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CUIDADOS COM TUBERCULOSE, BRUCELOSE E TRIPANOSSOMOSE EM BOVINOS
 
APRESENTAÇÃO
Olá! Seja bem-vindo!
No minicurso Cuidados com tuberculose, brucelose e tripanossomose em bovinos, abordaremos três doenças de grande impacto econômico para a bovinocultura: tuberculose, brucelose e tripanossomose.
Falaremos como cada uma das doenças ocorre, sobre os impactos negativos e as formas de prevenção e controle, de forma a estimular a aplicação de medidas que evitem a ocorrência dessas enfermidades de grande relevância para o setor e para a saúde pública.
TUBERCULOSE: MUITAS VEZES, UMA DOENÇA SILENCIOSA
Você com certeza já ouviu falar sobre a tuberculose bovina. Mas você sabia que os animais podem transmitir essa doença para os seres humanos? Vamos entender um pouco mais sobre essa doença.
COMO A TUBERCULOSE OCORRE?
Essa doença, causada pela bactéria Mycobacterium bovis, afeta diferentes órgãos do animal, como pulmões, intestinos e linfonodos. Os animais podem ter tosse e dificuldade para respirar quando há mudança climática, principalmente no início da manhã, durante exercícios ou quando pressionamos sua garganta. E ainda podem apresentar outros sintomas. Clique nas setas para ver:
Foto 1. Vilton Francisco de Assis Junior. Acervo Senar.
Diarreia e constipação
Perda de apetite e perda de peso
Foto 2. Vilton Francisco de Assis Junior. Acervo Senar.
Abortos e infertilidade
Fraqueza e febre flutuante (que aumenta e diminui)
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O animal pode morrer rapidamente ou demorar meses para mostrar sintomas; assim, têm-se o risco de haver no rebanho animais positivos e transmissores da doença sem manifestação clínica, ou seja, sem sintomas aparentes (assintomáticos).
A bactéria chega ao ambiente por meio de secreções respiratórias, urina, fezes, leite, secreções vaginais e sêmen, podendo permanecer por meses no solo, alimentos e fezes.
Os animais podem se contaminar por mucosas da boca (ingestão), olho, nariz (inalação) ou feridas na pele.
QUAIS SÃO OS IMPACTOS NEGATIVOS DA TUBERCULOSE?
Os principais impactos são a morte do animal, perda de fertilidade, perdas na produção de leite, condenação de carcaças no abatedouro e restrição de trânsito dos animais até que seja comprovada a eliminação da doença na fazenda.
Foto 3 e 4. Vilton Francisco de Assis Junior. Acervo Senar. Lesões típicas de bovino positivo para Tuberculose.
COMO CONTROLAR E PREVENIR A DOENÇA?
Adquira animais apenas de propriedades com adequado controle sanitário e certifique-se de que foram testados negativos nessas propriedades; faça a correta higienização das instalações e o controle de roedores, os quais podem disseminar a bactéria.
Não existe vacina para a doença.
Devem ser implementadas medidas de biossegurança na propriedade, como os testes diagnósticos no rebanho em intervalos periódicos, segundo as recomendações do Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose – PNCEBT, instituído pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.
Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose – PNCEBT. Clique na imagem para ver mais:
 
SAIBA MAIS
Além disso, é importante que os animais recém-adquiridos sejam isolados e testados pelo médico veterinário, antes de serem incorporados ao rebanho da propriedade. Se houver animais positivos, eles devem ser obrigatoriamente encaminhados ao abatedouro, com a correta identificação.
BRUCELOSE: UMA POSSÍVEL CAUSA DE ABORTOS
A brucelose pode causar abortos nos rebanhos. Sua ocorrência pode gerar problemas no comércio nacional e internacional da cadeia produtiva do leite e corte, devido ao seu impacto na produção e sua importância na saúde pública. Vamos aprender sobre essa doença?
COMO A BRUCELOSE OCORRE?
A doença, causada pela bactéria Brucella abortus, geralmente ocasiona diversos problemas de ordem reprodutiva. Clique nos símbolos “+” para ver mais:
Fêmeas
Alterações nos cios e dificuldades para emprenhar, abortos, animais natimortos e/ou subdesenvolvidos, ocorrendo geralmente a partir do quinto mês de gestação. Em algumas situações, a gestação pode avançar e resultar no nascimento de bezerros positivos para a doença. Também pode haver comprometimento da produção de leite, se houver ocorrência de mastite (inflamação da glândula mamária).
Machos
Pode causar inflamação nos testículos, levando à infertilidade, inflamação e aumento das articulações.
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Em animais jovens e também em fêmeas vazias (não prenhas), a doença pode não apresentar sintomas.
Os animais contaminam o ambiente por meio dos fluidos vaginais e uterinos, leite e sêmen. O sangue também é uma importante forma de transmissão.
Em rebanhos com focos da doença, a reutilização de seringas, agulhas e luvas de palpação são as principais formas de transmissão dessa doença.
 
