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CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSUNÇÃO UNIFAI Allan Andrade COMO MOTIVAR OS COLABORADORES PELOS BENEFÍCIOS São Paulo 2012 Allan Andrade COMO MOTIVAR OS COLABORADORES PELOS BENEFÍCIOS ______________________________________________ ORIENTADORA: Prof(a). Msc. MARIA LUIZA ABRANTES São Paulo 2012 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Administração para obtenção do grau de Bacharel em Administração.. Allan Andrade COMO MOTIVAR OS COLABORADORES PELOS BENEFÍCIOS Aprovada em junho de 2012 ______________________________________________ ORIENTADORA: Prof(a). Msc. MARIA LUIZA ABRANTES São Paulo 2012 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Administração para obtenção do grau de Bacharel em Administração.. Dedico este trabalho à minha família e amigos pelo apoio, colaboração e compreensão de tantas horas ausentes para realização desse objetivo. AGRADECIMENTOS Ao ser supremo, pela vida e a possibilidade de empreender esse caminho evolutivo, por proporcionar tantas oportunidades de estudos e por colocar em meu caminho pessoas amiga e preciosas. A minha família, especialmente a minha esposa e incondicional companheira e minha filha Bárbara, que se mantiveram incansáveis em suas manifestações de apoio e carinho, mesmo com minha ausência para realização deste trabalho. A minha orientadora Maria Luiza Abrantes, um agradecimento carinhoso, por todos os momentos de paciência, compreensão e competência. Enfim, a todos aqueles que de uma maneira ou outra contribuíram para que este percurso pudesse ser concluído. RESUMO Este trabalho tem o objetivo de demonstrar a percepção dos colaboradores, sobre pacote de benefícios, e se há interferência na motivação e decisão na aceitação de uma proposta de emprego. Para tanto foi utilizado a pesquisa bibliográfica que consiste em demonstrar se um plano de benefícios pode influenciar na motivação e na melhora dos resultados dos colaboradores. Palavras - chave: Benefícios, Motivações e Satisfação. Sumário 1. INTRODUÇÃO 9 2. BENEFÍCIOS 9 2.1 Planos Flexíveis de Benefícios 9 2.1.1 Necessidades Intrínsecas 9 2.1.2 Necessidades Extrínsecas 9 2.2 Objetivos dos Planos de Benefícios 9 2.2.1 Objetivos individuais 9 2.2.2 Objetivos econômicos 10 2.2.3 Objetivos sociais 10 2.3 Tipos de Benefícios 10 2.3.1 Benefícios Compulsórios 10 2.3.2 Benefícios Espontâneos 11 3. MOTIVAÇÃO 12 3.1 Principais teorias motivacionais 13 3.2 A teoria das necessidades de Maslow 13 3.3 Teoria dos Dois Fatores – Herzberg 15 3.4 Teoria das expectativas de Vroom 16 4. Estudo de caso: 18 CONCLUSÃO 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21 LISTA DE ILUSTRAÇÃO Figura 1 - Pirâmide de Maslow .................................................................... 20 Figura 2 - Fatores Higiênicos........................................................................ 23 Figura 3 – Fatores Motivacionais ................................................................ 24 9 1. INTRODUÇÃO Atualmente as empresas reconhecem que a motivação de seus funcionários é um fator determinante para o êxito nos negócios. Para CHIAVENATO (2008), os benefícios estavam fortemente atrelados com o paternalismo existentes nas organizações, hoje eles já fazem parte dos atrativos com que as organizações retêm os seus talentos, o autor a cima ainda cita que a remuneração não visa somente em apenas recompensar os colaboradores pelo seu trabalho e dedicação, mas, tornar a vida do colaborador mais fácil e agradável. Sendo assim, as empresas estão cada vez mais buscando novos atrativos para reter seus talentos. A aceitação social, o anseio ao dinheiro é considerado motivos que contraem valor de incentivos porque foram coligados à satisfação de necessidades básicas como comer, vestir, etc. um colaborador motivado é uma vantagem competitiva nas empresas, o Administrador de hoje deve estar atento às novas mudanças de gestão, como temas importantes que estão ligados a qualidade de vida dos colaboradores. A motivação é um fator importante, e pode ser chamada de motivação de intrínseca quando ela está ligada as recompensas psicológicas: reconhecimento, respeito, status e esse tipo motivacional estão fortemente ligados aos atos individuais dos gerentes em relação aos seus subordinados. Ela está muito ligada à forma como às pessoas percebem os estímulos externos, dependendo muito dos seus valores, das suas crenças e também da satisfação de suas necessidades. Também pode ser chamada de Motivação extrínseca, quando as causas estão baseadas em recompensas tangíveis: salários, benefícios, promoções, sendo que por causa da independência da gerencia, é geralmente autêntica pela alta administração. 