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Farmacocinética e Absorção de Fármacos

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1 
genérico no sangue ao longo do tempo é igual ao 
do de referência. 
 
Medicamento similar 
Chamado também de equivalentes, surgem 
depois da queda de patente. Possuem o mesmo 
fármaco e a mesma dose que o de referência. 
Os similares não necessitam do teste de 
bioequivalência, só necessitam das quantidades 
corretas do fármaco no medicamento. Outrossim, 
alguma características do medicamento original 
podem ser alteradas, como o encapsulamento. 
Além disso, os similares são vendidos com 
menos rigor e com muito menos custo. Todavia, 
existem similares equivalentes que podem ser 
trocados pelos de referência(tem uma tarja EQ). 
Normalmente, não pode substituir o 
genérico ou o de referência. 
 
Fármacos “me too” 
Fármacos com algumas pequenas 
modificações de outros fármacos que burlam o 
período de patente. 
 
Farmacocinética 
Introdução 
Estuda as alterações temporais desde 
quando o fármaco é administrado até quando ele é 
eliminado (excreção e metabolização). É sempre 
estudado a [ ] dos fármacos no organismo durante 
esse período. 
São 5 etapas: 
● absorção, 
● biodisponibilidade, 
● distribuição, 
● biotransformação, 
● excreção. 
 
 
Aplicação da farmacocinética 
Serve para fazer o monitoramento 
terapêutico do fármaco: determinação de doses 
terapêuticas (com novos fármaco), ajuste de dose e 
sua relação plasmática (existem fármacos que 
dependem do organismo da pessoa), redução dos 
eventos indesejados ([ ] máx e tmáx, tempo para [ 
] máxima). 
 
Transporte de fármacos 
Existem 3 etapas que precisam fazer 
transporte: 
● Absorção: do meio externo para a corrente 
externa 
● Distribuição: de um compartimento 
corpóreo a outro 
● Excreção: para fora do organismo 
ABSORÇÃO 
É a entrada do fármaco na corrente 
sanguínea. Ocorre após a ingestão, desintegração e 
dissolução no trato gastrointestinal (TGI), na via 
oral; trata-se do local de administração até o 
acessos sistêmico. 
O transporte do fármaco ocorre por 
barreiras biológicas, depende de transportadores 
específicos e características da substância. 
Se o fármaco é de ação sistêmica (passa 
pelo sangue), é necessário a sua absorção. 
Barreiras biológicas na absorção: 
● Membranas plasmáticas, limitam a difusão 
aquosa; para um fármaco ser absorvido ele 
deve atravessar pelo menos duas 
membranas. 
● Pele: passagem passível de ↓fármacos 
MUITO lipossolúveis (várias camadas de 
células). 
● Mucosas: apresentam zonas de oclusão 
entre células; passagem passiva de 
compostos lipossolúveis; passagem 
mediada por moléculas carreadoras 
(proteínas) 
 
 
2 
OBS! Existem fármacos que não necessitam de 
absorção, ex: colírio e pomadas. 
 
OBS!​ o TGI é considerado como meio externo. 
 
Mecanismos de transporte 
● Difusão simples: depende da 
lipossolubilidade, tamanho, peso molecular 
e [ ] do fármaco. Ex: gases anestésicos e 
hormônio esteróides. 
● Filtração: mecanismo que permite o 
atravessamento de substâncias pela 
membrana (canal iônico, aquaporinas e 
entre outras). Ex: água, uréia, metanol e 
gases. 
● Difusão facilitada: seletivo; a favor do 
gradiente eletroquímico; saturável. Ex: 
glicose e aminoácidos. 
● Transporte ativo: seletivo; contra o 
gradiente eletroquímico; saturável. Ex: 
Na/K. 
● Endocitose/pinocitose: transporte de 
peptídeos, proteínas e fármacos 
complexos. Ex: insulina, vit. B12. 
● Exocitose: liberação de partículas . Ex: 
neurotransmissores e hormônios 
 
