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1 
 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ E PÓS- 
PROCEDIMENTOS ANESTÉSICOS 
1 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3 
2. ANESTESIA ........................................................................................................ 6 
2.1 Tipos de Anestesia ....................................................................................... 7 
3. AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA ....................................................................... 9 
3.1 Ambulatórios ou Consultórios de Avaliação Pré-Anestésica ........................ 9 
3.2 Ansiedade Pré-Operatória .......................................................................... 10 
3.3 Avaliação Pré-Anestésica ........................................................................... 10 
3.4 História Clínica ........................................................................................... 11 
3.5 Alergia ........................................................................................................ 11 
3.6 Miopatias .................................................................................................... 13 
3.8 Anti-Hipertensivos ...................................................................................... 13 
3.9 Hipoglicemiantes ........................................................................................ 14 
3.10 Anticoagulantes .......................................................................................... 16 
4. ANTIDEPRESSIVOS ........................................................................................ 18 
5. FITOTERÁPICOS E SUPLEMENTOS VITAMÍNICOS...................................... 19 
5.1 Outras Drogas ............................................................................................ 19 
6. ASPECTOS DO EXAME FÍSICO DE IMPORTÂNCIA E/OU RISCO DURANTE 
O ATO ANESTÉSICO-CIRÚRGICO.......................................................................... 20 
6.1 Pressão Arterial .......................................................................................... 20 
6.2 Avaliação da Perviedade das Vias Aéreas ................................................. 20 
6.3 Teste de Mallampati ................................................................................... 20 
7. EXAMES LABORATORIAIS ............................................................................. 23 
7.1 Tempo de Validade .................................................................................... 24 
7.2 Consultas Especializadas ........................................................................... 24 
7.3 Estado Clínico do Paciente ......................................................................... 25 
7.4 Plano de Assistência Anestésica ................................................................ 27 
7.5 Informações ao Paciente ou Responsável Adulto ...................................... 28 
8. PÓS ANESTÉSICO .......................................................................................... 30 
8.1 Organização ............................................................................................... 31 
8.2 Admissão .................................................................................................... 32 
8.3 Cuidados de Enfermagem .......................................................................... 32 
9. CRITÉRIOS DE ALTA DA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA.... 34 
9.1 Fluxo de Alta Para Cirurgias de Pequeno Porte ......................................... 35 
9.2 Atenção à Respiração ................................................................................ 35 
2 
 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A menção ao período que envolve o momento da cirurgia apresenta 
terminologia específica. Quando o paciente necessita de uma cirurgia e esta é 
agendada, diz-se que ele se encontra no período Peri operatório, que compreende as 
fases pré-operatória mediata e imediata, transoperatória, recuperação anestésica e 
pós-operatória. Neste estudo, enfatizam-se os cuidados de enfermagem realizados 
nas duas primeiras fases, ou seja, durante o período pré-operatório mediato e 
imediato, que compreende desde o momento em que se decide que a cirurgia - seja 
ela eletiva, de urgência ou de emergência - será realizada, até o momento que 
precede o ato cirúrgico, quando o paciente é encaminhado ao centro cirúrgico. 
O bem-estar do paciente deve constituir o principal objetivo dos profissionais 
que assistem o paciente cirúrgico, pois, no período pré-operatório, estes podem 
apresentar um alto nível de estresse, bem como desenvolver sentimentos que podem 
atuar negativamente em seu estado emocional, tornando-os vulneráveis e 
dependentes. Observa-se que, muitas vezes, o estado de estresse independe do grau 
de complexidade da cirurgia, assim como tem relação com a desinformação no que 
diz respeito aos procedimentos da cirurgia, à anestesia e aos cuidados a serem 
realizados. 
Na atenção ao paciente pré-cirúrgico, a equipe de enfermagem é responsável 
pelo seu preparo, estabelecendo e desenvolvendo diversas ações de cuidados de 
enfermagem, de acordo com a especificidade da cirurgia. Esses cuidados, por sua 
vez, são executados de acordo com conhecimentos especializados, para atender às 
necessidades advindas do tratamento cirúrgico. Estes cuidados incluem, ainda, 
orientação, preparo físico e emocional, avaliação e encaminhamento ao centro 
cirúrgico com a finalidade de diminuir o risco cirúrgico, promover a recuperação e 
evitar complicações no pós-operatório, uma vez que estas geralmente estão 
associadas a um preparo pré-operatórioinadequado. 
Considerando as características específicas do paciente cirúrgico, diversos 
trabalhos apontam e ressaltam a importância dos esforços para a obtenção da 
melhoria da qualidade da assistência de enfermagem. Nesse sentido, pode-se 
alcançar esta qualidade por meio da utilização do processo de enfermagem aplicado 
ao paciente cirúrgico, denominado Sistema de Assistência de Enfermagem Peri 
4 
 
 
operatório (SAEP). Este inicia no período pré-operatório, com a chegada do paciente 
ao hospital, e se estende até as 24 ou 48 horas seguintes ao ato anestésico-cirúrgico. 
Este modelo de assistência tem como finalidade principal o planejamento e a 
implementação dos cuidados ao paciente. 
Por essa razão, a importância da atuação do enfermeiro no período pré-
operatório se destaca. Ao enfermeiro, compete o planejamento da assistência de 
enfermagem prestada ao paciente cirúrgico, o qual diz respeito às necessidades 
físicas e emocionais do paciente, além da orientação quanto à cirurgia propriamente 
dita e o preparo físico necessáriopara a intervenção cirúrgica. 
Ainda existem deficiências no que tange ao preparo físico, psicológico e 
espiritual do paciente realizados no pré-operatório, as quais não foram 
suficientemente investigadas na academia. Desta maneira, acredita-se que se deveria 
buscar uma maior qualidade e adequação nos cuidados realizados, avaliando suas 
reais necessidades, de modo que estes possam ser realizados individualmente, com 
a participação do paciente, bem como fundamentados em bases teóricas. 
Neste contexto é que a enfermagem é desafiada a oferecer uma assistência 
com qualidade no período pré-operatório. Essa assistência envolveria, então, o 
preparo físico e psicológico do paciente para a cirurgia, procurando fazer com que o 
paciente compreenda a assistência de enfermagem a ser realizada e qualquer 
possível desconforto que possa resultar destes cuidados prestados, esclarecendo 
suas dúvidas e buscando respostas as suas perguntas. 
Nesta perspectiva, encontram-se, na literatura da área, discussões, baseadas 
em evidências, sobre a prática da enfermagem, as quais levam a crer que esta busca 
o uso consciencioso, explícito e criterioso de informações, derivadas de teorias e 
pesquisas, para serem utilizadas a fim de fundamentar o planejamento da assistência, 
bem como da tomada de decisão sobre o cuidado prestado. 
O preparo realizado na fase pré-operatória, para a maioria dos pacientes 
submetidos a cirurgias eletivas, inicia-se na ocasião da admissão, pois a internação 
acontece no período pré-operatório imediato, ou seja, poucas horas antes do 
procedimento. Como este período é curto, existe a necessidade de rever a efetividade 
dos cuidados realizados no período pré-operatório e avaliar sua forma de execução, 
de modo a verificar se estes cuidados são realizados de maneira adequada ou de 
forma mecânica e rotineira, distanciada do cuidado direto e integral que deve ser 
prestado. 
5 
 
