna é separada da articulação sacroilíaca por: 1. Veia ilíaca interna 2. Tronco lombossacral O ureter cruza a artéria ilíaca comum ou seus ramos terminais na bifurcação ou imediatamente distal a ela. Trajeto da artéria ilíaca interna: ▪ Desce posteromedialmente até a pelve menor ▪ Medialmente à veia ilíaca externa e ao nervo obturatório ▪ Lateralmente ao peritônio DIVISÃO ANTERIOR DA ILÍACA INTERNA - A artéria ilíaca interna termina na margem superior do forame isquiático maior, dando origem aos troncos anterior e posterior - Os ramos da divisão anterior da ilíaca interna vão principalmente para: o Vísceras – Bexiga urinária, reto e órgãos genitais o Ramos parietais – Coxa e nádega ANATOMIA Weslley Jonathan P4 TRONCO ANTERIOR DA ILÍACA INTERNA Artérias umbilicais: ▪ Na vida intraembrionária são os principais continuação das artérias ilíacas internas ▪ Seguem ao longo da parede lateral da pelve e ascendem-se pela parede anterior, atravessando o anel umbilical até o cordão umbilical ▪ Levam o sangue pobre em O2 e nutrientes do bebê até a placenta ▪ Quando seccionado, após o nascimento, suas partes distais não funcionam mais e são ocluídas distalmente aos ramos que seguem até a bexiga urinária ▪ As partes ocluídas dos cordões fibrosos formam os LIGAMENTOS UMBILICAIS MEDIAIS → esses ligamentos elevam pregas de peritônio (pregas umbilicais medianas) na face profunda da parede anterior do abdome No período pós-natal, as partes pérvias das artérias umbilicais seguem anteroinferiormente entre a bexiga urinária e a parede lateral da pelve. Artéria obturatória: ▪ Sua origem é perto da origem da artéria umbilical → onde é cruzada pelo ureter ▪ Segue anteroinferiormente sobre a fáscia obturatória na parede lateral da pelve → passa entre o nervo obturatório e veia obturatória ▪ Emite ramos musculares: Uma artéria nutrícia para o ílio e um ramo púbico ▪ Ramo púbico: Se origina antes da artéria obturatória deixar a pelve → Ascende na face pélvica do púbis para se anastomosar com o RAMO PÚBICO DA ARTÉRIA EPIGÁSTRICA INFERIOR (ramo da artéria ilíaca externa) Em uma variação comum (20%), uma artéria obturatória aberrante ou acessória origina-se da artéria epigástrica inferior e desce até a pelve ao longo da via habitual do ramo púbico Os cirurgiões que realizam reparos de hérnias não devem se esquecer dessa variação comum. Artéria vesical inferior: ▪ Encontrada consistentemente apenas nos homens ▪ Surge da artéria umbilical proximal pérvia ▪ Nas mulheres é encontrada quase com a mesma frequência como RAMO DA ARTÉRIA ILIACA INTERNA ou como um ramo da artéria uterina Artéria uterina: ▪ Outro ramo da artéria ilíaca interna nas mulheres, geralmente com origem separada e direta da artéria ilíaca interna ▪ Pode ser originada da artéria umbilical ▪ Desce sobre a parede lateral da pelve, anterior à ilíaca interna, seguindo medialmente para junção do útero com a vagina, onde há protusão do colo do útero na superior da vagina ▪ Ao seguir medialmente, passa diretamente acima do ureter ANATOMIA Weslley Jonathan P4 ▪ Ai chegar no lado do colo, sofre uma divisão em dois ramos: 1. Ramo vaginal descendente menor – Irriga colo e vagina 2. Ramo ascendente maior – Segue ao longo da margem lateral do útero sendo responsável por irriga-lo ▪ O ramo ascendente maior da artéria uterina ainda se divide em duas partes: RAMOS OVÁRICO E TUBÁRICO → continuam a suprir extremidades mediais do ovário e da tuba, se anastomosando com os ramos ovários e tubário da artéria ovárica A ARTÉRIA UTERINA É HOMÓLOGO EMBRIOLÓGICO DA ARTÉRIA PARA O DUCTO DEFERENTE NO HOMEM Artéria vaginal: ▪ Pode