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Estudo intensivo OAB internacional - 17.08 - Alice Rocha

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Estudo intensivo OAB
Direito Internacional
Profa. Alice Rocha
@profalicerocha
2
Organizando os temas
• Direito Internacional Público
Estrangeiro
Imunidade diplomática
• Direito Internacional Privado
Competência
Elementos de conexão 
3
•Direito Internacional Público
Estrangeiro
Fica no Brasil
Sai do Brasil
*Fundamento legal: 
Lei n. 13.445 de 24 de maio de 2017
Dec. 9.199 de 20 de novembro de 2017
Constituição Federal de 1988
4
Fica no Brasil
• Visto 
• Asilado 
• Refugiado
5
• VISTO: Não é um direito, e sim mera cortesia. Ato discricionário do Estado.
Não garante o ingresso do estrangeiro no país, sendo mera expectativa de
direito. Individual, podendo se estender a dependentes legais.
6
• Espécies de visto (art. 12 da lei 13.445/17)
I - de visita;
II - temporário;
III - diplomático;
IV - oficial;
V - de cortesia.
Art. 6o O solicitante poderá possuir mais de um visto válido, desde que os 
vistos sejam de tipos diferentes. (Regulamento)
7
Visto de visita
Art. 13. O visto de visita poderá ser concedido ao visitante que venha ao Brasil para estada de
curta duração, sem intenção de estabelecer residência, nos seguintes casos:
I - turismo;
II - negócios;
III - trânsito;
IV - atividades artísticas ou desportivas; e
V - outras hipóteses definidas em regulamento.
§ 1o É vedado ao beneficiário de visto de visita exercer atividade remunerada no Brasil.
§ 2o O beneficiário de visto de visita poderá receber pagamento do governo, de empregador
brasileiro ou de entidade privada a título de diária, ajuda de custo, cachê, pró-labore ou outras
despesas com a viagem, bem como concorrer a prêmios, inclusive em dinheiro, em competições
desportivas ou em concursos artísticos ou culturais.
§ 3o O visto de visita não será exigido em caso de escala ou conexão em território nacional, desde
que o visitante não deixe a área de trânsito internacional.
8
Visto temporário
Art. 14. O visto temporário poderá ser concedido ao imigrante que venha ao Brasil com o intuito de estabelecer 
residência por tempo determinado e que se enquadre em pelo menos uma das seguintes hipóteses:
I - o visto temporário tenha como finalidade:
a) pesquisa, ensino ou extensão acadêmica;
b) tratamento de saúde;
c) acolhida humanitária;
d) estudo;
e) trabalho;
f) férias-trabalho;
g) prática de atividade religiosa ou serviço voluntário;
h) realização de investimento ou de atividade com relevância econômica, social, científica, tecnológica ou cultural;
i) reunião familiar;
j) atividades artísticas ou desportivas com contrato por prazo determinado;
II - o imigrante seja beneficiário de tratado em matéria de vistos;
III - outras hipóteses definidas em regulamento.
9
Visto oficial, diplomático e de cortesia 
Art. 16. Os vistos diplomático e oficial poderão ser concedidos a autoridades e
funcionários estrangeiros que viajem ao Brasil em missão oficial de caráter
transitório ou permanente, representando Estado estrangeiro ou organismo
internacional reconhecido.
§ 1º Não se aplica ao titular dos vistos referidos no caput o disposto na legislação
trabalhista brasileira.
§ 2º Os vistos diplomático e oficial poderão ser estendidos aos dependentes das
autoridades referidas no caput .
Art. 15 Parágrafo único. Os vistos diplomático e oficial poderão ser transformados
em autorização de residência, o que importará cessação de todas as prerrogativas,
privilégios e imunidades decorrentes do respectivo visto.
10
Art. 17. O titular de visto diplomático ou oficial somente poderá ser remunerado por 
Estado estrangeiro ou organismo internacional, ressalvado o disposto em tratado 
que contenha cláusula específica sobre o assunto.
Parágrafo único. O dependente de titular de visto diplomático ou oficial poderá 
exercer atividade remunerada no Brasil, sob o amparo da legislação trabalhista 
brasileira, desde que seja nacional de país que assegure reciprocidade de tratamento 
ao nacional brasileiro, por comunicação diplomática.
Art. 18. O empregado particular titular de visto de cortesia somente poderá exercer 
atividade remunerada para o titular de visto diplomático, oficial ou de cortesia ao 
qual esteja vinculado, sob o amparo da legislação trabalhista brasileira.