Foto 5. Vilton Francisco de Assis Junior. Acervo Senar.
Além disso, a presença de restos de aborto no pasto pode contaminar outros animais. A monta natural também pode aumentar o risco de transmissão, pois leva a bactéria diretamente para o útero (em situações de machos positivos para a doença).
QUAIS SÃO OS IMPACTOS NEGATIVOS DA BRUCELOSE?
A principal consequência é o comprometimento do desempenho reprodutivo dos animais de produção, tanto nos machos quanto nas fêmeas, interferindo negativamente no fluxo de caixa das propriedades.
 
DICA DO ESPECIALISTA
Perdas na produção e perdas no valor da carcaça são importantes impactos econômicos da doença. Animais positivos ao teste diagnóstico precisam ser, obrigatoriamente, identificados pelo médico veterinário responsável pelo exame e marcados, a ferro candente ou nitrogênio, com a marca “P” na face direita do animal, sendo posteriormente isolados e encaminhados para o abate, em um estabelecimento sob serviço de inspeção oficial.
Marca “P”: animal positivo
Também é importante ressaltar que essa doença é uma zoonose, sendo passível de ser transmitida aos seres humanos, oferecendo riscos à saúde.
COMO CONTROLAR E PREVENIR A DOENÇA?
A prevenção ocorre, principalmente, pela vacinação obrigatória das fêmeas entre 3 e 8 meses de idade, que só pode ser feita por um veterinário habilitado (ou seu auxiliar, devidamente cadastrado na agência de defesa agropecuária).
Existem 2 tipos de vacinas disponíveis no mercado: a B-19 e a RB-51. É proibida a vacinação dos machos.
 
Também é recomendável realizar os testes rotineiros de monitoramentos para brucelose nos rebanhos (machos e fêmeas), seguindo as devidas faixas etárias e recomendações descritas no PNCEBT, mencionado anteriormente.
 
Foto 6. Vilton Francisco de Assis Junior. Acervo Senar.
 
Para animais provenientes de outras propriedades, é imprescindível a comprovação da vacinação das fêmeas e a realização dos testes de brucelose para machos e fêmeas de acordo com a legislação (PNCEBT).
Na reprodução, alguns cuidados também são necessários. Clique nos títulos para ver mais detalhes:
Inseminação
Monta natural
Esteja atento aos sinais de abortos ou natimortos e sempre recolha restos placentários e fetais do pasto e instalações. É uma forma de evitar a contaminação de outros animais, em situações de focos da doença na propriedade.
Além do mais, esteja em dia com as suas obrigações cadastrais nas agências de defesa agropecuária de seu estado e mantenha a assiduidade na entrega das declarações de vacinação contra brucelose nas respectivas agências, para não incorrer em restrições e penalidades.
TRIPANOSSOMOSE: PODE SER A CAUSA DE ANEMIA NO SEU REBANHO
A tripanossomose é uma doença que vem ocorrendo com mais frequência e preocupando a bovinocultura leiteira do país. Muitas vezes, ela é confundida com a babesiose. Vamos falar sobre a tripanossomose e o porquê da correta diferenciação entre as duas doenças?
COMO A TRIPANOSSOMOSE OCORRE?
A doença, causada por um parasita do sangue chamado Trypanosoma vivax, provoca anemia, hemorragia e queda da imunidade do animal. Os sintomas são febre, queda da taxa de crescimento, perda de apetite, diminuição rápida do peso, diminuição da produçãode leite, lacrimejamento, fraqueza, diarreia e abortos.
A doença pode ser fatal. Muitos animais podem ser assintomáticos ou apresentar anemia duradoura e perda de peso gradual.
 
A transmissão ocorre pela ação de insetos sugadores de sangue, como mutucas e moscas-dos-estábulos.
Foto 7. Vilton Francisco de Assis Junior. Acervo Senar.
 
Tanto a multiplicação do parasita, quanto a desses insetos é facilitada quando há alta umidade e altas temperaturas, aumentando o risco na época de chuvas.
Muita atenção em propriedades com lagoas de decantação de dejetos animais.
Outra importante forma de transmissão é a reutilização de agulhas em diferentes animais, como na aplicação de ocitocina pré-ordenha.
QUAIS OS IMPACTOS NEGATIVOS DA TRIPANOSSOMOSE?
É possível que a tripanossomose cause anemia num grande número de animais do rebanho, que podem vir a óbito em curto espaço de tempo, além de causar sintomas neurológicos, o que muitas vezes é confundido com babesiose.
 
