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Aula 1 e 2 - Farmacocinética

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Resumo da Malu – 2020.1 
Farmacocinética 
Introdução 
• Fármaco – Deve ser capaz de atravessar as barreiras 
fisiológicas que existem no corpo para limitar o acesso das 
substancias estranhas 
• A absorção dos fármacos ocorre através de vários mecanismos 
capazes de explorar ou romper essas barreiras 
• Após ser absorvido o fármaco terá sua distribuição feita pelo 
organismo, vasos sanguíneos e linfáticos, até alcançar o se 
órgão-alvo em uma concentração apropriada 
• A capacidade do fármaco de acesso ao alvo é limitada por 
dois processos, são eles: 
1. Metabolização – Onde o organismo inativa o fármaco 
através da degradação enzimática, que ocorre 
primeiramente no fígado 
2. Excreção – Consiste na eliminação do fármaco do corpo 
(principalmente pelos rins, fígado e fezes) 
Barreiras Fisiológicas 
• O fármaco precisa vencer barreiras físicas, químicas e 
fisiológicas para alcançar seus locais de ação moleculares e 
celulares 
- Revestimento epitelial do TGI e membranas mucosas 
- São encontradas outras barreiras após a penetração do 
fármaco no sangue e nos vasos linfáticos 
• A maioria dos fármacos circulantes devem se distribuir para 
os tecidos locais 
- Esse processo pode ser impedido por estruturas 
 ex: barreira hematocefálica 
• Os fármacos abandonam o compartimento intravascular → 
nos locais que existem lacunas maiores entre as células 
endoteliais ele irá passar 
• A distribuição se dá por difusão passiva 
• A velocidade de difusão é afetada por condições iônicas e 
celulares locais 
Membranas Biológicas 
• Todas as células são compostas por uma membrana de 
bicamada lipídica 
- Contém lipídios hidrofóbicos no seu interior 
- Possui uma superfície hidrofílica nos seus ambientes 
extracelular e intracelular aquosos 
• Componentes lipídicos da membrana: 
- Moléculas anfílicas – fosfolipídios, colesterol, etc 
• Componentes hidrofílicos: 
- Fosfato – presente na cabeça dos fosfolipídios 
- Grupo hidroxila polar do colesterol – presente na superfície 
externa e interna da membrana 
- Caudas hidrofóbicas dos lipídios – voltadas para o interior 
da membrana 
• As membranas contem numerosas proteínas diferentes 
- Podem estar expostas na superfície extracelular ou na 
intracelular 
- Podem estar atravessadas na membrana → Proteínas 
Transmembrana 
 
 
Absorção 
• A natureza da resposta do fármaco após sua administração 
no indivíduo vai depender das propriedades farmacológicas 
do fármaco no seu local de ação 
• Existem diversos fatores que interferem na ação, intensidade 
e tempo de duração da ação desse fármaco 
- Taxa de extensão da absorção no local de administração 
- Distribuição para os tecidos 
- Local de ação 
- Taxa de eliminação 
• Farmacodinâmica – Consiste na ação do fármaco no seu local 
de ação 
• Farmacocinética – Ações do organismo ao levar o fármaco até 
o local de ação 
- São influenciadas por alguns processos básicos 
1. Administração: 
» O medicamento sólido sofrerá desintegração e 
desagregação, seguido por uma dissolução (entra em 
solução com os líquidos corporais) → Esse processo se 
chama Farmacêutica 
» Após ser dissolvido ele passa pelos processos da 
farmacocinética 
2. Absorção: 
» Transferência do fármaco do local administrado para 
a circulação sistêmica 
3. Distribuição: 
» Transferência do fármaco da circulação sistêmica 
para os órgãos e dos órgãos para a circulação 
» Está sempre buscando o equilíbrio 
4. Eliminação: 
» Remoção do fármaco do organismo por órgãos com 
capacidade excretora 
 
Resumo da Malu – 2020.1 
→ Fármaco no local de ação: 
• No local ele irá interagir com o receptor, gerando um 
efeito farmacológico que poderá gerar uma resposta 
clínica 
- Essa resposta pode ser a que eu desejo (eficácia) ou 
aquela acima aos efeitos desejados (toxicidade) 
• No local de administração esse fármaco está geralmente 
na sua forma livre 
• Fármaco Livre – Será absorvido e entrará na circulação 
sanguínea 
- É a molécula do fármaco livre (sem ligações) 
- Pode interagir com PTNs plasmáticas ou teciduais 
• Na circulação sistêmica os fármacos possuem 
características próprias e vão interagir com diversas 
proteínas 
- O grau de interação depende de cada fármaco 
• O fármaco livre não tem capacidade apenas de interagir 
com as proteínas, como também de atravessar a 
membrana e se acumular em resíduos teciduais, se ligar no 
seu sítio de ação (enzima, receptor ou carreador), ser 
eliminado e biotransformado (ser metabolizado para que 
ele seja mais facilmente excretado, geralmente na forma 
de um metabólito mais solúvel com uma polaridade maior) 
• Absorção – É a passagem de uma substancia no seu local 
de administração para o plasma 
 
→ Fatores que influenciam na absorção: 
• Propriedades químicas dos fármacos: 
- Natureza química – ácido, básico, sal, éster → 
responsável por gerar um grau de lipossolubilidade e 
hidrossolubilidade 
- Grau de ionização do fármaco: pKa X pH do meio 
- Tamanho das partículas e formulação farmacêutica 
• Fatores fisiológicos: 
- pH e fluxo sanguíneo no sítio de absorção → é uma 
característica do indivíduo + comorbidades, fármacos, 
alimentação 
- Área de superfície disponível para absorção 
- Tempo de contato com a superfície de absorção → tempo 
do fármaco no local de ação 
- Espessura da membrana 
- Eliminação pré-sistêmica = Metabolismo de Primeira 
Passagem 
• Fatores relacionados ao paciente: 
- Obesidade 
- Idade 
- Doenças 
- Medicamentos – podem competir pelo mesmo local de 
ação ou podem interagir entre si 
 
→ Fatores que influenciam na forma de absorção: 
• Forma de apresentação do fármaco 
• Tamanho da partícula 
 
Forma de Apresentação 
 
• Após a administração ocorre a 
desintegração do fármaco em grânulos 
 
• Os grânulos vão sofrer desagregação 
formando pequenas partículas 
 
• Que serão dissolvidas formando uma 
solução com os líquidos corpóreos, que 
será por fim absorvido 
 
→ Fatores que alteram a dissolução/desintegração: 
• Volume do diluente – se bebe pouca ou muita água na hora 
da administração do fármaco 
• pH do meio – se o pH corporal está ácido ou básico, se está 
ingerindo o fármaco com outro liquido que não seja água 
• Temperatura – do líquido, do ambiente, do corpo 
• Grau de compactação – que foi feito na indústria 
• Tamanho dos cristais – definido no momento de síntese da 
molécula do fármaco 
 
Estabilidade das Substâncias 
 
→ Fatores físico-químicos: 
• Substancias instáveis em meio acido 
- Não administrar V.O pois o ácido estomacal vai degradar 
o fármaco 
- Usar revestimento gastro-resistente é uma solução nesse 
caso → por isso não pode quebrar, amassar ou diluir o 
medicamento 
• Moléculas ativadas pelo pH ácido 
- Clorazepam – metabólito ativo 
- Tetraciclinas – a dissolução desse fármaco ocorre apenas 
em meio ácido 
• Algumas substancias possuem melhor absorção em pH 
ácido, por isso, estimula a ingestão do fármaco com 
substancias acidas 
• Influenciam na forma que os fármacos vão atravessar a 
membrana 
• Propriedades que definem a travessia desses fármacos na 
membrana: 
- Solubilidade – lipossolúvel ou hidrossolúvel 
- Velocidade de dissolução – tempo que o fármaco demora 
a entrar em solução e ser absorvido 
- Grau de ionização - 
• Substancias Solúveis – sua absorção será limitada pela 
velocidade de dissolução 
• Substancias Pouco Solúveis – absorção será limitada pela 
característica individual dela e a solubilidade 
 
