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Doenças de bovinos DOENÇAS E PROBLEMAS DA CRIAÇÃO DE BOVINOS Autoria: Wallace Vieira Contato:wallacevieira.zoo@gmail.com Fonte: HTTP: www.valle.com.br 1. Carrapatose ................................................................................................ 5 1.1. Carrapato do bovino ........................................................................... 5 1.1.1. Como reconhecer .............................................................................. 5 1.1.2. Como tratar ....................................................................................... 6 1.1.3. Como evitar ....................................................................................... 6 1.2. Carrapato dos equídeos....................................................................... 6 1.2.1. O que é ............................................................................................... 6 1.2.1.1. Anocentor nitens ............................................................................ 6 1.2.1.2. Amblyomma cajennense ............................................................... 7 1.3. Como reconhecer ................................................................................. 7 1.4. Como tratar .......................................................................................... 7 1.5. Como evitar .......................................................................................... 7 2. Aborto ......................................................................................................... 9 2.1. Como reconhecer ................................................................................. 9 2.2. Como tratar .......................................................................................... 9 2.3. Como prevenir ................................................................................... 10 3. Acidente Ofídico (Picada de Cobra)....................................................... 10 3.1. Como reconhecer ............................................................................... 10 3.2. Como tratar ........................................................................................ 11 3.3. Como evitar ........................................................................................ 11 4. Acidose ...................................................................................................... 11 4.1. Como reconhecer ............................................................................... 12 4.2. Como tratar ........................................................................................ 12 4.3. Como evitar ........................................................................................ 13 5. Actinobacilose ........................................................................................... 13 5.1. Como reconhecer ............................................................................... 14 5.2. Como tratar ........................................................................................ 14 5.3. Como evitar ........................................................................................ 14 6. Actinomicose ............................................................................................. 14 6.1. Como reconhecer ............................................................................... 14 6.2. Como tratar ........................................................................................ 15 7. Berne ......................................................................................................... 15 7.1. Como reconhecer ............................................................................... 15 7.3. Como evitar ........................................................................................ 16 8. Bicheira ..................................................................................................... 16 8.1. Como reconhecer ............................................................................... 17 8.2. Como tratar ........................................................................................ 17 8.3. Como evitar ........................................................................................ 18 9. Botulismo .................................................................................................. 18 9.1. Como reconhecer ............................................................................... 19 9.2. Como tratar ........................................................................................ 20 9.3. Como evitar ........................................................................................ 20 10. Brucelose ................................................................................................ 20 10.1. Como reconhecer ............................................................................ 21 10.2. Como tratar ..................................................................................... 21 10.3. Como evitar ..................................................................................... 21 11. Carbúnculo Sintomático ...................................................................... 22 11.1. Como reconhecer ............................................................................ 22 11.2. Como tratar ..................................................................................... 22 11.3. Como evitar ..................................................................................... 22 12. Ceratoconjuntivite Infecciosa Bovina (CIB) ...................................... 23 12.1. Como reconhecer ............................................................................ 23 12.2. Como tratar ..................................................................................... 23 12.3. Como evitar ..................................................................................... 23 13. Cetose ..................................................................................................... 24 13.1. Como reconhecer ............................................................................ 24 13.2. Como tratar ..................................................................................... 25 13.3. Como evitar ..................................................................................... 25 14. Dermatofilose ........................................................................................ 26 14.1. Como reconhecer ............................................................................ 26 14.2. Como tratar ..................................................................................... 27 14.3. Como evitar ..................................................................................... 27 15. Dermatomicose ...................................................................................... 27 15.1. Como reconhecer ............................................................................ 28 15.2. Como tratar ..................................................................................... 28 15.3. Como evitar ..................................................................................... 29 16. Diarréia Viral Bovina (BVD) ............................................................... 29 16.1. Como reconhecer ............................................................................ 30 16.2. Como tratar ..................................................................................... 30 16.3. Como evitar ..................................................................................... 30 17. Vacinação ............................................................................................... 31 17.1. Vacinas Inativadas.......................................................................... 31 17.2. Vacinas Atenuadas......................................................................... 31 18. Diarréias ................................................................................................ 31 18.1. Como reconhecer ............................................................................ 33 18.2. Como tratar ..................................................................................... 34 18.3. Como evitar ..................................................................................... 35 19. Doença Digital Bovina (DDB) .............................................................. 35 20. Edema Maligno - Gangrena Gasosa ................................................... 36 21. Eimeriose ou Coccidiose ....................................................................... 37 22. Encefalite por Herpesvírus Bovino - Tipo 5 ....................................... 39 23. Enterotoxemia ....................................................................................... 40 24. Febre Aftosa .......................................................................................... 41 25. Febre Catarral Maligna ....................................................................... 42 26. Fotossensibilização ................................................................................ 43 27. Hemoglobinúria Bacilar (HB) ............................................................. 45 28. Hipocalcemia ......................................................................................... 46 29. Intoxicação por Uréia ........................................................................... 48 30. Intoxicações ........................................................................................... 