DICA DO ESPECIALISTA
É importante destacar que os impactos no rebanho causados pelas duas doenças podem ser semelhantes, mas a forma de prevenção e tratamento serão distintos.
Além disso, existem os custos do tratamento que consistem não apenas nos gastos com medicação, mas também no período de descarte do leite e na quebra da produção de forma geral.
COMO CONTROLAR E PREVENIR A DOENÇA?
Não reutilize agulhas em diferentes animais pois isso pode provocar uma grande disseminação da doença. E faça o controle de moscas na propriedade. É possível utilizar medicamento preventivo quando o número de casos é muito grande, de acordo com as orientações de um médico veterinário.
ATENÇÃO! O diagnóstico diferencial é essencial! Principalmente para descartar a suspeita de babesiose, pois o tratamento dessa doença não funciona para a tripanossomose.
CONCLUSÃO
Neste minicurso, você aprendeu que a tuberculose, a brucelose e a tripanossomose são enfermidades que podem ocorrer no ambiente das fazendas e, muitas vezes, podem passar despercebidas ou serem confundidas com outras doenças.
Considerando as perdas econômicas e os riscos para a saúde pública, é extremamente necessário conhecer e aplicar as medidas de prevenção de cada uma dessas doenças.
 
Cumpre destacar que a brucelose e a tuberculose podem ser transmitidas aos seres humanos pelo contato com os animais e pelo consumo de leite cru. A seguir, acesse o mini book sobre este conteúdo:
 
MINI BOOK
Preparamos um mini book resumindo o conteúdo do curso, para que você tenha acesso sempre que precisar!
Clique no ícone abaixo para fazer o download.
Download
A seguir, preparamos um quiz para testar seus conhecimentos sobre o conteúdo do curso!
QUIZ
Leia a pergunta com atenção e analise as informações de cada alternativa. Então, marque a resposta correta e clique em Responder. Um feedback será exibido e confirmará se você acertou. Você tem duas tentativas para responder e, ao final, a resposta correta será apresentada.
Então, vamos lá?
A tuberculose, a brucelose e a tripanossomose são três doenças infecciosas de grande impacto para a produção de leite e carne. Quais são as principais formas de prevenção dessas doenças? Assinale a alternativa correta:
a) Tuberculose: controle de moscas. Brucelose: uso de medicamento preventivo. Tripanossomose: vacinação de fêmeas e machos de 3 a 8 meses de idade.b) Tuberculose: testagem dos animais recém-adquiridos. Brucelose: vacinação das fêmeas de 3 a 8 meses de idade. Tripanossomose: não reaproveitar agulhas em diferentes animais.c) Tuberculose: vacinação dos machos de 3 a 8 meses. Brucelose: controle de carrapatos. Tripanossomose: não reaproveitar agulhas em diferentes animais.
Responder
FINALIZAÇÃO DO CURSO
Muito bem! Parabéns pela conclusão deste curso. Mas atenção!
Para que seu certificado de conclusão seja disponibilizado, você deve responder a Pesquisa de Satisfação. Assim que terminá-la, o acesso ao seu certificado estará liberado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BATISTA, J. S.; RIET-CORREA, F; TEIXEIRA, M. M. G. et al. Trypanosomiasis by Trypanosoma vivax in cattle in the Brazilian semiarid: description of an outbreak and lesions in the nervous system. Veterinary Parasitology, 143, 174-181, 2007.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento/Secretaria de Defesa Agropecuária. Instrução Normativa Nº 10, de 3 de março de 2017. Brasília: Diário Oficial da União, 116 ed, seção: 1, p. 4, 20 jun. 2017.
CFSPH. Zoonotic Tuberculosis in Mammals, including Bovine and Caprine Tuberculosis – Infections caused by Mycobacterium bovis, M. caprae, M. pinnipedii, M. orygis and M. microti. The Center for Food Security & Public Health. Oct., 2019.
KESSLER, R. H.; SCHENK. M. A. M. Carrapato, tristeza parasitária e tripanossomose dos bovinos. Campo Grande: EMBRAPA-CNPGC, 1998, 157 p.
OIE. Bovine tuberculosis. In: Manual of Diagnostic Tests and Vaccines for Terrestrial Animals. OIE; 8th ed., v. 1-3, 2018.
OIE. Brucellosis (Brucella abortus, B. mellitensis and B. suis) (infection with Brucella abortus, B. mellitensis and B. suis). In: Manual of Diagnostic Tests and Vaccines for Terrestrial Animals. OIE; 8th ed., v. 1-3, 2018.
RIET-CORREA, F.; SCHILD, A. L.; MÉNDEZ, M. C. et al. Doenças de ruminantes e equinos. V. I. São Paulo: Livraria Varela, 2001, 426 p.

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