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Antecedentes da Balaiada Com a abdicação do trono do império por dom Pedro I, em 1831, o Brasil foi governado por regentes. Em 1834, foi publicado o Ato Adicional, que alterava a Constituição de 1824 e concedia às províncias relativa autonomia. A crise socioeconômica atingia a região desde o final do século XVIII, quando a cana-de-açúcar produzida no Brasil não conseguiu superar a concorrência do açúcar produzido pelos holandeses nas Antilhas. O algodão norte-americano foi outro concorrente do algodão produzido no Nordeste, arruinando qualquer tentativa de se reerguer a economia nordestina. Balaiada A Balaiada foi uma revolta popular ocorrida na província do Maranhão, entre 1838 e 1841. Seu nome se referia aos balaios, cestos fabricados na região. As classes menos favorecidas estavam insatisfeitas com a situação precária vivida e não toleravam mais os desmandos dos líderes locais que governavam a província de forma autoritária. Os revoltosos entraram em combate contra as tropas do governo central e foram derrotados. O então coronel Luís Alves de Lima e Silva, futuro duque de Caxias, liderou as tropas que derrotaram definitivamente a revolta. Resumo sobre a Balaiada Foi uma revolta popular contra as péssimas condições de vida e os desmandos dos governantes da província do Maranhão, entre 1838 e 1840. Seu nome foi uma referência aos cestos fabricados na região do conflito. Os revoltosos entraram em confronto contra as tropas imperiais e foram derrotados por Luís Alves Lima e Silva, futuro duque de Caxias, em 1840. Sua principal consequência foi a garantia da unidade territorial do império brasileiro. Objetivos da Balaiada Os objetivos da Revolta da Balaiada foram: melhorar as condições de vida da população mais pobre do Maranhão; acabar com as injustiças e as perseguições cometidas pelo governo maranhense. Causas da Balaiada Por conta do Ato Adicional de 1834, as províncias tiveram mais autonomia para governar, o que motivou a disputa de poder entre grupos regionais. O Nordeste brasileiro foi diretamente afetado pela crise do açúcar, no final do século XVIII, quando os holandeses se tornaram grandes concorrentes da produção açucareira produzida na região. Logo após a independência do Brasil, o algodão se tornou uma atividade econômica de destaque no Nordeste, porém a concorrência da produção algodoeira dos Estados Unidos fez com que o preço do produto brasileiro despencasse no mercado externo. Com a crise do açúcar, a desvalorização do algodão brasileiro aprofundou a crise econômica nas províncias nordestinas, tal como no Maranhão. A crise econômica veio atrelada à crise social, pois não havia investimentos no Maranhão, o que agravou a desigualdade social bem como a pobreza entre a população mais carente. Bem-te-vis e Conservadores O poder na província do Maranhão foi dividido em dois grupos: Bem-te-vis Cabanos (Conservadores) Lei dos Prefeitos A Lei dos Prefeitos determinava que o governador da província poderia nomear os prefeitos das cidades. Líderes da Balaiada Os principais líderes da revolta foram: Manoel dos Anjos Ferreira Raimundo Gomes Cosme Bento de Chagas Revolta da Balaiada A Balaiada começou em dezembro de 1838, quando o vaqueiro Raimundo Gomes invadiu a cadeia da cidade maranhense de Vila da Manga para libertar seu irmão, acusado de assassinato, e outros presos que cumpriam pena. Manoel dos Anjos Ferreira era um fabricante de balaios, por isso o nome da revolta, e se revoltou contra um soldado que havia desonrado uma de suas filhas. Em 1839, os revoltosos dominaram Vila de Caxias e Vargem Grande, formando uma junta provisória para governar o território conquistado. Apesar das vitórias obtidas no começo da revolta, os balaios começaram a perder força logo após a morte de Manoel dos Anjos Ferreira. Fim e consequências da Balaiada Luís Alves de Lima e Silva, futuro duque de Caxias, liderou as tropas que derrotaram os balaios, no Maranhão, em 1840. Conclusão “Entrando pelo século XX historiadores compreenderam que a Balaiada representou a ascensão de brasileiros ao poder provincial e nacional, a consolidação do poder do coronelismo e o pacto de dominação entre os partidos da elite maranhense, acentuando mais ainda a marginalização social dos destituídos, principalmente dos negros.” (Janotti, 2005, p.41). Curiosidade Atualmente, no município de Caxias, existe o Memorial da Balaiada, inteiramente dedicado à história da rebelião. REFERÊNCIAS BRASIL HISTÓRIA - TEXTO E CONSULTA - IMPÉRIO. VOLUME 2. IMPÉRIO. ANTONIO MENDES JR. , LUIZ RONCARI E RICARDO MARANHÃO. HIGA, Carlos César. "Balaiada"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/balaiada.htm. Acesso em 11 de janeiro de 2022.
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