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AD2-HIST2MatheusBatistaDaSilva20112080149

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD
Avaliação à Distância 1 (AD1) – 2021.1
Disciplina: História na Educação 2 – HIST2
Coordenadora(o): Helena Araújo
Aluno(a): Matheus Batista da Silva 
Matrícula: 20112080149 Polo: Nova Friburgo
 
1ª Questão: Faça uma carta contando a um amigo como era a vida no Brasil Colonial
com a chegada da Corte portuguesa no início do século XIX, fale das mudanças e
permanências com a transferência da Corte portuguesa e do governo português para cá.
Caracterize a sociedade brasileira nesse período de um modo geral sublinhando as
mudanças geradas pela instalação da Corte no Rio de Janeiro - aborde aspectos
econômicos, políticos, sociais e culturais da época. Dê um formato de carta à sua escrita.
(5,0 p.)
Nova Friburgo, aos 16 de maio de 2021
Sr. Aluno Cabral,
A chegada da família real portuguesa no Brasil, no início do ano de 1808, 
marcou profundamente a história das duas nações. A partir de então, o Brasil, 
que era colônia de Portugal quando a Corte portuguesa desembarcou em seu 
território, passou a sediar todo o comando administrativo do Império Português, 
até que, em 16 de dezembro de 1815, foi elevado a reino. E o que antes era 
chamado de Reino de Portugal passou a se chamar Reino de Portugal, Brasil e 
Algarves. Com isso, uma série de transformações ocorreu do ponto de vista 
político, econômico e social, contribuindo fortemente, inclusive, para o processo de 
Independência do Brasil, em 1822. Nos dias 25 e 27 de novembro de 1807, 
entre 10 a 15 mil pessoas embarcaram em naus, fragatas, brigues e escunas 
portuguesas rumo ao Brasil sob a proteção de 4 naus inglesas. Vieram órgãos 
administrativos inteiros, funcionários da Corte, ministros da Corte Suprema, 
membros do alto clero e, entre outras coisas, diversas bibliotecas, as quais 
resultaram na formação da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Durante a 
travessia, a frota encontrou diversas dificuldades, chegando a ser dividida por 
uma tempestade. Também foi relatada a falta de mantimentos básicos, como 
comida, água e roupas limpas, devido ao número excessivo de pessoas e aos quase 
três meses de viagem. É importante ressaltar que nesse momento histórico, 
século XIX, o mundo passava por uma série de transformações políticas, 
econômicas e sociais. A industrialização ditava os rumos do desenvolvimento 
econômico e, nesse sentido, a Inglaterra estava muito à frente dos outros 
países. Com isso, D. João IV tomou algumas medidas na tentativa de fomentar a 
atividade industrial no reino, revogando decretos que proibiam a instalação de 
manufaturas na colônia, oferecendo subsídios a determinados setores industriais, 
isenção de tributos na aquisição de matérias-primas para a indústria, entre 
outras coisas.
Com isso, D. João IV tomou algumas medidas na tentativa de fomentar a atividade 
industrial no reino, revogando decretos que proibiam a instalação de manufaturas na colônia, 
oferecendo subsídios a determinados setores industriais, isenção de tributos na aquisição de 
matérias-primas para a indústria, entre outras coisas. Além disso, com Portugal ainda 
ocupado pelas tropas francesas, D. João precisava colocar dentro da legalidade uma rede de 
contrabando existente entre a Inglaterra e a colônia para arrecadar tributos referentes a 
essas transações. Foi nesse contexto que ele assinou o Decreto de Abertura dos Portos às 
Nações Amigas em janeiro de 1808, ou seja, as transformações de natureza econômica que 
estavam acontecendo, inevitavelmente, no comércio mundial explicam em grande medida os 
motivos pelos quais, logo após a chegada ao Brasil, o príncipe regente assinou essa medida. 
Foi também em 1808 que D. Pedro VI fundou o Banco do Brasil, que existe até os dias de 
hoje. Os impactos econômicos a partir de então influenciaram diretamente a Independência 
do Brasil após a volta da Corte portuguesa a Lisboa. Porém, de imediato, D. João teve que 
fazer diversas concessões a comerciantes tanto ingleses quanto brasileiros na tentativa de 
‘corrigir’ distorções e atender protestos. Outra medida que impactou fortemente a economia 
da então colônia foi a pressão cada vez mais forte dos ingleses para que Portugal abolisse o 
tráfico de escravos. Com o estabelecimento da família real, funcionários da corte, do alto 
clero e de nobres que teriam vindo com a transferência, a cidade do Rio de Janeiro mudou até 
de fisionomia. Sua população praticamente dobrou de número, passando de 50 mil para 
aproximadamente 100 mil pessoas. Com a vinda de bibliotecas inteiras, a circulação de ideias 
e debates passou a se tornar mais frequente. Assim, houve o surgimento de novos veículos 
de imprensa, o estabelecimento de artistas, novas construções foram feitas, entre muitas 
outras coisas, o que reconfigurou a vida urbana do Rio de Janeiro. Em junho 1815, Napoleão 
foi derrotado no episódio que ficou conhecido como Batalha de Waterloo. A partir de então, 
Portugal e França reataram suas relações diplomáticas. Desde o final do século XVIII, com 
a expulsão dos jesuítas do Brasil, havia um vazio intelectual e artístico. D. João VI, 
percebendo a necessidade de preencher esses espaços, juntamente com a aproximação 
diplomática com a França após 1815, amparou o acolhimento de um grupo de artistas 
