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IZABELLA F. REIS - 1° PERÍODO 2021/01 - PROFESSOR: JULIANO SEPE L. C. FORMAS DE ESTADO Formas de Estado são as maneiras pelas quais se classificam os Estados, de acordo com o relacionamento mantido entre seus elementos constitutivos e a forma como ele se organiza politicamente. Destacam-se duas principais formas de estabelecimento Estatal: o Estado Unitário e o Estado Federativo. Estado unitário. Há a concentração do poder político em uma única esfera, centralizando a administração pública e a produção legislativa de todo território do Estado. Sendo assim, o poder político é emandado de uma só fonte, poder central, desta forma, os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário centralizam-se na esfera da capital e todas as eventuais ramificações destes poderes, espalhadas pelo Estado, são apenas delegações realizadas pelo poder central que, como dito, unifica o poder. No entanto, dada a complexidade dos Estados contemporâneos, é quase impossível não haver algum nível de descentralização do poder dentro do Estado, isso por conta da extensão territorial, diferenciando-se então em: a) Estados Unitários Puros: Aquele que centraliza o poder numa única esfera, sem a necessidade de qualquer descentralização administrativa, ou seja, não se atribui qualquer competência legislativa ou administrativa a Municípios, Comunas, Províncias ou regiões autônomas e, portanto, há realmente um único centro de poder que concentra em seu nível as funções executiva, legislativa e judiciária. São chamados de microestados, isso pelo fato de a expansão territorial se igualar à de uma cidade, como por exemplo: Mônaco e Vaticano. b) Estados Unitários Descentralizados: É aquele que, embora haja um único centro de poder, há uma descentralização das funções executiva, legislativa e judiciária para subdivisões internas, ou seja, às Comunas, Províncias, regiões autônomas etc. Nestas subdivisões, existem geralmente autoridades constituídas e eleitas pelos cidadãos da referida região, com competências executivas e poderes legislativos com certa autonomia concedida pelo poder central. Ainda que haja este aparato administrativo de nível municipal ou regional, todas estas autoridades acabam por ser meras delegações dos órgãos centrais, centralizados na capital; portanto, permanece a existência de apenas uma esfera de poder estatal, motivo pelo qual, ainda que descentralizado, estes Estados permanecem sendo unitários. Estado Federal. Também chamado de Federação, é um Estado soberano criado pela união perpétua e indissolúvel de Estados meramente autônomos sob a égide de uma Constituição. Há, neste caso, uma subdivisão interna de Estados não soberanos, os quais possuem certo grau de autonomia, IZABELLA F. REIS - 1° PERÍODO 2021/01 - PROFESSOR: JULIANO SEPE L. C. conforme determinado pela Constituição. A união formada pelos Estados-membros é indissolúvel e, portanto, dizemos que a secessão não é permitida, isto é, não é possível a um Estado-membro se desligar da Federação. Isto pode ser fundamentado, no caso brasileiro, no artigo 1º da Constituição Federal de 1988, bem como no artigo 60, §4º, inciso I, o qual traz como cláusula pétrea a forma federativa. Ademais, verifica-se na Federação uma dualidade de poderes, isto é, há a legislação própria do Estado-membro, que é distinta, autônoma e correlacionada com a legislação federal, a cargo da Federação (também chamada de União). São exemplos de Federações Brasil, Estados Unidos da América e Argentina. Diante disso, podemos diferenciar Estados Unitários de Estados Federais a partir de sua forma de organização interna, notadamente pela existência nos Estados Federais de poderes legislativo e executivo típicos de Estados-membros que, portanto, possuem competências administrativas e legislativas próprias e correlacionadas com as competências federais. Desta forma, falamos em soberania quando nos referidos a Estados e em autonomia quando nos referimos aos Estados-membros e municípios, na medida em que estes dois últimos possuem tal autonomia dentro dos moldes conferidos pela Constituição Federal. Sendo assim, verificamos a submissão dos indivíduos como proveniente de três ordens jurídicas sobrepostas: municípios, Estados-membros e União. No caso do Federalismo Brasileiro, há esferas de competência dispostas no texto constitucional, de modo que não cabe à União invadir a esfera de competência estadual. Além disso, os Estados-membros possuem um aparelhamento similar ao da própria união, isto é, possuem Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, todos estaduais. Já no caso dos Municípios, há apenas o Poder Executivo (Prefeitura) e Legislativo (Câmara dos Vereadores) em esfera municipal.
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