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Treino habilidades básicas - TEA

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TREINO DE
HABILIDADES
BÁSICAS
PARA INÍCIO DE CONVERSA
O Transtorno do espectro Autista possui diversas facetas. As
pessoas com TEA apresentam necessariamente algum tipo de
irregularidade em seu desenvolvimento, seja apresentando
áreas de desenvolvimento que estejam acima do que é
esperado para aquela área do desenvolvimento ou estejam
aquém do esperado. 
 
Destaco a questão de áreas de desenvolvimento com fins de
salientar que tais irregularidades no desenvolvimento da
pessoa diagnosticada com TEA se manifestam numa mesma
pessoa de modos e intensidades diferentes. 
Habilidades básicas
Considerando as intervenções comportamentais
como base para qualquer intervenção junto ao TEA,
bem como, considerando os pressupostos básicos da
análise do comportamento vinculados a ciência do
comportamento humano, temos camadas de
repertório comportamental das pessoas que devem
ser avaliados e treinados.
Habilidades básicas
As HBs são repertórios de comportamentos que podemos chamar
de cruciais, ou seja, que sem eles outros comportamentos terão
menos probabilidades de surgir. Por exemplo, se a criança não olha
para objetos ou não rastreia visualmente torna-se difícil fazer
treinos que requerem que ele olhe para os estímulos. Da mesma
forma, se é uma criança que não faz pedidos apontando ou ainda
não faz vocalizações, dificilmente conseguiremos trabalhar com
comportamentos verbais, e, neste caso o de fazer pedidos
(Mando).
Uma boa avaliação de habilidades vai garantir uma boa intervenção
sobre Habilidades básicas
Possibilidades
de avaliações
01
02
03
04
Teste de Triagem de Marcos do desenvolvimento 
Denver II: Preparado para avaliar comportamentos esperados
para pessoas dos 0 aos 6 anos.
 Denver II, é composto por avaliações diretas e indiretas, isto nos
permite avaliar se a criança possui HBs ou se já as adquiriu.
Escala de Avaliação de Comportamento Adaptativo Vineland
III: A Vineland III constitui-se como um questionário extenso
que através de avaliação indireta fornecer dados preciosos
sobre o repertório comportamental da pessoa (avalia dos 0
aos 92 anos).
Avaliação de Barreiras VBMAPP: Preparado para avaliar
comportamentos que podem interferir na aprendizagem das pessoas,
sem direcionamento de grupo etário, Avaliação de Barreiras VBMAPP,
é composta por avaliações diretas e indiretas, isto nos permite
avaliar se a criança possui HBs ou se já as adquiriu.
Observação direta e indireta do comportamento: Por fim,
as observações, realizadas por um observador treinado,
pode ser uma boa ferramenta para avaliar se a criança
possui HBs ou se já as adquiriu.
SENTAR1.
Permanecer sentado é necessário em várias situações
do cotidiano; na sala de aula, na sala de espera de um
consultório, no ônibus, enquanto
estamos almoçando ou quando estamos assistindo a um
filme. Algumas crianças com autismo apresentam
dificuldades em permanecer sentadas, porém o
comportamento de sentar é aprendido e podemos
ensiná-las a permanecer sentadas em contextos nos
quais esse comportamento é necessário. Além disso,
sentar é requisito para aprendizagens mais complexas
como a leitura, a escrita e a matemática.
2. ESPERAR
Esperar é um comportamento necessário em várias
situações do cotidiano. Precisamos esperar quando
estamos em uma fila, durante uma brincadeira com
outras pessoas, antes de uma consulta, no ponto de
ônibus ou enquanto o almoço não fica pronto.
Algumas crianças com autismo apresentam
dificuldades em esperar, porém esse
comportamento pode ser aprendido e podemos
ensiná-las a esperar para que possam fazê-lo em
contextos nos quais isso é necessário.
3. CONTATO VISUAL
O contato visual é uma habilidade muito importante para a
