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Transporte de Fármacos Através de Membranas

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Transporte de Fármacos Através de Membranas 1
Transporte de Fármacos Através de 
Membranas
→ Medicamentos com ação sistêmica têm que passar pelas barreiras biológicas (membranas).
1. Bicamada fosfolipídica - mosaico fluido; proteínas e colesterol limitam a flexibilidade 
e permeabilidade da membrana, e diminuem a mobilidade dos fosfolipídios. Membranas 
com menos colesterol são mais permeáveis, como nos hepatócitos.
2. Estar em solução é a condição essencial. O fármaco é "arrastado" para dentro da célula. 
Medicamentos em solução são mais rapidamente absorvido no intestino que um 
comprimido.
3. Difusão simples ou facilitada (transporte passivo - a favor do gradiente) ou 
transporte ativo (com gasto de energia). Para passar pela membrana com facilidade 
(difusão simples), o fármaco deve ser lipossolúvel e pequeno. Na difusão facilitada, o 
fármaco deve ser hidrossolúvel, não ser muito grande e ter afinidade pelo transportador. 
Ex.: o lítio é uma exceção, pois passa por transporte passivo (difusão facilitada), mas 
utiliza os canais de sódio, sendo que a maioria dos medicamentos que passam por 
transporte passivo não precisam de nenhum canal.
→ SLC: transportadores de solutos
→ OAT: transportadores de ânions orgânicos (para ácidos)
→ OCT: transportadores de cátions orgânicos (para bases)
Tipo 1 geralmente está no intestino, barreira hematoencefálica, barreira placentária e 
canalículos biliares.
Tipo 2 é para órgãos de excreção como o rim. Diuréticos, como furosemida e 
hidroclorotiazida, utilizam o mesmo transportador que o ácido úrico, causando uma 
certa competição que pode levar a uma menor excreção do ácido, resultando em 
aumento de ácido úrico no sangue.
A penicilina permanece menos de 30 minutos no sangue, já que o rim a depura 
muito rápido. Então, coloca-se probenicida junto com a penicilina, e como os OAT2 
tem maior afinidade pela probenicida, a penicilina continua no sangue.
Fármacos que apresentam difusão simples não apresentam risco de interação com 
outras substâncias; já que os que utilizam transportadores (difusão facilitada e 
Transporte de Fármacos Através de Membranas 2
transporte ativo) podem competir com outras substâncias, interferindo na absorção 
do fármaco.
A cisplatina é tóxica para as células dos túbulos reais, porém o OCT2 joga de volta 
para o sangue essa substância, causando nefrotoxicidade. Usando a cimetidina, o 
transportador devolve essa substância e deixa a cisplatina ser excretada.
→ ABC: bombas de extrusão, transportadores de resistência à droga, a substância entra 
na célula e o transportador a joga para fora. 
A glicoproteína P é uma bomba de extrusão da classe dos ABC e que é codificada 
pelo gene MDR (gene de múltipla resistência às drogas). Presente no TGI e na 
barreira hematoencefálica, túbulos renais, trato biliar e na placenta.
→ Esses transportadores atuam nos dois sentidos.
4. Endocitose - pinocitose para partículas em solução. A via paracelular (por entre as 
células) é uma outra forma.
→ Heparina: é um polissacarídeo que passa por entre as células (porque ela tem um alto 
peso molecular) para chegar ao vaso sanguíneo quando se aplica via intramuscular ou 
subcutânea.
5. Peso molecular, hidro ou lipossolubilidade, e se são ácidos e bases fracas. 
→ Ácido fraco: substância que em meio aquoso se ioniza parcialmente liberando 
cátions; ácidos fracos em meios ácidos tendem a permanecer na forma não ionizada, 
facilitando sua absorção.
→ Substâncias na forma molecular, não ionizada, são mais lipossolúveis e são melhores 
absorvidos.
→ Intoxicação por fenobarbital: é um ácido fraco; se já está no sangue, eu quero que ele 
seja excretado; se ele estiver na forma não ionizada nos túbulos renais, vai voltar pro 
sangue; então eu quero que ele se ionize, e para isso eu preciso alcalinizar a urina; por 
isso, utiliza-se bicarbonato por via endovenosa.
→ Base fraca: substância que em meio aquoso recebe H+; se isso acontecer de forma 
parcial ela é fraca. A forma não ionizada, sem H+, é melhor absorvida. No meio alcalino, 
tem pouco H+, então a tendência é continuar na forma molecular e ser absorvida. No 
meio ácido, ela se ioniza, e é mais dificilmente absorvida.
→ Compartimentalização
Considerações Importantes
Transporte de Fármacos Através de Membranas 3
→ Velocidade de transporte da difusão simples depende do: gradiente de concentração, 
área de superfície, permeabilidade da membrana e na espessura da membrana. 
→ Velocidade de transporte na difusão facilitada: depende do número de transportadores 
e também do gradiente de concentração mas só até a saturação dos transportadores, a partir 
desse momento a velocidade é constante.