Fatores que modificam a absorção de fármacos 
● Solubilidade do fármaco (polaridade)​: 
hidrossolúveis (o bastante para se dissolver 
em meio líquido) e lipossolúveis (o 
suficiente para atravessar membranas). 
Coeficiente de partição (Cp)​: é a 
preferência de uma substância de ficar em 
meio aquoso ou liposo, é a razão entre 
(vontade de ficar no óleo)/(vontade de ficar 
na água), para o fármaco ter uma 
solubilidade boa, ele necessita ter Cp 
moderadamente elevado. 
● Características físico-química dos 
fármacos: ​bases e ácidos fracos se 
dissociam de acordo com o pH do meio. O 
constante de dissociação (pKa), ajuda 
nessa análise. 
● Influência do pH na forma química dos 
fármacos: 
H pKa logp − = [produtos][reagentes] 
Quando pH<pKa, os ácidos fracos 
se mantêm protonados (favorece o reagente), nas 
bases fracas os produtos são favorecidos, para a 
neutralização do meio com o OH-. 
Em meios com pH=pKa, as [ ] de 
produtos e reagentes serão a mesma em ácidos e 
bases fracos. 
Quando o pH>pKa, os ác. tendem a 
se reportar para neutralizar a quantidade de OH-, 
para as bases, elas tendem a ficar na forma 
molecular, pois já há uma grande quantidade de 
OH- no meio. 
O modo como se encontra a 
substância no meio é importante para saber a sua 
solubilidade, compostos ionizados são 
polares(hidrossolúveis), compostos moleculares 
são apolares(lipossolúveis). 
Compostos muito hidrossolúveis 
(iônicos), podem ficar presos em meio aquoso e 
não conseguirem passar pelas membranas 
plasmáticas (absorção), fato chamado de 
aprisionamento iônico. 
 
OBS! somente pelo pKa, não têm como saber se o 
composto é uma base ou um ácido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Neste caso, quando a aspirina chega à urina, ela está 
muito iônica, sendo levada com a urina facilmente, já a 
petidina, ao chegar lá, não está tão ionizada assim, logo, a 
sua eliminação vai ser um pouco mais difícil (porém, a sua 
absorção é muito difícil, enquanto a absorção da aspirina é 
muito fácil). 
Todavia, é relevante ressaltar que 
existem ​transportadores iônicos que driblam um 
pouco da regra de apenas compostos moleculares 
vão atravessar a membrana. 
Normalmente, ​quanto mais forte o 
eletrólito, menor a sua absorção (tem menos 
compostos moleculares). 
Em determinadas situações no 
organismo, o pH muda (como em 
inflamações) e altera o efeito do fármaco. 
● Concentração do fármaco no local de 
absorção: ​quanto maior for a diferença de 
[ ] entre compartimentos, maior a absorção 
do fármaco ou substância (difusão). 
● Inativação/degradação de fármacos: 
interação com alimentos (Ca+2, Fe+2/+3, 
Mg+2), interação com outros fármacos, 
alteração do pH local e utilidade 
(alimentação), ex: leite, eno, suco de 
laranja, coca-cola e etc. 
● Área da superfície de absorção: ​é a 
principal determinante da velocidade de 
absorção (mucosa intestinal, endotélio 
pulmonar e peritônio), 90% da absorção é 
no TGI. 
● Circulação local: ​quanto mais irrigado 
pelo sangue o tecido, mais facilmente a sua 
absorção. São 3 formas de observar 
diferenças na circulação local. 
○ Intrínseco do tecido, tecidos 
diferente apresentam diferentes 
absorções. 
○ Extrínseca por patologia, devido a 
alguma patologia (inflamação), o 
tecido fica mais irrigado, 
melhorando a sua absorção 
(pomadas anti inflamatórias). 
○ Extrínseca por fatores externos, 
podendo ser maneiras 
farmacológicas (cafeína aumenta a 
vasodilatação do TGI ou a 
fenilefrina, que faz o contrário) ou 
não (compressas de água quente 
aumentam a circulação).. 
● Forma farmacêutica (fatores 
farmacotécnicos): ​a forma farmacêutica 
determina a facilidade de absorção pelo 
organismo. 5 fatores determinam isso 
○ Área de contato, quanto mais 
desintegrado o fármaco + fácil a 
absorção 
○ Polimorfismo, fármacos podem ser 
cristais ou amorfos 
○ Sais de fármacos, tem a 
solubilidade maior na água 
○ Sistema de liberaçãocontrolada/retardada, diminuição da 
velocidade de degradação devido 
aos revestimentos utilizados. 
○ Volume de água vs. absorção: 
quanto mais água ingerido, mais 
 
4 
facilmente ele se dissolve em 
solução aquosa para ser absorvido. 
○ Constância da substância, 
importante em fármacos passados 
na pele (líquido, pasta, gel, loção e 
etc..). 
● Vias de administração: ​as diferentes 
formas de administrar o fármaco altera a 
velocidade e a magnitude de absorção, 
regida por todos os fatores anteriores 
juntos. 
 