Parágrafo único. O titular de visto diplomático, oficial ou de cortesia será responsável 
pela saída de seu empregado do território nacional.
11
Asilo 
O asilo político, que constitui ato discricionário do Estado, poderá ser concedido como 
instrumento de proteção à pessoa que se encontre perseguida em um Estado por suas 
crenças, opiniões e filiação política ou por atos que possam ser considerados delitos 
políticos. NÃO será concedido a quem tenha praticado os crimes do Estatuto de Roma.
- Pode ser de dois tipos: 
diplomático: quando o requerente está em país estrangeiro e pede asilo à 
embaixada brasileira - ou 
territorial: quando o requerente está em território nacional. Se concedido, o 
requerente estará ao abrigo do Estado brasileiro, com as garantias devidas.
- O solicitante de asilo político fará jus à autorização provisória de residência, demonstrada 
por meio de protocolo, até a obtenção de resposta do seu pedido.
- A saída do País sem prévia comunicação ao Ministério das Relações Exteriores implicará 
renúncia ao asilo político.
12
Refúgio
-concedido ao imigrante por fundado temor de perseguição por motivos de raça, 
religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas. 
-enquanto tramita um processo de refúgio, pedidos de expulsão ou extradição 
ficam em suspensos. 
-o refúgio tem diretrizes globais definidas e possui regulação pelo organismo 
internacional ACNUR - Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. 
-No Brasil, a matéria é regulada pela Lei nº 9.474, de 22 de julho de 1997, que 
criou o Comitê Nacional para os Refugiados – Conare, e pela Convenção das 
Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados , de 28 de julho de 1951.
*Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública.
13
Sai do Brasil
• Afastamento compulsório de estrangeiro
• Repatriação
• Deportação
• Expulsão
• Extradição
14
Afastamento compulsório de estrangeiro
• Observância da lei 9474/97
• A repatriação, a deportação e a expulsão serão feitas para o país de
nacionalidade ou de procedência do migrante ou do visitante, ou para
outro que o aceite, em observância aos tratados dos quais o Brasil seja
parte.
• Não se procederá à repatriação, à deportação ou à expulsão de nenhum
indivíduo quando subsistirem razões para acreditar que a medida poderá
colocar em risco sua vida, sua integridade pessoal ou sua liberdade seja
ameaçada por motivo de etnia, religião, nacionalidade, pertinência a grupo
social ou opinião política.
• As medidas de retirada compulsória não serão feitas de forma coletiva.
15
Repatriação
• Medida administrativa da devolução ao país de procedência ou de
nacionalidade da pessoa em situação de impedimento de ingresso,
identificada no momento da entrada no território nacional.
• Não será aplicada medida de repatriação à pessoa em situação de
refúgio ou de apatridia, de fato ou de direito, ao menor de 18
(dezoito) anos desacompanhado ou separado de sua família, EXCETO
nos casos em que se demonstrar favorável para a garantia de seus
direitos ou para a reintegração a sua família de origem, ou a quem
necessite de acolhimento humanitário, nem, em qualquer caso,
medida de devolução para país ou região que possa apresentar risco à
vida, à integridade pessoal ou à liberdade da pessoa.
16
Deportação
• Medida decorrente de procedimento administrativo da qual resulta a retirada compulsória da 
pessoa que se encontre em situação migratória irregular no território nacional.
• Os procedimentos concernentes à deportação observarão os princípios do contraditório, da ampla 
defesa e da garantia de recurso com efeito suspensivo.
• A deportação será precedida de notificação pessoal ao deportando, da qual constem, 
expressamente, as irregularidades verificadas e prazo para a regularização não inferiora 60 
(sessenta) dias, podendo ser prorrogado, por igual período, por despacho fundamentado e 
mediante compromisso de a pessoa manter atualizadas suas informações domiciliares.
• A notificação não impede a livre circulação em território nacional, devendo o deportando informar 
seu domicílio e suas atividades.
• A saída voluntária de pessoa notificada para deixar o País equivale ao cumprimento da notificação 
de deportação para todos os fins.
• Em se tratando de apátrida, o procedimento de deportação dependerá de prévia autorização da 
autoridade competente.
• Não se procederá à deportação se a medida configurar extradição não admitida pela legislação 
brasileira.