ser originada da parte inicial da artéria uterina ou da divisão anterior da artéria ilíaca interna ▪ Da origem a vários ramos para faces anterior e posterior da vagina É HOMÓLOGO DA ARTÉRIA VESICAL INFERIOR DOS HOMENS Artéria retal média: ▪ Pode ter origem diretamente no ramo anterior artéria ilíaca interna ▪ Pode ter origem comum com a artéria vesical inferior ou a artéria pudenda interna Artéria pudenda interna: ▪ Origina-se do ramo anterior da ilíaca interna, sendo maior nos homens do que nas mulheres ▪ Segue inferolateralmente, anterior ao musculo piriforme e ao plexo sacral ▪ Deixa a pelve entre os MÚSCULOS PIRIFOME E ISQUIOCOCCÍGEO, atravessando a parte inferior do FORAME ISQUIÁTICO MAIOR ▪ Passa ao redor da face posterior da espinha isquiática ou do ligamento sacroespinal, entrando na fossa isquioanal através do forame isquiático menor ▪ A artéria pudenda interna, junto com as veias pudendas internas e ramos do nervo pudendo interno, atravessa o CANAL PUDENDO na parede lateral da fossa isquioanal ▪ Ao sair do canal pudendo, medialmente ao túber isquiático, a artéria pudenda interna se divide em ramos terminais: ARTÉRIAS PERINAL E DORSAL DO PÊNIS/CLITÓRIS Artéria glúteo inferior: ▪ Maior ramo terminal da divisão anterior da artéria ilíaca interna ▪ Pode também ter origem da divisão posterior da ilíaca interna ▪ Segue posteriormente entre os nervos sacrais (geralmente S2 e S3), deixando a pelve através da parte inferior do forame isquiático maior, inferiormente ao musculo piriforme ANATOMIA Weslley Jonathan P4 ▪ Irriga músculos e pele das nádegas e da face posterior da coxa TRONCO POSTERIOR DA ILIACA INTERNA - A divisão posterior da origem a três artérias parietais: 1. Artéria iliolombar 2. Artéria sacral lateral 3. Artéria glúteo superior Artéria iliolombar: ▪ Segue superolateralmente de forma recorrente (voltando-se para trás bruscamente em relação a sua origem) até a fossa ilíaca ▪ Na fossa, a artéria se divide-se em dois ramos: 1. Ramo ilíaco – Supre musculo ilíaco e o ílio 2. Ramo lombar – Supre musculo psoas maior e quadrado do lombo Artéria sacral lateral: ▪ As artérias sacrais laterais superior e inferior podem originar-se como ramos independentes ou através de um tronco comum ▪ As artérias sacrais laterais seguem medialmentee descem anteriormente aos ramos sacrais anteriores ▪ Emitem ramos espinais que atravessam os forames sacrais anteriores e irrigam as meninges vertebrais que envolvem as raízes dos nervos sacrais ▪ Alguns ramos dessas artérias seguem do canal sacral através dos forames sacrais posteriores e irrigam os músculos eretores da espinha do dorso e a pele sobre o sacro Artéria glúteo superior: ▪ Maior ramo da divisão posterior ▪ Irriga os músculos glúteos das nadegas Resumo – vascularização dos ramos parietais Artéria iliolombar – Irriga a musculatura da parede posterior da cavidade abdominal (psoas maior, ilíaco, quadrado lombar...) Artéria sacral lateral – Irriga os músculos eretores da espinha Artéria glútea superior e artéria glútea inferior– Irriga o músculo piriforme e músculos glúteos Artéria obturatória – Irriga membro inferior ARTÉRIA OVÁRICA - Se origina da parte abdominal da aorta, inferiormente à renal, bem superiormente à artéria mesentérica inferior - Segue inferiormente, se aderindo ao peritônio parietal e passando anteriormente ao ureter, na parede abdominal posterior (geralmente emite ramos para ele) - Dentro da pelve menor, cruza a origem dos vasos ilíacos externos e continua medialmente se dividindo e dois ramos: 1. Ramo ovárico – Irrigam os ovários 2. Ramo tubário – Irrigam a tuba uterina