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1 AV1 – Pneumologia – Prof.ª Raquel – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 01/02/2022 – Aula 1 Função Pulmonar A função primária do sistema respiratório corresponde a troca gasosa. O transporte de O2 ocorre através de uma difusão passiva dependente de gradiente. Lembrando da anatomia do trato respiratório... Vias aéreas – sistema de tubos em série e paralelo. Território alveolar – acoplado às vias aéreas, onde se processam as trocas gasosas, objetivo maior do sistema Resistencia (1) X Complacência (2) (1) Calibre das vias aéreas (2) Comportamento elástico alveolar No trato respiratório se tem estruturas de condução e estruturas respiratórias, em que há predomínio da zona respiratória. Pode-se afirmar que o pulmão não é composto apenas de estruturas que promovem a troca gasosa, visto que há uma zona condutora. Normalmente, apenas as regiões inferiores do pulmão são utilizadas como meio de troca gasosa, no entanto, em situações que demandam de uma maior oferta de oxigênio com, por exemplo, na presença de patologia ou realização de exercícios físicos, haverá uma compensação para aumentar a troca gasosa. Árvore respiratória: traqueia → brônquios → bronquíolos terminais → bronquíolos respiratórios → ductos alveolares → átrio alveolar Brônquio fonte direito Brônquio fonte esquerdo Mais verticalizado Mais associado a broncoaspiração Mais horizontalizado, mais curto e menos calibroso. Pneumonia no pulmão esquerdo tem recuperação mais demorada. Trato respiratório superior: laringe para cima (otorrino). Trato respiratório inferior: abaixo das cordas vocais (pneumo). Outra divisão: 1. Grandes vias aéreas (>2mm): traqueia, brônquios até segunda geração. 2. Pequenas vias aéreas (< 2mm): bronquíolos, ductos e sacos alveolares. Essa divisão se refere a espessura da via. Quanto à extensão das vias aéreas podemos levar em consideração a seguinte comparação: Grandes VAS: folha A4 Pequenas VAS: quadra de tênis Introdução à pneumologia 2 AV1 – Pneumologia – Prof.ª Raquel – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 Broncoscópio ou fibrobronscópico: entra dentro da árvore brônquica para fazer biópsia, para visualizar a área central da árvore brônquica. Os exames a serem pedidos tem a ver com a anatomia e a localização da lesão. A aspiração com agulha fina pode ser feita quando a lesão está mais periférica. Histologia da árvore respiratória Brônquios – ep. pseudoestratificado cilíndrico ciliado, com células produtoras de muco (vias > 2mm) = células caliciformes. Bronquíolos – área de transição entre B. terminais – ep. cilíndrico simples B. respiratórios – ep. cúbico simples com perda de cartilagem Alvéolos – revestidos por: Pneumócitos tipo I (97%/ ep. revestimento – pavimentoso – troca gasosa). Pneumócitos tipo II (diferenciam-se em I, produzem surfactante – cúbica) Os alvéolos são pequenos sacos com paredes finas, onde ocorre as trocas gasosas. Os alvéolos apresentam tipos celulares distintos: células endoteliais dos capilares (contínuos), pneumócitos do tipo I, pneumócitos do tipo II e macrófagos alveolares. Macrófagos alveolares ou células de poeira, estão no interior dos septos interalveolares e na superfície dos alvéolos. Esses macrófagos quando localizados na camada surfactante limpam a superfície do epitélio alveolar e após realizarem o trabalho são encaminhados para a faringe, indo em direção ao sistema digestório O alvéolo é altamente vascularizado, justamente para permitir a troca gasosa. Membrana alveolocapilar corresponde ao espaço intersticial (espaço virtual) tem a função de troca gasosa e mecanismo de defesa. Surfactante: mantém o alvéolo aberto (ou impede seu colabamento); diminui a força de coesão entre moléculas de água localizadas na membrana alveolar; mantém o interior dos alvéolos secos; auxilia a difusão dos gases pela membrana alveolar, e facilita a distensão dos alvéolos. O pulmão não tem inervação, e sim a pleura. Por isso, só há dor pleurítica. Aparelho mucociliar Principal mecanismo de defesa pulmonar contra agentes externos. Batimento ciliar – partículas aderidas ao muco – orofaringe – eliminação pela tosse ou deglutição Muco recobre células do epitélio respiratório Possui 2 porções: Porção gelatinosa (gel) – em contato com a luz das vias aéreas – adesão de partículas viscosa. Porção aquosa (água e eletrólitos) – fase sol – fluido periciliar – em contato com as células. Os cílios através de seu constante batimento transportam o muco para a orofaringe. Recobrem toda superfície das vias aéreas superiores. Exceto: vestíbulo nasal, pequenas áreas de naso/orofaringe, laringe e região olfatória do nariz. Árvore traqueobrônquica: cílios contínuos até bronquíolos respiratórios. Patologias associadas ao aparelho mucociliar: - Bronquite crônica – hipersecreção de muco - Fibrose cística – diminuição da fase sol do muco - Síndrome da discinesia ciliar – perda da movimentação dos cílios Tosse e espirros A grande maioria, no caso da pneumologia, são doenças infecto contagiosas. Trocas gasosas Segmentos terminais de troca gasosa: bronquíolo respiratório → ducto alveolar → alvéolo (ar alveolar e conteúdo capilar) Os sinais e sintomas dependem da doença, da localização e da extensão da doença. A grande função da pneumologia é exatamente na troca gasosas entre o gás carbônico e oxigênio, que ocorre dentro 3 AV1 – Pneumologia – Prof.ª Raquel – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 da circulação coração X pulmão e coração X resto do corpo. Se houver alguma alteração nessa distribuição haverá maior concentração de um gás no corpo que outro. O gás carbônico é muito mais difusível que o oxigênio. Ventilação Ventilação pulmonar – volume de ar atmosférico que entra ou sai dos pulmões por unidade de tempo Ventilação alveolar – volume de ar atmosférico que entra nos pulmões por unidade de tempo, efetivo para as trocas gasosas. Difusão Equilíbrio entre sangue e gás alveolar – ocorrem em 1/3 do tempo de contato ar/sangue nos alvéolos. Alterações difusionais só ocorrem em graves espessamentos da membrana alvéolo-capilar. Então, tudo depende da extensão das doenças nessas áreas. Relações entre ventilação/perfusão Alterações na relação são a causa mais comum da alteração de trocas gasosas Shunt – áreas perfundidas e não ventiladas, quando há uma obstrução patológica, por exemplo. Espação morto – área ventilada e não perfundida, um exemplo patológico seria a TEP. Desequilíbrio ventilação-perfusão é a causa mais comum de hipoxemia arterial. Ex.: choque hemorrágico, têm áreas ventiladas, mas, não têm áreas perfundidas. Curva de dissociação da oxiemoglobina Transporte de oxigênio: mínima quantidade dissolvido no sangue, maior parte combinado à Hb, que se fixa a ele de forma reversível. Desvio para direita (verde) – pH mais ácido Desvio para a esquerda (azul) – pH mais alcalino Bronquiectasias – brônquios dilatados Enfisema pulmonar – dilatação no território alveolar Abscessos pulmonares Na pneumologia não é mais importante somente fazer o diagnóstico da doença, mas também ver a extensão da doença. Só existe uma maneira de ver a extensão da doença na pneumologia, é necessário fazer um exame de imagem para verificar a extensão da doença.
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