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Toxicologia de Serpentes

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10/11/2021
TOXICOLOGIA: ANIMAIS 
PEÇONHENTOS- SERPENTES
• Vívian Novaes
Prof. Vívian Novaes
TOXICOLOGIA: SEPENTES
• Brasil: 321 espécies catalogadas, 
• 75 gêneros e nove famílias
• As serpentes peçonhentas no Brasil pertencem às famílias Viperidae e Elapidae. 
10/11/2021
TOXICOLOGIA: ACIDENTE OFÍDICO
• Bothrops; Rhinocero phis (jararacas, jararacuçu, urutu), responsáveis pelos acidentes botrópicos
• Crotalus (cascavel, boicininga, maracamboia), responsável pelo acidente crotálico,
• Lachesis (surucucu, jacutinga, pico-de-jaca), responsável pelo acidente laquético. 
• Família Elapidae possui no Brasil os gêneros Micrurus e Leptomicrurus, conhecidas como 
corais-verdadeiras e responsáveis pelos acidentes elapídicos
SERPENTES
• A fosseta loreal é um orifício encontrado entre os olhos e as narinas. 
Trata-se de um órgão do sentido usado para a caça, que funciona como 
sensor do calor irradiado por organismos de sangue quente. 
Exceto pelas corais-verdadeiras, as demais serpentes peçonhentas do Brasil apresentam a fosseta loreal
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SERPENTES
• Áglifa: 
Não apresenta presas capazes de inocular o veneno, pois os dentes
são maciços, sem canal central nem sulco externo; esta dentição está presente 
nas serpentes consideradas não peçonhentas, como as jiboias e as sucuris; 
SERPENTES
• Opistóglifa: 
Duas ou mais presas com sulco externo, pelo qual o veneno é injetado, localizadas na 
posição posterior do maxilar superior; fazem parte deste grupo diversas serpentes da 
família Colubridae, como as falsas-corais (Erythrolamprus aesculapii e 
Oxyrrhopusrigeminus); 
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SERPENTES
• Proteróglifa:
Par de presas fixas com um canal central, localizadas na posição anterior do maxilar superior; 
esta dentição é característica das corais-verdadeiras (gêneros Micrurus e Leptomicrurus)
SERPENTES
• Solenóglifa: 
Par de presas inoculadoras, com um canal central, grandes, pontiagudas e retráteis, 
localizadas na porção anterior do maxilar superior; está presente nas jararacas, cascavéis e
Surucucus.
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SERPENTES
• Veneno
Glândulas supralabiais
SERPENTES
• Venenos com ação:
Ação 
proteolítica
• Botrópico e 
laquético;
• Desnaturação
de proteínas, 
• Necrose no 
local da picada
Coagulante e 
anticoagulante
• Botrópico, 
crotálico e 
laquético; 
• Ativação da 
cascata da
coagulação, 
• Inativação dos 
fatores de 
coagulação.
• Hipoagregação
plaquetária
Hemorrágica
• Botrópico e 
laquético; 
• Rompe a 
integridade do 
endotélio.
Neurotóxica
• Crotálico e 
elapídico;
• Bloqueio da 
placa 
neuromuscular
Miotóxica
• Crotálico; 
• Promove lise e 
necrose das
fibras 
musculares
Nefrotóxica
• Crotálico e 
botrópico; 
• Promove
lesões ubulares
e no endotélio 
dos vasos, que 
podem 
culminar em 
insuficiência 
renal aguda
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FAMÍLIA VIPERIDAE
• DENTIÇÃO TIPO SOLENÓGLIFA
• PAR DE PRESAS ANTERIORES
• MAXILAR MÓVEL
ACIDENTE OFÍDICO: BOTHROPS
• Bothrops
• Urutu, urutu cruzeiro, cruzeira;
• Cores variadas (cauda amarelada)
• Ambientes úmidos como matas e áreas cultivadas e locais onde haja facilidade 
para proliferação de roedores (paióis, celeiros, depósitos de lenha). 
• De 70 cm a 2 metros 
• É muito perigosa, mas geralmente foge assim que avistada.
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ACIDENTE OFÍDICO: BOTHROPS
• Final da cauda lisa;
• Caçadoras de pequenos roedores
• Vivíparas: A reprodução é Vivípara, isto é, dá a luz a filhotes ao invés de colocar ovos, com o 
nascimento previsto para início da estação chuvosa.
• O acidente botrópico é responsável por cerca de 90% dos envenenamentos em nosso país.