Vias locais de administração 
Fármacos de uso ​local ​são os de uso ​tópico 
(passado próximos ao alvo, não há necessidade de 
absorção) 
○ Cutâneo (dermatológicos) 
○ Intranasal 
○ Auricular 
○ Oftálmico 
○ Vaginal (óvulo, comprimido, 
creme) 
○ Penina (intracavernosa) 
○ Uretral 
Temos, também, as vias de administração 
sistêmicas​, que necessitam de absorção. 
● Enteral 
○ Oral 
○ Sublingual 
○ Retal 
● Transcutânea 
● Parenteral 
○ Subcutânea 
○ Intramuscular 
○ Intravascular 
○ Intradérmica 
○ Respiratória 
○ Intra-articular 
○ Epidural/Intratecal 
○ Intracardíaca 
○ etc… 
 
Via oral (enteral) 
A absorção pode ocorrer no estômago, 
intestino delgado, intestino grosso e reto. (1 a 3 
hr). 
As formas farmacêuticas utilizadas são de 
cápsula/comprimidos (podem ser de liberação 
controlada, com a utilização de envoltórios ou 
polímeros de agregação) e formas líquidas 
(absorção mais rápida). 
As desvantagens são: 
● Perda de muitos fármacos por 
metabolização: 
○ Efeito de 1ª passagem hepática; 
ocorre a filtração dos fármacos 
antes deles atingiram a circulação 
sistêmica (perda de fármacos). 
○ Metabolismo intestinal; existem 
algumas enzima que metabolizam 
fármacos 
○ aumento da eliminação 
pré-sistêmica 
● Necessidade de dissolução do 
medicamento (em sólidos) 
● Variação de pessoa para pessoa no pH do 
organismo, na alimentação e na motilidade 
(velocidade que passa pelo intestino) 
● Irritação gástrica, vômitos ou diarréias 
● Inativação de compostos (proteínas, por 
exemplo, desnaturam) 
● Pouca absorção de substâncias complexas, 
grandes e polares. 
 
Vantagem da via oral 
● Via de ação local no próprio TGI 
(antiácidos e microbianos) 
● Múltiplas opções de formas farmacêuticas 
● Cômoda, bem aceita e mais acessível 
● Assistência em sobredose, ou seja, pode 
retirar um fármaco que pode ser tóxico 
(indução de vômito, lavagem gástrica e 
etc) 
Via sublingual (enteral) 
 
5 
Todo o fármaco é absorvido na boca; o 
assoalho oral é altamente vascularizado e o 
transporte mucoso é rápido. 
Desvantagem: 
● O fármaco necessita ter alta lipofilicidade e 
dissolução 
Vantagens: 
● Utilizada em uso emergencial 
● Evita 1ª passagem hepática (vai direto pra 
circulação sistêmica) 
 
Via retal (enteral) 
Via com alta vascularização, com absorção 
muito rápida. Pode ser de efeito local ou sistêmico 
(vai pro sangue). Pode ser utilizados enemas 
(administração de líquidos) e supositórios. 
Desvantagens: 
● Tabu 
● Depende da dissolução e motilidade do 
meio 
 
Vantagens: 
● Evita irritação gástrica e vômitos 
● Uso em coma e inconsciência 
● Pediatria, geriatria e psiquiatria 
● Evita 1ª passagem hepática 
 
Vias parenterais 
Vantagens: 
● Pacientes que não cooperam 
● Fármacos pouco absorvidos 
● Ação rápida ou retardada (dependendo do 
local adminis.) 
● Efeito local ou sistêmica 
● Evita efeito de 1ª passagem 
● Sana problemas de adesão a tratamentos 
(injeções em determinados locais podem 
durar muito tempo no corpo) 
● Correção de desequilíbrios de fluídos 
 
Desvantagens: 
● Pessoal treinado 
● Assepsia e complicações correlatas 
● Inconveniente cronicamente 
● Reversibilidade complicada (quase nula) 
● Desconforto e fobia 
 
Via intravascular (parenteral) 
Vantagens: 
● Dispensa absorção (100% disponível) 
● Melhor controle na manutenção de níveis 
plasmáticos (em bolo, de vez, ou contínuo) 
● Hemoterapia (soro, plasma ou substitutos 
plasmáticos) 
 
Desvantagens 
● Veículo aquoso e solução homogênea 
● Alterações bruscas no pH e pressão 
osmótica, hemólise, liberação de 
substância endógenas e etc.) 
Existem duas vias intravasculares, 
intravenosa e intra-arterial. 
● Intravenosa: diluição do fármaco e 
distribuição sistêmica. 
● Intra-arterial: “concentração” pré-sistêmica 
(vai pro braço, depois veia, depois 
organismo) do fármaco. Existem alguns 
fármacos que alteram o pH, logo, ao serem 
colocados na artéria podem danificar a 
região e causar até necrose. 
 
Intramuscular (parenteral) 
A velocidade de ação é menor do que a i. 
v. Dependendo da forma farmacêutica, a absorção 
pode ser rápida (fármacos aquoso/solúvel) ou 
lenta/mantida em depósito (oleosa/cristalizada). 
A via i. m. depende da circulação local, 
absorção rápida (ex: deltóide) ou lenta (glúteo), 
isto é, músculo pequenos e grandes. Podem ajudar 
como adjuvantes vasoconstritores. 
 