Absorção de Medicamentos
→ Absorção: passagem do medicamento do local de aplicação para a corrente sanguínea.
→ Vias endovenosa e intrarterial não passam por absorção.
→ Vitamina B12: tem dois "transportadores" - um carreador (fator intrínseco) e um 
transportador no intestino
→ Manitol: é pequeno e hidrossolúvel; fórmula C6H12O6, mesma da glicose; o GLUT não 
reconhece o manitol, então ele não é absorvido, sendo totalmente excretado com as fezes; ele 
faz com que a água fique no intestino, funcionando como um laxante osmótico; pode ser 
usado como um diurético osmótico por via endovenosa, sendo excretado pelos rins.
→ Aminoglicosídeo: também não tem transportador.
→ Heparina: muito grande, passa por via paracelular, administrado por vias endovenosa ou 
subcutânea. Tem dois tipos: heparina de alto peso molecular e de baixo peso molecular (a de 
baixo peso tem uma resposta mais previsível).
Forma Farmacêutica
→ Forma física de apresentação do medicamento.
→ Formas farmacêuticas sólidas precisam desintegrar para solubilizar e serem absorvidas.
→ Fase farmacêutica = fase de desintegração.
→ Forma gasosa: anestésicos (o único utilizado nessa forma é óxido nitroso) e aerossóis 
(pózinho em suspensão no ar - ex.: bombinhas).
→ Suspensão: substância insolúvel em água que é homogeneizada em água antes do uso.
Glargina: insulina com absorção extremamente lenta e constante; no frasco, está em 
solução, mas quando é administrado, entra em contato com o corpo e o pH causa a 
precipitação do medicamento.
→ Emulsões: fármaco oleoso, misturado com água.
Transporte de Fármacos Através de Membranas 4
→ Drágea: é revestido com açúcar; não é digerido no estômago e mascara o sabor do 
medicamento.
→ Pílula: uma mini drágea.
→ Comprimido: veículo + fármaco compactado.
Efervescente: desintegração antes de ingerir para fazer efeito mais rápido.
Revestido: parecido com drágea, mas não é revestido com açúcar.
→ Comprimidos de liberação modificada
XR - Liberação prolongada/estendida:  mantém a liberação do fármaco por um período 
maior de tempo; possibilita estender o intervalo entre as doses
SR - Liberação sustentada/prolongada: permite uma rápida liberação de uma dose ou 
fração do princípio ativo, seguida de uma liberação gradual da dose restante, por um 
período de tempo prolongado.
BD - Bis in Die: uso em duas vezes ao dia de medicamentos que, em outras formas 
farmacêuticas, deveriam ser utilizados três (isso para aumentar a colaboração do 
paciente, mais fácil tomar duas vezes do que 3).
CR - Liberação controlada: não liberam imediatamente todo o fármaco, fazendo-o de 
forma gradual e contínua em diferentes tempos e locais.
CLR - Crono-liberação regulada: liberação lenta, gradual e progressiva; pode possui 
duas câmaras, uma de liberação rápida e outra mais devagar, a de liberação devagar 
depende do tempo que o comprimido ficará em contato com as enzimas do intestino. 
Ex.: corticoides possuem um pico pela manhã, por isso se o comprimido for tomado à 
noite, ele deve ir liberando seu conteúdo gradualmente, e liberar uma grande quantidade 
12 horas depois, pela manhã, causando um pico na concentração plasmática, 
mimetizando o efeito fisiológico.
DI - Desintegração instantânea: liberação imediata.
Diferença entre metformina comum e XR: A diferença é que a cápsula do XR tem 
nanotecnologia,que libera o remédio ao longo do intestino (a cápsula sai inteira porém 
vazia), levando a menor efeito colateral gastrointestinal.
Forma farmacêutica: importante saber no caso de intoxicações, e se é de liberação 
modificada.
→ Biodisponibilidade de fase farmacêutica: fármaco disponível para absorção após a 
desintegração do comprimido.
Transporte de Fármacos Através de Membranas 5
→ Biodisponibilidade farmacocinética: quanto de fármaco que estará disponível e inalterado 
para fazer o efeito desejado.
→ Irrigação: quantidade de vasos no local da administração.
→ Perfusão: quanto de sangue passa por minuto no local.
→ Fatores que modificam a perfusão
Alimentos estimulam a perfusão do TGI aumentando a absorção de medicamentos, no 
geral.
Massagem: aumenta a perfusão; se o fármaco for de depósito, a massagem aumenta a 
perfusão e "estraga" o objetivo do remédio.
Inflamação: aumenta a perfusão
Vasoconstritor: diminui a perfusão
→ Área de superfície músculo: glúteo é o maior, vasto lateral por segundo e deltoide por 
último.
O fluxo é maior no músculo deltoide, intermediário no vastus lateralis e menor na massa 
glútea, especialmente em mulheres.

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