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Ideia de movimento, de situar o grupo em sua realidade concreta Grupo não é mais considerado dicotômico em relação ao indivíduo, mas condição necessária para conhecer as determinações sociais que agem sobre o indivíduo Toda ação transformadora só pode ocorrer quando indivíduos se agrupam O grupo só poderá ser reconhecido enquanto um processo histórico (processo grupal) Desalienação: se perceberem enquanto membros da sociedade, semelhantes nas suas determinações históricas, e abrirem mão desta individualidade institucionalizada para efetivamente assumirem uma identidade grupal Analisar o indivíduo no processo grupal: a partir de suas determinações históricas Analisar as vivências subjetivas: as representações ideológicas dos grupos – as relações de poder Identificar os papéis sociais presentes nos grupos DEFINIÇÃO DE GRUPO: ‘’Uma estrutura de vínculos e relações entre pessoas que canaliza em cada circunstância suas necessidades individuais e/ou interesses coletivos’’ PROCESSOS GRUPAIS: O próprio grupo ser uma experiência histórica, que se constrói num determinado espaço e tempo, fruto das relações que vão ocorrendo no cotidiano, e ao mesmo tempo, que traz para o presente vários aspectos gerais da sociedade, expressas nas contradições que emergem no grupo; Para superar os problemas são 3 condições que uma teoria dialética sobre o grupo humano deve ter: 1. Deve dar conta da realidade social do grupo enquanto tal, realidade não redutível às características pessoais dos indivíduos que constituem o grupo 2. Deve ser suficientemente compreensiva para incluir tanto os pequenos grupos como os grandes grupos 3. Deve incluir como um de seus aspectos básicos o caráter histórico dos grupos humanos TOTALIDADE ANÁLISE DO PROCESSO GRUPAL EM 3 PARÂMETROS: 1. IDENTIDADE DO GRUPO: O que é o grupo diante dos outros grupos e o que o caracteriza como tal. - Formalização Organizativa: quais são as condições que geram pertencimento ao grupo: normas - Relações com outros grupos: interesses de classe, dialética intergrupal - Consciência de Pertencer ao grupo: identificação, sentimento de pertença 2. PODER DO GRUPO: Quais são os recursos materiais, culturais ou pessoais de que o grupo dispõe na relação com outros grupos? Sobre o poder: - O poder é inerente a toda e qualquer relação social, dever, portanto, ser desvelado - O poder não é um elemento negativo, mas uma condição de interação – o que é negativo é o ocultamento do poder – Poder costuma regular os processos de socialização - O ocultamento do poder naturaliza os processos de dominação social ‘’exigência natural’’. - Obs: o poder não é um objeto abstrato. Trata-se de ‘’ uma qualidade de alguém, pessoa ou grupo, na relação com outras pessoas ou grupos. O poder constitui, por conseguinte, um fenômeno social, não meramente individual. 3. ATIVIDADE: dimensões EXTERNA ou INTERNA. O que o grupo produz? Para além dos aspectos relacionados a produção capitalista. É o ponto de partida para o desenvolvimento das outras dimensões. - Trabalho: a atividade humana mais relevante na definição do sentido da existência humana, pois sua vida se articula ao redor do trabalho. GRUPOS PRIMÁRIOS: O ‘’fazer social’’ é a satisfação das necessidades básicas da pessoa e a formação de sua identidade. A atividade são as próprias interações sociais. Forma-se espontaneamente: atração entre os membros, identificação de semelhanças, compartilhamento de ansiedades... GRUPOS FUNCIONAIS: a maioria dos grupos em que estamos inseridos, ex: escola, igreja, trabalho, esporte A identidade é construída pelo papel social dos sujeitos, e não pelos vínculos O poder se constitui pela ocupação social dos membros ou pela capacitação A atividade se regula especialmente pela satisfação de necessidades sistêmicas, e não pessoais GRUPOS ESTRUTURAIS: A identidade do grupo se constitui um interesse objetivo: representa uma comunidade de interesses O poder se estrutura a partir do controle dos meios de produção, se configura a partir de uma inserção no mundo do capital A atividade do grupo é a satisfação de grandes grupos e classes sociais – tem a base nas relações de exploração do capital (conflitos de interesses e de classes sociais) Obs: em uma sociedade capitalista as relações estruturais de grupo podem perpassar as relações funcionais e até mesmo as relações primárias. GRUPO: lugar onde se produz novas subjetividades no jogo permanente da experiência de vínculo entre os participantes. Produtor e produto de seu tempo. Encontro entre o singular e o coletivo A criação e um comum no encontro dos diferentes COMUM: não pressupõe subjetividades homogeneizadas, ao contrário, permite que o diverso se apresente para a construção de uma coletividade que não se separa da produção de singularidade. Articulação entre sujeito e social, instituições e política. Sujeito: agente, produtor e protagonista da história. Vínculos e tramas vinculares: aquilo que sustenta/produz o processo de subjetivação que seria indissociável das formações sócio-históricas. GRUPOS OPERATIVO: É radicalmente perder o que é próprio e singular para se entregar ao coletivo, ao mesmo tempo em que é impossível sair da experiência grupal sem que apareça o que é mais próprio e único de cada um. ESPIRAL DIALÉTICA SITUAÇÃO GRUPAL UMA INTERPRETAÇÃO É GERADA E PROVOCA DESESTRUTURAÇÃO O GRUPO RESPONDE tentando se transformar para dar conta de seu processo, passando a uma reestruturação em uma nova situação. Cada ciclo abrange e supera o anterior. Tese- Antítese- Síntese A Espiral dialética abrange todo o processo grupal, como um movimento constante entre processos internos ao grupo, quais sejam: afiliação/pertença, comunicação, cooperação, tele, aprendizagem e pertinência TAREFA: A tarefa supõe a passagem por múltiplas contradições, simultâneas e sucessivas e sua resolução A tarefa é a marcha do grupo em direção ao seu objetivo, é um fazer-se e um fazer dialético em direção a uma finalidade, é uma práxis e uma trajetória” A tarefa é o elemento essencial do processo grupal Ele ainda destacou que sua técnica de trabalho não está centrada nos indivíduos nem na totalidade do grupo, mas “na relação que os membros do grupo mantêm com a tarefa”. O essencial, então, é “a relação entre um grupo e seus membros com uma dada tarefa TRABALHO: aspecto determinante da organização social, em seu conjunto Pode fortalecer a identidade dos sujeitos e significar mais do que um meio de subsistência PRÉ TAREFA: descreve um momento de resistência a abordagem do objeto de conhecimento e ao esclarecimento das implicações subjetivas e objetivas dos sujeitos com respeito a esse objeto ou ao tema em questão. PRÁXIS: não se separa a tarefa do que o sujeito sabe, não se separa a experiência problematizadora do aprender e do lidar com a tarefa em questão COORDENADOR: ao abrir mão do lugar de liderança, ele adquire a função de ajudar na circulação desejante do coletivo. ECRO: O grupo deve configurar um Esquema Conceitual Operativo dialético, no qual as contradições referidas ao campo de trabalho possam ser resolvidas na própria tarefa grupal.
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