17
Expulsão
• Medida administrativa da retirada compulsória do território nacional instaurada
por meio de Inquérito Policial de Expulsão, conjugada com impedimento de
reingresso por prazo determinado do imigrante ou do visitante com sentença
condenatória transitada em julgado pela prática de:
I – crimes tipificados no Estatuto de Roma (TPI)
a) crime de genocídio;
b) crime contra a humanidade;
c) crime de guerra; ou
d) crime de agressão; ou
II - crime comum doloso passível de pena privativa de liberdade, consideradas a
gravidade e as possibilidades de ressocialização no território nacional.
18
Vedação a expulsão
• Não procederá à expulsão quando:
I - a medida configurar extradição não admitida pela lei brasileira;
II - o expulsando:
a) tiver filho brasileiro que esteja sob a sua guarda ou dependência econômica ou socioafetiva ou
tiver pessoa brasileira sob a sua tutela;
b) tiver cônjuge ou companheiro residente no País, sem discriminação alguma, reconhecido
judicial ou legalmente;
c) tiver ingressado no País antes de completar os doze anos de idade, desde que resida, desde
então, no País; ou
d) seja pessoa com mais de setenta anos que resida no País há mais de dez anos, considerados a
gravidade e o fundamento da expulsão.
*Atenção – Sumula 421 STF Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando
casado com brasileira ou ter filho brasileiro.
19
• Os procedimentos concernentes à expulsão observarão os princípios do
contraditório e da ampla defesa.
• Publicado o ato do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública que
disponha sobre a expulsão e o prazo determinado de impedimento para
reingresso no território nacional, o expulsando poderá interpor pedido de
reconsideração no prazo de dez dias, contado da data da sua notificação
pessoal.
• A existência de procedimento de expulsão NÃO impedirá a saída do
expulsando do País. A saída voluntária do expulsando não suspenderá o
processo de expulsão. Quando verificado que o expulsando com expulsão já
decretada tenha comparecido a ponto de fiscalização para deixar
voluntariamente o País, será lavrado termo e registrada a saída do território
nacional como expulsão.
20
Extradição
• Medida de cooperação internacional entre o Estado brasileiro e outro Estado pela
qual se concede ou solicita a entrega de pessoa sobre quem recaia condenação
criminal definitiva ou para fins de instrução de processo penal em curso.
• Será requerida por via diplomática ou pelas autoridades centrais designadas para
esse fim.
• Atenção – necessidade de tratado ou promessa de reciprocidade.
• Vedada a extradição de brasileiro NATO!
• NATURALIZADO - Art. 5º LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o 
naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de 
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na 
forma da lei;
21
Vedação a extradição 
NÃO se concederá a extradição quando:
I - o indivíduo cuja extradição é solicitada ao Brasil for brasileiro nato;
II - o fato que motivar o pedido não for considerado crime no Brasil ou no Estado requerente;
III - o Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o crime imputado ao extraditando;
IV - a lei brasileira impuser ao crime pena de prisão inferior a 2 (dois) anos;
V - o extraditando estiver respondendo a processo ou já houver sido condenado ou absolvido no
Brasil pelo mesmo fato em que se fundar o pedido;
VI - a punibilidade estiver extinta pela prescrição, segundo a lei brasileira ou a do Estado requerente;
VII - o fato constituir crime político ou de opinião;
VIII - o extraditando tiver de responder, no Estado requerente, perante tribunal ou juízo de exceção;
ou
IX - o extraditando for beneficiário de refúgio, nos termos da Lei no 9.474, de 22 de julho de 1997, ou
de asilo territorial.
22
• Competência para processar e julgar o processo de extradição:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;
Atenção – STF pode deixar de considerar crime politico o atentado contra chefe de Estado 
ou quaisquer autoridades, bem como crime contra a humanidade, crime de guerra, 
genocídio e atos terroristas.
Importante:
Diferença entre extradição e entrega: mecanismo por meio do qual o Estado ENTREGA
(coloca à disposição) para julgamento do Tribunal Penal Internacional, que entrou em
funcionamento em 2002, pessoa acusada de delito internacional de competência deste
organismo.
23
Quem pode requerer:
Art. 83. São condições para concessão da extradição:
I - ter sido o crime cometido no território do Estado requerente ou serem aplicáveis ao extraditando as leis
penais desse Estado; e
II - estar o extraditando respondendo a processo investigatório ou a processo penal ou ter sido condenado
pelas autoridades judiciárias do Estado requerente a pena privativa de liberdade.
Art. 85. Quando mais de um Estado requerer a extradição da mesma pessoa, pelo mesmo fato, terá
preferência o pedido daquele em cujo território a infração foi cometida.