 
Resumo da Malu – 2020.1 
Transporte por Membranas Biológicas 
 
→ Transporte Passivo: 
• Ocorre por difusão lipídica 
- Atravessa a camada fosfolipídica 
- Necessita de um certo nível de solubilidade 
- Quando os meios entram em equilíbrio a substancia para 
de passar 
• Ocorre a difusão por poro aquoso: 
- Ocorre com compostos iônicos 
- Depende do gradiente eletroquímico e do pH dos dois 
lados da membrana» Dificilmente o equilíbrio é atingido pois há redistribuição, 
excreção, utilização da substancia, então a movimentação 
dessa substancias entre as membranas sempre vai estar 
ocorrendo, tentando entrar em equilíbrio 
 
» Quem dirige o gradiente de concentração é a Primeira lei de 
difusão de Fick: 
- A constante de difusão (K) será determinada pelo tamanho 
da molécula, grau de ionização e lipossolubilidade da 
mesma 
 
 
 
→ Transporte Ativo: 
• Presença de carreador 
• Há gasto de energia 
• O fármaco se acumula de um lado da membrana, se liga à 
um carreador e é transportado contra o gradiente de 
concentração usando a energia da quebra de um ATP 
 
→ Transporte Facilitado: 
• Presença de um carreador 
• Não há gasto de energia 
• O fármaco se liga ao carreador e é transportado a favor 
do gradiente de concentração 
 
→ Filtração: 
• Transporte passivo através dos poros da membrana 
• Poros aquosos: 
- Permitem que passem moléculas de 4-40 Angstrom de 
diâmetro 
- Deixam passar compostos hidrofílicos, íons e eletrólitos 
de até 60 000 daltons de PM 
- São canais de caráter proteico como fenestrações 
→ Endocitose: 
• Fagocitose – englobamento de uma partícula sólida 
através de pseudópodes formando um fagossoma 
• Pinocitose – englobamento de uma partícula liquida 
formando uma vesícula 
• Endocitose mediada por receptor – reconhecimento de 
uma partícula por receptores presentes na membrana, e 
formação de vesículas com PTNs 
 
Grau de Ionização e pH do meio 
→ Fármacos: 
• São ácidos ou bases fracas 
• Tendem a se ionizar quando estão em solução 
• Fármacos ionizáveis – possui carga na sua molécula, logo, 
estão ionizadas em solução 
- Maioria deles 
- Substâncias muito ionizáveis são de difícil absorção 
- Tendem a se acumular ao redor de moléculas de H2O 
• Fármacos não-ionizáveis – não possuem carga em solução 
- São lipossolúveis → sabendo que a membrana é rica em 
fosfolipídios essas moléculas terão mais capacidade de 
fazer a difusão pela membrana celular 
• pKa – característica da substancia que define o grau de 
ionização da molécula 
- É o pH no qual 50% do fármaco está na forma ionizada e 
50% do fármaco está na forma não-ionizada 
Ex: ácido acético possui pKa = 4,5 → então quando ele 
estiver solução com pH = 4,5 ele estará 50% na forma 
ionizada e 50% na forma não-ionizada 
• Esse grau de ionização é definido pela Equação de 
Henderson-Hasselbalch: 
 
 
 
 
- Usando o pH do meio e pKa da substância é possível 
calcular a diferença de concentração de molécula 
ionizadas e não-ionizadas 
- Substancias ácidas em pH básico – tendem a estar mais 
ionizadas → tende a ser absorvida 
- Substancias ácidas em pH ácido – tendem a estar não-
ionizadas → consegue atravessar a membrana 
 
V = K. 
𝐴 (𝐶1−𝐶2)
𝑑
 
▪ V – veloc. de difusão 
▪ A – superf. de absorção 
▪ C1-C2 – grad. de concent. 
▪ d – espessura da membrana 
▪ K – const. de difusão 
pH = pKa + log 
𝐼
𝑁𝐼
 
 
Resumo da Malu – 2020.1 
Absorção e Superfícies 
 
→ Tratro Gastrointestinal: 
1. Estômago: 
• Membrana espessa com muito muco 
• Elevada resistência elétrica – grande quantidade de 
bicabornato no muco e HCl no fluido gástrico 
• Baixa capacidade de absorção 
• Alta função digestiva 
• O tempo de esvaziamento varia de: 
- 5 min à 3 hrs – jejum 
- Até 12hrs – com alimentos 
• Por esse motivo, há medicamentos que devem ser 
administrados em jejum e outros com a refeição 
- Medicamentos que dependem de pH ácido para serem 
ativados devem ser ingeridos com alimentos que 
aumentem a concentração de ácido estomacal 
- Substancias que precisem chegar rápido ao intestino 
é ideal devem ser ingeridos em jejum para ela ser 
absorvida rapidamente 
• Esse tempo de esvaziamento depende de diferentes 
fatores: 
- Pressão osmótica 
- Volume de alimento ou líquido no estomago 
- Temperatura 
- Composição do bolo alimentar 
• pH = 3,5 ~ 4 
 
2. Intestino: 
• Possui uma membrana delgada 
• Baixa resistência elétrica – possui pouco muco (baixo 
quantidade de bicarbonato para proteção da parede 
intestinal) 
• Função absortiva 
• Alto fluxo sanguíneo 
- ↑ circulação = ↑ absorção 
• pH = 5 ~ 7 
• ↑↑ superfície de contato com muitas vilosidades 
- Possui dobras de Kerckring – 3x 
- Villi – 10x 
- Borda em escova (1000 microvilli) – 20x 
• Geralmente a absorção é melhor no intestino devido o 
longo tempo que os fármacos ficam ali 
- Mesmo sabendo que, fármacos ácidos sejam mais 
absorvidos em pH ácido e fármacos básicos sejam 
absorvidos em pH básico 
 
Efeito de Primeira Passagem 
• Consiste na metabolização do fármaco na primeira passagem 
pelo organismo 
• Dependendo da via de administração isso vai variar 
• Via Oral: 
- É absorvido pelo TGI 
- Quando chega no estomago e intestino, é absorvido e entra 
na circulação sanguínea 
- A circulação que sai do intestino vai direto para a veia porta 
hepática e passa primeiro pelo fígado 
- No fígado ele será metabolizado → alguns fármacos são mais 
suscetíveis que outros à essa metabolização 
• Pode ocorrer o efeito de primeira passagem em outros órgãos, 
porém, é mais comum uma maior metabolização pelo fígado 
- Pode ocorrer na saliva 
• Provoca alteração na biodisponibilidade do fármaco 
• Biodisponibilidade – Grau com que uma preparação 
terapêutica é absorvida e torna-se disponível no local de ação 
da substancia 
- Da quantidade total administrada, é o quanto chegou à 
circulação sistêmica e está disponível para exercer sua 
função 
- Só é possível calcular a quantidade de fármaco que chega 
na circulação sistêmica → não tem como saber a 
quantidade que vai chegar no sítio de ação 
- Será apresentada na forma de porcentagem 
- Pode ser calculada pela curva de absorção do fármaco: 
 