Subcutânea ou hipodérmica (parenteral) 
É a via mais lenta devido a sua pouca 
vascularização; liberação lenta e sustentada; 
 
6 
adjuvantes proteolíticos; utilização de adjuvantes 
proteolíticos para maior absorção. 
 
Vantagem: 
● Depósito melhor tolerado (há menor 
vascularização, logo, menor irritação do 
local) 
 
Desvantagem: 
● Adm. de volumes pequenos 
 
Vias transcutâneas (ou percutânea) 
Fármacos que são aplicados na pele, mas 
tem o objetivo de chegar na circulação sistêmica; 
absorção lenta e sustentada. 
 
Vantagens: 
● Evita a 1ª passagem hepática 
● Alta adesão e controle do tratamento 
 
Desvantagens: 
● Pele com atividade metabólica 
● Alterações estruturais locais 
Adjuvantes podem facilitar a penetração 
cutânea. 
OBS! os dois últimos são utilizados em fármacos 
de uso tópico (dermatológicos) 
 
Escolha da via de administração 
Escolha multifatorial e individualizada 
● Natureza do fármaco e forma farmacêutica 
● Ação desejada e alvo (sistêmico ou local) 
● Rapidez e duração do efeito 
● Idade e condições do paciente 
● Duração do tratamento (melhor 
comprimidos do que injeção) 
● Adesão do paciente ao esquema 
terapêutico 
 
Principais diferenças das vias clássicas 
● Pico máximo e [ ] plasmática ao longo do 
tempo 
● Velocidade de absorção e duração do efeito 
 
BIODISPONIBILIDADE 
Mede a proporção de fármaco que vai ser 
disponível no sangue após a absorção. É a chegada 
do fármaco não-inativado no sangue, chamado de 
biodisponibilidade sistêmica​. 
Existe ainda a biodisponibilidade biofásica​, 
que é a proporção do fármaco que chega ao local 
de ação. 
 
Influência multifatorial da biodisponibilidade 
● Forma farmacêutica: estado físico, 
excipientes (componentes do remédio além 
do fármaco), veículo. 
● Fármaco: inativação no TGI, absorção 
incompleta e a primeira passagem hepática. 
● Interações no TGI: alimentos (o fármaco 
fica mais tempo no estômago ou interagem 
com esses) e outras drogas junto com o 
fármaco. 
● Paciente: pH local (do paciente), fluxo 
sanguíneo, estrutura local, variação 
genética e patologias. 
 
Estudo da biodisponibilidade 
 
7 
A área abaixo da curva determina a 
biodisponibilidade. A ascensão da curva é a 
porção pré-Cmáx (absorção), o decréscimo da 
curva, após o pico, é devido a distribuição nos 
tecidos e a eliminação. 
Janela terapêutica é a área entre a 
concentração efetiva mínima (CIM) para a 
resposta desejada e a concentração efetiva máxima 
(CEM) para não haver a resposta adversa. Quanto 
maior a janela, maior seu índice terapêutico (IT), 
que é o grau de segurança dofármaco. 
 
Para diferentes pacientes, determinados fármacos 
podem ter biodisponibilidades diferentes com a 
mesma concentração de de fármaco. A janela 
terapêutica é a área em amarelo. 
Em geral, quanto maior a absorção do 
fármaco, maior sua biodisponibilidade 
A biodisponibilidade não demonstra por si 
só se o medicamento genérico é igual ao 
medicamento tradicional (bioequivalência), pois, 
muitas vezes, apesar dos diferentes medicamentos 
apresentarem a mesma área de biodisponibilidade, 
podem ter perfis cinéticos diferentes, isto é, podem 
ter Cmáx antes (sem efeito) ou depois (efeito 
tóxico) da janela terapêutica. 
Existem fármacos com a IT muito baixa, 
perfil estudado com base na janela terapêutica da 
sua biodisponibilidade, assim, esses fármacos têm 
a sua manipulação restrita em farmácias, pois a 
manipulação pode causar diversas variações na 
curva de biodisponibilidade. 
 
Tempo de meia vida (t1/2) 
É o tempo necessário para a [ ] plasmática 
de um fármaco cair pela metade, independente do 
seu meio de administração. 
Esse tempo é intrínseco da droga, sua 
formulação, facilidade de metabolismo 
(eliminação) e de entrada nos tecidos 
(distribuição). 
A partir de 3 t1/2 ocorre um equilíbrio da 
concentração plasmática do fármaco. Após de 5 
t1/2 há a eliminação “completa” do fármaco. 
De acordo com o t1/2, pode-se prever a 
duração do efeito e regime posológico (período de 
 
8 
quanto em quanto tempo deve tomar o 
medicamento). Normalmente, o regime posológico 
vai ser igual ao tempo de meia vida, para manter a 
[ ] do fármaco. 
 