ACIDENTE OFÍDICO BOTHROPS
• Possuem fosseta loreal
• Escamas na cabeça
• Olhos pequenos e pupilas em fenda
• Pele com letra V invertida
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ACIDENTE OFÍDICO BOTHROPS
Ação coagulante
É a propriedade que o veneno das serpentes dos gêneros Bothrops tem de 
transformar diretamente o fibrinogênio em fibrina, tornando o sangue 
incoagulável.
Ação proteolítica
Necrosante, decorre da ação citotóxica direta nos tecidos por frações proteolíticas 
do veneno. Pode haver liponecrose, mionecrose e lise das paredes vasculares.
ACIDENTE OFÍDICO BOTHROPS
• Ação vasculotóxica –
• O veneno das serpentes do gênero Bothrops pode causar hemorragias locais ou 
sistêmicas ( pulmões, cérebro e rins ). 
O edema no local da picada, que em geral ocorre minutos após o acidente, é 
decorrente de lesão tóxica no endotélio de vasos sanguíneos.
Outras ações –
Os acidentes botrópicos podem ser acompanhados de choque, com ou sem causa 
definida
- Hipovolemia por perda de sangue ou plasma no membro edemaciado, a ativação 
de substâncias hipotensoras, o edema pulmonar e a coagulação intravascular 
disseminada.
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ACIDENTE OFÍDICO BOTHROPS
Manifestações Locais: 
• Dor e edema endurado no local da picada, de intensidade variável, geralmente de
• Instalação precoce e caráter progressivo. Equimoses e sangramentos no ponto da 
picada são freqüentes.
• Infartamento ganglionar e bolhas podem aparecer na evolução, acompanhados ou 
não de necrose.
ACIDENTE OFÍDICO BOTHROPS
• Quadro Clínico:
• Manifestações Locais: 
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ACIDENTE OFÍDICO BOTHROPS
• Manifestações Sistêmicas: 
• Além de sangramentos em ferimentos já existentes, são observadas 
hemorragias à distância como gengivorragias, epistaxes, hematêmese e 
hematúria. 
• Nos acidentes causados por filhotes de Bothrops predominam as alterações de
coagulação; dor e edema locais podem estar ausentes.
ACIDENTE OFÍDICO BOTHROPS
a. Leve: dor e edema local pouco intenso ou ausente, manifestações hemorrágicas discretas 
ou ausentes, com ou sem alteração do Tempo de Coagulação. 
b. Moderado: caracterizado por dor intensa e edema local evidente, que ultrapassa o 
segmento anatômico picado, acompanhados ou não de alterações hemorrágicas locais ou 
sistêmicas como gengivorragia, epistaxe e hematúria.
c. Grave: caracterizado por edema local endurecido, podendo atingir todo o segmento 
picado, eventualmente com presença de equimoses e bolhas. 
Em decorrência de edema podem aparecer sinais de isquemia local devido a compressão 
dos feixes vasculonervosos. 
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ACIDENTE OFÍDICO BOTHROPS
Complicações:
• Manifestações sistêmicas importantes como hipotensão arterial, choque, oligúria, anúria
ou hemorragias intensas definem o caso como grave, independentemente do quadro 
local.
• Complicações Locais: Podem ocorrer: Síndrome compartimental
• Complicações Sistêmicas: Choque (em casos graves) e Insuficiência Renal Aguda (IRA)
ACIDENTE OFÍDICO BOTHROPS
Tratamento
• Suporte 
• Soro antiofídico
VENCOFARMA
Casos benignos: Aplicar 1 frasco pela via subcutânea do produto já reconstituído. Casos graves: 
Aplicar 3 frascos ou mais, do produto já reconstituído, pela via subcutânea ou intramuscular ou 
endovenosa a critério do médico veterinário.
Nos acidentes causados por Crotalus os casos são considerados graves.
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ACIDENTE OFÍDICO BOTHROPS
Tratamento
1 - Casos benignos: 
01 (um) frasco reconstituído contendo 50mL por via subcutânea em uma única dose.
2 - Casos médios 
01 (um) frasco reconstituído contendo 50mL, por via subcutânea e outro frasco de 50mL 
reconstituído por via endovenosa, em uma única dose.
3 - Casos graves
01 (um) frasco reconstituído contendo 50mL, por via subcutânea e 03 frascos de 50mL 
reconstituído por via endovenosa em uma única dose.
Em animais de pequeno porte, desprezar 30 mL do diluente na seringa, reconstituíndo a 
fração liofilizada com o restante.
