Tendências e Desafios

Prévia do material em texto

A empresa precisa se comunicar para se tornar legítima a todos (clientes, funcionários, acionistas e etc), essa legitimidade faz com que a empresa sobreviva pois sem isso não se consegue manter algo quando não há confiança. 
Legitimidade para Sobreviver &
Comunicar para se legitimar 
A empresa precisa se comunicar e ser legítima.
A empresa tem que se legitimar, ou seja, todos nós temos que olhar para essa empresa e achar que é legítimo aquilo que ela faz. O processo de legitimação passa por um processo de comunicação. E por que eu me comunico? Para que as pessoas interpretem o que eu falo de alguma forma, e elas consigam aceitar ou rejeitar quem eu sou.
Seleção, Rejeição,
Aceitação e Interpretação
Os grandes desafios que as empresas têm hoje ao se comunicar com o mercado:
· Despertar da Consciência Cidadã
É um dos primeiros pontos a ser levado em consideração. É quando a população começa a entender o poder que tem e vai então reivindicar seus direitos ou o que elas querem. Quando isso acontece, essa mesma pessoa também vai querer melhorias na empresa onde trabalha e compra, então a partir daí a sensibilidade que existe é muito grande.
· Multiplicação dos Grupos de Pressão
Os Grupos de Pressão (não no sentido pejorativo) são por exemplo ONGs, Coletivos, Associações e Sindicatos que defendem os mais diversos temas. Quando existe esse cenário, a gente tem que dialogar de uma outra maneira com a sociedade porque a população está mais ciente do que ela precisa e também se organiza em grupos para isso. Isso significa que tem gente olhando aquilo que fazemos e a partir do momento que temos que criar esse tipo de interlocução, nós precisamos nos estruturar também de uma maneira melhor para que sejamos legitimados. Quando eu faço algo e uma ONG me dá um aval, eu estou me legitimando de alguma forma para a sociedade. 
É muito importante conversar com esse grupos para entender qual a demanda da sociedade e a partir disso traçar uma estratégia de comunicação ou estratégia empresarial melhor. Isso é uma coisa que deve e tem que ser feita porque cada dia mais a sociedade vai estar organizada assim.
Entender esse grupos de pressão, como eles trabalham e abrir um canal de diálogo com eles é extremamente importante. 
Eles podem de alguma maneira impactar a empresa e mudar o mercado (sim isso mesmo!) e cabe a nós irmos atrás do que o mercado quer ou a gente morre né kkk
· Melhoria da Ideia de Responsabilidade Social 
Cada dia mais estamos olhando como essa empresa trabalha e fazendo questionamentos como: de onde vem a sua matéria prima? Como você trata seus fornecedores? Como você trata seus funcionários? Como você testa seu produto? Você gasta muita água no seu processo produtivo? O que você faz com o lixo que você gera? Os questionamentos estão cada vez mais específicos e não apenas “o que você faz?” porque as pessoas querem saber mais detalhadamente como a empresa trabalha. Foram surgindo perguntas que as empresas não estavam acostumadas a responder e a Comunicação Empresarial ajuda a estruturar esse diálogo. 
Esses questionamentos são determinantes para cliente, emprego e investimento. As pessoas não querem saber o que a empresa é, mas sim como ela faz as coisas.
Não adianta só falar que sou sustentável e que tenho programas, é necessário mostrar e saberem que é verdade.
· Simetria no Fluxo de Informação
Até uns anos atrás, uma empresa entrava na nossa casa, por exemplo, na hora da novela ou jornal e durante 30s ela falava alguma propaganda e nós ficávamos lá olhando sem ter como conversar com essa empresa, era assimétrico, ela falava e eu ouvia. Mas hoje ela fala e eu respondo por meio das redes sociais ou de outras ferramentas. Eu consigo manter uma conversa com a empresa e muitas vezes essa conversa não é boa para empresa porque eu começo a reclamar e ela não pode apagar ou fingir que não está vendo, porque de alguma maneira a empresa tem que responder. 
Hoje temos um diálogo entre a empresa e seus públicos, isso é algo que não existia com o tamanho que existe hoje devido às redes sociais. Sempre existiu um diálogo entre a empresa e seus públicos, mas não do jeito que é hoje. Hoje, a gente não tem controle, a pessoa pode falar o que ela quiser e quando quiser.