§ 1o Em caso de crimes diversos, terá preferência, sucessivamente:
I - o Estado requerente em cujo território tenha sido cometido o crime mais grave, segundo a lei brasileira;
II - o Estado que em primeiro lugar tenha pedido a entrega do extraditando, se a gravidade dos crimes for
idêntica;
III - o Estado de origem, ou, em sua falta, o domiciliar do extraditando, se os pedidos forem simultâneos.
24
FGV - OAB UNIFICADO - XIV Exame/2014
A respeito da condição jurídica do estrangeiro, disciplinada pela Lei n. 
6.815/80, assinale a afirmativa correta.
a) Nos casos de entrada ou estada irregular de estrangeiro, se este não se 
retirar voluntariamente do território nacional no prazo fixado em 
Regulamento, será promovida a sua expulsão.
b) Quando mais de um Estado requerer a extradição da mesma pessoa pelo 
mesmo fato, terá preferência o pedido daquele em cujo território a infração 
foi cometida.
c) A República Federativa do Brasil não extradita os seus nacionais, salvo em 
caso de reciprocidade.
d) Conceder-se-á extradição mesmo quando o fato constituir crime político e 
o extraditando houver de responder, no Estado requerente, perante tribunal 
ou juízo de exceção.
25
FGV - OAB UNIFICADO - XIII Exame/2014
A respeito da extradição e/ou expulsão de estrangeiro do Brasil, assinale a 
afirmativa correta.
a) É passível de extradição o estrangeiro que, de qualquer forma, atentar 
contra a segurança nacional, a ordem pública ou social, a tranquilidade ou a 
moralidade pública e a economia popular, ou cujo procedimento o torne 
nocivo à conveniência e aos interesses nacionais.
b) É passível de extradição o estrangeiro que praticar fraude a fim de obter a 
sua entrada ou permanência no Brasil.
c) Caberá exclusivamente ao Presidente da República resolver sobre a 
conveniência e a oportunidade de expulsão do estrangeiro ou de sua 
revogação.
d) A expulsão do estrangeiro não poderá efetivar-se se houver processo ou 
ocorrido condenação.
26
•Direito Internacional Público
Imunidade diplomática
27
Relações diplomáticas
• Regidas pelo consentimento mútuo e reciprocidade.
• Imunidades e privilégios diplomáticos: baseados no direito de império
1. Imunidade pessoalde natureza tributária: membros da missão são isentos de impostos e taxas 
de qualquer nível. Exceções: impostos indiretos de mercadorias, taxas de registro e hipoteca 
de imóveis (art. 34 CV/61) 
2. Imunidades reais de natureza tributária: os bens da missão também são isentos de impostos 
de todos os níveis. Os bens próprios dos diplomatas ou utilizados para fins comerciais pagam.
3. Imunidades de natureza trabalhista: os agentes se submetem a normas do Estado acreditador 
quando contratam seus nacionais. 
4. Imunidades da missão diplomática: direito a inviolabilidade do local da missão, correios (de 
forma ampla, pode ser visto por raio x) e documentos e arquivos. Não pode entrar nem com 
mandato judicial sem a expressa autorização do acreditante. 
• Pela inviolabilidade do local da missão pode assegurar asilo a perseguidos políticos no Estado 
acreditador. Embaixada é território do país acreditador.
• Extensão a familiares, inclusive em caso de falecimento do agente diplomático. (art. 39 CV/61)
28
Imunidade de jurisdição x Imunidade de execução
• Artigo 31 CV/61
1. O agente diplomático gozará de imunidade de jurisdição penal do Estado acreditado. Gozará também da imunidade de 
jurisdição civil e administrativa, a não ser que se trate de:
a) uma ação real sobre imóvel privado situado no território do Estado acreditado, salvo se o agente diplomático o 
possuir por conta do Estado acreditado para os fins da missão.
b) uma ação sucessória na qual o agente diplomático figure, a titulo privado e não em nome do Estado, como executor 
testamentário, administrador, herdeiro ou legatário.
c) uma ação referente a qualquer profissão liberal ou atividade comercial exercida pelo agente diplomático no Estado 
acreditado fora de suas funções oficiais.
2. O agente diplomático não é obrigado a prestar depoimento como testemunha.
3. O agente diplomático não esta sujeito a nenhuma medida de execução a não ser nos casos previstos nas alíneas " a ", 
" b " e " c " do parágrafo 1 deste artigo e desde que a execução possa realizar-se sem afetar a inviolabilidade de sua 
pessoa ou residência.