 
Desta maneira, o cuidado prestado ao paciente durante o período pré-
operatório deve ser planejado de acordo com a individualidade de cada paciente, 
baseado em evidências científicas e determinado pelo estado de saúde do paciente, 
tipo de cirurgia, rotina implantada na instituição, tempo disponível entre a internação 
e a cirurgia e necessidades particulares apresentadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
ANESTESIA 
 
No Brasil, de acordo com o artigo 4° da lei nº 12.842 de 10 julho de 2013 a 
realização da sedação profunda, bloqueios anestésicos e anestesia geral são 
procedimento privativo do médico anestesista e muda de acordo com as condições 
clinicas do paciente; doenças preexistentes; estado mental e psicológico; período de 
recuperação pós-operatória, tipo e duração do procedimento cirúrgico, além da 
posição do paciente durante a cirurgia (LEMOS; PENICHE, 2016.); 
Já o cirurgião é encarregado pela equipe cirúrgica e o ato cirúrgico, tendo que 
zelar pela boa formação profissional dos membros da equipe, garantindo ao paciente 
um procedimento cirúrgico ético, legal e seguro (GOMES, 2013). 
 
Figura 1: Procedimento Anestésico 
 
 
Fonte: https://multisaude.com.br//anestesias-conheca-os-tipos/ 
 
O centro cirúrgico (CC) é marcado por rotinas e equipamentos que os diferem 
dos outros, tornando um ambiente desconhecido e ameaçador para o paciente, por 
esse motivo o medo, ansiedade e os significados em relação ao procedimento 
anestésico cirúrgico vai se manifestando por ser um momento que marca a entrada 
do paciente em um ambiente desconhecido e possivelmente ameaçador, além da 
ausência de seus familiares. 
A equipe de enfermagem tem que se preocupar em prestar uma assistência em 
que as necessidades do paciente que passa por essa experiência cirúrgica seja 
7 
 
 
atendida, porque quando o paciente recebe uma assistência humanizada, é possível 
diminuir a insegurança que passa pelo seu imaginário (MENDONÇA; LOPES; 
RIBEIRO, 2016). 
Entretanto, o centro cirúrgico é constituído por atividades especificas do 
enfermeiro que tem grande responsabilidade, como, por exemplo, orientar e preparar 
carrinho cirúrgico, materiais para posicionamento do paciente, preparar salas 
cirúrgicas, testar equipamentos, auxiliar nos procedimentos anestésicos e cirúrgicos, 
além das atividades administrativas exclusivas do setor (GOMES, 2013). 
Durante o procedimento cirúrgico o paciente encontra-se em defesa e 
inteiramente sobre nossos cuidados (SALZANO, 1998). 
A anestesia é um medicamento aplicado para causar perda de sensação e 
colocar o corpo todo para dormir. 
 
1. Tipos de Anestesia 
 
1. Anestesia Geral – Aplicação de medicamentos que farão o paciente dormir e 
permanecer dormindo durante a cirurgia. Durante a cirurgia, o paciente não sentirá 
nada. 
2. Anestesia Regional – Aplicação de medicamentos para bloquear a dor em uma 
parte do corpo sem fazer dormir. 
3. Anestesia local – Aplicação de medicamentos no local da cirurgia para deixar 
uma pequena área do corpo insensível. 
4. Anestesia com assistência anestésica monitorada – Aplicação de 
medicamentos para ajudar a relaxar durante o procedimento. O Paciente fica 
acordado e respirando normalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
Figura 2: Classificações/ Anestesia 
 
 
Fonte: (Brunner e Suddarth, 2016) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA 
 
O propósito principal da avaliação pré-operatória é reduzir a morbimortalidade 
do paciente cirúrgico. São também objetivos inerentes, minimizar a ansiedade pré-
operatória, diminuir o custo do atendimento Peri operatório e possibilitar ao paciente 
a recuperação de suas funções em um ritmo adequado. 
Pasternak et al., em 2002, definiram avaliação pré-anestésica (APA) como 
parte da avaliação pré-operatória, constando de processo de avaliação clínica que 
precede a entrega dos cuidados da anestesia para a cirurgia e procedimentos não-
cirúrgicos, nos quais são analisadas informações de múltiplas origens, que podem 
incluir registros médicos do paciente, entrevista, exame físico e achados de testes e 
de avaliações médicas. 
Os componentes da avaliação pré-anestésica podem ser indicados para vários 
propósitos, incluindo, mas não limitando, a descoberta ou a identificação de doenças 
que podem afetar o cuidado anestésico Peri operatório, a investigação de patologias 
preexistentes, o planejamento da anestesia e de alternativas específicas e a 
investigação da terapia médica ou alternativa, que pode afetar o cuidado anestésico 
pré-operatório. 
 
3.1 Ambulatórios ou Consultórios de Avaliação Pré-Anestésica 
 
A avaliação pré-anestésica ideal deve ser realizada antes da internação, em 
ambulatório, como uma consulta comum. Estudos têm demonstrado que a avaliação 
pré-anestésica, realizada nos consultórios, clínicas ou ambulatórios de avaliação pré-
anestésica, promove redução do tempo médio de permanência e de internação pré-
operatória, devido ao aumento de admissões no mesmo dia da cirurgia e do número 
de pacientes submetidos a cirurgias em regime ambulatorial. Ocorre redução do 
número de cirurgias suspensas e do atraso do início das cirurgias. 
A avaliação pré-anestésica ambulatorial, além de permitir maior tempo para a 
consulta, proporciona também melhor documentação das informações sobre os 
pacientes. 
10 
 
 
É importante notar que avaliações inadequadas, com falta de informações, 
foram identificadas como fator de eventos adversos, segundo estudo australiano de 
incidentes anestésicos. 
O ambulatório de avaliação pré-anestésica é um investimento positivo para os 
serviços de anestesia e para os hospitais, porque diminui custos, melhora a eficiência 
do atendimento clínico, implementa protocolos, desenvolve programas educacionais 
e aumenta a satisfação de pacientes, anestesiologistas e cirurgiões. 
 
3.2 Ansiedade Pré-OperatóriaPacientes que se submetem a cirurgia experimentam angústia aguda no 
período pré-operatório, principalmente pela antecipação de danos durante a cirurgia, 
dor pós-operatória, separação da família, incapacitação, perda da independência, 
além de medo da cirurgia, da anestesia e da morte. 
A ansiedade pré-operatória pode ser influenciada pela presença prévia de 
doenças psiquiátricas e pode determinar aumento da demanda por analgésicos para 
o controle da dor pós-operatória, bem como elevação do consumo de anestésicos no 
intra-operatório, o que pode produzir nível baixo de satisfação com o tratamento. 
Na entrevista pré-anestésica realizada no ambulatório de avaliação pré-
anestésica (AAPA), os pacientes indicam como maior fonte de ansiedade “o medo do 
desconhecido”. A atenção adequada do anestesiologista minimiza essa ansiedade, 
dispensando por vezes o uso de medicamentos. 
 