Nesse caso, por exemplo, a linha preta é a infusão i. 
v. do fármaco em 28mg/hr, a laranja é a v. o. em 8/8 hrs 
224mg, a azul é a v. o. 24/24 hrs 672mg. É importante 
analisar, na linha vermelha, que após 3t1/2 a concentração 
inicial e final do fármaco a cada regime posológico se 
mantém constante, pois a [ ] inicial das “outras tomadas” não 
variam a partir de então. 
Se a pessoa esquecer de tomar o 
medicamento na hora certa, devemos analisar a 
toxicidade do fármaco; se o fármaco não for muito 
tóxico, a pessoa deve tomar assim que possível (se 
ultrapassar da janela terapêutica não tem muito 
problema); mas, se o fármaco for muito tóxico, ela 
deve esperar o próximo horário para não passar da 
janela e, depois, retomar o ciclo depois dos 5t1/2 
vida. Em antibióticos, se não for muito tóxico, é 
melhor a paciente tomar o mais rápido possível 
para não haver o selecionamento da bactérias mais 
resistentes. 
 
DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS 
Consiste no transporte do fármaco entre 
compartimentos corpóreos do organismo. 
Transporte entre meio intravascular para o 
tecido-alvo, esse processo ocorre por meio do 
sangue. 
 
 
Fármaco livre = fármaco biodisponível no sangue 
 
Apenas formas livres dos fármacos migram 
entre compartimentos. Isto é, fármacos ligados à 
outros componente não são transportados. Esse 
transporte leva em consideração também a 
quantidade de água ou gordura entre indivíduos 
(neonato e homens têm mais água, idosos e 
mulheres mais gordura). 
 
Translocação seletiva de fármacos 
Transportes feitos por intermembranas: 
● Transportadores carreadores de soluto 
(SLC): transportam a favor do gradiente; 
transporte passivo ou ativo secundário e 
saturável; locais desse transporte: intestino, 
rim, fígado, SNC e etc. Tipos: 
○ OCTs (transportadores de cátions 
orgânicos); ex: dopamina, colina, 
metformina, cisplatina e cimetidina 
○ OATs (ânions orgânicos); ex: 
uratos, prostaglandinas e 
probenecida, etc. 
 
CASO DA METFORMINA: Atua 
no caso do diabetes tipo II (pessoa com 
resistência a insulina). Esse fármaco entra 
no fígado, por meio das OCTs para 
aumentar a sensibilidade da insulina no 
fígado, alterando os receptores. Assim, 
pessoas com alteração nessas OTCs, não 
conseguem ter esse controle. 
 
9 
CASO DA CISPLATINA: atua no 
combate ao câncer, mas tem grande 
nefrotoxicidade. Nesse caso, utiliza-se um 
fármaco para competir com a cisplatina em 
se conectar com OCT, diminuindo a sua 
entrada nos rins (que não é o seu alvo de 
ação). 
 
● Transportadores de ligação com ATP 
(ABC): ocorre contra o gradiente, ativo e 
saturável; ocorre no rim, TGI e SNC. 
No SNC, existem as glicoproteínas 
P, que jogam os fármacos para fora do SNC 
(seletividade de barreiras e resistência contra 
fármacos). 
 
Esses transportadores atuam em todas as 
etapas de transporte: absorção, metabolismo, 
excreção e distribuição. 
Existem fármacos que apresentam 
preferência por compartimentos, sendo isso, 
ocasionado por características intrínsecas dos 
fármacos e dos tecidos, o que auxilia, muitas 
vezes, na facilidade desses fármacos em chegarem 
aos seus destinos alvos. Esse fato é regido pela 
polaridade (hidrossolúvel e lipossolúvel) e 
capacidade de interação do fármaco. Por exemplo, 
de acordo com a lipossolubilidade do fármaco: 
Nesse caso, a [ ] do fármaco na imagem é de acordo com a 
sua solubilidade, que aumenta da esquerda para a direita. 
Principais fatores determinantes para a 
distribuição seletiva do fármaco: 
● Afinidade por proteínas e componentes 
plasmáticos. 
● Permeabilidade em barreiras biológicas 
naturais. 
 
Proteínas e componentes plasmáticos 
Drogas muito lipossolúveis só conseguem 
ser transportados por proteínas plasmáticas, 
enquanto as muito hidrossolúveis são 
transportados pelo plasma. Todavia, as que estão 
no meio termo da polaridade são transportadas 
parte no plasma parte nas proteínas. 
Os fármacos só conseguem ser 
transportados aos seus locais alvos se estiverem 
dissolvidos no plasma (fração livre). Logo, 
fármacos muito hidrossolúveis têm mais facilidade 
de chegar aos seus tecidos alvos, passar pela 
biotransformação no fígado e serem eliminado no 
rim, enquanto os muito lipossolúveis ficam muito 
tempo no plasma ligado às proteínas (menor saída 
da circulação), por fim, os fármacos meio termo 
ficam tempo médio no organismo, pois ficam 
parte hidrossolúvel e parte lipo. 
Ou seja, drogas lipossolúveis vão ter ↑ 
solubilidade aparente (ligados a proteínas 
plasmáticas); ↓ saída da circulação (↓difusão); 
↓metabolismo/excreção (↑ t1/2); ↑ permanência 
(reservados); ↓ efeito terapêutico (↓ % livre). 
Ocorre o contrário em subs. hidrossolúveis (menos 
o 1º) 
 