OS RAMOS DA ARTÉRIA OVÁRICA SE ANASTOMOSAM COM RAMOS CORRESPONDENTES ADVINDA DA ARTÉRIA UTERINA ANATOMIA Weslley Jonathan P4 ARTÉRIA SACRAL MEDIANA - É uma pequena artéria impar que geralmente se origina na face posterior da aorta abdominal, imediatamente superior à sua bifurcação (ou pode originar-se na face anterior) - A artéria segue anteriormente aos CORPOS DA ULTIMA E DUAS ULTIMAS VERTEBRAS LOMBARES, do sacro e do cóccix - Seus ramos terminais participam de uma série de alças anastomóticas - Antes de entrar na pelve, pode da origem a um par de artérias L5 - Ao descer sobre o sacro, emite pequenos ramos parietais (sacrais laterais) que se anastomosam com as ARTÉRIAS SACRAIS LATERAIS - Emitem pequenos ramos viscerais para parte posterior do reto, se anastomosando com as artérias retais superior e média A artéria sacral mediana representa a extremidade caudal da aorta dorsal embrionária, que diminui de tamanho quando a eminência caudal do embrião desaparece. ARTÉRIA RETAL SUPERIOR - É uma continuação direta da artéria mesentérica inferior - Cruza os vasos ilíacos comuns esquerdos e desce no mesocolo sigmoide até a pelve menor - Ao nível da vertebra S3, divide-se em dois ramos que descem de calado lado do reto e irrigam-no até o músculo esfíncter interno do ânus inferiormente Artérias da pelve masculina 1. Artérias vesicais superiores (ramo da umbilical) – Irriga a bexiga 2. Artéria do ducto deferente (ramo da umbilical) – Irriga os ductos deferentes 3. Artéria vesical inferior (ramo da artéria umbilical) – Irriga a região lateral e inferior da bexiga urinária, glândula seminal e próstata (ramo prostático) → somente no masculino 4. Artéria retal média 5. Artéria pudenda interna 6. Artéria cremastérica - A artéria testicular se anastomosa com a artéria do ducto deferente Artérias da pelve femina 1. Artérias vesicais superiores (ramo da artéria umbilical) – Irriga a parte superior e a lateral da bexiga urinária 2. Artéria uterina (ramo da artéria umbilical) 3. Artéria vaginal – Pode ser um ramo da artéria uterina ou da artéria ilíaca intena 4. Artéria retal média (ramo da umbilical) 5. Artéria pudenda interna (ramo da umbilical) As tubas e os ovários são irrigados por ramos (tubáricos e ováricos) das artérias uterinas e das artérias ováricas ANATOMIA Weslley Jonathan P4 A drenagem lateral do útero, do colo e da parte superior da vagina é drenada para o plexo venoso ovárico → é drenado para as veias ováricas direita (DIRETO PARA VCI) e esquerda (VEIA RENAL ESQUERDA) A variação das veias ováricas também é encontrada nos homens (veia testicular) VEIAS PÉLVICAS - Plexos venosos pélvicos são formados por veias que se anastomosam circundando as vísceras pélvicas - Plexos na pelve menor (retal, vesical, prostático, uterino e vaginal) se unem e são drenados principalmente por tributarias das ilíacas internas • Alguns deles drenam através da RETAL SUPERIOR, que drena para mesentérica inferior do sistema porta do fígado • Podem ser drenadas pelas VEIAS SACRAIS LATERAIS para o plexo venoso vertebral interno • Outras vias pequenas de drenagem incluem: VEIA SACRAL MEDIANA PARIETAL E VEIAS OVÁRICAS (MULHERES) Veias ilíacas internas: ▪ Se formam superiormente ao forame isquiático maior, situando-se posteroinferiormente às artérias ilíacas internas ▪ As suas tributárias são mais variáveis que os ramos da artéria ilíaca interna, que possuem os mesmos nomes, mas acompanham-nas aproximadamente, drenando os mesmos territórios que as artérias irrigam ▪ Não há veias acompanhando as ARTÉRIAS UMBILICAIS entre a pelve e o umbigo ▪ As veias iliolombares das