1.1 Avaliação Pré-Anestésica 
 
A American Society of Anaesthesiologists (ASA), em uma tentativa de otimizar 
o atendimento ao paciente a ser anestesiado, propôs, em 1987, as Normas de 
Cuidados Anestésicos (ASA Standards for Anesthesia Care), que incluem: 
 Revisão do prontuário do paciente; 
 Visita pré-anestésica: história clínica, anestesias prévias, medicamentos em 
uso; 
 Aspectos do exame físico de importância e/ou risco durante o ato anestésico-
cirúrgico; 
 Exames de laboratório e/ou consultas especializadas. 
11 
 
 
Entre os itens especificados, alguns merecem atenção, porque alterações aí 
resultaram em significativo aumento da qualidade no atendimento do paciente 
cirúrgico nos últimos anos. 
 
2. História Clínica 
 
Independentemente da idade e da doença principal, devem-se fazer perguntas 
sobre os diversos sistemas e órgãos, a saber: 
Cardiovascular, respiratório, nervoso-ósseo-muscular, digestório, endócrino, 
geniturinário, hematopoiético e de coagulação. 
Devem, ainda, ser inquiridas informações sobre: condições da dentição 
(presença ou não de todos os dentes e de próteses fixas ou móveis); história de febre 
alta relacionada ao ato anestésico, ou de origem sem explicação; 
Dependência de drogas e álcool e uso de substâncias, tais como fitoterápicos, 
fórmulas e suplementos vitamínicos. 
Entre os dados a serem obtidos na história clínica, deve-se dar ênfase à 
investigação profunda sobre história atual ou pregressa de alergia e suspeita de 
hipertermia maligna. 
 
3. Alergia 
 
O paciente em geral sabe referir quando teve um quadro alérgico importante. 
Deve-se tentar averiguar a(s) droga(s) envolvida(s) e, na dúvida, encaminhar para um 
alergista ou imunologista. Nos casos em que existe a suspeita de choque anafilático 
e não há possibilidade de levantamento dos dados, deve-se atuar como se esta fosse 
uma realidade e não utilizar as mesmas drogas (quando for possível identificá-las). 
A incidência de reações aos derivados do látex tem aumentado em todo o 
mundo (2,9% a 75%), tornando obrigatória a sua investigação de rotina na APA. 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
Figura 3: A incidência de reações 
 
 
Fonte: https://enfermagemflorence.com.br/anestesias/ 
 
O diagnóstico nem sempre é fácil, pois a história clínica da reação ao látex em 
anestesia é diferente, há uma latência maior para o surgimento dos primeiros sinais e 
sintomas; vários casos rotulados como “parada cardíaca súbita, de causa ignorada”, 
em investigação posterior, mostraram-se ser devidos à reação aos derivados do látex. 
É importante, por conseguinte, sempre que houver história de alteração 
hemodinâmica e/ou pulmonar inexplicável, pensar na hipótese de reação anafilática 
ao látex, cujos principais fatores de risco para o seu desenvolvimento, entre outros, 
são: história de múltiplas exposições aos derivados do látex, e alergia a determinados 
alimentos (banana, kiwi, abacaxi, abacate, maracujá e frutas secas). Exposições 
múltiplas aos derivados do látex são encontradas em: Pacientes submetidos a 
múltiplas cirurgias e/ou com sondagens repetidas; profissionais/funcionários da área 
da saúde; trabalhadores que utilizam derivados do látex (cabeleireiras, trabalhadores 
da limpeza, da indústria alimentar e que manipulam diretamente o látex); crianças com 
defeitos do tubo neural, em especial meningomielocele. 
Dos grupos de risco, as crianças com meningomielocele têm a maior incidência 
de reação aos derivados de látex, variando de 18% até 73%, quando são atípicas e 
quando foram submetidas a múltiplas cirurgias. 
Pacientes com história de alergia a derivados do látex (qualquer tipo de 
borracha) devem ser avaliados pelo alergista ou imunologista, para confirmação ou 
13 
 
 
não de sensibilidade.Nos casos positivos, como a reação pode ocorrer em qualquer 
momento (desde a internação até a alta, bastando o contato com derivados do látex), 
deve-se alertar todo o pessoal médico e de enfermagem, em especial o cirurgião e o 
anestesiologista (quando este que for fazer a APA não for o mesmo que anestesiará 
o paciente), para substituição de todo o material anestésico-cirúrgico derivado de 
látex. 
 
3.6 Miopatias 
 
Devem ser investigadas mesmo no paciente supostamente ASA I e familiares. 
A história de miopatia, ou quadros de febre grave inexplicada (não infecciosa), durante 
ou fora do ato anestésico, leva à suspeita de hipertermia maligna, devendo os 
pacientes e seus familiares ser encaminhados para centro de investigação apropriado. 
 
3.7 Medicamentos em uso 
 
De forma geral, existe a orientação de se manterem as drogas de uso contínuo 
no período pré-operatório; entretanto, suas doses e horários de administração devem 
ser conhecidos pelo anestesiologista, bem como suas possíveis interações com os 
anestésicos. 
 
3.8 Anti-Hipertensivos 
 
A presença de hipertensão arterial tem sido associada a aumento de 
complicações no pré-operatório, principalmente quando ocorrem flutuações 
pronunciadas na pressão arterial. 
 Os pacientes hipertensos candidatos a cirurgia podem apresentar hipertrofia 
ventricular esquerda, doença da artéria coronária, insuficiência renal e doença 
cerebrovascular, que devem ser sempre investigadas. 
Em pacientes com hipertensão arterial grave (PAS > 180 mmHg e PAD > 110 
mmHg), há recomendação para o controle dos níveis pressóricos antes do 
procedimento cirúrgico. 
Recomenda-se manter os betabloqueadores na manhã da cirurgia, visto que 
sua retirada associa-se a crise hipertensiva e taquicardia. Além disso, eles são as 
14 
 
 
únicas drogas que efetivamente oferecem alguma proteção ao sistema 
cardiovascular. 
Em pacientes que utilizam diuréticos no controle da insuficiência cardíaca, 
estes devem ser mantidos e precisa-se tomar cuidado com a depleção volêmica 
causada por tais medicamentos. 
Os inibidores da enzima conversora da angiotensina e os bloqueadores do 
receptor da angiotensina continuados até o dia da cirurgia têm sido associados a 
hipotensão arterial intra-operatória significativa, hipovolemia e aumento de perda 
sanguínea. 
Pacientes que apresentam hipotensão arterial respondem de forma 
inadequada ao tratamento com hidratação, efedrina e fenilefrina; assim, alguns 
autores recomendam retirar essa classe de anti-hipertensivos no dia da cirurgia desde 
que não se considere vital seu uso para tratar hipertensão arterial grave ou 
insuficiência cardíaca. 
 