Principais componentes de transporte: 
● Albumina: proteína mais presente no 
sangue, função geral, transporta ácido 
fracos, contém 2 sítios de ligação 
● Transferrina: transporte de ferro, função 
específica 
 
10 
● alfa1-glicoproteínas ácida: transporta 
drogas alcalinas 
● Lipoproteínas: transportam drogas 
lipofílicas e não ionizadas 
OBS! quanto maior a utilização dessas proteínas 
no transporte, maior a saturação delas e maior a 
quantidade de fármacos livres no plasma. 
 
Em casos de ​hipoproteinemias, facilita-se 
efeitos tóxicos dos fármacos, devido ao ↑ da 
fração livre plasmática. Motivos de 
hipoproteinemias ou diminuição do uso das 
proteínas: 
● menor síntese de proteínas: desnutridos, 
hepatopatias, jovens e idosos. 
● maior saturação (hipoproteinemia 
aparente): muitos lipídios no sangue, muita 
bilirrubina (gordurosa), gestação (muitos 
hormônios nos sítios de ligação). 
● maior eliminação das proteínas: 
nefropatias. 
● Alterações gerais; queimaduras, 
inflamações,distúrbios de tireoide e etc. 
● Disputa entre fármacos por sítios de 
ligação plasmática 
 
Barreiras entre compartimentos 
Restringem o acesso de diversas 
substâncias; individualizam sistemas; função 
protetora e seletiva. Duas principais: barreira 
hemato-encefálica e barreira placentária. 
 
Barreira hemato encefálica (BHE): 
apresentam junções oclusivas + astrócitos 
periendoteliais; reduz a passagem de substâncias 
endógenas e exógenas; mantém o microambiente 
nervoso (K+, Na+, Ca+2...). Alguns fatores podem 
garantir o acesso a barreira: 
● elevada lipossolubilidade 
● maior permeabilidade na zona 
gatilho do vômito 
● perda da integridade da BHE 
(meningites e esportes de alto 
impacto) 
Alguns componentes podem ser, 
depois de passarem pela BHE, extrusidos por 
glicoproteínas P. 
 
Barreira placentária: ​Isola 
circulação materna/fetal; permeável a anticorpos 
(IgG), microorganismos (varíola, herpes, 
toxoplasmose) e hormônios; barreira 
metabolicamente ativa (apresenta enzimas de 
degradação de compostos que possam passá-la). 
Diversos fármacos, todavia, podem 
ultrapassam a barreira e terem ação teratogênica e 
tóxica. 
 
Reservatórios corporais 
Principal deles é o tecido adiposo; 
sequestro de fármacos lipossolúveis, serve como 
um reservatório. Assim, com a ↓ [sérica], ↓ efeito, 
↓ eliminação, ↑ duração, ↑t1/2. 
Logo, a ação de fármacos e sua 
compartimentalização na gordura varia entre 
gênero, idade e obesidade. 
Além disso, outros tecidos podem 
funcionar como reservatórios, como o fígado (para 
a cloroquina) e os ossos (para a tetraciclina e o 
Pb). 
 
Volume de distribuição (Vd) 
É o volume hipotético necessário para 
dissolver ​todo ​o fármaco do organismo em 
concentração igual a [sérica (do sangue)]. 
d V = [sérica]
[total no corpo] 
 
11 
Em fármacos com ↑ [extravascular], o 
organismo terá ↑ Vd, pois a [sérica] será baixa, 
necessitando de muito volume para dissolver todo 
o fármaco do organismo na mesma [sérica]. 
Portanto, em fármacos com ↑ [sérica], o Vd será ↓, 
pois necessitará de pouco volume para chegar na 
[sérica]. 
Em situações de fármacos com Vd = 1 
(menor valor possível), o fármaco fica totalmente 
no plasma sanguíneo. 
 
OBS! Quanto maior a lipossolubilidade do 
fármaco, maior seu Vd. 
 
Conjugado fármaco-anticorpo ou 
fármaco-substrato 
Por meio desse conjugado (ligação), 
podemos melhorar a distribuição desse fármaco, 
evitando os efeitos tóxicos do fármaco em outros 
compartimentos do organismo, pois o anticorpo ou 
substrato(antígenos ou enzimas) que vão ser 
retidos apenas pelo tecido alvo. Utilizados em 
quimioterapia antineoplásica e antibacteriana. 
Com esse processo há o aumento da 
seletividade tecido-específica, chamado de 
princípio da bala mágica. 
OBS! Geralmente, enquanto o fármaco está 
conjugado, ele está em sua forma inativa. 
 