50 31. Laminite ................................................................................................. 52 32. Leptospirose .......................................................................................... 53 33. Leucose Bovina ...................................................................................... 55 34. Língua Azul ........................................................................................... 56 35. Listeriose ................................................................................................ 58 36. Mosca-dos-chifres ................................................................................. 59 37. Neosporose ............................................................................................. 60 38. Onfalites ................................................................................................. 61 39. Papilomatose .......................................................................................... 62 40. Pneumonias ............................................................................................ 63 41. Poliencefalomalácea (PEM) ................................................................. 65 42. Raiva....................................................................................................... 66 43. Reticuloperitonite Traumática ............................................................ 68 44. Rinotraqueite Infecciosa Bovina (IBR) ............................................... 69 45. Tétano..................................................................................................... 71 46. Toxoplasmose ........................................................................................ 73 47. Tricomonose .......................................................................................... 74 48. Tristeza Parasitária Bovina ................................................................. 75 49. Tuberculose ........................................................................................... 77 50. Verminose .............................................................................................. 78 1. CARRAPATOSE Carrapatose é uma das parasitoses mais importantes que afetam os rebanhos brasileiros é a carrapatose, que causa enormes prejuízos ao produtor e grande desconforto para os animais, prejudicando o seu desenvolvimento e produção. Em geral, cada carrapato tem afinidade com o hospedeiro que parasita, por exemplo, a espécie Rhipicephalus (Boophilus) microplus é parasita dos bovinos, o Rhipicephalus sanguineus tem predileção pelos canídeos e o Amblyomma cajennense parasita os equídeos. Entretanto, o A. cajannense não é tão específico como o Boophilus sp. e o Rhipicephalus sp., podendo parasitar muitos hospedeiros, incluindo os bovinos e o homem. 1.1. Carrapato do bovino O que é No Brasil, a espécie Rhipicephalus microplus, ocorre em praticamente todas as regiões, devido às condições climáticas favoráveis ao seu desenvolvimento. Esses ácaros causam muitos prejuízos aos seus hospedeiros, por ação direta espoliadora de ingestão de sangue ou por lesões na pele dos animais, nos locais de sua fixação. Neste último caso, facilita a instalação de miíases (bicheiras) e podem servir de porta de entrada para bactérias que infeccionam o local, e conseqüentemente ocorre a desvalorização do couro pelas imperfeições que apresenta. Causa perda de apetite em função da irritação, anemia e transmite doenças como a Tristeza Parasitária. São também responsáveis por elevados custos indiretos com produtos carrapaticidas, mão- de-obra e equipamentos necessários para o seu controle e, além disso, estes produtos tóxicos podem causar sérios danos aos animais, ao homem e ao meio ambiente. As estratégias de ação fundamentam-se no conhecimento da biologia do parasito (ciclo de vida), sua relação com o meio ambiente e os hospedeiros e os instrumentos disponíveis para o controle (carrapaticidas, manejo, etc.). No Brasil, as perdas econômicas causadas pelo carrapato Rhipicephalus microplus no ano de 1983 estavam na ordem de 1 bilhão de dólares. Atualmente, estima-se que, com o aumento do rebanho bovino, este prejuízo tenha dobrado de valor. 1.1.1. Como reconhecer O diagnóstico da doença se faz pela constatação da presença dos carrapatos. Os animais parasitados tornam-se inquietos e não se alimentam satisfatoriamente. Ocorre então emagrecimento, queda na produção de carne e leite, irritação da pele no local da picada e anemia em decorrência da perda de sangue. 1.1.2. Como tratar Para o tratamento podem ser utilizados produtos carrapaticidas na forma de pulverização, aspersão ou imersão (piretróides, organofosforados e amidinas), pour on (piretróides, organofosforados, avermectinas) ou injetáveis (avermectinas e milbemicinas) e derivados dos fenilpirazóis (fipronil). 1.1.3. Como evitar Através da realização do controle estratégico, evitando-se o uso de tratamentos curativos realizados de forma indiscriminada, que geram o aparecimento de cepas de carrapatos resistentes às drogas. O controle estratégico deve ser empregado de acordo com os dados epidemiológicos de cada região. Não é conveniente que os carrapatos sejam totalmente eliminados numa propriedade. Deve-se manter um nível tolerável de infestação que proporcione equilíbrio entre a resistência do animal e as doenças por ele transmitidas. Para manter o parasita em nível satisfatório é necessário estabelecer uma estratégia de controle, concentrando os banhos carrapaticidas (3 a 6 banhos/ano com intervalos de 19-21 dias entre eles) no início da estação chuvosa. No início da aplicação do controle estratégico na propriedade podem ser necessários tratamentos táticos quando a infestação por carrapatos fêmeas adultas for maior do que 10 a 20 em um dos lados do corpo do animal, dependendo de sua raça e faixa etária. Podem ser usados também produtos inibidores do crescimento (Fluazuron). A vacina associada a produtos químicos também é uma estratégia de controle. 1.2. Carrapato dos equídeos 1.2.1. O que é Carrapatos são indiscutivelmenteos ectoparasitos de equinos mais importantes no Brasil. Diretamente, eles espoliam o sangue, abrem porta de entrada para miíases e infecções secundárias, irritam os animais e podem causar dermatites. São também vetores dos agentes causais da Babesiose equina (Babesia equi e Babesia caballi), sendo esta doença um fator limitante para o desempenho de cavalos de esporte, além de restringir o comércio internacional desses animais. Pelo menos três espécies de carrapatos são comumente encontradas em equinos no Brasil: Anocentor nitens, Amblyomma cajennense e Rhipicephalus microplus. 1.2.1.1. Anocentor nitens No Brasil, é encontrado parasitando cavalos e outros equídeos, estando amplamente difundido pelo país. Parasita principalmente o pavilhão auricular, embora possa ser encontrado em outros sítios de fixação como na narina, base da crina, região perineal e ao longo da linha ventral média do corpo. É responsável por muitas doenças, incluindo lesões na orelha como: quebra da mesma (cavalo troncho), miíases e babesiose equina (Babesia caballi). O parasitismo por A. nitens determina inúmeros prejuízos para os equinos do Brasil, através dos gastos com carrapaticidas e problemas na saúde dos animais. O A. nitens é uma espécie com um único hospedeiro no seu ciclo e quase sempre adota equinos e muares como hospedeiros, mas é algumas vezes encontrado em outros animais como jumentos, bovinos, ovinos, veados e búfalos. A duração da fase parasitária do ciclo no cavalo é de 24 a 28 dias. Em bovinos, o ciclo do parasito é mais longo que em equinos, ocorrendo o massivo desprendimento de fêmeas de 25 a 36 dias pós-infestação. São observadas 3 a 4 gerações anuais de A. nitens no Brasil, que decorrem de mudanças climáticas e também são devidas ao estado fisiológico do cavalo, dependendo de seu nível de resistência ou susceptibilidade. 1.2.1.2. Amblyomma cajennense O A. cajennense, o carrapato do corpo dos cavalos, conhecido no Brasil como "Carrapato Rodoleiro" ou "Carrapato Estrela" na sua fase adulta, “Vermelhinho” na fase ninfal e “Micuim” na fase larvar, tem sido considerado como uma praga de importância emergente nas áreas de produção animal, como espoliador dos rebanhos equinos e bovinos e, de saúde pública como importante transmissor da riquetsiose nos humanos (Febre Maculosa). Vários animais domésticos e ampla diversidade das espécies silvestres, mamíferos e aves, podem albergar algum estádio parasitário deste carrapato. O A. cajennense é um carrapato trioxeno, ou seja, necessita de três hospedeiros de espécies iguais ou diferentes para completar seu ciclo de vida. 1.3. Como reconhecer Presença do carrapato no corpo do animal. 