3.9 Hipoglicemiantes 
 
Existe consenso em favor da suspensão de hipoglicemiantes orais de longa 
duração, rotineiramente no período pré-operatório, não havendo necessidade, porém, 
de suspendê-los em cirurgias de pequeno porte e naquelas em que os pacientes 
podem ser realimentados no pós-operatório imediato. 
Deve-se conhecer o hipoglicemiante em uso, uma vez que sua duração de ação 
pode levar à hipoglicemia no período pré-operatório. 
A metformina deve ser retirada 48 horas antes de grandes procedimentos 
cirúrgicos pelo risco potencial de exacerbar acidose lática e, empacientes que farão 
uso de contraste iodado, só deve ser reintroduzida após 48 horas e avaliação da 
função renal. 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
Figura 4: Insulina 
 
 
Fonte:https://revistagalileu.uso-de-insulina/ 
 
Para pacientes em uso de insulina, existem vários esquemas de administração 
da droga no período pré-operatório, com vantagens e desvantagens. 
Nesses pacientes, deve-se ainda diferenciar o indivíduo ambulatorial daquele 
internado. 
Grande parte destes últimos se beneficiará do uso de parte da dose do uso 
rotineiro de insulina, na manhã da cirurgia, pois isso facilita o controle da glicemia, 
havendo possibilidade de se administrar glicose caso o paciente desenvolva 
hipoglicemia. 
Os pacientes ambulatoriais devem ser instruídos a não administrarem insulina 
na manhã do procedimento pelo risco de produzir hipoglicemia, mesmo antes de 
chegar ao hospital, ou durante a espera para o procedimento cirúrgico, além da 
possibilidade de desenvolvimento de hipoglicemia tardia quando ainda não estão 
capacitados a se alimentar. 
16 
 
 
Tais pacientes devem ter os níveis de glicemia monitorados ao chegar ao 
hospital, e pequenas doses de insulina devem ser administradas conforme as 
concentrações de glicose plasmática 
 
1. 3.10 Anticoagulantes 
 
Vários pacientes são admitidos recebendo medicações que podem causar 
sangramento, cabendo ao anestesiologista sempre avaliar a relação risco–benefício 
do uso de anticoagulantes versus procedimento anestésico adotado. 
Alguns fitoterápicos, como alho, ginko biloba e ginseng, diminuem a agregação 
plaquetária, podendo ter efeito sobre a coagulação, principalmente em pacientes 
recebendo medicação anticoagulante. 
Estudos com grande número de pacientes sugerem que ácido acetilsalicílico e 
anti-inflamatórios não esteroides (AINE) não são fatores maiores de risco para a 
formação de hematoma após bloqueio espinhal. 
Todo paciente recebendo medicação que altere a coagulação sanguínea deve 
ter coagulo recente, mesmo que essas medicações não o alterem de forma isolada. 
Além disso, os indivíduos devem ser seguidos no pós-operatório imediato para 
detecção precoce de sinais que sugiram hematoma espinhal. 
 
Tabela 1: Efeitos do uso de medicação sobre anticoagulantes 
 
 
AAS 
<= 
1:150.000 
++++ ++++ ++++ ++++ 
AINE 
>= 
1:150.000 
++++ ++++ ++++ ++++ 
Heparina Venosa Baixo Nadir Nadir ++++ ++++ 
HBPM pré-op. Alto 
D/T 12 
horas 
D/T 12 
horas 
D/T 12 
horas 
D/T 12 
horas 
HBPM pós-op. Alto 24 horas 24 horas 24 horas 24 horas 
Varfarina 
INR > 3 = 
alto 
INR < 1,4 INR < 1,4 INR < 1,4 INR < 1,4 
17 
 
 
Antagonistas 
CPIIb/IIIa 
Alto Perigoso Perigoso Perigoso ++ 
Trombolíticos Muito alto Perigoso Perigoso Perigoso Perigoso 
 
Fonte:https://grupocareanestesia.com.br/quais-os-efeitos-pos-operatorios-da-anestesia/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
ANTIDEPRESSIVOS 
 
São utilizados em grande número de doenças (dor crônica, neuroses e 
psicoses, síndrome do pânico, obesidade) e estão entre as drogas mais prescritas no 
mundo. Inúmeras interações medicamentosas podem ocorrer entre as várias classes 
de antidepressivos, anestésicos e técnicas anestésicas. 
Nas últimas décadas, tem aumentado o número de antidepressivos disponíveis 
com diferentes mecanismos de ação (inibidores da captação de serotonina, ou da 
serotonina e norepinefrina, estimulantes da liberação de dopamina), mudando as 
condutas clássicas, quais sejam, no caso dos inibidores da monoamino-oxidase 
(IMAO), suspensão três semanas antes do ato anestésico-cirúrgico e prevenir do uso 
de drogas que causam interação grave com os antidepressivos tricíclicos. 
É importante lembrar, mesmo aqueles que baseiam sua conduta no conceito 
antigo, que a suspensão só pode ser decidida de comum acordo com o médico que 
indicou a medicação, e que, no caso de síndrome do pânico, ela pode desencadear 
essa síndrome no pré-operatório, pela situação de ansiedade característica do 
momento. Deve-se procurar saber qual a classe de antidepressivo em uso, qual o 
tempo de tratamento e evitar drogas simpaticomiméticas, meperidina, halotano, 
pancurônio e, possivelmente, tramadol. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
FITOTERÁPICOS E SUPLEMENTOS VITAMÍNICOS 
 
Segundo estudo americano, pelo menos 50% dos pacientes que fazem uso de 
medicações alternativas não relatam seu uso para os médicos. Levando-se em conta 
a possibilidade de interação medicamentosa e efeitos adversos (Tabela 2), fica 
evidente a necessidade, durante a APA, de se tentar obter informações fidedignas 
sobre o uso de tais substâncias. 
 
Tabela 2: Fitoterápicos, efeitos colaterais e interações medicamentosas 
 
 
Fitoterápico Efeitos colaterais/interações medicamentosas 
Efedra 
Aumenta sangramento, especialmente em pacientes com 
anticoagulantes 
Alho Interação com antidepressivos/vasopressores (aumenta PA e FC) 
Ginseng 
Aumenta sangramento, especialmente em pacientes com 
anticoagulantes 
Ginko biloba 
Aumenta sangramento, especialmente em pacientes com 
anticoagulantes 
Ginger 
Aumenta sangramento, especialmente em pacientes com 
anticoagulantes 
Erva-de-São-
João 
Prolonga os efeitos da anestesia 
Vitamina E 
Aumenta sangramento, especialmente em pacientes com 
anticoagulantes 
Fonte: https://grupocareanestesia.com.br/quais-os-efeitos-pos-operatorios-da-anestesia/ 
 
1. Outras Drogas 
 
Drogas utilizadas para tratamento de arritmias, convulsão, asma, distúrbios da 
tireoide e doenças gastresofágicas devem ser continuadas no período pré-operatório. 
 
20 
 
 
ASPECTOS DO EXAME FÍSICO DE IMPORTÂNCIA E/OU 
RISCO DURANTE O ATO ANESTÉSICO-CIRÚRGICO 
 
6.1 Pressão Arterial 
 
A hipertensão arterial crônica é a doença associada mais frequente em 
pacientes cirúrgicos, sendo a principal causa clínica de suspensões ou adiamentos de 
cirurgias. A sua detecção no ambulatório de avaliação pré-anestésica é importante, 
pois é necessário intervalo de tempo para o tratamento adequado e orientação dos 
pacientes. 
No ambulatório, é preciso definir quais pacientes são realmente hipertensos e 
quais estão hipertensos no momento da consulta, seja pelo estresse, pois sabem que 
estão sendo submetidos a uma consulta que vai decidir sua condição cirúrgica, seja 
pela obesidade (diâmetro do braço aumentado), quando a pressão arterial medida 
com esfingmomanômetro comum mostra valores falsamente elevados. Nessa 
situação, é obrigatória a utilização de manguito apropriado. 
 
