Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
StuDocu is not sponsored or endorsed by any college or university Relatório Experimental - Leis de Newton Laboratório de Física Geral I (Universidade Estadual de Maringá) StuDocu is not sponsored or endorsed by any college or university Relatório Experimental - Leis de Newton Laboratório de Física Geral I (Universidade Estadual de Maringá) Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=relatorio-experimental-leis-de-newton https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-estadual-de-maringa/laboratorio-de-fisica-geral-i/relatorio-experimental-leis-de-newton/4427437?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=relatorio-experimental-leis-de-newton https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-estadual-de-maringa/laboratorio-de-fisica-geral-i/3418427?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=relatorio-experimental-leis-de-newton https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=relatorio-experimental-leis-de-newton https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-estadual-de-maringa/laboratorio-de-fisica-geral-i/relatorio-experimental-leis-de-newton/4427437?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=relatorio-experimental-leis-de-newton https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-estadual-de-maringa/laboratorio-de-fisica-geral-i/3418427?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=relatorio-experimental-leis-de-newton UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA Física Experimental – 5263 LEIS DE NEWTON Acadêmico (a): RA: Turma: 002 Professora Hatsumi Mukai Maringá 29 de maio de 2018 0 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=relatorio-experimental-leis-de-newton 1. Resumo Nesse relatório será apresentado o estudo atuação das Leis de Newton por meio da prática experimental, na qual um móvel percorre um trilho de ar nivelado por ação da força peso de uma massa suspensa. Embora o valor da massa suspensa tenha sido variado para aprofundar o estudo do movimento, a massa total do sistema permaneceu constante, pois os discos metálicos no suporte que constituíam o que denominamos massa suspensa eram transferidos para o móvel após cada coleta de dados referentes ao tempo levado pelo móvel para percorrer o intervalo de tempo. Considerou-se como condições iniciais, além da massa total do sistema como constante, o móvel partindo sempre da posição inicial (0,00±0,05)cm, no tempo inicial (0,000±0,001)s e percorrendo sempre a mesma distância de (70,00±0,001)cm, sob as mesmas condições: forças dissipativas e externas desprezíveis. A trajetória do móvel é retilínea e horizontal; o móvel a percorre com aceleração, esta depende da massa suspensa que exerce uma força peso sobre o sistema, movimenta o móvel e é diretamente proporcional à aceleração. Por meio de equações e deduções matemáticas e físicas, obteve-se a equação da reta que descreve o movimento: a⃗=15+0,002∗F⃗ . Esperava-se que o coeficiente angular fosse um valor muito pequeno ou quase nulo, uma vez que para F⃗=0 , a aceleração também deveria ser nula. Portanto conclui-se que houve um equívoco no posicionamento do primeiro sensor que desencadeia a contagem do tempo, ele provavelmente não ficou próximo o suficiente do móvel e iniciou a contagem muito após sua partida. Concluiu-se que a Lei da Inercia, ou Primeira Lei de Newton, atua sobre o móvel que, quanto maior a massa, mais resistência oferece à aceleração (pois tende a permanecer em repouso ou em movimento retilíneo). A Segunda Lei permitiu encontrar o valor da aceleração referente a cada força e as deduções em relação ao movimento. Quanto à atuação da Terceira Lei, a da ação e reação, pode-se identificar entre a força peso do móvel e a força normal, entre a tensão no fio e a força peso da massa suspensa. 1 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 Sumário 1. Resumo..................................................................................................... 1 2. Introdução Geral........................................................................................ 3 3. Objetivos.................................................................................................... 4 4. Fundamentação Teórica .............................................................................4 5. Desenvolvimento Experimental............................................................. ....8 5.1. Materiais Utilizados.................................................................. 8 5.2. Montagem Experimental........................................................... 8 5.3. Descrição do Experimento ........................................................ 8 5.4. Dados Obtidos Experimentalmente......................................... 