· Falta de Exclusividade no Discurso
 Não é mais um monólogo onde só a empresa fala e fala, hoje temos um diálogo onde a empresa fala e a gente responde. Por exemplo: a situação do rompimento das barragens em Minas Gerais, quando a empresa vai falar o que está acontecendo já não é mais a versão da própria empresa mas sim dos moradores. Não adianta a empresa falar “nós estamos tomando cuidado”, “não vai acontecer nada”, “está tudo sob controle” se ao mesmo tempo temos um população toda gritando que não está nada bem e sob controle. 
Não adianta nada uma empresa falar que o produto dela é bom, não agride o meio ambiente e etc, quando de outro lado tem uma ONG dizendo que não, essa empresa de foto agride o meio ambiente. Hoje, o discurso não é mais exclusivo da empresa.
Nesse cenário de interação com o público, não vou poder falar sem pensar, é preciso pensar antes porque tudo o que eu falo tem uma resposta. Não tem que ter medo de falar algo, só precisa saber que não posso falar algo que depois vou ficar exposto a isso, ou seja, não posso mentir. Só falar o que você é, o que você faz sem mentir. 
Estar aberto ao diálogo e estruturado 
A ele de alguma forma
· Reputação 24 x 7
Todos estão vendo o que você faz 24 horas por dia, 7 dias por semana. Não existe mais o horário comercial do ponto de vista empresa e mercado. A qualquer hora e lugar a sua empresa está sendo monitorada. Não é sobre isso ser bom ou ruim, a situação ter piorado ou melhorado nos dias de hoje, mas o raciocínio precisa ser de que é assim que as coisas são e vamos traçar e estruturar uma comunicação a partir disso.
· Poder do Boca a Boca
O poder do boca a boca não é mais o que a gente conhece, mas o virtual onde não se atinge mais 7 pessoas e sim centenas. 
· Ambiente de Diálogo: Multiconectado e Disperso
Ao mesmo tempo que eu to falando com pessoas, existem empresas querendo falar comigo. Eu consigo chegar às pessoas de uma forma mais rápida mas a dispersão também é muito grande. Essa dispersão é o problema para as empresas porque quando ela tenta falar com a gente, nós não estamos prestando atenção.
As coisas estão acontecendo muito em tempo real, sem ter como editar e postar porque algo acontece e já é postado, tanto pelo lado bom quanto pelo lado ruim. 
Geralmente as pessoas não fazem as reclamações nos canais oficiais mas sim em redes sociais e a empresa que se vire pra ir atrás e resolver esse problema. 
Tendências 
Acompanhar as tendências não é fácil mas é necessário já que o mercado está em constante mudança e só assim iremos manter os diferenciais competitivos. Não precisa ser algo tão assustador quanto parece, e tende a ser muito influenciada por hábitos e comportamentos do consumidor. Isso ajuda a construir planos de Comunicação Empresarial mais eficazes.
Ideias para acompanhar tendências:
· Acompanhar influenciadores do seu segmento - a mídia é uma ferramenta poderosa para acompanhar influenciadores, seus pontos de vista e garantir que sua empresa esteja fazendo parte dessa conversa.
· Consultando relatórios atualizados de pesquisa e tendências do setor - é preciso ler os relatórios do setor para obter uma imagem real do cenário da empresa e determinar qual direção seguir.
· Utilizando ferramentas e análises digitais para avaliar o comportamento do setor - existe uma grande variedade de ferramentas e sistemas analíticos, o Google Trends é uma delas e exibe uma visão geral de longo prazo das tendências de nicho. Uma análise digital pode ajudar a descobrir tendências cada vez mais buscadas.
· Ouvindo seus clientes - é importante e vale a pena conversar com seus clientes para saber mais sobre seus pontos de vista e descobrir no que mais sua empresa pode ajudá-los.
· Observando concorrentes - a maioria das empresas de sucesso inovam para se destacar e não seguema multidão. Observar os concorrentes pode oferecer uma boa ideia do que ocorre no mercado e se eles estão reagindo ao que pode ser visto como tendência emergente.