- Pelo cálculo da área da curva é possível calcular a 
biodisponibilidade do fármaco 
- Via intravenosa – não há absorção visto que o fármaco é 
diretamente introduzido na circulação sistêmica → a 
biodisponibilidade será muito maior que na via oral 
• Bioequivalência – Responsável por determinar se um fármaco 
é equivalente ao outro 
- Irá definir se um fármaco é genérico ou similar de outro 
- Teste de bioequivalência – Feitos com fármacos com o 
mesmo princípio ativo, mesma formulação, que na mesma 
dose e ambiente, quando testados possuem curvas de 
disponibilidade iguais 
- Genérico – São fármacos que foram feitos o teste de 
bioequivalência e foram aprovados pela ANVISA 
- Similar – Fármacos com o mesmo princípio ativo, na mesma 
dose, porém que não foi realizado o teste de bioequivalência 
 
Fatores Relacionados ao Paciente 
 
→ Idade: 
• pH gástrico: adultos < idosos/crianças 
 
→ Idosos: 
• Menor superfície intestinal 
• Menor débito sanguíneo → apesar de possuir uma maior 
pressão arterial, há um menor grau de perfusão 
1 2 3 
• Curva 1 – A > E 
• Curva 2 – A = E 
• Curva 3 – A < E 
 
- A (absorção) 
- E (excreção) 
 
Resumo da Malu – 2020.1 
→ Gravidez: 
• Menor motilidade devido aos hormônios que possuem o 
objetivo de ter uma maior absorção de nutrientes 
• Aumento do pH estomacal 
• Alteração no fluxo sanguíneo 
 
→ Doenças: 
• Gastrectomia – perda de um pedaço do estômago por 
alguma doença no TGI ou por redução do estômago 
• Herpes e edemas – provoca alteração no tecido e afeta o 
grau de absorção e distribuição 
• Úlceras duodenais e gástricas – qualquer alteração no TGI 
irá afetar a absorção por via oral 
• Alterações na flora – os microorganismos da flora 
intestinal irão influenciar na absorção, degradação e 
metabolização de alguns fármacos 
• Hepatite e icterícia – há alteração do funcionamento do 
fígado, afetando a quantidade de fármaco que vai chegar 
no sitio de ligação 
• Insuficiência cardíaca – altera o fluxo sanguíneo, 
afetando a circulação sanguínea e a consequente 
absorção dos fármacos 
 
→ Alimentação: 
• Diminuição da absorção:- Pela complexação do fármaco com outra substância, 
promovendo modificação dele e diminuindo sua absorção 
→ Fármacos quelantes possuem a capacidade de 
aprisionar íons dentro da sua estrutura, logo, quando 
ingeridas com leite que possui Ca2+, esse irá se complexar 
com o leite, precipitando e diminuindo a sua absorção 
- Competição por transportadores → 2 substancias que 
utilizam o mesmo transportador para serem absorvidas 
irão competir e alguma delas será absorvida em menor 
quantidade, e será eliminada do organismo 
- Aumento da secreção ácida → ocorre a degradação de 
substancias sensíveis ao pH ácido 
- Esvaziamento gástrico lento → a substancia fica em 
contato com o ácido gástrico por mais tempo, 
aumentando a degradação, diminuindo a quantidade de 
substância ativa disponível para a absorção 
• Atraso e modificação da velocidade de absorção: 
- Lentidão do esvaziamento gástrico → pode ocorrer por 
alimentação, doença, alterações hormonais, problemas 
gastrointestinais, fazendo com que haja alteração na 
absorção do fármaco 
• Aumento da absorção: 
- Aumento da produção de bile → por ter a capacidade de 
emulsificar gorduras, frente a um fármaco muito 
lipossolúvel, a bile vai aumentar a solubilidade da 
gordura no meio, facilitando a absorção da gordura 
- Emulsifica substâncias 
 
→ Formas de retardar a absorção: 
• Adrenalina: 
- Causa vasoconstrição extrema 
- Quando administrada com um anestésico local ela evita 
que esse anestésico vá para a circulação sistêmica 
através da diminuição da circulação promovida pela 
vasoconstrição 
• Formulações de liberação prolongada: 
- Alterando a estrutura do fármaco, tipo de cápsula, 
formulação farmacêutica, etc. 
• Esterificação de hormônios e antipsicóticos: 
- Sais complexos de cadeia extremamente longa que 
possuem dificuldade de difusão fazendo com que a 
absorção seja bastante lenta 
• Alterações de características físicas: 
- Mudando a estrutura do fármaco há diferença na 
absorção 
Vias de Administração 
→ Via Oral: 
• A ingestão é o método mais comum e mais aceito 
• Vantagens: 
- Indolor 
- Mais seguro e conveniente 
- Mais econômico 
- Possui variedades de formas de apresentação 
• Desvantagens: 
- Pode causar irritação da mucosa gástrica 
- Interferência na digestão 
- Dificuldade de deglutir 
- Interação medicamentosa 
- Absorção irregular 
• Sofre efeito de 1ª passagem hepática 
• Depende da cooperação do paciente para tomar de forma 
correta 
• É afetado por: motilidade gastrointestinal, tamanho das 
partículas, fluxo sanguíneo e esplênico, tipo de formulação 
• Formas de Apresentação: 
- Solução aquosa e solução alcoólica (5-50 ml) 
- Emulsão, suspensão e soluções mistas (100-500 ml) 
- Cápsula – podem ser partidos 
- Comprimido revestido – Tem objetivo de liberar seu 
conteúdo em um momento específico. Não podem ser 
partidos 
- Cápsula com pellets revestidos – Esses pellets são 
dissolvidos em velocidades diferentes, sendo a mesma 
substancia absorvida em momentos diferentes 
- Comprimidos multiparticulados – Seu conteúdo é 
dissolvido lentamente tendo uma absorção diversa 
 
 
 
Resumo da Malu – 2020.1 
• Formas de Administração: 
- Comprimido com revestimento entérico 
- Comprimidos e cápsulas 
- Solução efervescente e xarope 
- Comprimidos multiarticulares 
- Comprimidos de liberação prolongada 
 
→ Via Sublingual: 
• Vantagens: 
- Absorção é muito rápida 
- O medicamento entra diretamente na circulação 
sistêmica 
- Ausência do efeito de 1ª passagem 
• Desvantagens: 
- Pode causar irritação local 
- Apenas administrado em pequenas doses 
- Absorção incompleta pois parte do fármaco vai para o 
TGI junto com a saliva 
- O fármaco precisa ser altamente lipossolubilidade pois 
ele vai atravessar a membrana diretamente 
 
→ Via Intravenosa: 
• Vantagens: 
- Pode ser administrado grandes volumes 
- Baixa latência de efeito (tempo entre a administração e 
o efeito) 
- Biodisponibilidade de 100%, logo, tudo o que for 
administrado chega à circulação sistêmica 
- Utilizada em emergências 
- Pacientes inconscientes 
- Não sofre efeito de 1ª passagem 
• Desvantagens: 
- Irreversível 
- Não podem ser administradas soluções oleosas (extrema 
dor) ou insolúveis (causa embolia) 
- A substância administrada precisa ser estéril, com pH e 
pressão osmótica compatíveis 
- Causa desconforto 
- Maior risco de reações adversas pois o local de ação é 
atingido rapidamente 
- Depende de material e técnica adequada 
 
→ Via Intravenosa: 
• Vantagens: 
- Absorção rápida 
- Podem ser administrados volumes moderados – até 5 ml) 
- Formulações e depósito e oleosas – são de lenta difusão 
fazendo efeitos por dias 
- Biodisponibilidade de 75-100% 
• Desvantagens: 
- Pode causar lesão tecidual (infecções e abcessos) 
- Pode causar irritação local 
- Causam desconforto e costumam doer bastante 
- Depende de material e técnica adequadas 
 