9 É difícil definir precisamente a apreciação de motivação, uma vez que tem sido empregado com diferentes sentidos. De modo geral, motivo é tudo aquilo que estimula a pessoa a agir de determinada forma, Esse chamado estimulo provem geralmente do ambiente e pode também ser gerado pela mente do cidadão. O Objetivo geral é demonstrar a percepção dos colaboradores sobre o pacote de benefícios, bem como o quanto este pacote interfere na motivação e decisão na aceitação de uma proposta de emprego. Os objetivos específicos são demonstrar os fatores motivacionais nas organizações; demonstrar o nível de satisfação quanto aos benefícios de uma empresa considerada entre as melhores do mercado. Como os colaboradores são motivados pelos benefícios concedidos pelas empresas? Para tanto, esse trabalho foi fruto de uma metodologia de pesquisa bibliográfica que consistiu em: definições dos conceitos de benefícios, motivação. Para o referencial teórico foi realizado um levantamento com os principais autores no qual foi desenvolvido este trabalho: BERGAMINI (1997); CHIAVENTAO (2008); MARRAS (2009); MAXIMIANO (2004). O capitulo I, apresenta o conceito de Benefícios através da produção literária sobre Administração de Recursos Humanos, Gestão de Pessoas e Benefícios. O capitulo II, apresenta o conceito de Motivação, e o quanto ela é importante na vida do colaborador. O capitulo III, apresenta exemplos de empresas conceituadas como melhores para se trabalhar, através de dados coletados. 9 2. BENEFÍCIOS Denomina-se benefício o conjunto de programas ou planos oferecidos pela organização como complemento ao sistema de salários. Marras (2009). Cada organização define seu plano de benefícios para atender as necessidades dos colaboradores, visando satisfazer vários objetivos. Benefícios são regalias e vantagens concedidas pelas organizações a título de pagamentos adicional dos salários aos seus funcionários, facilidades que poupam tempo, dinheiro e esforços das pessoas (CHIAVENATO 2008). Um programa de benefícios atende normalmente a dois objetivos: o da organização e o dos indivíduos. Os objetivos organizacionais são satisfeitos na medida em que a empresa garante o atendimento das necessidades básicas e, portanto, auxilia na manutenção de baixos índices de rotatividade e ausências, boa qualidade de vida dos empregados, redução do estresse etc. Isso torna a empresa competitiva no mercado de trabalho (MARRAS, 2009). Assim o próprio mercado cria pressão para que as empresas ofereçam pelo menos os mesmos benefícios que a concorrência oferece. 2.1 PlanosFlexíveis de Benefícios Algumas empresas começam a implantar planos de benefícios flexíveis em que o empregado pode optar, dentro de critérios determinados pela empresa por quais benefícios quer receber e em que valores-teto. Esse modelo é usado por empresas que queiram se firmar no mercado como organização transparente, empregados responsáveis e uma relação aberta entre as partes. 9 Percebe-se que o ser humano, ao exercer qualquer atividade, utiliza-se de fatores internos ou externos que são responsáveis pela direção do objetivo almejado. Um Plano de Benefícios pode atender a dois tipos de necessidades dos indivíduos: Necessidades Intrínsecas Necessidades Extrínsecas 2.1.1 Necessidades Intrínsecas As necessidades intrínsecas nascem no interior de cada indivíduo, em geral são de caráter psicológico, por exemplo, necessidades sócias, relacionamento, status, podendo satisfazer as empresas, por meio de valores culturais, políticas sociais, variando de acordo com as necessidades do ambiente da organização. 2.1.2 Necessidades Extrínsecas As necessidades do mundo externo do indivíduo, a satisfação de fatores físicos. Por exemplo: incentivos financeiros, serviços, seguros etc., e são satisfeitas pelas empresas por meios de pacotes (conjunto de benefícios), que somado com o salário do empregado, formam concretamente a sua remuneração. 2.2 Objetivos dos Planos de Benefícios Cada organização define o seu papel de benefícios para atender as necessidades de seus funcionários. Os benefícios e serviços oferecidos aos funcionários visam satisfazer vários objetivos individuais, econômicos e sociais. 