6.2 Avaliação da Perviedade das Vias Aéreas 
 
Geralmente não é realizada por cirurgiões e clínicos. Deve ser feita 
minuciosamente, observando-se presença de dentes falhos, anômalos e próteses, 
anormalidades da boca, cavidade oral, queixo e pescoço. Vários testes foram 
propostos para verificação da previsibilidade de dificuldade na intubação traqueal, 
mas nenhum deles é eficaz em 100% das vezes44,45. 
 
6.3 Teste de Mallampati 
 
É realizado com o paciente sentado, pescoço em posição neutra (perpendicular 
ao chão), boca em abertura total, língua em protrusão máxima e sem fonação. 
O observador deve estar sentado, com os olhos à mesma altura da linha dos 
olhos do paciente. A cavidade oral é classificada em 4 classes, conforme a visibilidade 
das estruturas: 
 
I. Palato mole, fauces, úvula e pilares visíveis; 
21 
 
 
II. Palato mole, fauces e úvula visíveis; 
III. Palato mole e base da úvula visíveis; 
IV. Palato mole não visível. 
 
Figura 5: Classificação das estruturas da faringe visíveis durante o teste de Mallampati 
 
 
Fonte:://grupocareanestesia.com.br/quais-os-efeitos-pos-operatorios-da-anestesia/ 
 
O teste deve ser repetido alguns minutos após descanso do paciente para 
confirmar a classificação. Classes III e IV são sugestivas de intubação difícil. 
Entretanto, Pilkington et al. (1995) mostraram aumento do número decasos de 
Mallampati IV em grávidas, sem correlação com aumento dos casos de intubação 
difícil, o que torna esse índice de uso limitado na gestação, podendo ser valorizado 
quando outros índices também estão alterados. 
 
Distância esterno-mento 
Com o paciente sentado, pescoço em extensão máxima, boca fechada, mede-
se a distância entre o bordo superior do esterno (manúbrio) e o queixo. 
Distância igual ou menor que 12,5 cm é considerada sugestiva de intubação 
difícil. 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
Figura 6: Visualização da medida da distância esterno-mento 
 
 
Fonte:://grupocareanestesia.com.br/quais-os-efeitos-pos-operatorios-da-anestesia/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
EXAMES LABORATORIAIS 
 
Nas décadas de 1960 a 1980, os exames subsidiários pré-operatórios foram 
considerados o método ideal de triagem de doenças associadas e não diagnosticadas 
previamente. Era realizada uma bateria-padrão de exames em todos os pacientes 
cirúrgicos, mas o custo excessivo e a análise criteriosa da relação custo–benefício 
mostraram que este não era o melhor método de avaliação dos pacientes. 
A tendência atual é de se realizarem exames segundo os dados positivos da 
história clínica e do exame físico; de acordo com a necessidade dos cirurgiões ou 
clínicos; de determinados exames que podem sofrer alterações durante a cirurgia ou 
em procedimentos associados e conforme a inclusão do paciente em uma população 
de alto risco para alguma condição específica, ainda que sem dados positivos na 
história clínica ou no exame físico. 
 Assim como em vários outros hospitais do mundo, o AAPA da Irmandade da 
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) definiu, em 1998, um padrão 
mínimo de exames, de acordo com a classificação da ASA (Figura 3), o que tem 
permitido redução considerável dos gastos hospitalares com exames sem diminuição 
da qualidade de avaliação do paciente. 
 
Tabela 3: Exames pré-anestésicos mínimos recomendáveis (AAPA-ISCMSP) 
 
1. ASA I 
 <= 60 anos Hb/Ht 
 > 60 anos Hb/Ht, ECG, creatinina, glicemia 
 >75 anos Hb/Ht, ECG, creatinina, glicemia, RX tórax 
 
2. ASA II 
 
Qualquer 
idade 
Hb/Ht mais exames de acordo com a 
doença 
Exame HAS controlada 
 
24 
 
 
3. ASA II com doença 
cardiovascular 
 
 
Qualquer 
idade 
Hb/Ht, ECG, RX tórax, creatinina, Na+, K+ 
 
4. ASA II com diabetes 
 
Qualquer 
idade 
Hb/Ht, ECG, creatinina, glicemia, Na+, K+ 
 
5. ASA III/IV/V 
 
Hb/Ht, ECG, creatinina, glicemia, RX 
tóraz, Na+, K+ mais exames de acordo com 
a doença 
Fonte:://grupocareanestesia.com.br/quais-os-efeitos-pos-operatorios-da-anestesia/ 
 
7.1 Tempo de Validade 
 
Um ano para pacientes ASA I e ASA II. Exceção: Exames que podem sofrer 
alterações mais frequentes devido à doença e/ou ao tratamento (por exemplo, Hb em 
paciente com mioma, glicemia em paciente diabético). 
 
7.2 Consultas Especializadas 
 
Na avaliação pré-operatória, o encaminhamento de pacientes para outros 
especialistas era, até algum tempo atrás, conduta dos cirurgiões. Com o surgimento 
dos AAPA, a decisão dessas Inter consultas passou a ser, na maioria das vezes, do 
anestesiologista. Assim, pacientes com doenças associadas, compensadas ou não, 
mas que mostrem disfunção importante do órgão acometido, devem ser 
encaminhados para o especialista. Os objetivos da Inter consulta são basicamente: 
· avaliação do estágio da doença, grau de comprometimento funcional (por exemplo, 
pneumática crônica) e da condição física atual do paciente; Tratamento da doença: 
cura ou terapêutica até o “melhor possível” para o ato anestésico-cirúrgico. 
25 
 
 
Para que tais objetivos sejam atingidos, é preciso que o anestesiologista esteja 
em contato com o clínico para esclarecê-lo sobre o que se espera dele, ou que escreva 
um resumo adequado do caso, especificando suas necessidades. 
Entre os cuidados pré-anestésicos apresentados pela ASA, deve-se ressaltar 
ainda: um anestesiologista deverá ser responsável por: Determinar o estado clínico 
do paciente; desenvolver um plano de assistência anestésica; informar este plano ao 
paciente ou responsável adulto. 
 
7.3 Estado Clínico do Paciente 
 
A determinação do estado clínico do paciente implica a avaliação do risco 
anestésico, ou da probabilidade de mortalidade. 
Na procura de melhoria da qualidade em relação a esse item, alguns métodos ou 
sistemas de classificação dos pacientes quanto ao risco anestésico foram propostos. 
A classificação atual da ASA quanto ao estado físico dos indivíduos, apesar de ter 
falhas e de não ser uma classificação de risco, mas, sim, de estado físico, ainda é a 
mais utilizada pois apresenta a vantagem de ser conhecida tanto por clínicos como 
por cirurgiões, o que permite uma linguagem comum a todos. 
 
Tabela 4: Estado clinico do Paciente 
Estado físico I 
Nenhuma alteração orgânica, fisiológica, bioquímica ou psiquiátrica e processo 
patológico que indica a cirurgia é localizado e não vinculado a uma doença 
sistêmica. 
 