 
→ Via Subcutânea: 
• Vantagens: 
- Possui absorção lenta, contínua e segura 
- Pode ser autoadministrada 
- Feita com suspensões insolúveis (depósito) e pellets 
(implantes cutâneos) 
• Desvantagens: 
- Pode causar lesão tecidual (necrose, fibrose, infecções e 
abcessos) 
- Causa desconforto 
- Depende de material e técnica adequadas 
- Há uma limitação de volume – até 0,3 ml 
Ex: insulina ou implante anticoncepcional 
 
→ Via Intradérmica: 
• Administrada na derme (camada entre a epiderme e o 
subcutâneo) 
• Vantagens: 
- Possui absorção lenta e mantida 
- Usada em reações de hipersensibilidade (alergia) 
• Desvantagens: 
- Irritação local 
- Causa desconforto 
- Depende de material e técnica adequadas 
- Possui limitação de volume – 0,1 à 0,5 ml 
 
→ Via Retal: 
• Vantagens: 
- Absorção rápida 
- Usada na pediatria 
- Pode ser usada em casos de êmese (vômito) 
- Feita em paciente com dificuldade de deglução – coma, 
estado febril e convulsivo 
- Sofre menos efeito de 1ª passagem – 50% da circulação 
vai para a via porta hepática e 50% vai para a 
circulação sistêmica 
• Desvantagens: 
- Irritação local 
- Desconfortável 
- Baixíssima adesão 
- Absorção irregular e incompleta 
- O fármaco precisa ter alta lipossolubilidade 
 
→ Via Tópica: 
• A absorção ocorre através das mucosas 
- Conjuntiva, nasofaringe, orofaringe, vagina, cólon, uretra 
e bexiga 
• Altamente vascularizada 
• Via Transdérmica – absorção feita através da pele 
• Potencialização da absorção: 
- Pode ser por aumento da superfície de contato 
- Por lesões 
- Fármacos lipossolúveis ou veículos oleosos pois facilita a 
absorção na membrana 
 
 
 
Resumo da Malu – 2020.1 
• Vantagens: 
- Efeito local ou sistêmico 
- Absorção rápida 
- Adesivos – liberação sustentada e fluxo contínuo 
• Desvantagens: 
- Irritação local – alterar o local do adesivo 
- Pele: íntegra X escoriada 
 A pele integra absorve melhor o medicamento 
 A pele escoriada a absorção será diferenciada 
- A absorção depende de: 
 Fluxo sanguíneo – pessoas obesas, alta sudorese 
 Grau de hidratação da pele 
• Formas de Administração: 
- Gota oftálmica – deve ser estéril, isotônica e possuir pH 
neutro 
- Gota nasal – solução viscosa 
- Supositório e óvulo vaginal 
- Cremes, pomadas e pó 
 
→ Via Inalatória: 
• Administrada pela inspiração por inalador ou spray 
• Vantagens: 
- A absorção ocorre através do epitélio pulmonar e 
membranas mucosas 
- Efeito local ou sistêmico 
- Absorção rápida e de baixa latência (efeito rápido) 
- Não sofre efeito de 1ª passagem 
- Podem ser administrados fármacos que não são 
absorvidos pelo TGI 
• Desvantagens: 
- O fármaco deve ser gasoso ou volátil 
- Ou deve ser capaz de atomizar as partículas (produzir 
partículas de um tamanho especifico e pequeno) 
- Só é absorvido apenas 10% do fármaco inalado 
 
→ Via Intra-arterial: 
• Administrada na artéria do órgão alvo 
• Necessita de especialistas• Não sofre efeito de 1ª passagem 
• Depuração pelo pulmão 
• Usada em pacientes em choque ou no caso de câncer 
 
→ Via Intratecal: 
• Administrada no espaço subaracnóideo 
• Raquianestesia 
• Usada quando há infecções agudas do SNC e o 
medicamento não atravessa a barreira hematocefálica 
• Possui efeito local e rápido nas meninges ou no eixo 
cérebro-medular 
 
→ Via Peridural: 
• Administrado no espaço delimitado pela dura-máter que 
circunda a medula 
• Possui maior risco de efeitos sistêmicos que a via 
Intratecal 
→ Via Intraperitoneal: 
• Administrada na cavidade peritoneal 
• Utilizada em laboratório em camundongos e ratos 
• Possui absorção rápida devido a grande área de superfície 
e vascularização 
• Sofre efeito de 1ª passagem pelo fígado 
• Há risco de infecção e aderência 
 
→ Via Intra-articular: 
• Administrada diretamente nas articulações 
• Comum em atletas (infiltração) 
• Tratamento paliativo 
Distribuição 
• Uma vez que o fármaco entra na circulação tem-se um 
fármaco livre, onde ele pode: 
- Interagir com proteínas, lipídios ou outras moléculas, 
formando um fármaco ligado 
- Ser metabolizado pela biotransformação 
- Interagir com receptores dos locais de ação 
- Se acumular em reservatórios teciduais 
- Pode ser excretado 
 
• Não ocorre de forma igual por todo o organismo 
• É um processo reversível de transferência do fármaco da 
circulação sistêmica para os tecidos, e dos tecidos para a 
circulação sistêmica 
• Tende a entrar em equilíbrio → o processo termina quando as 
concentrações do fármaco livre no sangue e nos tecidos se 
igualam, o que nunca ocorre pois o corpo está sempre em 
alteração (ingestão, absorção, excreção, etc) 
• O fato de o fármaco ter sido absorvido não significa que ele 
está disponível para agir 
- Quando ele está ligado a qualquer proteína ou receptor, ele 
não pode interagir com o local de ação 
• As distancias entre os órgãos são grandes, levando tempo 
para o fármaco chegar no seu local de ação e desempenhar a 
sua função 
• O organismo é dividido em diferentes compartimentos bem 
delimitados pelas membranas biológicas 
• Difusão – principal mecanismo envolvido no deslocamento de 
moléculas em solução 
- Nem todas as substancias possuem características 
favoráveis a essa difusão 
 
Resumo da Malu – 2020.1 
→ Sistema Circulatório: 
• Terá muita importância na difusão dessas substancias 
• Na microcirculação ocorre a troca de substancias entre os 
tecidos (água, nutrientes, O2) assim como os produtos de 
degradação (metabólitos) são carregados dos tecidos 
para o sangue para serem excretados 
• Essas trocas ocorrem nos capilares 
- Distribuição – ocorre da circulação para os órgãos 
- Absorção – ocorre a partir do TGI, pele ou outra via de 
administração para a circulação sistêmica 
• Os capilares possuem condições ideais para as trocas: 
- Paredes finas e simples 
- Velocidade lenta do sangue 
- Grande área de superfície 
• A microcirculação possui características estruturais e 
funcionais que variam de órgão pra órgão em função da: 
- Relação capilares/arteríolas 
- Densidade capilar no tecido 
- Tipo de capilar 
- Barreiras adicionais 
- Demanda metabólica do tecido 
 
→ Fatores que influenciam a distribuição: 
• Taxa de perfusão do órgão: 
- Consiste no fluxo sanguíneo que passa por aquela massa 
tecidual 
- Órgãos com demandas metabólicas maiores costumam 
ser melhor perfundidos 
- Órgãos bem perfundidos – As substancias chegam em 
grande concentração e tendem a diminuir ao longo do 
tempo (pulmão, glândulas adrenais, rins, fígado e 
coração) 
- Órgãos pouco perfundidos – A concentração da 
substância começa baixa e tende a aumentar e atingir 
um platô (pele, tecido adiposo, tecido conjuntivo e 
musculo esquelético) 
- O fármaco chega primeiro nos órgãos mais perfundidos 
- Reperfusão ou Redistribuição – Movimento de chegada 
da substancia em órgãos bem perfundidos em grande 
quantidade e depois passando para órgãos pouco 
perfundidos, podendo levar de minutos à horas 
dependendo da substancia e do tecido 
- Substancias lipossolúveis – tendem a se acumulam nos 
tecidos pouco perfundidos, sendo liberadas muito 
lentamente 
- Substancias pouco lipossolúveis – possuem dificuldade de 
atingir tecidos pouco perfundidos 
 