ACIDENTE OFÍDICO BOTHROPS
10/11/2021
ACIDENTE OFÍDICO CROTALUS
• Crotalus
• Nome popular: Cascavél
• Coloração marrom-amarelado, corpo robusto, medindo aproximadamente 1, 5 m. 
• Apresenta chocalho na ponta da cauda. 
• São encontradas em campos abertos (áreas secas, arenosas e pedregosas), 
encostas de morros e cerrados, mas pouco frequentes em matas úmidas e faixas 
litorâneas
Os acidentes crotálicos geralmente ocorrem nas primeiras horas da noite, 
pois estas serpentes saem paracaçar nesse período. Por este motivo, é 
frequente Que o acidente seja identificado apenas no dia seguinte.
ACIDENTE OFÍDICO CROTALUS
• Solenógrafa
• Vivípara
• Chocalho ou guizo na ponta da cauda
• Robustas, não agressivas e pouco ágeis 
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ACIDENTE OFÍDICO CROTALUS
• Olhos pequenos com fenda
• Cabeça triangular
• Escamas
• Desenho de losango no dorso
• Final da cauda Chocalho 
ACIDENTE OFÍDICO CROTALUS
Crotalus (Veneno)
• Ação neurotóxica:
• Crotoxina, neurotoxina de ação pré-sináptica, que atua nas terminações nervosas,
inibindo a liberação de acetilcolina. Esta inibição é o principal responsável pelo bloqueio
neuromuscular, do qual decorrem as paralisias motoras apresentadas pelos pacientes.
• Ação miotóxica:
• Produz lesões de fibras musculares esqueléticas (rabdomiólise), com liberação de
enzimas e mioglobina para o sangue, que são posteriormente excretadas pela urina.
Ação miotóxica sistêmica, ação miotóxica local devido a crotoxina e da crotamina.
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ACIDENTE OFÍDICO CROTALUS
Crotalus (Veneno)
• Ação Coagulante:
• Decorre de atividade do tipo trombina que converte o fibrinogênio
diretamente em fibrina. O consumo do fibrinogênio pode levar à
incapacidade de coagulação sanguínea. Geralmente não há redução do
número de plaquetas.
• As manifestações hemorrágicas, quando presentes, são discretas.
ACIDENTE OFÍDICO CROTALUS
Crotalus (Quadro clínico)
• Manifestações Locais:
• Podem ser encontradas as marcas das presas, edema e eritema discretos.
Não há dor, ou se existe, é de pequena intensidade.
• Há parestesia local ou regional, que pode persistir por tempo variável,
podendo ser acompanhada de edema discreto ou eritema no ponto da
picada.
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ACIDENTE OFÍDICO CROTALUS
Manifestações Sistêmicas:
• Gerais:
• Secura da boca, prostração e sonolência ou inquietação, são de
aparecimento precoce e podem estar relacionados a estímulos de
origem diversas.
ACIDENTE OFÍDICO CROTALUS
Manifestações Sistêmicas:
• Neurológicas, decorrentes da ação neurotóxica do veneno:
• Apresentam-se nas primeiras horas e caracterizam o “fáscies miastênica” (fáscies
neurotóxica de Rosenfeld) evidenciadas por ptose palpebral uni ou bilateral, flacidez da
musculatura da face, há oftalmoplegia e dificuldade de acomodação (visão turva) ou
visão dupla (diplopia) e alteração do diâmetro pupilar (midríase).
• Com menor freqüência pode aparecer paralisia velopalatina, com dificuldade à
deglutição, diminuição do reflexo do vômito, modificações no olfato e no paladar.
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ACIDENTE OFÍDICO CROTALUS
Crotalus (Classificação de gravidade)
a. Leves: Sintomas neurotóxicos discretos, de aparecimento tardio, fáscies miastênica
discreta, mialgia discreta ou ausente, sem alteração da cor da urina.
b. Moderado: Sintomas neurotóxicos: fáscies miastênica evidente, mialgia discreta ou
provocada ao exame. A urina pode apresentar coloração alterada.
c. Grave: SintomaS neurotóxicos evidentes: fáscies miastênica, fraqueza muscular, mialgia
intensa e urina escura, podendo haver oligúria ou anúria, insuficiência respiratória.
• Complicações:
Locais: Raramente parestesias locais duradouras, porém reversíveis após algumas 
semanas.
• Sistêmicas: Insuficiência renal aguda (IRA) com necrose tubular, geralmente de
instalação nas primeiras 48 horas.
ACIDENTE OFÍDICO CROTALUS
Complicações:
- Locais:
• Raramente parestesias locais duradouras, porém reversíveis após
algumas semanas.