ELIMINAÇÃO DE FÁRMACOS = 
BIOTRANSFORMAÇÃO + EXCREÇÃO 
 
BIOTRANSFORMAÇÃO 
(METABOLIZAÇÃO) 
Envolve órgãos e tecidos como, fígado, 
pulmões, TGI, pele, placenta e etc (todos os 
tecidos apresentam atividade biotransformadora, 
mas uns mais que outros). 
 
Objetivo da biotransformação 
● Diminuir a atividade biológica do fármaco 
(perder seu efeito); determinados fármacos 
podem ter sua atividade aumentada com 
esse processos 
● Aumentar a polaridade dos fármacos 
(eliminação pela urina, fezes) 
 
Metabolismo hepático 
Principal órgão com ativ. metabólica e 
enzimática. Contém diversos transportadores SLC 
e ABC em suas células para a maior captação de 
xenobióticos. Além disso, o fígado consegue 
captar os fármacos ligados às proteínas plasmática. 
O fígado apresenta essas características, 
pois apresenta diversas enzimas microssomais no 
RE. 
Os fármacos metabolizados no fígado 
podem ser levados de volta ao sangue ou levados 
para a bile (excretados pelas fezes) 
A metabolização dos fármacos ocorre em 
duas fases: 
● FASE I: degradação molecular e alterações 
químicas dos grupos reativos (hidrólises, 
hidroxilações e etc.); ocorre no fígado, 
pulmão, pele e em outros tecidos 
○ pode gerar metabólitos inativos ou 
ativos e metabólitos tóxicos ou não. 
○ A maioria das reações de Fase I, 
ocorrem em uma família de 
enzimas, chamada de Citocromo 
P450 oxidase (CYP); essa família 
consegue metabolizar moléculas 
altamente solúveis por meio do seu 
 
12 
grupo heme férrico (oxi-reduções, 
pois o ferro ora se encontra em 
forma férrica ora em forma ferrosa, 
o que leva ao transporte de e-) 
○ permite o acoplamento da fase II 
● FASE II: reações de conjugação, fase 
sintética de outras substâncias 
(acoplamento); 
○ ocorre somente no fígado; 
○ agregam estruturas polares 
endógenas (maior 
hidrossolubilidade), 
○ elimina compostos altamente 
reativos por meio do acoplamento 
(detoxificação) 
○ conjugação com glicuronídeos, 
glutationa (epocler), sulfato e etc. 
 
Eliminação pré-sistêmica 
É o efeito da 1° passagem, que ocorre 
durante a absorção (diminuição da 
biodisponibilidade por adm. oral). Assim, 
necessita-se de uma alta dose por adm. v.o. pois 
muita % do fármaco será biotransformado, 
principalmente, no fígado, pulmão e intestino. 
 
Pró-fármacos 
São substâncias adm. na forma inativa, 
pois eles se tornam ativos após a metabolização 
deles, fato que leva ao aumento da 
biodisponibilidade e do t1/2. 
Contorna e depende da eliminação 
pré-sistêmica. Essas substância são adm. por v.o. 
 
Alterações enzimáticas e metabolismo com o 
uso dos fármacos​ 
Indução enzimática 
Certos fármacos lipofílicos (se 
movimentam mais fácil pelas membranas) 
podem interagir com o núcleo e aumentar a 
síntese de enzimas metabolizantes desses 
compostos e/ou de outros. As desvantagens disso 
é a perda do efeito do fármaco (​tolerância cinética, 
pela indução de maior metabolização​) 
Inibição Enzimática 
Competições ou inibições de diversos 
compostos pelas mesmas enzimas podem causar 
efeitos tóxicos, pois há a diminuição da 
metabolização de certos compostos devido à falta 
de enzimas. Ex: antietanol (metronidazol). 
Polimorfismo genético e variação 
individual 
As taxas metabólicas são diferentes em 
uma mesma população. Além disso, há variações 
de quantidade e funcionamento enzimático 
interespécies (animais diferentes) e intra-espécies 
(etnias, gêneros, homem metaboliza +, e idades, 
adulto metab. +, e fatores extrínsecos diferentes). 
 
OBS! ​De acordo com o metabolismo, o fármaco 
vai , necessariamente, ficando mas hidrofílico. 
 
13 
OBS! ​Não necessariamente os compostos devem 
passar pela Fase I primeiro e, depois, pela Fase II, 
existem substâncias que podem não passar por tais 
fases. 
 