1.4. Como tratar Para o tratamento podem ser utilizados produtos carrapaticidas na forma de pulverização (piretróides) 1.5. Como evitar Baseado no estudo da dinâmica sazonal das fases parasitárias e não parasitárias, são sugeridas medidas de controle estratégico para A. nitens no Brasil, similarmente àquelas adotadas para B. microplus. Os tratamentos carrapaticidas devem ser mais intensivos na primavera e verão com pulverização de todo o corpo dos equinos, inclusive dentro da narina e da orelha, em intervalos mínimos de 24 dias, cobrindo um período de pelo menos 4 meses ininterruptos no ano. Devem ser utilizados 4 a 5 litros da calda por animal adulto e, após o tratamento, os animais devem voltar para o mesmo pasto. Em muitas propriedades é comum o uso de carrapaticidas tópicos na orelha como única medida de controle de A. nitens. No entanto, este controle tem se mostrado ineficiente, devido às populações encontradas em outras regiões do corpo do animal. Para o controle do A. cajennense deve-se evitar a presença de pastagens sujas (mato + pastagem). Outra medida recomendada para o controle de A. cajennense é o uso de tratamentos carrapaticidas a cada sete a dez dias, durante o período larval e ninfal de todos os equinos da propriedade, num intervalo máximo de 3 dias para todo o plantel. É também fundamental que os animais sejam retornados ao pasto de origem. Isto porque se espera que cada animal vire uma “armadilha viva” durante o intervalo entre tratamentos. A dificuldade está no controle da população adulta, pois além de se necessitar de um produto com uma concentração 1,8 vezes superior à concentração indicada para o controle dos carrapatos dos bovinos, na época do tratamento (primavera e verão) temos grande quantidade de éguas em segundo e terceiro estágios de gestação. O uso intensivo e indiscriminado de carrapaticidas neste período pode ocasionar intoxicações e abortos absolutamente indesejáveis para estes animais. Para controlar estes problemas em rebanhos pequenos, indica-se que, no período de primavera e verão, todas as fêmeas ingurgitadas sejam diariamente retiradas dos animais. Alguns ganhos resultarão desta ação. Em primeiro lugar, para cada fêmea repleta retirada estarão sendo retiradas do campo 5000 prováveis larvas que comporão a geração no ano seguinte. Em segundo lugar, se o controle das fases larval e ninfal forem bem feitos, reduziremos drasticamente a necessidade de banhos carrapaticidas neste período. Em terceiro lugar, a manipulação diária destes animais produzirá um comportamento dócil altamente desejável nos animais do rebanho. Para o controle do B. microplus nos equídeos a providência imediata que deve ser tomada em um plantel infestado é a prática de separação de pastos destinados aos equinos e aos bovinos. Deve-se ter muito cuidado nas prescrições de carrapaticidas de bases fosforadas ou misturas piretróides + fosforados. Seu uso intensivo pode resultar em quadros de intoxicações em animais e operadores. Por isso, na atualidade, recomenda-se que os programas de tratamento intensivos sejam realizados com produtos das bases piretróides puras na forma de concentrados emulsionáveis para banhos de aspersão ou imersão. Baseado em todos esses estudos podemos dizer que o meio mais eficiente para evitar a infestação por B. microplus em equinos é criar cavalos completamente separados de bovinos. A infestação por A. cajennense pode ser controlada usando acaricidas recomendados nas dosagens adequadas, mantendo as pastagens uniformes e em condições limpas através da roçagem, pelo menos uma vez ao ano, durante as estações chuvosas (primavera e verão), quando o crescimento da forragem é favorecido. Infestações pelo A. nitens podem ser controladas através da pulverização de todos os equinos com acaricida por todo o corpo nos intervalos corretos e nas diluições adequadas, principalmente no período da primavera e verão. Métodos eficientes para o combate desse parasita são: Absolut, Ranger, Ranger LA, Ranger 3,5% LA, Lancer LA, Ectofós, Flytick, Flytick Plus, Controller CTO Pour-On. http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/absolut/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ranger/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ranger-la/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ranger-la-3,5/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ranger-la-3,5/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/lancer-la/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ectofos/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/flytick/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/flytick-plus/ Produtos Vinculados: Absolut, Ranger, Ranger LA, Ranger 3,5% LA, Lancer LA, Ectofós, Flytick, Flytick Plus, Controller CTO Pour-On 2. ABORTO O aborto trata-se da interrupção da gestação decorrente de uma infecção placentária e/ou fetal ou fatores ambientais não infecciosos. A determinação das causas do aborto infeccioso é de fundamental importância para o controle sanitário em uma propriedade.O aborto pode ocorrer por diversas causas, como, por exemplo, os agentes infecciosos ( Brucella sp, Leptospira sp, Mycoplasma sp, Listeria monocytogenes, Haemophilus sp, Corynebacterium pyogenes, Staphylococcus aureus, vírus da língua azul, vírus da febre aftosa, vírus da IBR, vírus da BVD, Neospora caninum, Tritrichomonas foetus , Campylobacter foetus subesp. venerealis, Chlamydophila sp., Aspergillus sp.); fetos com defeitos genéticos, mumificados ou macerados; desequilíbrios hormonais na gestação; toxinas; estresse; uso impróprio de medicamentos; desequilíbrios nutricionais, principalmente de vitamina A, vitamina E, selênio, iodo e magnésio; manejos inadequados (transportes); prenhez gemelar; acidentes traumáticos (porteiras de mangueiros, quando dos apartes e até mesmo os provocados, etc.); intoxicações por nitratos, plantas tóxicas, micotoxinas, etc.; fatores hereditários; hidrocefalia, etc. O feto abortado constitui-se no melhor material para a análise. O controle de abortos em um rebanho baseia-se no diagnóstico do fator ou fatores responsáveis pelo mesmo. Tal diagnóstico deve ser feito por médico veterinário, se possível com o apoio de um laboratório de análises. Estudos evidenciam que em 90% dos casos de abortamento com etiologia esclarecida, esta é de origem infecciosa. Assim, o aprimoramento nas práticas diagnósticas em casos de abortamento é elemento chave para se conhecer a(s) verdadeira(s) causa(s) de ocorrência do processo, para a adoção de medidas profiláticas e terapêuticas, possibilitando o aumento da produtividade do rebanho. Na maioria das condições de abortamento são comprometidos o tecido uterino, a placenta e o feto. 2.1. Como reconhecer Ocorrência freqüente de aborto nos animais da propriedade não é normal. O índice esperado de abortamentos em um rebanho bovino é de 1 a 2%. Índice de 3% é um sinal de alerta, sendo níveis superiores indicativos de processos mórbidos. 2.2. Como tratar Fazer o diagnóstico da causa do aborto e, se possível, fazer o tratamento adequado. http://www.trendi.com.br/adm/conteudos/form/203 http://www.trendi.com.br/adm/conteudos/form/203 http://www.trendi.com.br/adm/conteudos/form/203 http://www.trendi.com.br/adm/conteudos/form/203 http://www.trendi.com.br/adm/conteudos/form/203 http://www.trendi.com.br/adm/conteudos/form/203 http://www.trendi.com.br/adm/conteudos/form/203 http://www.trendi.com.br/adm/conteudos/form/203 http://www.trendi.com.br/adm/conteudos/form/203 Geralmente a causa dos abortamentos é múltipla, existindo em alguns casos a associação de diferentes agentes. 2.3. Como prevenir Definir o diagnóstico da causa do aborto é essencial para determinar o destino da matriz e as medidas profiláticas aplicáveis ao rebanho, caso sejam necessárias para a sua prevenção. 3. ACIDENTE OFÍDICO (PICADA DE COBRA) O Acidente Ofídico é o envenenamento de homens e animais pela picada de cobras venenosas através da injeção de suas toxinas (veneno). Noventa por cento dos casos de acidentes com picada de cobra em bovinos no país são provocados por serpentes venenosas do grupo botrópico: jararaca, jararacuçu, caiçara, urutu, cotiara e cruzeira. Espalhadas pelo Brasil inteiro, causam problemas difíceis de se lidar no dia-a-dia da empresa rural. Com uma frequência menor, mas não menos grave, estão os acidentes com cascavel do grupo crotálico (cerca de 9% dos casos). A cobra-coral, do grupo micrurus, raramente cria caso com bovinos (apenas 1% dos casos). Mais raros ainda, mas que podem ocorrer, são os casos de picada de surucucu, de pico de jaca e surucutinga, todas do grupo laquésico. Acontecem de quando em quando, em algumas regiões do Brasil, principalmente na região Norte. Muitos casos de morte de animais que ocorrem em todo o Brasil, principalmente bovinos e equinos, ainda são considerados culpa das cobras. Entretanto já se sabe que isso não é verdade. Precisamos diagnosticar as mortes, através de um veterinário, porque muitas doenças matam rapidamente e com características de envenenamento por cobras como manqueira e intoxicação por plantas. Por isso precisamos saber o que realmente está acontecendo, para tomarmos as medidas corretas de prevenção. 3.1. Como reconhecer Cada tipo de cobra provoca um tipo de sintoma. Como 90% dos casos são picadas de cobras do tipo da jararaca (grupo botrópico), é aconselhável memorizar os sintomas por elas provocados. No caso dos bovinos é raro presenciar o momento da picada. O principal sinal é um inchaço no ponto da picada, frequentemente nas patas. Marcas deixadas pelos dentes da cobra nem sempre são visíveis. Dependendo da quantidade de veneno injetado pela cobra, esse inchaço pode se espalhar e, com a evolução, causar necrose local do tecido e o aparecimento de grandes feridas. Quando as lesões são muito extensas, a dor forte deixa os animais abatidos e sem apetite. As picadas de cascavel e cobra-coral, todavia, não provocam esse quadro. Não há sinais no local da picada. Nota-se uma perturbação geral do animal, que se apresenta inicialmente agitado e, em seguida, abatido, podendo chegar até a inconsciência. Hemorragias podem ocorrer em acidentes com cascavéis. 