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Enfermagem Clínica - Aula 1

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Enfermagem Clínica no Processo do Cuidar na Saúde do Adulto e Idoso
Aula 1 - Data: 31/01/2021
CONCEITOS
❖ Diagnóstico de enfermagem: julgamento clínico sobre uma resposta humana a
condições de saúde;
❖ Características definidoras: pistas/dados observáveis, agrupam-se como
manifestações de um diagnóstico focado no problema, promoção de saúde e
síndrome;
❖ Fator relacionado: fatores etiológicos (orgânico e sistemático) / origem do problema;
❖ Fator de risco: fator que antecede ou que aumenta a suscetibilidade de uma pessoa,
modificáveis por intervenções independentes, sempre que possível;
❖ Populações de risco: grupos de pessoas que compartilham características
sociodemográficas, história de saúde/familiar;
❖ Condições associadas: diagnósticos médicos, procedimentos
diagnósticos/cirúrgicos, dispositivos médicos/cirúrgicos ou preparações
farmacêuticas. Essas condições não são modificáveis de forma independente pelo
enfermeiro;
❖ Promoção da saúde: julgamento clínico a respeito da motivação e desejo de
aumentar o bem estar e concretizar o potencial humano de saúde;
❖ Síndrome: julgamento clínico relativo a um determinado agrupamento de
diagnósticos de enfermagem que ocorrem juntos.
TEORIAS DE ENFERMAGEM
Definição
Conjunto de afirmações sistemáticas relacionadas com questões importantes de
uma disciplina, comunicadas de modo coerente. Compostas por conceitos que se
relacionam entre si, nelas estão contidos aspectos da realidade comunicados com a
finalidade de descrever fenômenos, explicar as relações entre eles, prever as
consequências e prescrever cuidados de enfermagem.
Qual a influência das teorias de enfermagem em nossa profissão?
As teorias favorecem a qualidade da assistência de enfermagem por direcionarem o
cuidado para as demandas apresentadas e identificadas tanto no indivíduo como na família
e em membros da comunidade.
Elas têm sido propostas para explicitar a complexidade e a multiplicidade de
fenômenos presentes no campo da saúde e também para servir como referencial teórico
aos enfermeiros que se dedicam à construção de conhecimentos, ao desenvolvimento de
investigações e a assistência no âmbito da profissão.
1. Teoria Ambiental: Florence Nightingale (1820-1910)
2. Teoria das Necessidades Básicas: Virginia Henderson (1897)
3. Teoria do Autocuidado: Dorothea Orem (1914)
4. Teoria da Adaptação: Sister Calista Roy (1939)
5. Teoria das Relações Interpessoais em Enfermagem: Hildegard Peplau (1952)
6. Teoria Holística: Myra Levine (1967)
7. Teoria do Modelo Conceitual do Homem: Martha Rogers (1970)
8. Teoria das Necessidades Humanas Básicas: Wanda Horta (1970)
9. Teoria Alcance dos Objetivos: Imogenes King (1971)
10. Teoria Transcultural: Leininger (1960)
NANDA-I
Atual: 2021-2023
- 267 diagnósticos de enfermagem
- 13 domínios
- 47 classes
- 23 novos diagnósticos
- 52 revisados
- 23 retirados
- 17 mudança de títulos
Tannure (2019) traz perspectivas de Wanda Horta, Dorothe Orem e Calista Roy!
Tipos de Diagnósticos de Enfermagem Segunda NANDA-1
Dianóstico Foco no Problema:
Diagnóstico de Risco:
Promoção da Saúde:
Síndrome:
Separado em em 7 eixos
1. Foco no diagnóstico: descreve as respostas humanas
2. Sujeito do diagnóstico: indivíduo, família, grupo, cuidador, comunidade
3. Julgamento: prejudicado, ineficaz, etc
4. Localização: auditivo, cerebral, complexo aréolo-mamilar etc
5. Idade: neonato, lactente, criança, adulto, idoso
6. Tempo: crônico, agudo, intermitente
7. Categoria do DE: foco no problema, de risco, de promoção da saúde
MAE
Metodologia da Assistência de Enfermagem
❖ É uma metodologia que vai nos auxiliar para os procedimentos a serem realizados.
Revisão de materiais para efetuar um procedimento.
❖ A partir do momento que eu reviso meus materiais, faço check list, verificar validade,
entre outros, isso auxilia na sistematização eficaz da enfermagem.
- Analisar o ambiente (controle)
- Manter as condutas de proteção para o paciente e familiares
- Realizar as orientações necessárias e feedback constante
- Manter conduta e postura de segurança
- Destreza você consegue!
- Trabalhar com o que tem
- Preparo dos equipamentos e materiais utilizados
- Preparo do instrumento adaptado ao seu público
SAE
Sistematização da Assistência de Enfermagem
❖ É a metodologia de trabalho da qual o profissional enfermeiro dispõe para aplicar
seus conceitos técnicos, científicos e humanísticos na assistência ao paciente.
❖ Organiza o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos,
tornando possível a operacionalização do processo de enfermagem.
❖ Fatores influentes no ambiente de trabalho:
Método científico da enfermagem baseada em evidências → Equipe de Enfermagem
(Enfermeiro, Técnico, Auxiliar, Parteiros) → lnstrumentos (Materiais, Ambiente, Protocolos,
Folheto do Processo de Enfermagem, Propedêutica)
1- Metodologia
● Compreende o caminho a ser percorrido para se concretizar os objetivos propostos,
os profissionais que compõem a equipe de enfermagem precisam conhecer que sem
a SAE, não há clareza sobre o seu fazer e sua contribuição para a melhoria da
condição de saúde da população.