interação social e para a comunicação, pois olhar nos olhos
indica que você está atento ao que a pessoa está́ falando e
que você está interessado no assunto e na interação.
Crianças com autismo geralmente apresentam dificuldades
em iniciar e manter o contato visual de maneira adequada.
Por outro lado, o contato visual é uma habilidade aprendida
e dessa maneira podemos ensinar crianças com autismo a
olhar nos olhos de outras pessoas de maneira mais efetiva.
Além de favorecer a interação social, o contato visual é um
requisito importante para o desenvolvimento de outras
habilidades mais complexas.
4. IMITAÇÃO
A imitação é uma habilidade muito importante para o
desenvolvimento e para a aprendizagem de novas habilidades.
Quando não sabemos bem o que fazer, observamos as outras
pessoas e copiamos o modelo. imitar é uma maneira de aprender
habilidades novas quase que “espontaneamente”, sem a
necessidade de instrução verbal, partindo da observação do
comportamento de outras pessoas. Outro aspecto fundamental
da imitação é que ela é um requisito importante para a interação
social e para o desenvolvimento da linguagem. Imitar ações de
outras pessoas permite que a criança participe de brincadeiras e
se relacione com os colegas. Imitar movimentos de boca é
fundamental para o aparecimento e o desenvolvimento da fala
5. LINGAGUEM RECEPTIVA
A área de linguagem receptiva abrange habilidades relacionadas à
compreensão da fala de outras pessoas. Para que esse tipo de
compreensão aconteça é necessário relacionar aquilo que é
ouvido a outros estímulos do ambiente ou a ações.
Crianças com autismo podem apresentar dificuldades em
relacionar aquilo que é ouvido a outros estímulos do ambiente ou
a ações. Isso dificulta tanto a compreensão da linguagem quanto
a interação social. Porém, é possível ensinar a elas habilidades que
envolvam esse tipo de relação. O objetivo geral dos programas de
ensino dessa área é ensinar comportamentos que vão melhorar a
capacidade de fazer relações entre instruções verbais e ações ou
outros estímulos do ambiente.
6. LINGAGUEM EXPRESSIVA
 A área de Habilidades de Linguagem Expressiva é composta pelos
seguintes Programas de Ensino: Apontar em direção a itens
desejados ; Produzir sons com função comunicativa; Imitar sons;
Aumentar os pedidos vocais; Nomear pessoas familiares; Nomear
objetos; Nomear figuras. Ou seja, abrange habilidades relacionadas
a fazer pedidos, comentários, recusas, oferecer e buscar
informações, expressar emoções, desejos, cumprimentar pessoas e
narrar acontecimentos.
Pessoas com autismo podem apresentar dificuldades importantes
relacionadas a essas habilidades; uma criança com autismo pode não
falar e não conseguir usar gestos para se comunicar ou pode falar,
mas não conseguir usar a fala com função comunicativa.
7. HABILIDADES PRÉ-ACADEMICAS
 O objetivo geral dos programas dessa área é ensinar habilidades básicas,
de caráter pedagógico, que são fundamentais para a realização de
atividades escolares e que também são requisitos para aprendizagens
mais complexas como a leitura, a escrita e a matemática. Olhar para o
que está fazendo (coordenação olho mão) é fundamental para o
comportamento de escrever. Perceber a diferença entre estímulos e
conseguir separá-los, considerando diferenças e semelhanças
(emparelhamentos), é importante para a leitura e para a matemática.
Fazer relação entre estímulos que são fisicamente diferentes, mas que
apresentam propriedades em comum (emparelhamentos entre figuras e
objetos) é necessário para a leitura com compreensão. Ser capaz de
utilizar o lápis e a tesoura é imprescindível para a realização da maioria
das atividades escolares realizadas em sala de aula. 
Curso de formação em
acompanhamento terapeutico

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