fossas ilíacas da pelve maior, drenam geralmente para as VEIAS ILÍACAS COMUNS ▪ As veias ilíacas internas se unem as ilíacas externas, formando as ILÍACAS COMUNS que se unem no nível da L4 ou L5 → formam a cava inferior Veias glúteas superiores: ▪ As veias acompanhantes das artérias glúteas superiores da região glútea, são as maiores tributárias da ilíaca interna → exceto durante a gravidez, em que as veias uterinas se tornam maiores ▪ As veias testiculares atravessam a pelve maior enquanto seguem do anel inguinal profundo, em direção as suas terminações abdominais posteriores ▪ Geralmente não drenam estruturas pélvicas ANATOMIA Weslley Jonathan P4 Veias sacrais laterais: ▪ Se anastomosam com o plexo venoso vertebral interno ▪ Estabelecem uma via colateral alternativa par chegar à cava inferior ou superior → essa via possibilita metástases de câncer de próstata ou do ovário para as áreas vertebrais ou cranianas Drenagem dos órgãos pélvicos - Feita por plexos venosos pélvicos que são formados por anastomoses de vias que circundam as vísceras pélvicas - Os principais plexos são: 1. Plexo venoso vesical → Drenam para veia ilíaca interna 2. Plexo venoso retal Sexo masculino: ▪ Veia retal média → Drena para veia ilíaca interna ▪ Veia vesical inferior → Drena para veia ilíaca interna Estruturas: o Ducto deferente – Vascularizado pela artéria vesical inferior e drenado pela veia testicular o Glândulas seminais – Vascularizados pelas artérias vesicais inferiores e retas médias, é drenado pelas veias retais medias o Próstata – Vascularizada pelas artérias vesicais inferiores, pudendas internas e retais medias → drenada pelo plexo venoso prostático que drena para veia ilíaca interna o Testículos – Vascularizados pelas artérias testiculares e drenado pelo plexo venoso pampiniforme o Pênis – Vascularizado pelas artérias pudenda interna (ramo umbilical) e externa (ramo da femoral) → drenada pela veia dorsal profunda do pênis (tributária da veia pudenda interna) Sexo feminino: ▪ Plexo venoso vesical ▪ Plexo venoso uterino ▪ Plexo venoso vaginal ▪ Plexo venoso retal Vascularização arterial do reto 1. Artéria retal superior – Irriga região superior do reto (acima da linha pectínea) → ramo da artéria mesentérica inferior 2. Artériaretal média – Ramo da artéria ilíaca interna 3. Artéria retal inferior – Ramo da artéria pudenda interna (última subdivisão da artéria ilíaca interna) Drenagem venosa do reto: 1. Veia retal superior – Drena para veia mesentérica inferior 2. Veia retal média – Drena para veia ilíaca interna 3. Veia retal inferior – Drena para veia pudenda interna Vascularização do períneo: - Irrigada pela última divisão da ilíaca interna: Artéria pudenda interna - A artéria pudenda interna deixa pelve pelo forame isquiático maior, passando posteriormente ao ligamento sacroespinal e penetra o forama isquiático menor Ramos do períneo feminino: 1. Artéria retal inferior → abaixo da linha pectinada 2. Ramos escrotais posteriores → a irrigação da parte anterior é feita pela artéria escrotal anterior que NÃO é ramo da pudenda interna mas sim da pudenda externa (ramo da femoral) 3. Artéria do bulbo 4. Artéria perineal profunda e superficial 5. Artéria profunda do pênis 6. Artéria dorsal do pênis ANATOMIA Weslley Jonathan P4 Ramos do períneo feminino: 1. Artéria retal inferior 2. Artéria perineal profundo e superficiais (regiões dos lábios) 3. Artéria labial posterior 4. Artéria para o bulbo do vestíbulo 5. Artéria dorsal e profunda do clitóris 6. Artéria pudenda externa → Irriga para o monte púbis
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