4. A imunidade de jurisdição de um agente diplomático no Estado acreditado não o isenta da jurisdição do Estado 
acreditante.
ATENÇÃO: O Estado acreditante pode renunciar da imunidade de jurisdição e de execução, de forma expressa e 
independente.
29
Questão - FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado - V
A embaixada de um estado estrangeiro localizada no Brasil contratou um empregado 
brasileiro para os serviços gerais. No final do ano, não pagou o 13º salário, por entender 
que, em seu país, este não era devido. O empregado, insatisfeito, recorreu à Justiça do 
Trabalho. A ação foi julgada procedente, mas a embaixada não cumpriu a sentença. Por 
isso, o reclamante solicitou a penhora de um carro da embaixada. 
Com base no relatado acima, o Juiz do Trabalho decidiu 
A) deferir a penhora, pois a Constituição atribui competência à justiça brasileira para ações 
de execução contra Estados estrangeiros.
B) indeferir a penhora, pois o Estado estrangeiro, no que diz respeito à execução, possui 
imunidade, e seus bens são invioláveis.
C) extinguir o feito sem julgamento do mérito por entender que o Estado estrangeiro tem 
imunidade de jurisdição.
D) deferir a penhora, pois o Estado estrangeiro não goza de nenhuma imunidade quando 
se tratar de ações trabalhistas.
30
Questão - FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XII
Um agente diplomático comete um crime de homicídio no Estado
acreditado. A respeito desse caso, assinale a afirmativa correta.
A) Será julgado no Estado acreditado, pois deve cumprir as leis desse
Estado.
B) Poderá ser julgado pelo Estado acreditado desde que o agente
renuncie a imunidade de jurisdição.
C) Em nenhuma circunstância pode ser julgado pelo Estado acreditado.
D) Poderá ser julgado pelo Estado acreditado, desde que o Estado
acreditante renuncie expressamente à imunidade de jurisdição.
31
Questão - FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXI 
Aurélio, diplomata brasileiro, casado e pai de dois filhos menores, está em vias de ser nomeado 
chefe de missão do Brasil na capital de importante Estado europeu.
À luz do disposto na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, promulgada no Brasil por 
meio do Decreto nº 56.435/65, assinale a afirmativa correta.
A) A nomeação de Aurélio pelo Brasil não depende da anuência do Estado acreditado, visto se 
tratar de uma decisão soberana do Estado acreditante.
B) Mesmo se nomeado, o Estado acreditado poderá considerar Aurélio persona non grata, desde 
que, para tanto, apresente suas razões ao Estado acreditante, em decisão fundamentada. Se 
acolhidas as razões apresentadas pelo Estado acreditado, Aurélio poderá ser retirado da missão ou 
deixar de ser reconhecido como membro da missão.
C) Os privilégios e as imunidades previstos estendidos à mulher e aos filhos de Aurélio cessam de 
imediato, na hipótese de falecimento de Aurélio.
D) Se nomeado, a residência de Aurélio gozará da mesma inviolabilidade estendida ao local em que 
baseada a missão do Brasil no Estado acreditado.
32
•Direito Internacional Privado
Competência
33
Competência internacional
Limites da jurisdição brasileira em relação a tribunais estrangeiros.
1. Competência concorrente
2. Competência exclusiva
34
Competência concorrente
• Juiz brasileiro e estrangeiro podem conhecer e julgar a causa, que posteriormente poderá ser executada no 
Brasil mediante a homologação de sentença estrangeira.
• Art. 21 e 22 CPC
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica 
estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou 
obtenção de benefícios econômicos;
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil;
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.35
Ausência de litispendência (art. 24 CPC)
Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz 
litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira 
conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as 
disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais 
em vigor no Brasil.
Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira 
não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando 
exigida para produzir efeitos no Brasil.
36
Competência exclusiva
• Judiciário brasileiro deve conhecer e julgar a demanda em relação a assuntos 
específicos que se for julgada por autoridade estrangeira, não produzirá efeitos 
no Brasil.
• Art. 23 CPC
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer 
outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento 
particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor 
da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território 
nacional;
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à 
partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade 
estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. 
37
Autonomia da vontade
Novo CPC
Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o 
processamento e o julgamento da ação quandohouver cláusula de 
eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, 
arguida pelo réu na contestação.
§ 1o Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência 
internacional exclusiva previstas neste Capítulo.