• Ligação das substancias às proteínas plasmáticas: 
- Sabendo que a maioria dos fármacos são ácidos ou bases 
fracas, eles têm a tendência de fazer ligações com outros 
ácidos ou bases 
- Substancias ácidas – tendem a se ligar à albumina 
- Substancias básicas – tendem a se ligar à glicoproteína 
α1-ácido 
- Como a maioria dos fármacos são ácidos fracos, veremos 
ele ligado a albumina em grande quantidade no sangue 
- Alguns fármacos como os glicocorticoides possuem PTNs 
específicas, como por exemplo a globulina de ligação aos 
glicocorticoides 
- O fármaco ligado à PTNs plasmáticas não está disponível 
para interagir com os tecidos, para ser biotransformado 
ou eliminado → fica mais tempo no plasma tendo uma 
duração maior do seu efeito 
- O fármaco livre está disponível para interagir com os 
tecidos, para ser biotransformado, e eliminado → entra 
em alta concentração no plasma, mas é rapidamente 
eliminada 
- Fatores envolvidos na ligação à proteínas: 
▪ Afinidade fármaco X proteína: 
- Ligação de baixa afinidade, fraca e reversível 
- Processo rápido e saturável 
▪ Concentração do fármaco: 
- A alta concentração do fármaco frente à baixa 
concentração de proteínas faz com que haja muito 
fármaco livre disponível, aumentando o efeito desse 
fármaco 
▪ Concentração da proteína: 
- Crianças desnutridas com hipoalbulinemia devem ter 
a concentração do fármaco reduzida, por ser um 
processo saturável parte da substancia se liga às 
proteínas presentes e o resto fica livre para interagir 
com os tecidos, tendo mais efeito de determinado 
fármaco, sendo necessário reduzir a dose do fármaco 
para que ele fique em equilíbrio com a quantidade de 
proteínas no organismo 
▪ Há competição entre os ligantes devido à baixa 
especificidade da ligação 
- Bilirrubina X sulfonamidas em crianças – ocorre 
competição pelo sitio de ligação à albumina, logo com 
alta concentração de sulfonamidas, a bilirrubina fica 
livre no plasma causando icterícia 
 
• Ligação tecidual do fármaco: 
- Depende da característica química da substancia em 
relação às proteínas do organismo 
▪ Rins: 
- Proteína metalotioneína – possui alta afinidade por 
metais → promove acúmulo de cádmio, chumbo e 
mercúrio causando certa toxicidade ao rim 
▪ Olhos: 
- Há presença de melanina na retina, que tende a 
acumular clorpromazina e cloroquina → causa 
coloração amarela nos olhos e cegueira em indivíduos 
mais suscetíveis 
 
Resumo da Malu – 2020.1 
▪ Ossos: 
- São compostos por cristais de cálcio, podendo ocorrer 
acúmulo dessas substancias na superfície cristalina 
ou elas podem ficar presas no arcabouço do cristal 
ósseo (tetraciclinas, cisplatina, estrôncio e chumbo) 
- Quando o indivíduo envelhece e começa a perder 
massa óssea, há liberação desses metais presos, 
havendo casos de intoxicação em idade avançada 
- É um reservatório de liberação lenta – a pessoa pode 
vir a liberar essa substancia ao longo dos anos 
▪ Tecido Adiposo: 
- Ocorre o acúmulo de fármacos muito lipossolúveis 
(drogas de abuso, anestésicos e ansiolíticos) 
- Possui distribuição lenta pelo baixo fluxo sanguíneo – 
3ml/100g/min 
- É um reservatório de liberação lenta 
- Pessoas obesas: É difícil fazer anestesia por conta do 
peso corporal e da distribuição que é difícil pois o 
tecido adiposo é muito alto, necessitando de uma 
dose maior, pois o fármaco tende a se acumular no 
tecido adiposo não chegando no SNC. Após algumas 
horas ou dias depois da cirurgia essa pessoa pode ter 
alguns efeitos como turvação mental, esquecimento, 
alentecimento do indivíduo, etc 
 
• Permeabilidadecapilar do tecido: 
- Variam de um tecido para o outro, fazendo com que a 
distribuição dos tecidos varie também 
- Tipos de capilares: 
▪ Contínuos – Uma célula é contínua à outra, não 
havendo passagem entre as células, apenas através 
das células 
- Só passam substancias lipossolúveis e moléculas 
menores que 10nm 
- Presentes em tecidos com função de proteção 
- SNC, músculos, tecido adiposo 
▪ Fenestrado – possuem fenestras, espaços entre as 
células, que permitem a passagem de substancias 
- Passagem de moléculas de 10-100nm 
- Presentes em órgãos com função de detoxificação, 
filtração e produção de células → pois precisam 
que substancias e outras células atravessem as 
fenestras 
- Glomérulo renal (filtração), intestino (absorção) e 
pâncreas (produz substancias e libera hormônios) 
▪ Sinusóides – possuem grandes espaços entre as 
células endoteliais (> 200nm) 
- Presentes em órgãos com capacidade de produzir 
outras células 
- Medula óssea (produz céls sanguíneas), baço 
(degradam céls sanguíneas) e fígado (detoxicação 
do organismo) 
 
• Barreira hematoencefálica: 
▪ Sistema Nervoso Central: 
- Tecido contínuo com junções “tight” – são junções 
oclusivas que agregam uma célula à outra impedindo 
a passagem entre elas 
- Redução do nº de poros do tecido 
- Astrócitos circundantes que possuem a função de 
proteger a barreira hematoencefálica 
- Caso uma substancia consiga atravessar, há a presença 
de transportadores (proteínas de fluxo), como a 
glicoproteína P e transportadores de ácidos orgânicos 
→ fazem a expulsão dessas substancias para fora para 
proteger o tecido 
- Pode haver o aumento da permeabilidade no caso de 
inflamações (meningite ou encefalite) → fazem com 
que as células se afastem por conta do edema, 
deixando algumas substancias passarem 
- Alguns antibióticos só podem ser usados em caso de 
inflamação, para ele conseguir atravessar a barreira 
hematocefálica e ter seu efeito 
- Fármacos deixam o cérebro por: 
» Difusão para o plasma 
» Transporte ativo no plexo coróide por meio de 
transportadores 
» Por eliminação no liquido cérebro-espinhal 
▪ Placenta: 
- Permite a passagem de fármacos lipossolúveis 
- Fluxo sanguíneo lento para uma maior troca de 
substancias 
- Há uma maior tendência de substancias básicas se 
acumularem na placenta devido a diferença de pH 
plasmático que faz com que haja um sequestro de 
substancias básicas 
✓ fetal = 7,3 
✓ materno = 7,44 → levemente mais ácido 
- Potencial toxicidade devido essa tendência das 
substancias em se acumulares, caso ocorra a 
passagem de substancias 
- Possui transportadores de efluxo, como: 
 Glicoproteína P 
 Transportador de ácidos orgânicos (BCRP) 
 
• Características específicas das membranas do tecido: 
- Sua espessura, polaridade, etc 
 
• Mecanismos de transporte: 
- Se a substancia irá atravessar a membrana por difusão 
ou através de fenestras 
- Se essa substancia irá usar proteínas carreadoras ou não 
 