- Sistêmicas:
• Insuficiência renal aguda (IRA) com necrose tubular, geralmente de
instalação nas primeiras 48 horas.
10/11/2021
ACIDENTE OFÍDICO CROTALUS
Tratamento
• Suporte 
• Específico
VENCOFARMA
Casos benignos: Aplicar 1 frasco pela via subcutânea do produto já reconstituído. Casos graves: Aplicar 
3 frascos ou mais, do produto já reconstituído, pela via subcutânea ou intramuscular ou endovenosa a 
critério do médico veterinário.
Nos acidentes causados por Crotalus os casos são considerados graves.
ACIDENTE OFÍDICO CROTALUS
• 1 - Casos benignos:
01 (um) frasco reconstituído contendo 50mL por via subcutânea em uma única dose.
• 2 - Casos médios :
01 (um) frasco reconstituído contendo 50mL, por via subcutânea e outro frasco de 
50mL reconstituído por via endovenosa, em uma única dose.
• 3 - Casos graves:
01 (um) frasco reconstituído contendo 50mL, por via subcutânea e 03 frascos de 
50mL reconstituído por via endovenosa em uma única dose.
Em animais de pequeno porte, desprezar 30 mL do diluente na seringa, 
reconstituíndo a fração liofilizada com o restante.
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ACIDENTE OFÍDICO CROTALUS
• Midríase
• Ataxia
• Insuficiência Respiratória
• Oftalmoplegia
• Vômito
• Paralisia Flácida
• Sialorréia
• Dispnéia
• Mialgia
• Depressão Neurológica
ACIDENTE OFÍDICO LACHESIS
• Podem chegar a 3,5m. de comprimento; 
• Final da cauda em forma de “espinho”; 
• Presença de fosseta loreal; 
• Dentição solenóglifa; 
• Bote pode ser de 50% de seu comprimento total; 
• O acidente laquético é pouco frequente (1,4% do total de acidentes humanos 
por serpentes peçonhentas), mas deve ser sempre considerado grave.
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ACIDENTE OFÍDICO LACHESIS
• São encontradas apenas em áreas de floresta tropical densa, como a Amazônia, 
pontos da Mata Atlântica e alguns enclaves de matas úmidas do Nordeste.
• Ovípera
ACIDENTE OFÍDICO LACHESIS
Características
• Cabeça triangular
• Fosseta Loreal
• Escama na cabeça
• Olhos pequenos com pupilas em fenda
• Cauda com escamas eriçadas
10/11/2021
ACIDENTE OFÍDICO LACHESIS
ACIDENTE OFÍDICO LACHESIS
• Ação coagulante – Transforma diretamente o fibrinogênio em fibrina, 
tornando o sangue incoagulável.
Ação proteolítica – A ação proteolítica, também denominada de necrosante, 
decorre da ação citotóxica direta nos tecidos por frações proteolíticas do 
veneno. Pode haver liponecrose, mionecrose e lise das paredes vasculares.
10/11/2021
ACIDENTE OFÍDICO LACHESIS
Ação vasculotóxica
• Lesão no endotélio vascular pode causar hemorragias locais ou sistêmicas (
pulmões, cérebro e rins ).
• O edema no local da picada, que em geral ocorre minutos após o acidente, é
decorrente de lesão tóxica no endotélio de vasos sanguíneos.
Outras ações – Ativação do sistema nervoso autônomo parassimpático.
ACIDENTE OFÍDICO LACHESIS
Manifestações Locais: 
• Semelhantes às do acidente botrópico, predominando dor e edema. 
• Podem surgir vesículas de conteúdo seroso ou sero-hemorrágico nas 
primeiras horas do acidente. 
Manifestações hemorrágicas:
• Na maioria dos casos no local da picada.
Manifestações Sistêmicas:
• Hipotensão arterial, tonturas, escurecimento da visão, bradicardia, cólicas 
abdominais e diarréia (“síndrome vagal”). 
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ACIDENTE OFÍDICO LACHESIS
Tratamento
• Suporte
• Específico
VENCOFARMA
Casos benignos: Aplicar 1 frasco pela via subcutânea do produto já reconstituído. Casos graves: 
Aplicar 3 frascos ou mais, do produto já reconstituído, pela via subcutânea ou intramuscular ou 
endovenosa a critério do médico veterinário.
FAMÍLIA ELAPIDAE
• Micrurus
• Leptomicrurus
10/11/2021
ACIDENTE OFÍDICO ELAPÍDICOS
• Coral Verdadeira (Micrurus frontalis)
• Se esconde em buracos, montes de lenha e troncos de árvores.