2.2.1 Objetivos individuais Procuram atender as necessidades individuais das pessoas, familiar, e de trabalho mais tranquila e produtiva, visam proporcionar condições para cada pessoa 10 possa desligar-se das preocupações do cotidiano e concentrar-se nas atividades do trabalho consequentemente satisfazer necessidades mais elevadas. Nesse sentido vai atender assim um leque diferencial de necessidade dos funcionários. Dessa concepção de necessidades constituem um esquema integrado capaz de satisfazer fatores como motivacionais e higiênicos. 2.2.2 Objetivos econômicos Devem mencionar como um elemento de atração e detenção de pessoal, visa: Reduzir fadiga psicológica; Apoiando recrutamento de pessoal; Atraindo candidatos; Reduzir rotatividade do pessoal e fixar as pessoas na empresa; Reduzir o absenteísmo; Melhorar a qualidade de vida das pessoas; Minimizar o custo das horas trabalhadas. 2.2.3 Objetivos sociais Procura preencher deficiências nos determinados setores tal como sistema educacional prestado pelo governo ou pela comunidade, como transporte, segurança e etc. 2.3 Tipos de Benefícios Os benefícios oferecidos pelas empresas podem ser subdivididos em: - Compulsórios - Espontâneos 2.3.1 Benefícios Compulsórios São aqueles que a empresa concede aos seus colaboradores em atendimento às exigências da lei ou de normas legais como acordos ou convenções coletivas de trabalho. Exemplo: Complemento de auxílio-doença 11 13º salário Salário família Férias Salário – maternidade 2.3.2 Benefícios Espontâneos São aqueles que a empresa oferece aos seus colaboradores por vontade própria, geralmente com o objetivo de atender às necessidades dos colaboradores ou tornar o perfil de remuneração atraente e competitivas no mercado de trabalho, tanto para atrair novos recursos humanos quanto para manter os atuais. Exemplo: Transportes Seguro de vida Restaurante Assistência médica Assistência odontológica Cesta básica Festas para empregados A utilidade dos benefícios para as organizações é promover a moral dos colaboradores, redução da rotatividade, aumento do bem-estar, facilitação no recrutamento e a retenção do pessoal, aumento da produtividade e manter a lealdade do colaborador para com a empresa, demonstra as condutas e procedimentos da organização com o colaborador. Os Planos de benefícios podem ser classificados em monetário ou não monetário, conforme sua natureza. Benefícios monetários são concedidos em dinheiro geralmente pela folha de pagamento e gerando encargos decorrentes: Férias, 13º salário, gratificações etc. Benefícios não monetários são oferecidos na forma de serviços, vantagens ou facilidades para os usuários, como: Refeitório, assistência médica, assistência odontológica, horário móvel ou flexível, etc. 12 3. MOTIVAÇÃO No contexto o que organiza, a motivação faz a representação de processo que dar a entender a vontade de efetuar um trabalho, ou atingir um objetivo; portanto, as atitudes que motivam fazem a determinação e, ao mesmo tempo, a direção é intensa no comportamento. As pessoas passam mais tempo fazendo aquilo que traz motivação e bem estar, conclui se que, em última análise, a motivação esteja muito relacionada com o que as pessoas fazem em sua vida diária (BERGAMINI, 1997). Cada pessoa em seu trabalho busca realizar as suas potencialidades. O trabalho é considerado como uma prioridade na vida do homem normal, pois é através dele que se consegue as coisas consequentemente, equilibrar expectativas e sentimentos de auto-estima. E o tempo que esse trabalho nos dá satisfação e as necessidades de auto desenvolvimento, a motivação deixa o homem cada vês mais forte. Outra propriedade importante do indivíduo motivado por alguma atividade é que durante seu desenvolvimento no trabalho dele quer ser reconhecido. Isso lhe da uma reputação que lhe permite acesso a um mundo melhor, aumentando o seu potencial criativo. Segundo MAXIMIANO (2004, p.”269”), a motivação para o trabalho é resultante de uma interação complexa entre os motivos internos das pessoas e os estímulos da situação do ambiente. Para o autor, o estudo da motivação busca entender quais são as forças que movem as pessoas nas diferentes dimensões do comportamento – pensamento, ação e palavras, ao mesmo tempo tentam explicar as forças ou motivos que