• Lipossolubilidade da substancia: 
- Determina se a substancia vai conseguir se difundir pela 
membrana fosfolipídica ou não 
 
→ Curva de concentração plasmática X tempo: 
• Geralmente o pico do fármaco corresponde à faixa 
terapêutica desejada, que corresponde à concentração 
média desejada (CME) 
• A CME que gera o efeito terapêutico (efeito desejado) 
• Caso aumente muito a dose do fármaco e ele passe dessa 
faixa terapêutica, ele irá entrar na faixa tóxica 
• A faixa terapêutica varia de um fármaco para o outro 
 
Resumo da Malu – 2020.1 
• Há fármacos com uma faixa terapêutica pequena e com 
grande capacidade de gerar efeitos tóxicos (lítio) 
• Há outras substancias mais seguras que se pode aumentar 
a dose sem ter efeitos adversos ou indesejáveis 
• O efeito sempre será proporcional à concentração 
plasmática do fármaco 
 
 
Modelo de Distribuição 
1. Modelo de um compartimento: 
• Definido como se o corpo fosse um único compartimento 
• Após a administração da substancia, ela se distribui pelo 
organismo de forma homogênea 
• O fármaco se encontra no compartimento central e sua 
distribuição é instantânea através do volume do corpo 
• Não é um modelo real pois isso não ocorre biologicamente 
• Depuração do fármaco – Se dá quando sua eliminação 
ocorre de forma simples em cinética de 1ª ordem, ou seja, 
ele não produz metabólitos e não é eliminado em tempos 
diferentes 
• Em caso de depuração do fármaco esse modelo pode ser 
utilizado → ele não vai descrever a evolução temporal da 
concentração plasmática do fármaco 
• Alguns reservatórios teciduais podem ser diferenciados do 
compartimento central 
• Esse modelo é aplicado à maioria dos fármacos em 
situações clinicas, principalmente, quando não são 
utilizadas doses que possuem saturação das proteínas 
plasmáticas, não tendo taxas de eliminação diferentes 
 
2. Modelo de dois compartimentos ou Bicompartimental: 
• Usado para modelos mais complexos 
• Considera que há um compartimento central (órgãos mais 
bem perfundidos) e o compartimento periférico (órgãos 
menos perfundidos) 
• Há uma cinética de 2ª ordem, onde há diferentes 
velocidades de distribuição e eliminação do fármaco 
• Utilizado para estudos mais profundos da cinética do 
fármaco (farmacocinética clínica, estudo clinico de 
toxicidade, desenvolvimento de fármacos, distribuição, 
concentração plasmática) 
 
Volume de Distribuição 
• Volume de distribuição (Vd) – Volume necessário para conter 
todo o fármaco na mesma concentração encontrada no 
sangue ou plasma 
- Relaciona a quantidade de fármaco no corpo com a 
concentração plasmática dependendo do liquido dosado 
 
 
 
 
• Esse volume não se refere necessariamente ao volume 
identificável no corpo 
• Existem volumes de distribuição muito maiores que o volume 
do corpo 
• A conta é feita pensando em qual seria o volume necessário 
no organismo para o medicamente atingir no corpo todo, a 
concentração que ele se encontra no plasma 
• Varia de acordo com: 
» Ligação às proteínas plasmáticas: 
- Substancias com alta afinidade à proteínas plasmáticas 
tendem a ficar em maior concentração no plasma 
- Como se quantifica a [plasmática], a dose administrada 
estará localizada em maior parte no plasma 
- Volume de distribuição próximo de 1 
- ↑ [fármaco no sangue] = + próximo de 1 será o volume de 
distribuição 
- A [plasmática] será equivalente à dose administrada 
 
» Ligação aos tecidos: 
- Se o fármaco tende a se acumular nos tecidos, a sua 
concentração plasmática será muito baixa 
- A dose administrada será dividida por um valor muito 
baixo, logo o volume de distribuição será alto 
 
» Coeficiente de partição lipídica: 
- Se ele tende a se acumular em tecidos ou se tende a ficar 
no sangue 
» Idade, taxa de gordura corporal, doenças: 
Ex.1: Se a concentração plasmática do propranolol é 5mg/L, 
quanto fármaco há no corpo do paciente? (Vd = 250 L) 
Vd = Q/C → Q = V x C = 250L x 5mg/L = 1250 mg 
Ex.2: Se a concentração plasmática da teofilina é 10 mg/L 
imediatamente depois de administrar uma dose de 300 
mg, qual é o seu volume de distribuição? 
Vd = Q/C → 300mg / 10mg/ml = 30 ml 
Vd = 
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑓á𝑟𝑚𝑎𝑐𝑜 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑠𝑚á𝑡𝑖𝑐𝑎
 
 
Resumo da Malu – 2020.1 
Metabolização 
• É a transformação química dos fármacos em metabólitos → 
podem possuir, ou não, atividade farmacológica tóxica 
• Possui importância em diversos processos, como: 
- Efeito de 1ª passagem e biodisponibilidade 
- Na eliminação de fármacos lipossolúveis e no término de sua 
atividade 
• Principais locais onde ocorre a metabolização: 
- Fígado, TGI, sangue, pulmão e rins 
• Substâncias hidrofílicas – São altamente hidrossolúveis tendo 
dificuldade de atravessar as membranas biológicas 
- São facilmente excretados 
• Substâncias Lipofílicas – Possuem muita afinidade pelos 
tecidos, tendo facilidade paraatravessar membranas 
biológicas, para serem secretadas e reabsorvidas 
- Há uma grande dificuldade em excretá-las 
• Por isso, a metabolização ou biotransformação possui como 
principal função, transformar as substancias lipofílicas em 
substancias mais hidrossolúveis, para que dessa forma, elas 
sejam secretadas 
• Durante a metabolização, há substâncias lipofílicas que irão 
gerar metabólitos polares e substâncias hidrofílicas com 
facilidade de serem eliminadas 
 
• É dividida em 2 fases: 
1. Fase 1: 
▪ Ocorre reações de funcionalização → reação que insere 
uma função química na estrutura do fármaco gerando 
um metabólito oxidado, hidroxilado, dealquilado, 
deaminado ou hidrolisado 
▪ Metabolitos gerados: 
- Será uma substancia mais lipossolúvel 
- Geralmente sua atividade irá variar → pode gerar um 
metabolito ativo, inativo ou tóxico, com mais ou menos 
atividade que a substância inicial 
- Possui uma hidrofilia maior 
▪ As principais reações são: oxidação, redução e hidrolise 
▪ Acontecem no sistema de citocromo P450 monooxigenase 
- Também chamado microssomas 
- É uma hemiproteína – superfamília de proteínas heme-
tiolato com estrutura parecida com a da hemoglobina 
- Possui mais de 50 CYPs ativas no homem 
- Expressas no fígado, TGI, pulmão, rins e SNC 
- Forma um complexo com o CO 
- Absorve a luz no comprimento de 450nm 
- NADPH-citocromo P450 redutase – Responsável pela 
transferência de elétrons para o citocromo P450 → 
necessita de NADPH e oxigênio muscular 
- Nomenclatura: CYP + número (família) + letra capital 
(subfamília) + número (gene) 
- Responsável por mais de 75% das reações de fase 1 
- Principais CYP – CYP2C, CYP2D e CYP3A4 
- Os fármacos são metabolizados de formas diferentes 
por cada uma das CYPs 
 