EXCREÇÃO 
Vias de eliminação 
● urinária (polares) 
● fecal (apolares) 
● pulmonar 
● mamária 
● suor e etc. 
 
Exceção de fármaco inalterados 
Exige balanço entre características polares 
e apolares (urina ou fezes) e, em geral, podem ser 
absorvidos antes da excreção. Fármacos de ação 
nas vias de excreção são eliminados quase 
inalterados (vão ser muito polares) e dependem da 
ação renal. 
 
Por meio de transportadores específicos ou 
difusão 
Composto que passaram pelas Fases de 
metabolização são transportados por 
transportadores (não conseguem atravessar as 
membranas); certas substâncias mais lipossolúveis 
(normalmente os inalterados) conseguem 
atravessar as membranas dos néfrons e serem 
eliminados. 
Sendo assim, o bloqueiodesses 
transportadores altera a eliminação das substâncias 
(aumento da biodisponibilidade e do t1/2). 
 
Excreção urinária 
A excreção na urina é calculada por um 
balanço entre a filtração, secreção e reabsorção 
nos néfrons; 20% do sangue bombeado é filtrado 
pelos 
rins, 
essa % 
varia 
com cardiopatias e nefropatias. 
 
● Filtração glomerular (20% da depuração) 
○ drogas relativamente lipossolúveis 
e/ou com baixo peso molecular e 
que estejam livres no plasma 
○ varia com a pressão sanguínea 
○ transporte passivo sem 
transportadores 
● Secreção tubular (80% da depuração) 
○ transportes ativos/passivos (uso de 
transportadores, OCTs, OATs e 
ABCs) 
○ transporte de substâncias que 
estejam ligadas à proteínas 
plasmática, moléculas polares 
(metabolizados) e/ou substâncias de 
alto peso molecular 
○ processo deficiente em neonatos 
(sem maturação do sist. urinário) 
○ a competição por transportadores 
de secreção pode aumentar o t1/2 
dos compostos que passariam por 
essas transmembranas (utilizado 
clinicamente). Ou então, a 
competição de transportadores de 
reabsorção podem diminuir o t1/2 
dos compostos que seriam ser 
reabsorvidos. 
● Reabsorção tubular 
○ formas polares são pouco 
reabsorvidas (​aprisionamento 
iônico​). 
○ urinas podem ser ácidas (dietas 
proteicas) ou alcalinas 
(vegetarianos). Assim, por 
exemplo, bases fracas, em urinas 
ácidas, vão tender a ficar ionizadas, 
diminuindo a reabsorção e 
aumentando a excreção. 
Analogamente, bases fracas, em 
urinas básicas, tendem a ficar na 
 
14 
forma molecular, aumentando a 
reabsorção e diminuindo a 
excreção. 
○ Logo, uma maneira de aumentar ou 
diminuir 
a 
reabsorção das substância é mexer 
o pH da urina (básico=NaHCO3, 
ácido=vitamina C) 
● Depuração renal (clearance): é a relação 
volume/tempo, que mostra o volume de 
plasma que o rim filtra e consegue remover 
completamente determinado soluto em um 
certo período; indica o funcionamento 
renal. Ao decorrer da idade, há uma 
diminuição do clearance. Logo, em jovens, 
há uma alta depuração, o que aumenta a 
eliminação e diminuição do t1/2 das 
substâncias. 
 
Excreção biliar-fecal (ciclo de retenção 
entero-hepático) 
Compostos polares podem ser secretados 
na bile (conjugado de ácidos biliares); certos 
fármacos podem ser absorvidos novamente no 
TGI (ciclo de retenção); 
pessoas com hepatites e 
cálculos de vesícula têm 
dificuldade nessa 
excreção. 
 
Excreção mamária (pH=6,8) 
Tem importância toxicológica ao latente 
(drogas podem passar para os filhos). pH>7: 
elimina mais ácidos; pH<7 (mastite): elimina 
bases. 
 
Eliminação pulmonar 
Eliminação de gases anestésicos; pessoas 
com baixa frequência respiratória têm dificuldade 
nela. 
 
Excreção sudorípara/sebácea 
Pouca importância em humanos 
 
Fármacos com cinética de saturação 
Certos fármacos, podem diminuir, ao longo 
do tempo, os mecanismo de eliminação, tendendo 
a se acumular no organismo. Isso pode ocorrer por 
saturação de proteínas plasmática e dos depósitos 
teciduais. O primeiro gráfico é da cinética linear e 
o outro, de saturação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alterações na cinética de 
eliminação 
Com o aumento da [soluto] no organismo, 
podendo se por problemas na excreção ou na 
metabolização, há diversos danos hepático e 
renais. 
Já com a aceleração da eliminação, 
podendo ser devido à indução de enzimas, há uma 
diminuição da [soluto]. 
Dessa forma, é importante o controle de 
dose e regime posológico para cada paciente.

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