• Após a picada, o paciente apresenta a visão dupla e borrada, a face se 
apresenta alterada (pálpebras caídas, aspecto sonolento), dores musculares e 
aumento da salivação.
• Insuficiência respiratória pode ocorrer como complicação do acidente.
ACIDENTE OFÍDICO ELAPÍDICOS
• Tamanho mediano (300-1.200mm de comprimento); 
• Anéis corporais de colorações pretas, amarelas, brancas e vermelhas 
• Olhos pequenos com pupilas arredondadas 
• Dentição proteróglifa; 
• Ausência de fosseta loreal;. 
• Comportamento de levantarem a cauda, de forma semi-enrolada (engodo caudal), 
quando se sentem ameaçadas; 
• Ovípera
• Acidentes elapídicos são raros no Brasil (Pouco agressivas e habitat semi-
subterrâneo).
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ACIDENTE OFÍDICO ELAPÍDICOS
• Neurotoxinas de ação pós-sináptica:- Presentes em todos os venenos elapídicos. 
- São rapidamente absorvidos para a circulação sistêmica e difundidos para os tecidos, 
devido ao baixo peso molecular. 
- As neurotoxinas competem com a acetilcolina (Ach) pelos receptores colinérgicos da 
junção neuromuscular, atuando de modo semelhante ao curare. 
- Nos envenenamentos onde predomina essa ação (Micrurus altirostris – antigamente M 
frontalis).
ACIDENTE OFÍDICO ELAPÍDICOS
Micrurus e Leptomicrurus ( VENENO )
• Neurotoxina de ação pré-sináptica: 
• Estão presentes em algumas corais (M corallinus).
• Atuam na junção neuro-muscular, bloqueando a liberação de Ach pelos 
impulsos nervosos, impedindo a deflagração do potencial de ação. Esse 
mecanismo não é antagonizado pelas substâncias anticolinesterásicas
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ACIDENTE OFÍDICO ELAPÍDICOS
Manifestações Locais:
Dor local e discreta (muitas vezes ausente) acompanhado de parestesia de progressão 
proximal. 
Manifestações Sistêmicas: 
- Inicialmente vômitos, posteriormente fraqueza muscular progressiva, ptose palpebral, 
sonolência, perda de equilíbrio, sialorréia, oftalmoplegia e presença de fáscies miastênica. 
- Podem surgir mialgia localizada ou generalizada, dificuldade de deglutir e afonia, devido a 
paralisia do véu palatino. 
- O quadro de paralisia flácida pode comprometer a musculatura respiratória, evoluindo para 
apnéia e insuficiência respiratória aguda.
ACIDENTE OFÍDICO ELAPÍDICOS
Tratamento
• O soro específico antielapídico deve ser aplicado por via intravenosa, em 
quantidade suficiente para neutralizar 150 mg de veneno. 
• Reveter competição por receptores colinérgicos da junção neuromuscular:
Cinco injeções intravenosas ou intramuscular de 0,01 a 2mg/Kg de neostigmina, 
com intervalos de 30 minutos entre cada administração; em seguida, administrar a 
mesma quantidade de neostigmina a intervalos progressivamente maiores, 
conforme a resposta clínica, até que ocorra a recuperação completa.
Cada administração de neostigmina deve ser precedida de uma injeção intravenosa 
de 0,02 a 0,05 mg/Kg Intramuscular de sulfato de atropina, para se obter o aumento 
da frequência do pulso, na ordem de 20 batimentos por minuto.
10/11/2021
MEDIDAS PREVENTIVAS
• Usar botinas com perneiras ou botas de cano alto no trabalho, pois 80% das picadas atingem as pernas abaixo dos 
joelhos. 
• Usar luvas de couro nas atividades rurais e de jardinagem; não colocar as mãos em buracos na terra, ocos de 
árvores, cupinzeiros, utilizando para isso um pedaço de pau ou enxada. 
• Examinar os calçados, pois serpentes podem refugiar-se dentro deles. 
• Vedar frestas e buracos em paredes e assoalhos. 
• Limpar as proximidades das casas, evitando folhagens densas junto delas.
• Evitar acúmulo de lixo, entulhos e materiais de construção.
• Avaliar bem o local onde montar acampamentos e fazer piqueniques. 
• Preservar inimigos naturais (raposa, gambá, gaviões e corujas) e criar aves domésticas, que se alimentam de 
serpentes. 
• Em caso de dúvida ligue para o Centro de Intoxicações de sua região
Fonte: http://www.fiocruz.br/sinitox_novo/media/serpentes.pdf

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