3.2. Como tratar Antes de pensar em qualquer tipo de tratamento, o importante é lembrar de não amarrar o membro atingido, nem aplicar qualquer tipo de garrote. Essa prática é muito comum, mas apenas agrava mais ainda as lesões da picada. Da mesma forma, não se deve cortar ou abrir a ferida e muito menos sugar ou aspirar no ponto de lesão. Os animais acometidos devem ser mantidos em um local isolado, em repouso. A única terapia efetiva é o soro antiofídico. Existem vários tipos de soros antiofídicos, um para cada tipo de cobra. O soro antibotrópico é o mais importante para se ter em estoque, devido a sua alta incidência em bovinos (90%). Caso a ocorrência de picadas por cascavel seja freqüente convém ter também o soro anticrotálico. Existem ainda soros polivalentes. Tratamento de suporte ou sintomático também pode auxiliar, dependendo do caso. 3.3. Como evitar Não é possível pensar em diminuir a população de cobras em uma fazenda, até porque elas participam de um delicado equilíbrio ecológico, mantendo sob controle as populações de ratos e outros roedores. Assim, é importante que toda fazenda tenha uma boa quantidade de soro antiofídico em estoque. Convém sempre checar a data de validade do soro e assegurar- se de que sejam mantidos sob refrigeração. No caso do homem, o uso de botas diminui significativamente a ocorrência de casos de picadas de cobra. 4. ACIDOSE Acidose é uma doença metabólica aguda, causada pela ingestão súbita de dietas com excesso de carboidratos, como grãos (trigo, milho, aveia, sorgo) ou outros alimentos altamente fermentáveis (silagem em geral) em grandes quantidades. É caracterizada por perda do apetite, depressão e morte. É também conhecida por "sobrecarga ruminal", "indigestão aguda", "impactação aguda do rúmen" ou "indigestão por carboidratos". Ocorre principalmente em criações de bovinos de corte e leite. A doença é essencialmente aguda, mas ocasionalmente pode ocorrer de forma crônica. A doença é observada em bovinos de todas as idades e de ambos os sexos. Desenvolve-se mais comumente nos casos de mudanças bruscas no regime alimentar ou pelo acesso acidental do animal a grandes quantidades de grãos ou qualquer outro alimento facilmente fermentável, com os quais os animais não estejam adaptados, sendo mais comum nas fases iniciais do processo de engorda. Tem-se observado um aumento no número de surtos de acidose, em consequência do crescimento dos confinamentos, principalmente durante o inverno quando há escassez de forragem. A quantidade de alimentos necessária para causar um quadro agudo depende do tipo de grão, de contato anterior do animal com este alimento, do estado nutricional e do tipo de microflora ruminalapresentada pelo bovino. 4.1. Como reconhecer Os sintomas ocorrem em poucas horas (12 a 24 h) após a ingestão do alimento com quantidades tóxicas de carboidratos. Inicialmente o animal pára de se alimentar e apresenta sintomas de cólica (inquietação, chutes no ventre, mugidos etc.), passando para um quadro de inapetência e depressão, acompanhado de parada da ruminação e aumento da frequência respiratória, fezes pastosas com coloração amarelada ou acinzentada, diarreia e timpanismo. Nos casos mais severos, os animais apresentam apatia, prostração, mucosas pálidas, febre, respiração difícil, cegueira e incoordenação, que podem culminar na morte do animal após um a três dias, ou em sua recuperação, com lenta retomada da alimentação, quase sempre acompanhada de laminite. Alguns animais apresentam melhoras temporárias, mas voltam a adoecer gravemente após alguns dias, provavelmente devido a uma ruminite aguda que progride para um quadro de peritonite difusa, com morte do animal. Dentro de um mesmo lote, o grau de apresentação dos sintomas é variável de animal para animal. O diagnóstico deve se basear na observação dos sinais clínicos associados a um histórico de alimentação com grandes quantidades de grãos ou outros alimentos facilmente fermentáveis, além de achados de necropsia. 4.2. Como tratar As principais medidas a serem tomadas são: retirada do conteúdo ruminal e correção da desidratação e da acidose. O uso de laxativos alcalinos como bicarbonato ou carbonato de magnésio na dose de 200-450 g/animal é satisfatório apenas nos casos leves. Nos casos graves é necessário o uso de sonda para esvaziamento do conteúdo ruminal. O uso de óleos e anti-fermentativos poderão ser úteis para auxiliar a evacuação e para reduzir a absorção de ácidos e toxinas. Após o esvaziamento do rúmen, administrar 5-20 litros de conteúdo ruminal proveniente de animais sadios. A correção do desequilíbrio hidroeletrolítico deve ser feita por meio da administração intravenosa de soluções isotônicas e bicarbonato de sódio a 5% (5 litros para cada 450 kg de peso). É importante restringir o consumo de água em animais doentes, visto que o consumo exagerado de água pode causar indesejável distribuição dos fluidos corporais, com agravamento do desequilíbrio eletrolítico. Durante o período de recuperação, o animal deve receber água e volumoso de boa qualidade, sendo os grãos reintroduzidos gradualmente à dieta do animal. Antibióticos, tais como a penicilina (5-10 milhões de UI/animal adulto) ou a tetraciclina (8- 10 g/animal adulto), administrados oralmente, são capazes de controlar o crescimento de bactérias produtoras de ácido láctico. No caso de necessidade de rumenotomia deve-se levar em conta o custo x benefício. Muitas vezes o abate se torna a opção mais econômica. 4.3. Como evitar As medidas mais eficazes são aquelas que buscam evitar o acesso acidental de animais a grandes quantidades de grãos e a adoção de um bom esquema de adaptação, com mudança lenta e gradual ao concentrado. Para iniciar a alimentação com grãos ou seus subprodutos, a quantidade diária não pode ultrapassar 0,3% do peso do animal por 2-4 dias. A partir daí, o aumento deve ser gradual chegando após 21 dias a 1%. A adoção de produtos tamponantes na ração é válida para a prevenção do problema em animais confinados que recebem grandes quantidades de grãos. A substância tamponante mais comumente usada é o bicarbonato de sódio, usado na proporção de 1,0-2,0% do concentrado. Trabalhos recentes mostram que o bicarbonato de sódio pode ser substituído pelo bicarbonato de potássio ou carbonato de potássio. Outra substância tamponante é o óxido de magnésio que pode ser usado na proporção de 0,2 a 0,3% da ração seca total (Boin, 1992). O uso de ionóforos (monensina sódica ou lasalocida) também é indicado para diminuir a incidência de acidose, pois segundo Price (1985), impedem a ação do S. bovis e inibem a presença de bactérias produtoras de metano. Produtos Vinculados: Rumefort 5. ACTINOBACILOSE Actinobacilose é uma doença infecciosa crônica e granulomatosa, causada por uma bactéria chamada Actinobacillus lignieresii, que afeta os tecidos moles. A bactéria penetra e causa a doença quando há lesão na mucosa da boca, que pode ocorrer por traumatismos por alimentos fibrosos ou grosseiros. http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/suplementos/rumefort/ É uma doença que atinge bovinos de qualquer idade, mas pode ocorrer com menor frequência em ovinos, suínos e equinos. As lesões localizam-se principalmente na língua e nos linfonodos da cabeça e do pescoço. É conhecida como doença da “Língua de Pau” ou “Língua de Madeira”. 5.1. Como reconhecer O animal apresenta: perda de apetite; salivação intensa; dificuldade de mastigar e se alimentar; língua aumentada de volume, dura e dolorida. Podem ser também encontradas lesões nos lábios, palato, faringe, fossas nasais e face, as quais, quando difusas, causam um quadro clínico denominado de “Cara de Hipopótamo”. Neste caso há comprometimento dos linfonodos regionais, os quais se encontram aumentados de volume, duros, frios, inodoros e, às vezes, com presença de pus. Clinicamente a doença caracteriza-se pela presença de granulomas duros, com conteúdo purulento nos tecidos moles, nas regiões da cabeça e pescoço, principalmente. 5.2. Como tratar Uso de antimicrobianos à base de penicilinas, sulfas ou estreptomicina, por via intramuscular durante 5 -7 dias, acompanhado de solução de iodeto de potássio a 10% na dose de 1 g/12 kg de Peso, por via intravenosa e em dose única. O tratamento apresenta eficácia limitada. 5.3. Como evitar Isolar animais doentes, evitando que haja contaminação de alimentos (pastagem, água, ração) pela secreção das lesões e, evitar a alimentação grosseira que pode causar traumatismos na boca. 6. ACTINOMICOSE Actinomicose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria denominada Actinomyces bovis, que acomete bovinos de qualquer idade e outras espécies como ovinos, suínos e equinos. Para a doença ocorrer, este microorganismo patogênico oportunista necessita que haja um traumatismo penetrante ou contundente. 6.1. Como reconhecer Aparecimento de um inchaço duro na boca, geralmente na parte de trás da mandíbula, que aumenta de tamanho lentamente durante meses, mas em alguns casos é de evolução rápida (30 dias); Aparecimento de pus com grumos pequenos (semelhantes a grânulos de enxofre), Dor, Amolecimento e Perda dos dentes, Dificuldade para se alimentar, Emagrecimento progressivo e Perda de peso. 6.2. Como tratar Uso de antimicrobianos à base de penicilinas, preferencialmente, sulfas ou estreptomicina por via intramuscular, acompanhado de solução de iodeto de potássio a 10% na dose de 1 g/ 12 kg de peso por via intravenosa em dose única. Entretanto, o tratamento tem eficácia limitada. 6.3. Como evitar Separação de animais doentes do resto do rebanho. 7. BERNE Berne é uma ectoparasitose causada pela larva de uma mosca chamada Dermatobia hominis, muito comum no Brasil. Durante o vôo, a mosca adulta do berne põe seus ovos em outra mosca qualquer (moscas vetoras). Estas, ao pousarem no gado, depositam os ovos. Dentro de alguns minutos esses ovos liberam as larvas, as quais perfuram o couro do animal e permanecem no local durante aproximadamente 35 dias. Após este período, caem no solo e passam por outras transformações, até se tornarem moscas adultas, fechando o ciclo. A população bovina está sujeita a infestações mais intensas durante os períodos de maior temperatura e precipitação pluviométrica. O berne acarreta prejuízos da ordem de US$ 250 milhões de dólares por ano no Brasil, devido à ação irritante de suas larvas, perda na produção de leite e de carne e danos ao couro. Estima-se que uma infestação média de 20 bernes em um animal, no período de um ano, acarrete umaperda de peso de aproximadamente 20 kg. O berne pode atacar outras espécies animais como: cães, ovelhas, caprinos e inclusive os humanos. No homem, as larvas penetram e formam nódulos, principalmente nas partes mais altas do corpo. 