● Promove coerência entre as atividades realizadas pela equipe de enfermagem, as
quais precisam ser norteadas por teorias de enfermagem, capazes de direcionar o
olhar desses profissionais para as necessidades biológicas, psíquicas, sociais e
espirituais dos pacientes, de seus familiares e membros das comunidades onde
vivem.
Cabe destacar que a adoção de normas, rotinas, protocolos, procedimentos operacionais
padrão (POP)!
POP - sem integralização, geral.
Processo de enfermagem - com integralização, individualização.
PROCESSOS DE ENFERMAGEM
O que penso quando falamos a palavra Processo de Enfermagem?
“Pensem que vocês estarão sempre à beira do leito no meu ‘laboratório’ (paciente)!
A partir do momento que você identifica as necessidades, entende as inferências dos
pacientes, os dados objetivos e subjetivos, fazendo o processo do cuidar. Cuidamos dos
aspectos biopsicossociais do paciente.”
Sinônimos?
● Processo de assistência em enfermagem
● Metodologia do processo do cuidar
● planejamento da assistência em enfermagem
● planejamento em enfermagem
● atenção do cuidado em enfermagem
● tomada de decisão
● Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)
ETAPAS
CASO CLÍNICO 1
Joé, possui 35 anos e estava em casa dormindo quando acordou com precordialgia 9/10.
No momento chamou a esposa e foram imediatamente ao HPS 28 de Agosto. Ao chegar na
unidade seus ssvv: PA: 160X120mmHg; FC: 120bpm; R: 32irpm; T: 36.5°C; Dor: 10/10.
1) Primeira Etapa: Histórico de enfermagem
- Anamnese: Homem, 35 anos, estava em casa dormindo quando acordou com dor.
- Exame físico: PA: 160X120mmHg; FC: 120bpm; R: 32irpm; T: 36.5°C; Dor: 10/10.
2) Segunda Etapa: Diagnóstico de enfermagem
- Utilizando o livro da NANDA-I: Dor Aguda
3) Terceira Etapa: Planejamento de enfermagem
- Resultado esperado e o tempo: diminuir/cessar dor durante internação hospitalar
- Mensuração, aplicação de escala de dor
- Administração de medicamento analgésico. exemplo - conforme prescrição médica
administrar tramadol de 6/6 horas EVA
Equipe de Enfermagem: 6-12-18-24
- Verificação dos sinais vitais, comunicar se ultrapassar de
4) Quarta Etapa: Implementação
5) Quinta Etapa: Evolução/Avaliação
CASO CLÍNICO 2
FPG, sexo masculino, 39 anos, sem fatores de risco para doença aterosclerótica coronária,
admitido no pronto socorro com quadro de dor torácica em aperto/precordialgia há 02 horas,
associada a náuseas e vômitos. Não havia história de uso de álcool ou drogas ilícitas. (1,0)
pontos. Ao exame físico, apresentava-se hipocorado +/4+, taquipnéico, hidratado,
acianótico e apirético. Ausculta cardíaca e pulmonar sem alterações. FC: 70 bpm, PA
100/60 mmHg. Abdome e membros inferiores sem alterações. O eletrocardiograma da
admissão evidenciava supradesnivelamento do segmento ST na parede anterior. Após dose
de ataque de 300 mg de AAS e 600 mg de clopidogrel, foi encaminhado à hemodinâmica.
Paciente realizou procedimento (cateterismo),sem necessidade do uso de stents. Depois
de quatro dias na UTI coronariana foi encaminhado para Enfermaria Clínica. Primeiro dia na
Enfermaria clínica: paciente sem queixas, mantendo sinais vitais estáveis... Terceiro dia:
Paciente refere dor leve precordial, relata dificuldade para dormir devido à falta de ar.
Queixa dor no MSD, na inserção do acesso periférico. Ao exame: Paciente lúcido e
orientado, com dispneia discreta, em ar ambiente. Anictérico, acianótico, afebril. PA
150/100mmHg, FC 109bpm, FR 22ivpm, T 36ºC. AP: MV presentes e estertores crepitantes
bilaterais, AC:BNF 2T ritmo irregular sem sopro. Abdome flácido, indolor, com RHA+.
Membros sem edemas, MSD com sinais flogísticos no acesso venoso periférico. MMII com
edema ++ de 4+. Realize o Processo de Enfermagem com diagnósticos de enfermagem
possíveis, para o caso clínico.
CASO CLÍNICO 3
O paciente JK com 55anos, sexo masculino, oriundo de Eirunepé, possuía dor precordial e
palpitações, no terceiro dia de trabalho como auxiliar de serviços gerais, ele sente muita
dispneia e desconforto ao deitar, passou a noite sentado tentando respirar, além de
apresentar- se com edema de MMIIs ¾+, mas por escolha própria preferiu ficar em casa.
Após horas ao amanhecer, resolveu ir ao PS no qual da entrada inconsciente, com
estertores bolhosos em toda extensão pulmonar e confirmado posteriormente com o Raio-X,
realizado no leito. Ao EF: anasarcado, hipocorado, inconsciente, afebril, hipertenso,
hiperglicêmico. Sua filha informa que JK é diabético e hipertenso, porém arredio ao
tratamento, nestes últimos dias não está realizando de forma efetiva e eliminação da
diurese, “Ontem Enfermeiro (a) meu pai só fez xixi uma única vez, até agora não fez mais
nada”. Exames Laboratoriais: hemograma sem alteração, Ionograma Na+ 130;K3,5; Ureia
80; Creatinina 3,8; Colesterol total 600; valore de referência 200mg/dL; LDL40; HDL 250
mg/dL, Glicose:550. Organize o PE.

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