38
•Direito Internacional Privado
Elementos de conexão 
39
Qualificação Elemento de conexão
Começo e fim da personalidade; nome; capacidade e 
direitos de família (art. 7º caput LINDB)
Domicílio
Qualificar os bens e regular as relações a eles 
concernentes (art. 8º caput LINDB)
Lei do país em que estiverem situados
Qualificar e reger as obrigações (art. 9º caput LINDB) País em que se constituírem (locus regit actum)
Impedimentos dirimentes e formalidades para 
casamento no Brasil (art. 7 §1 LINDB)
Lei brasileira
Regime de bens (legal ou convencional)/invalidade de 
matrimônio (art. 7º §§ 3 e 4 LINDB)
Domicílio conjugal (primeiro se diverso)
Sucessão por morte ou por ausência (art. 10 caput 
LINDB)
Domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer 
que seja a natureza e a situação dos bens
* § 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no 
País, será regulada pela lei brasileira em benefício do 
cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os 
represente, sempre que não lhes seja mais favorável a 
lei pessoal do de cujus.
40
(FGV/OAB 2014) Túlio, brasileiro, é casado com Alexia, de nacionalidade sueca, estando o casal 
domiciliado no Brasil. Durante um cruzeiro marítimo, na Grécia, ela, após a ceia, veio a falecer em 
razão de uma intoxicação alimentar. Alexia, quando ainda era noiva de Túlio, havia realizado um 
testamento em Lisboa, dispondo sobre os seus bens, entre eles, três apartamentos situados no 
Rio de Janeiro.
À luz das regras de Direito Internacional Privado, assinale afirmativa correta.
a) Se houver discussão acerca da validade do testamento, no que diz respeito à observância das 
formalidades, deverá ser aplicada a legislação brasileira, pois Alexia encontrava se domiciliada no 
Brasil.
b) Se houver discussão acerca da validade do testamento, no que diz respeito à observância das 
formalidades, deverá ser aplicada a legislação portuguesa, local em que foi realizado o ato de 
disposição da última vontade de Alexia.
c) A autoridade judiciária brasileira não é competente para proceder ao inventário e à partilha de 
bens, porquanto Alexia faleceu na Grécia, e não no Brasil
d) Se houver discussão acerca do regime sucessório, deverá ser aplicada a legislação sueca, em 
razão da nacionalidade do de cujus. 41
(FGV/OAB XXIV – 2017) Roger, suíço radicado no Brasil há muitos anos, faleceu em sua
casa no Rio Grande do Sul, deixando duas filhas e um filho, todos maiores de idade. Suas
filhas residem no Brasil, mas o filho se mudara para a Suíça antes mesmo do falecimento
de Roger, lá residindo. Roger possuía diversos bens espalhados pelo sul do Brasil e uma
propriedade no norte da Suíça.
Com referência à sucessão de Roger, assinale a afirmativa correta.
a) Se o inventário de Roger for processado no Brasil, sua sucessão deverá ser regulada
pela lei suíça, que é a lei de nacionalidade de Roger.
b) A capacidade do filho de Roger para sucedê-lo será regulada pela lei suíça.
c) Se Roger tivesse deixado testamento, seria aplicada, quanto à sua forma, a lei da
nacionalidade dele, independentemente de onde houvesse sido lavrado.
d) O inventário de Roger não poderá ser processado no Brasil, em razão de existirem
bens no estrangeiro a partilhar.
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Bônus – homologação de sentença
• Art. 733 CPC: no divórcio consensual, não havendo filhos incapazes e 
observada a lei, poderá ser realizada por escritura pública que, de 
acordo com o §1º do mesmo artigo, não dependerá de homologação 
judicial.
• +
• Art. 961 par. 5º do CPC: “A sentença estrangeira de divórcio 
consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de 
homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.”
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(FGV/OAB XXIV– 2017) Henrique e Ruth se casaram no Brasil e se mudaram para a
Holanda, onde permaneceram por quase 4 anos. Após um período difícil, o casal,
que não tem filhos, nem bens, decide, de comum acordo, se divorciar e Ruth
pretende retornar ao Brasil.
Com relação à dissolução do casamento, assinale a afirmativa correta.
A) O divórcio só poderá ser requerido no Brasil, eis que o casamento foi realizado
no Brasil.
B) O divórcio, se efetivado na Holanda, precisa ser reconhecido e homologado
perante o STJ para que tenha validade no Brasil.
C) O divórcio consensual pode ser reconhecido no Brasil sem que seja necessário
proceder à homologação.
D) Para requerer o divórcio no Brasil, o casal deverá, primeiramente, voltar a
residir no país.
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