7.1. Como reconhecer O diagnóstico é feito pela constatação dos nódulos com as larvas sob a pele. Além disso, ao se movimentarem no couro do animal elas causam dor e irritação que prejudicam o estado geral do animal. Os nódulos podem ser contaminados por bactérias, originando abcessos. 7.2. Como tratar Os tratamentos são feitos com inseticidas à base de organofosforados na forma de pulverização, banhos de imersão ou aplicação pour-on. Pode-se também optar por tratamentos com produtos endectocidas (avermectinas) pour on ou injetáveis. 7.3. Como evitar Deve-se aplicar o controle estratégico no rebanho bovino, ou seja, a realização de duas aplicações por ano, sendo a primeira no início da estação seca com piretróide na forma de pulverização, imersão ou pour on e a segunda no início das águas, com produtos à base de organofosforados. Estas aplicações visam eliminar principalmente os vetores. Outra medida importante de manejo a ser realizada é a limpeza das pastagens (roçada), para evitar a presença da mosca-do-berne, pois é uma característica da mesma ficar em locais sombreados e com temperaturas amenas. O controle da mosca-do-berne deve ser regional e realizado em todas as propriedades vizinhas para ser realmente efetivo. Métodos eficientes para o combate desse parasita são: Absolut, Ranger, Ranger LA, Ranger 3,5% LA, Lancer, Lancer LA, Ectofós, Flytick, Flytick Plus, Controller CTO POUR-ON, Unguento Vallée e Valléecid Spray. Produtos Vinculados: Absolut, Controller CTO Pour-On, Ectofós, Flytick, Flytick Plus, Lancer LA, Ranger, Ranger LA 3,5%, Unguento Vallée, Valléecid Spray. 8. BICHEIRA Bicheira é a designação usual e popular da doença que cientificamente recebe o nome de miíase cutânea. Esta enfermidade é caracterizada pela infecção da pele dos animais por uma grande quantidade de larvas da mosca chamada Cochliomyia hominivorax. As fêmeas destas moscas depositam seus ovos sobre as feridas e, depois de aproximadamente um dia de incubação, surgem as larvas. Depois de maduras, as larvas caem no solo e passam por transformações até chegar à forma adulta e iniciar um novo ciclo. As larvas da mosca da miíase invadem apenas tecidos vivos, ou seja, feridas expostas dos animais e também dos humanos, produzindo graves lesões. Essas lesões que são as miíases primárias são também chamadas de traumáticas, podendo aparecer ainda as secundárias, que são causadas por larvas que se alimentam de tecidos já necrosados. As bicheiras são mais abundantes durante os meses mais quentes do ano, como os de verão, coincidentemente com os maiores períodos de chuvas. Nesse período uma alta população da mosca causadora das bicheiras encontra-se nos arredores das florestas, locais onde se concentram os bovinos e animais silvestres. Os prejuízos à pecuária brasileira associados às miíases são estimados em US$ 150 milhões de dólares anuais. Estes prejuízos são decorrentes da diminuição da produtividade, gastos http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/absolut/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ranger/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ranger-la/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ranger-la-3,5/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ranger-la-3,5/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/lancer/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/lancer-la/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ectofos/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/flytick/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/flytick-plus/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinodecorte/antiparasitarios http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/unguento-vallee/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/vallecid-spray/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/absolut/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ectofos/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/flytick/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/flytick-plus/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/lancer-la/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ranger/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ranger-la-3,5/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/unguento-vallee/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/vallecid-spray/ com tratamentos, danos ao couro e dependendo da localização e extensão das feridas parasitadas, até da morte dos animais. 8.1. Como reconhecer Os sintomas são claros: caracterizam-se por uma ferida aberta com mau cheiro, com sangramentos e presença das larvas no local, ocorrendo necrose dos tecidos e, como consequência posterior, a possibilidade de retardamento do processo cicatricial. Em lesões mais graves, o animal tem a sua vitalidade reduzida, podendo ocorrer a perda das funções dos tecidos lesionados. Nos ferimentos causados pelas bicheiras ocorrem invasões de microorganismos diversos, levando ao aparecimento de uma infecção purulenta, que piora o caso clínico do animal. Estas são as infecções secundárias causadas por bactérias. As larvas da miíase são diferentes das larvas do berne: são bem menores e podem ser encontradas em grande número numa lesão, ao contrário dos bernes, que se instalam um a um. As lesões em que as larvas se encontram não cicatrizam e, com isso, atrairão mais fêmeas adultas da mosca, que depositarão mais ovos, agravando progressivamente o quadro. Em função da rapidez da evolução da doença, bastam apenas poucos dias para que o animal apresente-se severamente afetado, muitas vezes de forma irreversível. Animais com extensas áreas do corpo tomadas pelas larvas emagrecem muito, ficam apáticos e com febre, podendo inclusive vir a morrer. O diagnóstico é feito pela observação das larvas das moscas nos ferimentos abertos causados por amputação da cauda, castração, cortes com arame farpado, umbigo de animais recém-nascidos, áreas lesadas por picadas de carrapatos, ferimentos por plantas espinhosas, etc. Essas feridas apresentam um cheiro de podre, tecidos necrosados e sangramentos. 8.2. Como tratar Para o tratamento curativo das miíases são utilizados produtos organofosforados na forma líquida, pó, pasta, "spray" ou produtos injetáveis à base de avermectinas. A forma mais eficiente de se tratar uma bicheira é colocar o produto inseticida na lesão com posterior remoção das larvas mortas. Uma característica da mosca da bicheira é colocar os ovos de dentro para fora da lesão, ficando na forma de camadas (interna, média e superficial), por isso, deve-se fazer a retirada das larvas para que se possa atingir as camadas mais profundas, fazendo com que o medicamento funcione corretamente. A utilização de antibióticos pode ser necessária para o tratamento de infecções secundárias. 8.3. Como evitar Evita-se a enfermidade através do controle estratégico da mosca, ou seja, realizando dois tratamentos por ano. O primeiro no início da estação seca, com produtos à base de piretróides na forma de pulverização, imersão ou "pour on"; o segundo, no início da estação chuvosa, com produtos à base de organofosforados. Para o controle efetivo da mosca da miíase, essas aplicações devem ser regionais, ou seja, realizadas por todos os proprietários da área a ser controlada. Produtos endectocidas (avermectinas)também previnem as bicheiras. Outras medidas preventivas importantes dentro de uma propriedade são o manejo correto dos animais, das pastagens e das instalações. Ao encontrar um animal com bicheira, este deve ser tratado imediatamente, evitando que se crie uma condição favorável que atraia as moscas. Medidas de como evitar ferimentos desnecessários devem ser tomadas e, se acontecer o ferimento, a sua assepsia tem que ser imediata. Fazer rodeio constante dos animais para uma inspeção de ocorrência de ferimentos. O umbigo dos bezerros recém-nascidos deve ser curado imediatamente após o nascimento. Não utilizar ferrão para o manejo dos animais. Fazer cercas de arame liso. Ter cuidado com marcação a ferro quente, fazendo-a nos locais corretos e evitando os dias de chuvas intensas. Métodos eficientes para o combate desse parasita são: Absolut, Ranger, Ranger LA, Ranger 3,5% LA, Lancer LA, Ectofós, Flytick, Matabicheira Azul, Controller CTO Pour-On, Unguento Vallée e Valléecid Spray. Produtos Vinculados: Absolut, Flytick, Lancer, Matabicheira Azul, Ranger, Ranger LA, Ranger LA 3,5%, Unguento Vallée, Valléecid Spray. 