Estado físico II 
Alteração sistêmica leve ou moderada causada pela doença cirúrgica ou por 
outro processo patológico. 
 
Estado físico III 
Alteração sistêmica grave causada por qualquer causa, mesmo que não seja 
possível definir o grau de incapacitação. 
 
Estado físico IV 
26 
 
 
Indicativo de paciente com alterações sistêmicas graves, causando perigo de 
morte, nem sempre corrigíveis pela cirurgia. 
 
Estado físico V 
Paciente moribundo, com pouca chance de sobrevida, mas que é submetido à 
cirurgia em última instância (desespero). 
 
Estado físico VI 
Paciente doador de órgão 
 
Fonte:://grupocareanestesia.com.br/quais-os-efeitos-pos-operatorios-da-anestesia/ 
 
Tabela 5: Preditores clínicos 
Predidores Maiores 
 Síndromes coronárias instáveis 
- infarto do miocárdio agudo (menos de 7 dias) ou recente (mais de 7 e menos de 30 
dias), com evidências de risco isquêmico por sintomas clínicos ou estudo não-
invasivo 
- angina instável ou grave (classe funcional III ou IV) 
·Insuficiência cardíaca descompensada 
· Arritmias graves 
- bloqueio atrioventricular de alto grau - arritmias ventriculares sintomáticas na 
presença de doença cardíaca subjacente 
- arritmias supraventriculares com frequencia ventricular não controlada 
· Doença valvar grave. 
 
Preditores Intermediários 
· Angina moderada (classe funcional I ou II) 
· Infarto do miocárdio prévio ou presença de onda Q patológica 
· Insuficiência cardíaca prévia ou controlada 
· Diabetes melito 
· Insuficiência renal 
 
27 
 
 
Preditores menores 
· Idade avançada 
· ECG anormal (hipertrofia ventricular esquerda, bloqueio de ramo esquerdo, 
anormalidades do segmento ST e da onda T) 
· Outro ritmo que não o sinusal (por exemplo fibrilação atrial) 
· Baixa capacidade funcional 
· História de acidente vascular cerebral 
· Hipertensão arterial não controlada 
Fonte:://grupocareanestesia.com.br/quais-os-efeitos-pos-operatorios-da-anestesia/ 
 
Tabela 6: Capacidade funcional 
Consumo de oxigênio em 
equivalentes metabólicos (MET) 
Atividades do dia-a-dia 
1 MET 
Comer, vestir-se, usar o banheiro 
Caminhar dentro de casa 
Caminhar a 3,2-4,8 Km.h-1 
4 MET 
Subir escadas 
Caminhar a 6,4 Km.h-1 
Correr pequenas distâncias 
Limpar assoalhos ou móveis 
Atividades recreativas moderadas: dançar, 
jogar, tênis em dupla 
> 10 MET 
Participar de esportes extenuantes: natação, 
tênis individual, basquete 
Fonte:://grupocareanestesia.com.br/quais-os-efeitos-pos-operatorios-da-anestesia/ 
 
7.4 Plano de Assistência Anestésica 
 
Este item é fundamental para a qualidade do atendimento no centro cirúrgico, 
principalmente quando quem faz a avaliação pré-anestésica não é o anestesiologista 
que vai anestesiar o paciente. 
O primeiro deve planejar as possíveis técnicas anestésicas para cada paciente 
e precisa, nos casos maiscomplicados (por exemplo, síndromes raras, pacientes ASA 
28 
 
 
> II), decidir sobre cuidados especiais e informar por escrito e pessoalmente os 
anestesiologistas do centro cirúrgico e cirurgiões. 
 
7.5 Informações ao Paciente ou Responsável Adulto 
 
O melhor momento para o paciente ser esclarecido sobre sua condição clínica, 
provável técnica anestésica e analgesia pós-operatória, é durante a APA, 
principalmente quando realizada no ambulatório. Isso inclui o esclarecimento sobre os 
riscos aos quais será submetido durante a anestesia. A ASA propôs ainda nas Normas 
de Cuidados Anestésicos que o anestesiologista responsável deverá verificar que 
todos os itens foram cumpridos adequadamente e registrados no prontuário do 
paciente. 
A APA, mesmo bem realizada, torna-se sem efeito se não for devidamente 
registrada. Outro fator importante na sua documentação é que nela estejam inclusos 
itens que sejam utilizados mesmo raramente, porque se isso não ocorrer, a tendência 
é esquecê-los e nas poucas vezes em que se tornam necessários, deixarão de ser 
arguidos. 
 
Figura 7: Ficha APA / Prontuário 
 
 
Fonte:https://pebmed.com.br/a-sistematizacacao-de enfermagemprofissional-do-enfermeiro/ 
 
Assim, uma ficha de APA muito sucinta, com a finalidade de não ocupar espaço 
no prontuário do paciente, pode com o tempo ter como consequência a ineficiência. 
29 
 
 
Como corolário disso tudo, ela deve ser completamente preenchida e com letra 
legível. 
A conscientização dos itens analisados é, certamente, fator importante na 
qualidade da assistência ao paciente cirúrgico. Mas, além disso, no ambulatório de 
avaliação pré-anestésica deve haver: 
 Utilização de uma mesma sequência básica de avaliação para todos os 
pacientes; 
 Discussão dos casos com os cirurgiões e clínicos/pediatras sempre que 
possível e/ou necessário; 
 Levantamento periódico dos casos atendidos para verificação da satisfação dos 
pacientes, cirurgiões e anestesiologistas; 
 Acompanhamento das complicações e dos óbitos per e pós-operatórios para 
analisar se houve falhas no atendimento e se poderiam ter sido evitados por uma 
melhor APA. 
Vale a pena ressaltar que a finalidade dos ambulatórios de avaliação pré-
anestésica e, por conseguinte, da avaliação pré-anestésica, per se, não é liberar ou 
não um paciente para o ato anestésico-cirúrgico, mas tentar de todas as formas 
possíveis estabelecer o risco–benefício do ato anestésico-cirúrgico para cada 
paciente na situação específica em que ele se encontra no momento da APA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
PÓS ANESTÉSICO 
 