franceses, liderado por Jacques Le Breton. Em 1816, esse grupo desembarcou no Rio de 
Janeiro.Esse movimento foi responsável, em sua época, por alinhar o Brasil à Europa nos 
ideais artísticos e estéticos, sobretudo com a introdução da escola neoclassicista. Contudo, a 
missão encontrou, também, fortes resistências de artistas já estabelecidos, que se filiavam 
à tradição artística barroca.
Por fim, com a vinda de aproximadamente 15 mil pessoas ao Estado do Brasil, entre 
portugueses e estrangeiros de outras nacionalidades, uma série de interesses 
divergentes passou a se consolidar e disputar espaços de poder. Embora não houvesse 
ainda partidos políticos no Brasil, um aglomerado de comerciantes, proprietários de 
terras e escravos passou a ser reconhecido como Partido do Brasil. O surgimento desse 
grupo ocorreu após a Revolução do Porto, em 1820, e exerceu forte influência sobre a 
política do período. Eles foram, inclusive, os principais responsáveis pela pressão política 
que culminou no convencimento de D. Pedro I a permanecer no Brasil e, em seguida, 
declarar a independência, em 1822. Após 1831, durante o Período Regencial, membros 
desse grupo informal estabeleceram-se no Partido Moderado, sendo este, portanto, 
sucessor do Partido do Brasil. Além disso, começou a surgir também uma elite ilustrada 
no Brasil, com referenciais teóricos do liberalismo e outras ideias vigentes na Europa. 
Isso levou à formação, também em 1831, do Partido Liberal, cujos membros eram 
conhecidos como Luzias. Por se tratar de influências de ideias, é difícil mensurar o real 
impacto da transferência da corte no ambiente político do período. Algumas de suas 
manifestações são mais imediatas, como as que foram citadas acima. Contudo, não 
restam dúvidas de que o contato com essas ideias e o próprio status que a colônia 
adquiriu a partir desse contato trouxeram consequências irreversíveis para a formação 
do Brasil independente.
Com carinho, de seu querido professor,
Matheus Batista da Silva 
2ª Questão: Faça um plano de atividade sobre o 2o Reinado e o escravismo .para o 3o
ou 4o ano do Ensino Fundamental numa perspectiva de uma educação antirracista.
Trabalhe os elementos da herança da escravidão nos dias de hoje. Identifique os
conceitos, a duração de tempo e as atividades que você faria sobre esse tema abordando
os aspectos requisitados neste processo. Use metodologias dinâmicas, lúdicas e
significativas em sua proposta teórico-metodológica. Você não precisa mostrar os textos a
serem trabalhados, apenas a proposta daaula. (5,0 p.)
PLANO DE ATIVIDADE 
Ano de Escolaridade: 4° Ano do Ensino Fundamental I
Duração: 50min
Texto luz: De forma explícita ou velada, o racismo existe em nossa sociedade. E a escola
é um espaço essencial para a construção e promoção de valores básicos, como
igualdade e respeito às diferenças de cor e raça. Qual o papel do professor no combate
ao racismo? Como podem agir para promover uma educação antirracista? Este curso
abre espaço para o debate e a reflexão, com o objetivo de sensibilizar o olhar dos
educadores para construir um novo ambiente escolar. A escola, como um espaço social
de produção de conhecimento, também é onde se constroem identidades. Sendo assim, a
multiplicidade da população brasileira deve estar refletida no contexto escolar por meio de
imagens positivas. As atividades propostas ajudam a criar ações que levem o aluno a
estabelecer vínculos com a sua história, sua raça e sua cor.
Proposta de atividade: Sugerir a criação de uma árvore genealógica, com objetivo de
reconhecimento das origens diferentes, raças, histórias, cor e o conhecimento de si
mesmo. Em casa é o lugar mais fácil, peça para que os alunos façam entrevistas com
seus mais, tios e avós. Para facilitar, você pode fazer uma lista básica de perguntas sobre
a família, onde nasceram, tradições, alimentos, religião ou alguma história familiar
importante. Como hoje é fácil ter uma câmera fotográfica e um gravador, ou mesmo um
telefone celular com essas funções, estimule os alunos à gravarem e fotografarem as
entrevistas. Atualmente, como temos uma variedade incontável de tipos de famílias,
crianças adotadas, sem pai ou mãe etc, é importante orientar os alunos para não se
preocuparem em ter todos os elementos de uma família tradicional em sua árvore
genealógica. Nesses casos, também é possível dar a opção para a criança e todos os
alunos que ao invés de fazer uma árvore genealógica representativa, possa fazer um
texto ou uma redação como sua tarefa. Após a coleta de todas as informações, sugerir
para os alunos que peguem uma folha de papel grande, uma cartolina, e represente sua
família, colando fotos da família, para dar vida e colorido ao projeto. Fornecer um modelo
de árvore genealógica para as crianças terem como uma amostra e sugira os materiais
para utilizar na sua construção assim como essa:
 
Em seguida, depois de todas as árvores
prontas, reunir-se com os alunos em uma roda e
comparar as diferentes arvores, diferentes
famílias, de rança e cor diferentes fazendo
perguntas para que estimule o pensamento
criativo da criança sobre o assunto Educação
Antirracista, onde a mesma vai muito além de
aplicar a lei 11.645/2008, que inclui no currículo
oficial da educação básica a obrigatoriedade da
temática história e cultura afro-brasileira e
indígena.

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