9. BOTULISMO Botulismo é uma forma de intoxicação alimentar resultante da ingestão e absorção pela mucosa digestiva de potentes toxinas pré-formadas produzidas pela bactéria Clostridium botulinum, presente no solo, no trato gastrintestinal dos animais e em alimentos contaminados e mal conservados. http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/absolut/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ranger/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ranger-la/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ranger-la-3,5/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ranger-la-3,5/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/lancer/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/lancer/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ectofos/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/flytick/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/matabicheiras-azul/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/unguento-vallee/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/vallecid-spray/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/absolut/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/flytick/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/lancer/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/matabicheiras-azul/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ranger/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ranger-la/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/ranger-la-3,5/ http://www.trendi.com.br/adm/conteudos/form/198 http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/vallecid-spray/ Estamos falando de uma das doenças mais comuns no Brasil, e que causa prejuízos sérios para o produtor rural pela grande quantidade de animais acometidos e alta mortalidade que provoca. A doença acomete mamíferos domésticos e aves, e é caracterizada por uma paralisia motora progressiva dos músculos. As toxinas que causam o botulismo nos bovinos são as do tipo C e D. Na pecuária, a ocorrência do botulismo está associada à ingestão de toxinas em resto de cadáveres em decomposição no pasto, águas rasas e paradas com resto de cadáveres ou não, grãos mal armazenados e em putrefação, feno úmido e em putrefação e rações armazenadas inadequadamente. O botulismo é importante em regiões de solos pobres em fósforo, como o cerrado e campos nativos, sendo bastante disseminada no Brasil, principalmente devido à baixa suplementação mineral de boa parte do rebanho nacional, ou suplementação inadequada. Os animais acabam por adquirir o hábito de roer ossos e ingerir resto de cadáveres que podem estar contaminados com a toxina. Geralmente ocorre na forma de surtos, daí os grandes prejuízos para o produtor. Mesmo depois de suprida a carência mineral, os animais mantêm o vício de roer ossos, podendo, com esse hábito, se contaminar. O botulismo é conhecido também como “Mal das Palhadas” e “Mal da Vaca Caída”. O homem pode ser acometido pela doença ao ingerir alimentos em conserva, os enlatados ou embalados a vácuo, contaminados. 9.1. Como reconhecer A duração da doença varia dependendo da quantidade de toxina ingerida, sendo que, nos casos mais severos, a morte ocorre em algumas horas após o início dos sintomas. Na fase inicial, os animais apresentam graus variados de embaraço, incoordenação, perda de apetite e dificuldade de se movimentar. Tem início, então, um quadro de paralisia muscular flácida progressiva, que começa pelos membros posteriores e faz com que os animais prefiram ficar deitados (em decúbito esternal) e, quando forçados a andar, o fazem de maneira lenta e com dificuldade (andar cambaleante e lento). A respiração abdominal se torna acentuada e o vazio do flanco torna-se fundo. Não há febre. Os animais podem sucumbir repentinamente se estressados. Com o avanço da doença, a paralisia muscular se acentua, impedindo que o animal se levante, embora ainda seja capaz de se manter em decúbito esternal, progredindo para os membros anteriores, pescoço e cabeça, que faz com que a cabeça fique junto ao solo ou voltada para o flanco e pesada. A paralisia muscular afeta a mastigação e a deglutição, levando ao acúmulo de alimentos na boca e sialorréia (baba). O animal apresenta diminuição dos movimentos ruminais. Na fase final o quadro de prostração se acentua, fazendo com que o animal tenha dificuldade para se manter em decúbito esternal, tombando para os lados (em decúbito lateral). A consciência é mantida até o final do quadro, quando o animal entra em coma e morre por insuficiência respiratória. 9.2. Como tratar Não existe tratamento. Para os animais com intoxicação crônica recomenda-se o tratamento sintomático, que visa dar condições, quando possível, para que o animal resista ao quadro clínico apresentado. 9.3. Como evitar Para evitar o botulismo, três medidas são inevitavelmente necessárias: 1. Vacinação dos animais. A vacina deve ser aplicada em todo o rebanho, em duas etapas, com um mês de intervalo entre as mesmas. Recomenda-se que a primeira dose da vacina seja feita um mês antes das águas e da entrada do animal no confinamento. 2. Mineralização do rebanho, pois a deficiência mineral é o principal responsável pelo hábito dos animais roerem ossos. A mistura mineral deve estar formulada para atender às necessidades da categoria animal para a qual será destinada, de acordo com as condições de solo e pastagens da propriedade. É importante também um correto esquema de distribuição, com cochos em quantidade suficiente (1 metro de cocho para 50 animais, no mínimo), de preferência cobertos ou em local de fácil acesso para os animais (próximos aos bebedouros, em áreas de descanso ou de maior pastejo). 3. Eliminação das fontes de intoxicação, dando aos cadáveres um destino adequado: cremá- los e o que sobrar enterrar em local onde os bovinos não tenham acesso (longe de córregos e rios). Fazer um correto armazenamento do feno, da silagem e da ração, a fim de evitar material em decomposição. Evitar o consumo de águas rasas e paradas aos animais. Fazer inspeção e limpeza de bebedouros constantemente. Produto Vinculado: Botulina, Poli-Star. 10. BRUCELOSE A brucelose bovina é uma doença infecciosa de caráter crônico, causada pela Brucella abortus. É uma zoonose (doença que é transmitida dos animais para o homem) de distribuição mundial que afeta o sistema reprodutivo dos animais (bovinos, ovinos,caprinos, suínos, equinos e cães). http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/vacinas/botulina/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/vacinas/poli-star/ Os principais meios de transmissão da doença são os alimentos contaminados com Brucella sp (pastos, rações, água) por líquidos e tecidos fetais de abortos. A transmissão, também, pode ocorrer pelo sêmen não tratado adequadamente de animal infectado. A brucelose no homem é de caráter principalmente profissional, estando mais sujeitos a infectar-se as pessoas que trabalham diretamente com os animais infectados (tratadores, proprietários, veterinários) ou aqueles que trabalham com produtos de origem animal (funcionários de matadouros, laboratoristas). No Brasil, a situação de brucelose não é diferente da maioria dos países. É uma doença endêmica que ocasiona perdas econômicas consideráveis ao produtor e à pecuária nacional. Estudos epidemiológicos e econômicos da doença são escassos, porém, há estimativas de que a doença em bovinos cause queda de 20 a 25% na produção de leite, 15% na produção de carne e 15% de perdas de bezerros por ano, decorrente dos abortamentos, sem contar as perdas genéticas e a desvalorização do rebanho. 10.1. Como reconhecer Deve-se suspeitar de brucelose em uma propriedade quando há ocorrência de aborto em vacas prenhes a partir do 6º mês de gestação. Outros sintomas ocorrem, como: nascimentos de bezerros fracos ou mortos, retenção de placenta, repetição de cio, metrite, aumento do intervalo entre partos, mastite atípica, infertilidade, queda na produção de leite, aumento de volume nas articulações e inflamação no ligamento da nuca. Nos touros, a brucelose causa aumento no tamanho de um ou dois testículos com inflamação, causando infertilidade e diminuição do apetite sexual. 10.2. Como tratar A legislação brasileira proíbe o tratamento de animais positivos para brucelose. 10.3. Como evitar Para a prevenção da Brucelose bovina deve-se obedecer ao programa de vacinação de caráter obrigatório, com uma vacina elaborada com amostra viva atenuada B19 de Brucella abortus, e realizar testes sorológicos que levam ao diagnóstico da doença. De acordo com o estabelecido pelo Ministério da Agricultura e para cumprimento do PNCEBT, o programa de vacinação, deverá ser feito semestralmente, com duas campanhas anuais, cobrindo assim a maior parte dos nascimentos ocorridos durante o ano, vacinando as fêmeas entre 3 e 8 meses de idade. No Brasil, vacinam-se apenas bovinos. Outras medidas de controle devem ser implantadas em uma propriedade, como: adquirir animais livres da infecção (teste negativo de brucelose). O ideal é adquirir animais apenas de rebanhos livres da doença; evitar o contato com animais de outras propriedades; descartar filhas de mães infectadas. Produto vinculado: Brucelina B-19 11. CARBÚNCULO SINTOMÁTICO Carbúnculo sintomático é uma doença infecciosa endógena, conhecida também como "Manqueira", "Mal de Ano", "Peste de Ano", "Peste de Manqueira", "Quarto Inchado", que acomete principalmente animais jovens (de 6 meses a 2 anos de idade), geralmente bovinos e ovinos, mas também caprinos. Pode acometer bovinos de até 3 anos de idade, não vacinados ou vacinados há muito tempo, transferidos de áreas onde a doença não ocorre para áreas contaminadas. Pode ocorrer, também, ocasionalmente em bezerros de 2-6 meses de idade. Tem como agente o Clostridium chauvoei presente no meio ambiente. Ele coloniza o intestino dos animais e espalha-se para o corpo através da circulação sanguínea, alojando-se na musculatura. A doença se desenvolve devido à ativação de esporos latentes na musculatura, associada a fatores como traumatismos musculares em geral. São altas as taxas de acometimento de bovinos em todo o Brasil e com elevada mortalidade, sendo comum a sua ocorrência após as chuvas. 