O centro de Recuperação Pós-Anestésico é o local destinado ao atendimento 
intensivo do paciente, no período que vai desde sua saída da Sala de Operação até a 
recuperação da consciência, eliminação de anestésicos e estabilização dos sinais 
vitais. 
Os objetivos e vantagens do Centro de Recuperação Pós-Anestésico incluem 
prevenção e detecção precoce das possíveis complicações pós-anestésicas e pós-
cirúrgicas, assistência de enfermagem especializada a pacientes submetidos a 
diferentes tipos de anestesias e cirurgias, maior segurança ao paciente, equipe 
médica e de enfermagem, racionalização de pessoal, eficiência dos recursos 
humanos e utilização de terapêuticas especializadas, além de servir de campo de 
aprendizagem para alunos da área da saúde. 
DRAIN & SHIPLEY (1981) citam que o objetivo básico da sala de recuperação 
é a avaliação crítica dos pacientes em pós-operatório com ênfase na previsão e 
prevenção de complicações que resultam da anestesia ou do procedimento cirúrgico. 
Os requisitos ambientais indispensáveis ao centro de recuperação são: 
localização próxima ao centro cirúrgico, temperatura, ventilação e iluminação 
adequadas, piso refratário à condutibilidade elétrica, facilidades de limpeza, suficiente 
espaço, não devendo sua área ser inferior a 25 metros quadrados, os leitos devem 
estar dispostos de tal forma que os pacientes possam ser vistos de qualquer ângulo 
do recinto, portas amplas que permitam a entrada de aparelhos transportáveis como 
RX, aparelho de anestesia, aspiradores, fonte de oxigênio permanente, estantes e 
armários amplos para depósito de medicamentos, materiais cirúrgicos e aparelhos. 
Com relação aos recursos humanos, este é um setor onde se faz necessário 
profissionais de enfermagem com formação específica para atender aos objetivos do 
atendimento, ou seja, cuidados intensivos ou semi-intensivos 
Os cuidados pós-anestésicos compreendem as atividades de monitorização e 
tratamento utilizadas para o manuseio do paciente após um procedimento anestésico-
cirúrgico, através das diversas fases da recuperação anestésica. 
A Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) é o local destinado a receber 
o paciente em pós-operatório imediato até que recupere a consciência e tenha seus 
31 
 
 
sinais vitais estáveis. No Brasil, a existência obrigatória de SRPA em hospitais foi 
determinada pela Portaria 400 do Ministério da Saúde, em 1977. 
A RESOLUÇÃO CFM No. 1802/2006 e a RESOLUÇÃO CREMEC No. 44/2012 
regulamentam o funcionamento e atribuições da SRPA (Sala de Recuperação Pós-
Anestésica) e direcionam esse Protocolo Clínico juntamente com as Diretrizes 
Terapêuticas da Maternidade Escola Assis Chateaubriand. 
 
8.1 Organização 
 
O corpo funcional da SRPA é composta obrigatoriamente por um médico 
anestesiologista, um enfermeiro e técnicos plantonistas. A responsabilidade do 
médico plantonista da SRPA sobre o paciente, mesmo quando este seja 
acompanhado por médico assistente, inicia-se no momento de internação na SRPA. 
A capacidade operativa da SRPA deve guardar relação direta com a programação do 
centro cirúrgico, sendo o número mínimo de leitos igual ao número de salas de cirurgia 
+ 1. 
No caso de cirurgias de alta complexidade e/ou paciente grave, a recuperação 
pode se dar diretamente na UTI. A sala de recuperação pós-anestésica deverá estar 
ocupada com: 
 
• Cama/maca de recuperação com grade; 
• Tensiômetro ou similar; 
• Laringoscópio adulto ou infantil; 
• Capnógrafo; 
• Ventilador pulmonar adulto e infantil; 
• Aspirador contínuo elétrico; 
• Estetoscópio; 
• Fonte de oxigênio e vácuo; 
• Monitor cardíaco; 
• Oxímetro de pulso; 
• Eletrocardiógrafo; 
• Maca hospitalar com grade; 
• Material de consumo; 
• Medicamentos 
32 
 
 
 
8.2 Admissão 
 
Após a anestesia, as pacientes devem ser removidas para a sala de 
recuperação pós anestésica (SRPA), unidade de terapia intensiva (UTI) ou outro local 
que o anestesiologista responsável determine assumindo a responsabilidade 
conforme o caso. 
O médico anestesiologista que realizou o procedimento anestésico deverá 
acompanhar o transporte do paciente para a SRPA e/ou UTI. Desde a admissão até 
o momento da alta, os pacientes permanecerão monitorados quanto: a) à circulação, 
incluindo aferição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos e determinação 
contínua do ritmo cardíaco, por meio da cardioscopia; b) à respiração, incluindo 
determinação contínua da oxigenação do sangue arterial e oximetria de pulso; c) ao 
estado de consciência; d) à intensidade da dor. 
 
8.3 Cuidados de Enfermagem 
 
• Conferir a identificação da paciente; 
• Fazer exame físico; 
• Monitorar Frequência Cardíaca (FC), PA, saturação de oxigênio, temperatura, 
nível de consciência e dor » Manter vias aéreas permeáveis; 
• Instalar nebulização de oxigênio para manter a oximetria periférica > 92%; 
• Promover conforto e aquecimento; 
• Verificar condições do curativo (sangramentos), fixação de sondas e drenos; 
• Anotar débitos de drenos e sondas; 
• Fazer balanço hídrico caso necessário; 
• Observar dor, náusea e vômito e comunicar anestesiologista; 
• Administrar analgésicos, ante eméticos e antibióticos conforme prescrição 
médica; 
• Manter infusões venosas e atentar para infiltraçõese irritações cutâneas; 
• Observar queixas de retenção urinária; 
• Minimizar fatores de estresse; 
• Orientar a paciente sobre o término da cirurgia, garantir sua privacidade e zelar 
por sua segurança; 
33 
 
 
• Comunicar o anestesiologista de plantão intercorrências relacionadas às 
pacientes assistidas; 
• Aplicar o índice de Aldrete e Kroulik para estabelecer os critérios de alta da 
SRPA; 
• Aplicar a Escala de Bromage nas pacientes que foram submetidas a anestesias 
regionais (Raquianestesia ou Anestesia Peridural) para estabelecer os critérios de alta 
da SRPA somado aos critérios da Escala de Aldrete e Kroulik; 
• Providenciar ao destino as pacientes de alta médica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
CRITÉRIOS DE ALTA DA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-
ANESTÉSICA 
 
• Valor da escala de Aldrete e Kroulik maior ou igual a 8; 
• Valor da escala de Bromage 2, 1 ou 0, em pacientes que foram submetidas a 
anestesia espinhal; 
• Estabilidade dos sinais vitais, comparada com os sinais vitais de enfermaria ou 
da admissão; 
• Orientação do paciente no tempo e espaço; • Ausência de sangramento ativo 
e retenção urinária; 
• Vômito sob controle e/ou em tratamento medicamentoso; • Dor sob controle 
e/ou em tratamento medicamentoso; 
• Força muscular que favoreça respiração profunda e tosse. Os critérios de alta 
da SRPA devem ser avaliados a cada 30 minutos. 
 
Figura 8: Centro Cirúrgico 
 
 
Fonte: https://pebmed.com.br/a-sistematizacacao-de enfermagem profissional-do-enfermeiro/ 
 
A indicação para alta da SRPA é atribuição exclusiva do médico 
anestesiologista plantonista. 
35 
 
 
As pacientes com alta da sala de recuperação pós-anestésica e que 
permaneçam neste setor por falta de vagas nas enfermarias terão suas prescrições a 
cargo do médico prescrito do centro obstétrico. 
 
2. Fluxo de Alta Para Cirurgias de Pequeno Porte 
 
• Pacientes ASA 1 E 2 com procedimento cirúrgico sem intercorrências e/ou de 
pequeno porte, estáveis hemodinamicamente poderão ser encaminhadas para 
enfermaria de observação a critério do médico anestesiologista; 
• As pacientes deverão estar acompanhadas por familiar ou responsável para 
deixar o hospital. 
 