influenciam o desempenho das pessoas em situação de trabalho. Acredita-se que o desempenho das pessoas depende de sua motivação, e o desempenho da organização depende do desempenho das pessoas. Conforme o 13 autor citado, a motivação para o trabalho é um estado psicológico de disposição, interesse ou vontade de perseguir ou realizar uma tarefa ou uma meta, é resultante de uma interação complexa entre os motivos internos das pessoas e os estímulos (externos) da situação do ambiente. Segundo CHIAVENATO (1999, p.”171”), o desempenho de cada pessoa está fortemente relacionado com suas aptidões e habilidades. Porém, o bom desempenho requer mais do que simplesmente aptidões e habilidades. Requer também motivação para trabalhar. O bom desempenho depende de quão motivado está o empregado. A motivação é um dos inúmeros fatores que contribuem para o bom desempenho no trabalho. E a ação organizacional nem sempre cria condições motivacionais suficientes para melhorar a qualidade de vida das pessoas e trazer interesse e satisfação no trabalho. 3.1 Principais teorias motivacionais Por conta da motivação varias teorias foram levantados os benefícios que elas trazem. Em particular três delas, obteve uma credibilidade por algum tempo, e acabaram por criar uma apresentação bem curta, mesmo que completa sobre o assunto: A teoria das necessidades, de Maslow; A teoria dos dois fatores, de Herzberg; a teoria da expectativa, de Vroom. 3.2 A teoria das necessidades de Maslow A teoria das necessidades veio de um psicólogo americano chamado de, Abraham Maslow, que acredita que os comportamentos das pessoas já residem dentro de cada um. Partes dessas necessidadessão conscientes, outras não. Na Pirâmide ficariam as necessidades baixas e recorrentes, e no topo estariam as que possuem inteligência e sofisticação. 14 Figura 1: Pirâmide de Maslow Fonte: www.google.com.br/pirâmide_de_maslow acesso em 02 jun. 2012 Segundo Baldoíno (2007, pag. 26) a teoria de Maslow abrange: Necessidades fisiológicas também denominadas biológicas ou básicas. Elas orientam a vida humana desde o momento do nascimento. São as necessidades relacionadas com a própria subsistência e existência do indivíduo. Primeiro nível das necessidades e devem ser satisfeitas em primeiro lugar. Necessidades de segurança - surgem no comportamento humano quando as necessidades fisiológicas estão relativamente satisfeitas. Estão vinculadas a assuntos como segurança no trabalho, auxílio-doença, etc. Necessidades sociais - são as necessidades de associação, de participação, de aceitação por parte dos colegas. Surgem quando as necessidades mais baixas (fisiológicas e de segurança) se encontram relativamente satisfeitas. A frustração dessas necessidades conduz geralmente à falta de adaptação social e à solidão. Necessidades de auto-estima - estão relacionadas com a maneira pela qual o indivíduo se vê e se avalia. Envolvem auto-apreciação, autoconfiança, necessidade de aprovação social, de reconhecimento, de status, prestígio e de consideração. A frustração dessas necessidades produz sentimentos de inferioridade, fraqueza, dependência e desânimo. Necessidades de auto-realização - estão no topo da hierarquia. Podem ser atingidas quando se proporcionam trabalhos gratificantes e interessantes, através dos quais o indivíduo possa se auto-desenvolver. http://www.google.com.br/pirâmide_de_maslow 15 3.3 Teoria dos Dois Fatores – Herzberg A teoria dos dois fatores de Herzberg é conhecida como teoria dos fatores higiênicos e motivacionais. Herzberg, na década de 50, elaborou essa teoria para dar uma explicação sobre o comportamento dos indivíduos no seu local de trabalho. Fatores de Higiene: s são extrínsecos às pessoas como relacionamento com colegas, salário, benefícios sociais, condições físicas de trabalho. Não chegam a gerar satisfação, porém se faltarem geram insatisfação. Fatores de Motivação: são intrínsecos e dizem respeito a auto- realização e reconhecimento. Quando presentes causam satisfação, porém se não houver não chegam a gerar insatisfação. Figura 2. Fatores Higiênicos Fatores higiênicos Determinantes Supervisão A disposição ou boa vontade de ensinar ou delegar responsabilidades aos subordinados. Políticas empresariais Normas e procedimentos que encerram os valores e crenças da companhia. Condições ambientais Ambientes físicos e psicológicos que envolvem as pessoas e os grupos de