11.1. Como reconhecer Doença que aparece rapidamente e mata, também sem demora, bovinos de até 2 anos de idade é sugestiva de carbúnculo sintomático, assim como a claudicação (manqueira) e a tumefação (inchaço) crepitante à palpação de grupos musculares, depressão, apatia e febre. O quadro clínico geralmente evolui para a morte do animal que pode acontecer em 1-2 dias. 11.2. Como tratar Os bovinos afetados podem ser tratados com altas doses de penicilina, mas como a doença tem um curso agudo, a maioria morre apesar do tratamento. 11.3. Como evitar Vacinar todos os bezerros de 4-6 meses de idade anualmente. Quando se vacina animais antes de 6 meses de idade, uma segunda dose deve ser realizada 30 dias após a primeira. Todos os animais que morreram acometidos por essa enfermidade devem ser retirados dos pastos, cremados com óleo diesel e madeira e os restos mortais enterrados profundamente para evitar a contaminação dos pastos e disseminação da doença. http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/vacinas/brucelina-b19/ Produtos Vinculados: Monovacina, Poli-R, Poli-Star, Polivacina. 12. CERATOCONJUNTIVITE INFECCIOSA BOVINA (CIB) A Ceratoconjuntivite Infecciosa Bovina, também conhecida por "olho branco", é a doença ocular mais importante dos bovinos. É causada por uma bactéria denominada Moraxella bovis. Pode apresentar curso agudo, subagudo ou crônico, afetando apenas um ou ambos os olhos, caracterizada por conjuntivite, lacrimejamento e ceratite. 12.1. Como reconhecer Seus primeiros sinais são lacrimejamento intenso, com corrimento de líquido pela goteira lacrimal e fotofobia, seguidos de opacidade no centro da córnea (mancha esbranquiçada) um a dois dias após, que pode evoluir até ulceração, ocasionando cegueira temporária ou permanente e ruptura da córnea. A CIB não é uma doença fatal, mas seu impacto econômico é enorme, decorrente da perda da visão, a qual é responsável pela perda de peso, redução na produção de leite, dificuldades de manejo e custo de tratamentos. 12.2. Como tratar O tratamento consiste na administração de antimicrobianos via parenteral ou em forma tópica no saco conjuntival. Para isso é necessário fazer um antibiograma para saber qual produto é mais efetivo. Esse tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível após o aparecimento dos sintomas, como forma de impedir as lesões irreparáveis da córnea. No início da lesão é recomendável a aplicação de corticosteróides juntamente com antibióticos de aplicação tópica no saco conjuntival diariamente, até a cura do animal. 12.3. Como evitar O controle da doença deve ser realizado através de vacinas que contenham antígenos de fímbria e/ou impedimento da ação dos vetores (moscas). A vacina deve ser aplicada antes do aparecimento dos casos clínicos, em todos os animais do rebanho a partir dos 4 meses de idade. Nos animais primovacinados deve-se repetir uma segunda dose 21 dias após a primeira. http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/vacinas/monovacina/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/vacinas/poli-r/ http://produtos/bovinos-de-leite/vacinas/poli-star/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/antiparasitarios/absolut/ 13. CETOSE A Cetose é uma doença metabólica dos ruminantes que ocorre em consequência de um desequilíbrio energético, com a formação de ácidos graxos por metabolização de gordura que se transformam em corpos cetônicos. O incremento destes na circulação intoxica o animal e deprime o sistema nervoso central. Geralmente está associada a dois eventos: fêmeas com grande volume abdominal (gêmeos ou crias grandes) e alimentação de má qualidade. Clinicamente a doença em bovinos (acetonemia) e em ovinos (toxemia da prenhez) ocorre em períodos diferentes do ciclo gestação-lactação, porém o distúrbio que a desencadeia é o mesmo e ocorre em condições de manejo que levam ao estado de balanço nutricional negativo. A Cetose em bovinos é conhecida como Acetonemia e em ovinos como Toxemia da Prenhez.A doença ocorre pelo aumento das necessidades de glicose no organismo ou pela diminuição brusca da ingestão de carboidratos. Ocorre em vacas de alta produção leiteira em regime de confinamento, geralmente no primeiro mês após o parto quando os animais estão em ótimas condições corporais e são alimentados com rações de boa qualidade. Em bovinos de corte, ocorre no terço final de gestação de novilhas e de vacas falhadas, que por não terem tido cria no ano anterior, apresentam-se em ótimo estado nutricional no início da seca, sendo a doença desencadeada pela súbita restrição alimentar a que são submetidas e pela escassez de forragem que normalmente ocorre. Em ovelhas, a enfermidade ocorre principalmente naquelas gestantes de dois fetos, criadas em sistema intensivo, usualmente no último mês da gestação, sendo desencadeada por curtos e súbitos períodos de restrição alimentar a que são submetidas, principalmente por erros de manejo. A mudança de alimentação no final da gestação, mesmo que de boa qualidade, pode desencadear surtos porque os animais deixam de se alimentar em consequência da falta de costume com o novo tipo de alimento. A exposição ao mau tempo pode também aumentar a incidência da doença, uma vez que os animais tendem a ficar mais tempo à procura de abrigo do que se alimentando. Fatores que levam ao estresse, como tosquia, dosificações de medicamentos, transporte, mudanças no ambiente e confinamento de animais não acostumados, realizados no final da gestação, podem induzir ao aparecimento da doença. A doença nessa espécie é altamente fatal, com letalidade próxima dos 100%. Pode ocorrer, também, em novilhas e vacas de corte no terço final de gestação, principalmente no último mês. 13.1. Como reconhecer Em vacas leiteiras de alta produção: debilidade, perda de apetite, queda na produção de leite por 2-4 dias, perda de peso rápida, depressão e, às vezes, sintomas nervosos. Em vacas de corte prenhes: hiperexcitabilidade, agressividade, atitude de alerta, tremores musculares, incoordenação com ataxia dos membros posteriores, dificuldade respiratória, corrimento nasal seroso, diminuição dos movimentos ruminais, constipação com fezes de consistência aumentada, decúbito esternal permanente após 1-4 dias do início dos sintomas. Se não houver tratamento, os animais morrem em 3-7 dias após o início dos sintomas. A maioria dos animais tratados antes de apresentar decúbito permanente consegue se recuperar. Em ovelhas: os sinais clínicos são da forma nervosa. Geralmente os surtos prolongam-se por algumas semanas, adoecendo poucos animais a cada dia. No início as ovelhas separam- se do restante do rebanho, apresentam cegueira, permanecem em alerta, porém, sem se movimentar. Quando são forçadas a andar, batem em obstáculos ou pressionam a cabeça contra os mesmos, apresentam constipação e fezes secas. Em estágios mais avançados, apresentam tremores musculares, salivação, desvio lateral da cabeça, andar em círculos, decúbito e convulsões. Podem levantar após as convulsões assumindo uma posição característica de olhar as estrelas. O decúbito permanente dura 3-4 dias após o início dos sintomas, permanecendo em profunda depressão até a morte. O curso clínico pode variar de 2-7 dias, sendo mais rápido nos animais muito gordos. O diagnóstico é realizado pela epidemiologia, sinais clínicos e pela determinação de corpos cetônicos na urina ou no soro. 13.2. Como tratar Vacas e novilhas de corte e leite: o uso de medicamentos que aumentam a glicemia e restabelecem o apetite e a ingestão de alimentos pode ser eficiente na recuperação dos animais. A administração intravenosa de 500 mL de solução de glicose a 50% em dose única pode recuperar rapidamente os animais, porém, em muitos casos, a medicação deve ser repetida várias vezes. A administração de 10 mg de dexametasona produz estado hiperglicêmico por 4-6 dias em animais doentes. Anabolizantes têm sido recomendados com sucesso no tratamento da doença. Em ovelhas: a doença é altamente fatal e só respondem ao tratamento se for realizado no início dos sinais clínicos. O tratamento intravenoso com 5-7g de glicose deve ser acompanhado de solução isotônica de bicarbonato de sódio ou solução de Ringer com lactato. 13.3. Como evitar Vacas e novilhas de corte que estão na primeira fase da doença podem se recuperar quando são transferidas para pastagens de melhor qualidade ou quando são suplementadas com feno e melaço. A prevenção é realizada evitando-se colocar animais no final de gestação que estão em boas condições nutricionais em áreas com pouca disponibilidade de forragem. Em vacas de alta produção leiteira evita-se a doença fornecendo-lhes nutrição adequada durante a lactação e no período seco. Em ovelhas, as recomendações são as mesmas para os bovinos, porém preconiza-se melhora da nutrição principalmente na metade final da gestação. Devem-se evitar o estresse por manejo constante, tosquia, dosificações e transporte, bem como mudanças no tipo de alimentação no terço final da gestação. Alimentação extra e abrigos nos potreiros onde os animais permanecem durante a parição devem ser oferecidos durante invernos muito rigorosos. Produtos Vinculados: Dexamax, Rumefort. 14. DERMATOFILOSE É um processo infeccioso da pele que acomete bovinos, ovinos, caprinos, equídeos, cães e até o homem, causado por uma bactéria denominada Dermatophilus congolensis que se caracteriza por uma dermatite exsudativa, com erupções cutâneas crostosas e escamosas. Também é conhecida por estreptotricose cutânea, “Mela” ou “Chorona”.A doença se manifesta quando ocorre uma redução ou alteração das barreiras naturais existentes na pele. Estas alterações estão relacionadas a fatores ambientais (chuva, umidade e altas temperaturas) que influenciam o desenvolvimento, prevalência, incidência sazonal e transmissão da dermatofilose. Fatores estressantes como desmama, carência alimentar ou traumatismos por manejo inadequado, associados com períodos chuvosos e quentes, podem desencadear a doença por quebrarem a integridade da pele. A forma de surtos ocorre principalmente na época chuvosa e geralmente está associada a pastagens de Brachiaria decumbens ou Brachiaria brizantha, as quais, através de suas folhas ásperas, provocam microlesões na pele dos animais. Acomete bovinos de todas as idades, mas os mais jovens são mais propensos. Os reservatórios são os próprios animais enfermos e a transmissão pode ocorrer por contatos direto, indireto e através de vetores mecânicos e biológicos. 