 
▪ CYP3A4: 
- Possui maior capacidade de degradação de um grande 
número de fármacos, alimentos e outras substancias 
toxicas 
- Realiza 60% das reações de oxidação 
- Responsável por 50% da metabolização de todos os 
fármacos → geralmente quando um fármaco é 
metabolizado por ele, haverá muitas interações 
medicamentosas com outros fármacos 
- Importante para o metabolismo sistêmico e para o 
efeito de 1ª passagem 
- Substratos formados geralmente são hidrofóbicos 
- Sua distribuição celular + especificidade é semelhante 
com a glicoproteína P 
- A ligação ao CYP não é específica 
- Pode ter uma variabilidade interindividual grande 
- Sua ação pode ser modulada, inibida ou induzida – por 
meio da poluição, cigarro, álcool, interação com outros 
fármacos 
 
2. Fase 2: 
▪ Ocorre reações de conjugação → ocorrerá a conjugação 
do metabolito formado na fase 1 ou do próprio 
metabolito original, à radicais glicuronídeos, sulfatos, 
acetilas, glutationa 
▪ Gera compostos maiores e mais hidrossolúveis, com maior 
capacidade de serem excretados e geralmente inativos 
▪ Se dá por ligações covalentes entre o fármaco ou seu 
metabolito de fase 1 + substrato endógeno 
▪ Metabólitos gerados: 
- Terá uma hidrofilia sempre maior 
- Possui atividade geralmente menor 
▪ Existem exceções como a morfina: 
- Morfina + ácido glicurônico = morfina-6-glicuronídeo 
▪ Glicuronidação: 
- Ocorre principalmente no fígado e na parede intestinal 
 
Resumo da Malu – 2020.1 
▪ Sulfatação: 
- Limitada pela disponibilidade do substrato endógeno 
PAPs 
- Dose-dependente → uma substancia que precisa fazer 
muita sulfatação para ser metabolizada, e é ingerida 
em grandes concentrações, todo o PAPS será usado e 
vai ter excedente dessa substancia podendo gerar uma 
toxicidade 
▪ Conjugação com glutationa: 
- Comum em substâncias que geram radicais livres 
- Gera proteção contra toxicidade 
- Seu substrato geralmente são substancias reativas → 
reagem com outras proteínas e são potencialmente 
perigosas 
 
→ Metabolização do paracetamol: 
• Pode entrar em várias reações de fase 2 (conjugado com 
sulfato, glicuronídeos ou pode ser metabolizado gerando 
um intermediário tóxico – NAPQ1) 
• NAPQ1 (N-acetil-p-benzo-quinona imina) – produz 
radicais livres e possui alta toxicidade para o fígado 
• O paracetamol ingerido em grandes concentrações, a 
sulfatação e glicuronidação não são suficientes para 
metaboliza-lo, gerando o NAPQ1 que se conjuga com a 
glutationa (que pode ser usada totalmente) 
• O NAPQ1 é reativo e instável, podendo reagir com as 
proteínas presentes no DNA das moléculas do fígado, 
podendo causar cirrose hepática 
 
→ Metabolização dos benzodiazepínicos: 
• Não necessariamente o fármaco precisa passar pelas duas 
fases → pode ir direto pra reação de fase 2 gerando um 
metabolito conjugado 
• O metabólito pode passar duas vezes pela fase 1, fazer 
diferentes tipos de conjugação 
• Um fármaco pode ter diferentes vias de metabolização 
 
→ Metabolização do ácido acetilsalicílico: 
• Forma o salicilato → pode ser conjugado com glicina, pode 
ser oxidado, pode ser livre, pode ser conjugado com ácido 
glicurônico 
 
→ Efeito de Primeira Passagem: 
• Primeira passagem do fármaco pelo fígado 
• O CYP fica localizado na mitocôndria dos enterócitos 
• Passando pela circulação porta-hepática, as substancias 
que foram absorvidas pelo TGI vão cair diretamente na 
circulação do fígado e vão sofrer certa detoxificação 
• Importância: 
- Quando se sofre grande efeito de 1ª passagem, há um 
decaimento grande da dose administrada → essa 
característica depende da substância, se ela será muito 
metabolizada ou não 
- As substâncias terão diferentes suscetibilidades ao efeito 
de 1ª passagem, diminuindo ou aumentando muito a sua 
concentração, quando chegar na circulação sistêmica 
 
 BD Oral (biodisponibilidade oral) – É a dose administrada que 
efetivamente chega na circulação sistêmica 
 
• Geralmente, as substancias que sofrem muito efeito de 1ª 
passagem são administradas preferencialmente por vias 
que não sofram tanto efeito de 1ª passagem 
- Via intravenosa, subcutânea 
• Outra opção, é fazer um cálculo e administrar uma dose 
bem maior, para que a quantidade que chegue no plasma 
seja o suficiente para gerar o efeito desejado 
reação + comum 
 
Resumo da Malu – 2020.1 
• Usado como estratégia farmacêutica → pró-fármacos 
• Pró-fármacos – São fármacos que não são os ativos para 
gerar o efeito clinico desejado 
- Essas substâncias devem sofrer conversão química ou 
bioquímica antes de exercer seus efeitos farmacológicos 
- Objetivos da utilização de pró-fármacos: 
» Melhorar a absorção 
» Melhorar a distribuição 
» Reduzir os efeitos adversos 
» Prolongar a duração do efeito 
» Melhorar o gosto do fármaco 
 
→ Consequências da metabolização: 
• Fase 1: 
- Metabólito geralmente mais hidrofílico 
- Atividade variável 
• Fase 2: 
- Metabólito mais hidrofílico 
- Atividade geralmente menor 
 
• Prednisona – é administrada dessa forma pois não possui 
gosto, e seu metabólito ativo possui um gosto muito ruim 
• Enalapril – é administrado dessa forma por conta da sua 
solubilidade 
• Codeína, propranolol e diazepam – são ativos e geram 
metabólitos tão ativos ou mais ativos que ele 
- A codeína possui 30% do efeito da morfina 
• Paracetamol e sulfonamidas – geram metabólitos tóxicos 
 
→ Fatores que afetam a metabolização: 
• Polimorfismo genético – São variáveis genéticas dentro de 
uma população ou de indivíduos → farmacogenética 
• Idade – dependendo dela há enzimas mais ou menos ativas 
- Neonatos – não possui enzimas maduras 
- Idosos – possuem enzimas com atividade baixa 
- Adulto – possui um pico de atividade enzimática 
• Sexo 
• Fatores ambientais – contato com poluição ou ambientes 
que tenha contato com substâncias que induzam ou 
inibam a ação dos citocromos irão gerar efeitos na 
metabolização 
• Doenças: 
- Hepatopatia – caracterizadas pela alteração no fígado 
- Insuficiência cardíaca severa/choque – caracterizada 
por ter um edema grande e dificuldade de circulação, 
quevai alterar a metabolização 
• Débito sanguíneo hepático: 
- Alto X Baixo coeficiente de extração – a circulação 
sanguínea alterada, vai interferir na velocidade da 
metabolização ou quantidade do fármaco metabolizado 
• Interações medicamentosas: 
- Outros fármacos podem induzir ou inibir os citocromos 
Eliminação 
• Depende de características físico-químicas da droga 
• Substâncias Lipossolúveis: 
- São facilmente absorvidas 
- Difícil excreção 
- São reabsorvidas e podem se acumular 
• Drogas mais facilmente excretadas: 
- São hidrossolúveis 
- Ionizadas no pH do meio 
 