3. Atenção à Respiração 
 
A anamnese inicial, realizada durante o Pós-Operatório Imediato (POI), pode 
indicar a existência estabelecida ou potencial de DEs, embora haja o risco de os 
problemas se manifestarem ao longo da estadia do paciente na SRPA. 
O espectro de complicações se relaciona a cada uma das fases da avaliação. 
Em relação à oxigenação, por exemplo, o enfermeiro pode encontrar um padrão 
respiratório ineficaz, associado ao uso de medicamentos anestésicos. 
Os indivíduos que passaram por anestesia prolongada tendem a apresentar 
senso percepção alterada e relaxamento muscular intenso, características que os 
tornam suscetíveis à depressão respiratória. 
Nesses casos, o enfermeiro deve estar atento às alterações de expansão da 
caixa torácica e da frequência respiratória. 
A cabeceira da cama deve ser mantida elevada – entre 30º e 45º. Já a 
vaporização de oxigênio pode ser acionada. Dependendo da necessidade, a 
requisição de um cateter de O2 será necessária. 
A saturação de oxigênio também é um indicativo importante: níveis abaixo de 
92% exigem uma intervenção imediata do profissional. 
 
 
 
 
36 
 
 
9.3 Critério de Inclusão 
 
Todos os pacientes que recebem assistência anestésica devem ser avaliados 
no final do procedimento anestésico, utilizando-se critérios previamente estabelecidos 
para continuidade do cuidado, conforme a Política de Anestesia e Sedação. Este 
protocolo aplica-se a todas as unidades pós-anestésicas, em qualquer setor e unidade 
externa do Hospital. 
Estes cuidados podem ser aplicados baseados no julgamento, na 
responsabilidade e no consenso do médico anestesiologista e do médico executor do 
procedimento (cirurgião, radiologista intervencionista, por exemplo). 
As informações devem ser registradas em prontuário em formulário específico. 
Critério de exclusão Não se aplica. Histórica clínica e exame físico Deve ser realizada 
monitorização do paciente no período pós-anestésico sempre com oximetria de pulso, 
pressão arterial não invasiva e monitorização cardíaca (ECG), ou conforme a condição 
clínica e a necessidade do paciente. 
O paciente será avaliado quanto a sua evolução e alta da SRPA segundo os 
Critérios de Aldrette-Kroulick Modificado – Adulto e Índice de Steward para pacientes 
pediátricos, sendo anotados seus dados vitais (pressão arterial, pulso, saturação, 
frequência respiratória, temperatura e escala de dor, quando pertinentes) no 
prontuário em formulário próprio. 
Em relação à frequência das avaliações dos sinais vitais, é recomendado que 
o registro em prontuário seja realizado a cada 15 minutos na primeira hora, caso se 
mantenha estável, a cada 30 minutos na segunda hora e após este período de hora 
em hora. Esta frequência varia de acordo com a condição clínica do paciente, podendo 
ser avaliado em intervalos menores do que o recomendado. 
A frequência e o tempo de monitoramento do período após procedimentos 
invasivos são definidos pelo médico executor do procedimento em conjunto com o 
médico anestesiologista (se pertinente). Exames diagnósticos indicados Outros 
exames podem ser solicitados pelo anestesiologista que avalia o paciente no período 
pós-operatório e, se necessário, investigação laboratorial e radiológica. Tratamento 
indicado Não se aplica. 
Avaliação do tratamento indicado Para gerenciamento do protocolo e análise 
da sua aplicabilidade na prática, foram definidos indicadores de qualidade e 
segurança que são monitorados mensalmente para avaliação de seu desempenho:” 
37 
 
 
Taxa de intercorrências relacionadas à anestesia no Período Pós anestésico”. Plano 
terapêutico A Sala de Recuperação Pós-anestésica (SRPA) ou outra área que tenha 
cuidado pós-anestésico equivalente deve estar disponível para receber pacientes 
após cirurgias, procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos. 
Todo paciente que recebe anestesia/ sedação deve receber cuidado pós-
anestésico adequado e ser admitido na SRPA, exceto por ordem específica do 
anestesiologista ou outro médico responsável pelo cuidado e pela atenção ao 
paciente. 
Estas informações devem estar registradas em prontuário, sendo importante a 
avaliação do paciente baseada em critérios previamente estabelecidos. Pacientes 
transportados da sala de cirurgia para a SRPA devem ser acompanhados por médico 
anestesiologista ou o médico responsável pelo cuidado que tenha conhecimento 
sobre as condições do paciente. 
O paciente deverá ser avaliado continuamente durante o transporte, com 
suporte e monitorização apropriados à sua condição, e com pelo menos, oximetria de 
pulso, monitorando a frequência cardíaca e a saturação de oxigênio. 
Após admissão na SRPA, o paciente deve ser reavaliado e as informações 
relevantes referentes à continuidade do seu cuidado devem ser transmitidas à equipe 
da unidade. Informações sobre as condições pré-operatórias e a evolução 
intraoperatória, cirúrgica e anestésica devem ser transmitidas pelo anestesiologista 
ou médico assistente verbalmente à enfermagem do setor para continuidade do 
cuidado. Deve ser realizada monitorização do paciente no período pós-anestésico 
sempre com oximetria de pulso, pressão arterial não invasiva e monitorização 
cardíaca (ECG), ou conforme a condição clínica e a necessidade do paciente. 
O paciente será avaliado quanto a sua evolução e alta da SRPA segundo os 
Critérios de Aldrette-Kroulick Modificado, sendo anotados seus dados vitais (pressão 
arterial, pulso, saturação, frequência respiratória, temperatura e escala de dor, quando 
pertinentes) no prontuário em formulário próprio. Em relação à frequência das 
avaliações dos sinais vitais, é recomendado que o registro emprontuário seja 
realizado a cada 15 minutos na primeira hora, caso se mantenha estável, a cada 30 
minutos na segunda hora e após este período de hora em hora. Esta frequência varia 
de acordo com a condição clínica do paciente, podendo ser avaliado em intervalos 
menores do que o recomendado. 
38 
 
 
A frequência e o tempo de monitoramento do período após procedimentos 
invasivos são definidos pelo médico executor do procedimento em conjunto com o 
médico anestesiologista (se pertinente). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
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2007. 
 
Hoffer JL. Anestesia. In: Meeker MH, Rothrock JC. Alexander: cuidados de 
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1997. p. 134-67. 
 
Lacerda RA. Controle de infecção em centro cirúrgico: fatos, mitos e 
controvérsias. São Paulo: Atheneu; 2003. 
 
LEMOS Cassiane de Santana; PENICHE Aparecida de Cassia Giani. Assistência de 
enfermagem no procedimento anestésico: revisão integrativa. Rev. esc. enferm. 
USP, São Paulo, v.50, n.1, p.158166,abr.2016 
 
Oliveira, F.G.R. Rotinas de cuidados pós-anestésicos de anestesiologistas 
brasileiros. Rev. Bras. Anestesiol 2003; 
 
DRAIN; SHIPLEY. Enfermagem na sala de recuperação. Rio de Janeiro: 
Interamericana, 1981. cap. 14. 
 
BRASIL. INSTITUTO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DA PREVIDÊNCIA 
SOCIAL - ENFERMAGEM. Contribuição para o cálculo de recursos humanos na 
área. Rio de Janeiro, 1988. 44p. Série Políticas de Saúde

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