trabalho. Relações interpessoais Transações pessoais de trabalho com os pares, os subordinados e os superiores. Status Forma pela qual a nossa posição está sendo vista pelos demais. Remuneração O valor da contrapartida da prestação de serviço Vida pessoal Aspectos do trabalho que influenciam a vida pessoal Fonte: Marras (2009, pag.36) 16 Figura 3. Fatores Motivacionais Fatores motivadores Determinantes Realização O término com sucesso de um trabalho ou tarefa; os resultados do próprio trabalho. Reconhecimento pela realização O recebimento de um reconhecimento público, ou não, por um trabalho bem-feito ou um resultado conseguido. O trabalho em si Tarefas consideradas agradáveis e que provocam satisfação. Responsabilidade Proveniente da realização do próprio trabalho, ou do trabalho de outros. Desenvolvimento pessoal Possibilidade de aumento de status, perfil cognitivo ou mesmo de posição social. Possibilidade de crescimento Uma alavancagem dentro da estrutura organizacional, em termos de cargo ou responsabilidade. Fonte: Marras (2009, pag. 36) 3.4 Teoria das expectativas de Vroom Tendo Expectativas nas teorias foi desenvolvida logo pelo psicólogo Victor Vroom em 1964. Ele protege o processo de motivação a ser explicado em função dos objetivos e das opções de cada pessoa e das expectativas de atingir esses objetivos, ao contrario disso às teorias das necessidades de Maslow e Herzberg, uma vez que estas não têm em consideração as diferenças individuais. Estas teorias abordam cognitivas, que espera que o comportamento e o desempenho sejam resultado de uma escolha consciente, sendo assim geralmente o comportamento escolhido é o que se traduz numa mais valia para o indivíduo. Os componentes principais dessa teoria são: Expectativa: probabilidade de uma determinada ação conduzir a um resultado desejado. Se um determinado esforço for exercido por um indivíduo que disponibilize 17 de meios e competências para atingir o sucesso, o resultado será um desempenho bem sucedido (expectativa esforço-desempenho). Por outro lado, há que ter em consideração a expectativa de que, se um determinado esforço tiver sucesso será obtida uma recompensa (expectativa esforço-resultado). Valência: valor ou peso que um indivíduo atribui às recompensas obtidas em conseqüência do seu desempenho. Neste contexto, é imperativo que as recompensas tenham um valor real para o indivíduo que satisfaça as suas expectativas. As valências revestem-se de um cores subjetivo, uma vez que o sistema de recompensas vigente pode não assumir importância para um indivíduo e ser muito importante para outro. Instrumentalidade: percepção de que a obtenção de um resultado está associado a uma recompensa, podendo-se traduzir no grau em que um resultado facilita o acesso a outro resultado. Assim, uma recompensa de primeira ordem (por exemplo uma recompensa monetária) é relevante porque permite o alcance de um resultado de segunda ordem (por exemplo, um automóvel de luxo). Assim, Vroom pensa que a motivação é o produto do valor que atribuí a um objetivo pela probabilidade de alcançá-lo. Em uma determinação de uma equação, esta definição pode ser traduzida da seguinte forma: Motivação = f (expectativa X instrumentalidade X valência) Segundo Vroom, esses três elementos têm influência à motivação das pessoas no seu local de trabalho. Só se um destes elementos for zero, a motivação será nula. Se todos estão presentes (expectativa alta, instrumentalidade alta, valência alta), a motivação é alta. 18 4. Estudo de caso: A Elecktro é uma empresa do setor de Distribuição de energia elétrica, foi fundada em 1998, ela fornece energia elétrica para 233 cidades de São Paulo e outras cinco no Mato Grosso do Sul. Sua sede fica em Campinas no interior de São Paulo, e foi recentemente vendido para a Iberdrola, o maior grupo de energia elétrica da Espanha, eles acreditam que os novos donos manterão aqueles que são considerados como o mais positivos para todos, como é o caso do pacote de benefícios, a gratificação de férias é composta do valor estipulado por lei mais um adicional com base no salário do trabalhador. Outro diferencial é a antecipação da primeira parcela do 13° salário, em fevereiro, para ajudar o pessoal a pagar as contas do início do ano. O vale alimentação é de R$ 600 e o desconto em folha varia de acordo com o salário. As funcionárias, por sua vez, elogiam o auxílio-creche com o