→ Excreção Renal: 
• A excreção pelos rins é uma das mais pronunciadas 
• Ocorre durante os seus 3 processos principais de produção 
da urina: 
1. Filtração: 
» Depende da taxa de filtração glomerular (TFG) 
» Depende da proporção do fármaco ligado 
» Serão excretados apenas fármacos que conseguem 
atravessar a membrana das células renais – sais, 
moléculas pequenas 
2. Secreção tubular: 
» Ânions anfipáticos e metabólitos conjugados serão 
secretados por meio de carreadores 
3. Reabsorção tubular passiva: 
» Ocorre por transportadores de membrana ou por 
difusão iônica 
• A unidade funcional do rim é o néfron 
• O sangue arterial passa primeiro pelos glomérulos que 
filtram parte do plasma 
• Muitas substâncias são secretadas nos túbulos proximais 
• A maior parte da água é reabsorvida ao longo do néfron, 
principalmente pelos túbulos proximais, distais e coletores 
• Numerosas substâncias podem ser reabsorvidas pelo 
epitélio tubular e liberadas no líquido intersticial renal, e 
depois no plasma 
• A quantidade de fármacos que entra no túbulo, vai 
depender da taxa de filtração e da extensão da ligação 
do fármaco com proteínas plasmáticas 
• Se ele tiver ligado à essas proteínas, ele não será filtrado 
nem secretado → apenas fármacos livres serão filtrados 
 
Resumo da Malu – 2020.1 
• No túbulo renal proximal vai ocorrer a secreção tubular 
ativa – permite acrescentar ao líquido tubular os ânions 
anfipáticos, metabólitos conjugados, bases orgânicas 
• Os transportadores de membrana são responsáveis pela 
reabsorção ativa, principalmente os localizados no túbulo 
renal distal 
- No entanto, a maior parte da reabsorção vai ocorrer por 
difusão não-ionizada 
- Substâncias não-ionizadas – Possuem a capacidade de 
serem reabsorvidas → ocorre com a maior parte das 
moléculas lipossolúveis 
• As células tubulares não são permeáveis às substâncias 
ionizadas 
- Bases e ácidos fracos quando estão ionizados não serão 
reabsorvidos 
- Basificando a urina, há aumento da excreção de ácidos 
que estão mais ionizados 
- Acidificando a urina, há aumento da excreção de bases 
• Drogas – sua maioria são removidas do corpo através da 
urina, na forma inalterada ou como metabólitos polares 
ionizados 
• Substâncias lipofílicas – Por serem apolares, não são 
eliminadas suficientemente pelo rim 
• Drogas lipofílicas – Sua maioria é metabolizada em 
produtos mais polares, que serão excretados pela urina 
 
 
 Depuração (Clearance): 
» Mede a eficácia do organismo na eliminação do fármaco 
» É a taxa de eliminação normalizada com a concentração 
de um fármaco 
» Serve para um fármaco ser mantido dentro da janela 
terapêutica durante uma administração prolongada 
» Permite ser feito um esquema de administração – consiga 
saber qual a concentração necessária para ter uma 
eficácia terapêutica tendo uma toxicidade mínima, 
admitindo que a substância tem uma biodisponibilidade 
total e que dê para estabilizar a taxa de eliminação do 
fármaco 
» Depuração Renal - Mede o volume de liquido biológico 
(sangue ou plasma) que contém a quantidade da droga 
removida pelo rim 
» Depuração hepática – Mede o volume de líquido biológico 
ainda metabolizado pelo fígado 
» É extremamente relevante estabelecer a taxa de 
depuração para estabelecer a dose da droga usada para 
tal tratamento a longo prazo 
» É quantificada a partir do volume de sangue do qual o 
fármaco é completamente eliminado por unidade de tempo 
- mL/min ou mL/min/Kg (volume/tempo) 
» O cálculo de depuração total ou clearance sistêmico se faz 
somando a depuração de órgãos específicos 
 
 
» Possui uma reação com a curva de biodisponibilidade do 
fármaco: 
 
 
» Meia-Vida (T ½) – É o tempo necessário para que a 
concentração plasmática de determinado fármaco seja 
reduzida pela metade 
- Ajuda no planejamento de um esquema terapêutico e da 
concentração-alvo 
- A concentração-alvo que produz o efeito terapêutico 
desejado 
- Se leva em consideração a depuração, meia-vida, volume 
de distribuição e a disponibilidade do fármaco 
- Usa-se para determinar a dose e de quanto em quanto 
tempo o indivíduo deve tomar aquele medicamento 
- Feito antes do medicamento entrar no mercado (bula) 
- Terapia de doses repetidas – Utiliza-se esses fatores para 
calcular como vai se ter um efeito terapêutico duradouro 
- Ocorre o acúmulo na concentração plasmática porque 
sempre resta no organismo um pouco de fármaco das 
doses anteriores → Curva tipo “Dente de Serrote” 
 
- A acumulação continua até que um platô seja alcançado 
- Dessa forma, há uma dose de manutenção que faz com 
que consiga atingir o platô 
- Dose de ataque – É uma dose, ou série de doses, que pode 
ser administrada no inicio do tratamento com o objetivo 
de alcançar rapidamente a concentração alvo 
 
 
 
- Usada para uma enfermidade que precisa ser tratada 
com urgência, mas não pode se fazer uma dose alta 
contínua 
- Nesse caso, usa-se uma dose bem alta inicialmente, para 
chegar na concentração de platô, e depois faz doses 
menores para manter a dose de segurança 
- É boa por chegar rapidamente no efeito desejado 
Cl = 
𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑖𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜
 Clsist = Clrim + Clhep + Cloutros] 
Cl = 
𝑑𝑜𝑠𝑒
á𝑟𝑒𝑎 𝑠𝑜𝑏 𝑎 𝑐𝑢𝑟𝑣𝑎
 [fármaco]/tempo 
Dose de ataque = 
𝑉𝑑 𝑥 𝐶𝑝 𝑎𝑙𝑣𝑜
𝐹
 
 
Resumo da Malu – 2020.1 
- É perigosa, pois como é usada uma dose bem alta 
inicialmente, pode gerar efeitos adversos 
 
♥ Dosagem Terapêutica: 
- Ocorre um crescimento gradual, e o somatório das doses 
entra na faixa terapêutica e mantém constante nele 
 
♥ Dosagem Terapêutica com Dose de Ataque: 
- Ocorre um aumento rápido da droga na concentração 
plasmática e depois serão tomadas doses de manutenção 
 
♥ Dosagem Tóxica: 
- Ocorre a ingestão de um medicamento em doses maiores 
que a necessária, ou em um intervalo de tempo menor que 
o necessário (indicado pela bula) 
- Vai ultrapassar a faixa terapêutica, podendo ter uma dose 
tóxica, que cause efeitos adversos 
 Ex: anti-inflamatórios são tóxicos para os rins, pois eles 
causam vasoconstrição do seio renal, logo, quando 
tomados em doses maiores que as recomendadas ou em 
períodos de tempo mais curtos que os recomendados, ele 
pode levar à falência renal 
 
♥ Dosagem Subterapêutica: 
- Consiste na ingestão de doses menores do que as 
recomendadas, ou em espaços de tempo maiores que os 
recomentados 
- O somatório das doses não chega na fase terapêutica, 
tendo um subefeito 
 
→ Excreção Pulmonar: 
• Necessária principalmente para a eliminação dos gases 
anestésicos 
 
→ Excreção Biliar / Fezes: 
• A excreção pelas fezes é uma das mais pronunciadas 
• Envolve principalmente a eliminação de fármacos que não 
sofreram absorção (via oral), de metabólitos excretados 
na bile ou secretados diretamente para o trato intestinal 
e que não foram reabsorvidos, sendo eliminados nas fezes 
• A conjugação, especialmente com ácido glicurônico, 
facilita a excreção biliar 
 
→ Excreção pelo suor e saliva: 
• Possui uma função mais jurídica 
• Pode-se quantificar e avaliar se há presença de dopping 
ou drogas 
 
→ Excreção pelo leite: 
• Importante pois tem relação com a toxicidade 
• Os fármacos excretados podem produzir efeitos 
indesejados no lactente

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