14.1. Como reconhecer Aparecimento de lesões em qualquer parte do corpo, mais particularmente na cabeça, pescoço, dorso e laterais do animal e, também, na porção posterior do úbere. Em bezerros, as lesões geralmente começam no focinho e espalham-se pela cabeça e pescoço. A doença normalmente é descoberta pela presença de elevações abaixo do pelo. As lesões características são pequenas crostas que se formam na base do pelo e o envolvem, com presença de tecido granuloso, exsudato e material purulento. Sinais sistêmicos da infecção estão ausentes ou limitados a uma resposta febril nos casos moderados. Em estágios mais avançados, a dermatite cicatriza-se e as crostas separam-se da pele, ficando presas pelos pelos, sendo facilmente removidas na forma de crostas com tufos de pelos. Nos estágios finais, há perda intensa de pelos, com formação de casca acentuada e pregueamento. http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/terapeuticos/dexamax/ http://www.vallee.com.br/produtos/bovinos-de-leite/suplementos/rumefort/ Alguns animais com lesões generalizadas aparentam estar embarrados, pois as crostas se assemelham com barro seco, sendo estes animais mais propensos a infecções e perda de peso. A reinfecção pode ocorrer principalmente em animais jovens. 14.2. Como tratar Os antibióticos injetáveis constituem-se no tratamentomais eficaz para controle da dermatofilose. A penicilina ou a estreptomicina são recomendadas em dois tipos de tratamento, ou em uma única aplicação em altas doses (70.000 UI/kg PV de penicilina ou 70 mg/kg PV de estreptomicina), ou em doses diárias (5.000 UI/kg PV ou 5 mg/kg PV, respectivamente) durante cinco dias. A oxitetraciclina também pode ser usada no controle de surtos da doença na dose de 20 mg/kg PV. As aplicações tópicas geralmente são pouco recomendadas por conta das dificuldades do produto em atingir as camadas mais profundas da pele. Alguns produtos podem ser utilizados, sendo recomendada a remoção das crostas antes da aplicação. Contudo, não se deve esperar por uma boa resposta ao tratamento tópico, principalmente se as condições do meio ambiente são adequadas para a disseminação da doença. Em termos gerais, os melhores resultados são obtidos durante o tempo quente e seco. Quando um grande número de animais é afetado podem ser recomendados banhos de imersão ou aspersão com sulfato de zinco ou de cobre na concentração de 0,2%-0,5%. 14.3. Como evitar Realizar o isolamento e tratamento imediato dos animais afetados assim que forem observadas as primeiras lesões, juntamente com a desinfecção do local e dos utensílios utilizados no manejo destes animais. Manter os animais em bom estado corporal auxilia na resistência imunológica e na prevenção das doenças. 15. DERMATOMICOSE É uma dermatite localizada, infectocontagiosa, de caráter crônico, causada pela invasão da pele e pelos por fungos, conhecidos como dermatófitos, que é caracterizada por descamação e perda de pêlos.Também conhecida pelo nome de "tinha", dermatofitose ou tricofitose. É uma doença de distribuição mundial, comum em regiões de clima tropical e temperado, particularmente em áreas quentes e úmidas, acometendo bovinos, ovinos, equinos, suínos, cães, gatos, aves, animais silvestres e humanos de qualquer idade, sendo os animais jovens os mais sensíveis. As perdas econômicas causadas pela dermatomicose são baixas, uma vez que a infecção é superficial e restrita à pele, mas a inquietação decorrente do prurido pode resultar em diminuição nas taxas de ganho de peso e crescimento. O meio de contaminação mais comum é o contato direto entre animais infectados e animais sadios, embora os esporos possam estar presentes em cercas, postes, cochos etc. 15.1. Como reconhecer Aparecimento de lesões na cabeça, pescoço e no períneo, podendo se alastrar para outras regiões e envolver grandes áreas do corpo do animal, as quais são circulares, circunscritas, medindo de 1 a 3 cm de diâmetro, podendo estar desprovidas de pelos ou cobertas por crosta de coloração acinzentada ou amarronzada, que se projetam ligeiramente acima da pele. A superfície abaixo da crosta é úmida e hemorrágica nos estágios iniciais, mas, quando as cascas caem, a lesão está seca e desprovida de pelos. Prurido não é comum, embora frequentemente os animais apresentem sinais de irritação. Em casos mais severos, particularmente em bezerros e animais jovens, a lesão tende a coalescer e a pele torna-se espessa e pregueada. O curso da doença é de aproximadamente quatro meses. Animais recentemente recuperados apresentam resistência temporária à reinfecção. 15.2. Como tratar Existem dúvidas quanto à validade do tratamento para a dermatomicose em bovinos, visto que a doença é normalmente autolimitante e a recuperação espontânea é comum. O tratamento, se bem executado, terá como objetivo reduzir a extensão das lesões e limitar a disseminação da doença, através da redução da contaminação ambiental. Muitos tipos de tratamentos tópicos podem ser usados, mas para uma maior eficácia, todos devem ser precedidos da retirada das crostas, com auxílio de escova de cerdas e água morna. As soluções devem ser esfregadas com intensidade nas lesões, sobretudo nas regiões periféricas. Aplicações de soluções fracas de iodo (1-2%), a cada 1-2 dias, têm alcançado bons resultados. Alguns produtos têm se mostrado auxiliares ao tratamento em função de seu efeito imunoestimulante como o levamisole. Em rebanhos onde a infecção atinge um grande número de animais, o tratamento deve ser feito à base de pulverizações ou banhos. O Captan® (N-triclometil-mercapto-4-ciclo- hexeno-1,2-dicarboxamida), fungicida de uso agrícola tem sido recomendado como um dos produtos mais eficazes para este tipo de uso. A dosagem recomendada é de 1:300-400, utilizando-se de 4-7 litros da calda por animal em dois tratamentos com intervalo de duas semanas entre eles. 15.3. Como evitar É preciso adotar medidas de controle como o isolamento de animais doentes, desinfecção de materiais e instalações. Uma dieta correta, com suplementação adequada, principalmente de vitamina A, para animais jovens em confinamento, pode ser considerada como uma medida auxiliar, visto que a susceptibilidade à infecção é maior nos animais subnutridos. 16. DIARRÉIA VIRAL BOVINA (BVD) A diarreia viral bovina (BVD) é uma enfermidade dos bovinos, e também de outros ruminantes, que causa grandes perdas econômicas nos rebanhos de corte e, principalmente, de leite de todas as idades. Ela age deprimindo o sistema imunológico do animal afetado, dando condições para que outras doenças se instalem e se disseminem no rebanho. Por apresentar distribuição geográfica mundial, cerca de 50 a 90% da população bovina adulta apresenta anticorpos no soro sanguíneo contra o vírus da BVD. Por isto, teoricamente, acredita-se que todos os rebanhos bovinos estejam infectados e a prevalência de anticorpos em animais adultos está em torno de 60%. O vírus da BVD frequentemente infecta as membranas mucosas do nariz e boca. Muitos animais portadores do vírus da BVD não apresentam sinais da infecção, embora eliminem, intermitentemente, o vírus. Esses ruminantes podem continuar a eliminar os vírus por períodos prolongados e, acredita-se que sejam os principais responsáveis pela disseminação e persistência do vírus em um rebanho. Aborto e defeitos ao nascimento são os mais importantes problemas econômicos que ocorrem em tais animais. Os pecuaristas que não estão cientes da presença de reprodutores persistentemente infectados (PI) correm o risco de acumular animais nessas condições, o que poderia ser economicamente desastroso. Por estarem aparentemente sadios, esses animais podem ser identificados somente quando ocorrer um surto da doença ou através da realização de um diagnóstico laboratorial com amostras de sangue. A súbita ocorrência anormal da doença frequentemente está associada com o estresse, que pode ser o fator desencadeante de uma epidemia. As principais fontes de infecção da BVD são os animais doentes e animais PI. Estes últimos são os mais importantes epidemiologicamente, tendo em vista a grande quantidade de vírus excretada por longos períodos, a dificuldade de detectá-los e a possível ausência de manifestação clínica. Os animais PI são os principais responsáveis pela manutenção e disseminação da BVD no rebanho. A via de eliminação é ampla, envolvendo descarga nasal, saliva, sêmen, fezes, urina, lágrima e leite. A transmissão pode ocorrer tanto por contato direto entre animais como pelo contato indireto por meio de água, alimentos, agulhas contaminadas etc. O vírus pode atingir o feto atravessando a placenta, através da circulação sanguínea materna, e causar aborto. 16.1. Como reconhecer Infecções pós-natal de animais imuno-competentes. Estas infecções são atualmente denominadas de BVD aguda, em que se pode ou não observar os sinais clássicos descritos. Usualmente estas infecções são pouco manifestadas, mas causam prejuízos à fertilidade dos animais. Recentemente têm sido relatados casos de BVD aguda com severas manifestações clínicas. Entre bezerros algumas das amostras virais isoladas causam um quadro denominado de síndrome hemorrágica.
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