reembolso integral no caso de bebês com até seis meses. Já para aqueles que têm até sete anos, o auxílio é limitado a R$ 300. Os pais com a guarda legal dos filhos também possuem esse direito. Não há desconto mensal para o plano de saúde. As pessoas pagam apenas um percentual de coparticipação conforme o uso. A empresa faz pesquisa para manter a remuneração e o pacote debenefícios compatíveis com o mercado. A participação nos resultados, paga uma vez por ano, é negociada diretamente com o sindicato. Os funcionários também recebem incentivos para ideias implantadas. Outra empresa também conhecida como uma das melhores para se trabalhar é Kimberly-Clark. Quando eles recebem de seus chefes as metas anuais da companhia, eles não escondem sua motivação. O que eles mais querem é bater a supermeta, um objetivo definido pela empresa e que dobra o valor pago pelo plano de participação 19 nos resultados. Não é à toa, que todos se sentem responsáveis pelo sucesso dos negócios. A Kimberly-Clark, é uma empresa do setor de higiene, beleza e limpeza, está sediada em São Paulo e tem quatro unidades fabris e um centro de distribuição. É dona de algumas marcas líderes do mercado nacional. Seu pacote de benefícios é recheado e inclui plano de saúde e subsídios para cursos de graduação, pós- graduação e idiomas. O ambiente de trabalha é considerado muito bom, todos os funcionários, inclusive os que trabalham na fábrica, participam do programa de lucros e resultados. 20 CONCLUSÃO Inicialmente os planos de benefícios foram criados com o objetivo de atrair pessoal e reduzir rotatividade, mas, para os colaboradores os benefícios tem impacto direto sobre sua qualidade de vida, mantendo certa segurança atual e futura, pois em tempo de escassez de talentos as empresas estão inovando na oferta de benefícios, como viagens, academias, terapia ocupacional, etc. De acordo com a teoria das necessidades de Maslow, os benefícios atingem as necessidades primárias que são as fisiológicas e as necessidades de segurança, que são as necessidades do alimento, do sono, repouso, de proteção ao nosso corpo, família, saúde, e as secundárias que estão relacionados com a vida junto a outras pessoas, temos necessidades de estima, de auto realização, que é o mais elevado do ser humano e os benefícios também se encaixam nessas necessidades, como por exemplo, as necessidades de uma educação, passatempos, crescimento pessoal e profissional. Seguindo o mercado atual, as empresas estão cada vez mais estudando o comportamento motivacional dentro das organizações, a fim de entender quais as necessidades e como fazer com que o colaborador dê o Máximo de si de uma forma saudável, pois já é comprovado que um funcionário motivado é vantagem competitiva nas empresas. Entende-se que para um gestor ter uma equipe motivada e comprometida com a organização, ele precisa conhecer as necessidades e objetivos de seus colaboradores, tanto individuais, quanto para com a organização, tende-se a concordar que um pacote de benefícios ajuda na decisão de uma proposta de emprego, pois cada vez mais as pessoas estão avaliando o pacote de benefícios como ganho indireto na vida profissional, até mesmo um ganho na qualidade de vida. 21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BALDOINO, P.P. O nível motivacional dos servidores do CefetSC. Disponível em: < https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/9/97/PEDRO_PACHECO_BALDUINO.pdf> acesso em 15 mar. 2012. BERGAMINI, C.W. Motivação nas Organizações. Atlas, 1997. BORGES, L.O.; ALVES-FILHO, A.A estrutura fatorial do Inventário do Significado e Motivação do Trabalho, IMST. Avaliação Psicológica, v.2, n.2, p. 123-145, 2003. CHIAVENATO, I. Administração nos novos tempos. Ed. Campus, 1999. CHIAVENATO, I. Gerenciando Pessoas, o passo decisivo para a administração participativa. Ed. Makron Books, 1997. LANDSBERG, M.T. Motivação: Como inspirar a si mesmo e aos outros. Editora Cultrix, 2004. MANSUR, Alexandre. As 100 melhores empresas para trabalhar (GPTW 2011 - 2012). Disponível em:< http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI260030- 17446,00.html> acesso em 08 mai. 2012 MARRAS, J.P. Administração de Recursos Humanos. Editora Saraiva, 2009. MAXIMINIANO, Antonio C. Amaru, Introdução Administração 5ª edição, Revista e Ampliada, São Paulo: Atlas, 2000. RODRIGUES, Carla. 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