10 5.5. Interpretação dos Resultados................................................... 11 6. Análise e Discussão dos Resultados........................................................ 17 7. Conclusões............................................................................................... 18 8. Referências Bibliográficas...................................................................... 19 9. Apêndices................................................................................................ 20 2 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=relatorio-experimental-leis-de-newton 2. Introdução Geral Os estudos de Isaac Newton (1643 – 1727) foram de suma importância para a compreensão dos movimentos e suas leis tornaram-se os fundamentos básicos da Mecânica clássica, ou Mecânica newtoniana (tamanha a relevância dos desenvolvimentos de Newton). A Primeira Lei de Newton, ou Lei da Inércia, diz respeito à tendência dos corpos em permanecer em repouso ou em movimento retilíneo uniforme (MRU) a menos que uma força externa atue sobre ele. Quanto à Segunda Lei de Newton, podemos concluir que a variação da força aplicada é proporcional à variação de velocidade, isto é, à aceleração. Matematicamente, a força resultante equivale ao produto entre a massa e a aceleração do corpo. Em termos de momento linear, a força resultante em uma partícula ou sistema equivale à variação do seu momento linear num intervalo de tempo. Vale ressaltar que, para serem válidas, as Leis de Newton devem ser aplicadas adotando-se um referencial inercial, isto é, um corpo sobre o qual a força resultante seja nula, bem como sua aceleração. Pode-se perceber que a Primeira Lei estabelece o critério para determinar um referencial como inercial ou não. Por fim, a Terceira Lei afirma que toda ação tem uma reação de mesma intensidade e direção, mas sentidos diferentes. Essas leis foram publicadas em 1687, na obra Princípios Matemáticas da Filosofia Natura. No experimento relado, serão aplicadas tais leis a fim de identificar suas atuações e relacionar a aceleração do sistema com a força atuante. 3 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 3. Objetivos 3.1. Objetivos gerais O intuito geral do experimento é realizar a aplicação das Leis de Newton para o movimento 3.2. Objetivos específicos O propósito intrínseco da prática é obter a relação entre a força resultante que atua no sistema e a aceleraçãodo mesmo e, para isso, fazer uso de gráficos e aplicar a teoria de erros. 4. Fundamentação Teórica Para analisar o movimento realizado pelos corpos envolvidos no experimento é preciso compreender as leis que fundamentam a Mecânica que será aplicada a sua análise, no caso, a Mecânica clássica ou newtoniana – as Leis de Newton. 1ª Lei de Newton ou Lei da Inércia: Sob ausência de forças atuando sobre um sistema, corpo ou partícula, ou em caso de nulidade da força resultante, o objeto em questão tende a permanecer em repouso ou em movimento retilíneo uniforme. Portanto, nessas circunstâncias, a aceleração é nula. 2ª Lei de Newton: A aceleração (a) é proporcional à força externa atuante ( F⃗R ) e possui mesma direção e sentido que esta. Podemos escrever isso em termos matemáticos: F⃗R=∑F⃗=m. a⃗ (1) Pela equação (1), podemos observar que a força F⃗R é inversamente proporcional à massa m diretamente proporcional à aceleração a⃗ . O desvio da equação (1) é calculado aplicando logaritmo natural em ambos lados da igualdade e as propriedades logarítmicas para isolar σ F : σ F= σm m +a( 0,05S −0,001t2 ) (2) 4 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=relatorio-experimental-leis-de-newton Em termos do momento linear, a força resultante ( F⃗R ) equivale á taxa de variação do momento linear em relação ao tempo, ou seja: ∑ F⃗=d P⃗ dt (3) ► Ressalto novamente que as Leis de Newton só têm validade para em referenciais inerciais, isto é, referenciais cuja aceleração é nula tal como determina a Primeira Lei de Newton. A Figura 1 apresenta uma demonstração esquemática de um sistema de dois corpos acoplados, realizando um movimento unidimensional, e as forças atuantes no mesmo. sen Figura 1. Desenho esquemático de dois corpos ligados por um mesmo fio, demonstrando as forças atuantes no sistema. Sendo N⃗ a força normal; T⃗ a tensão no fio; P⃗1 a força peso referente à massa do corpo (móvel) que se movimenta horizontalmente sobre o plano; P⃗ 2 a força peso referente à massa suspensa que se movimenta verticalmente; x e y o sistema de coordenadas cartesianas e o sinal positivo (+) o indicador do sentido do movimento. Considerando m1 como a massa do móvel e m2 a massa suspensa, pode-se aplicar a 2ª Lei de Newton, equação (1), no sentido do movimento: 5 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 P⃗2=(m1+m2)a (4) Sabendo que: P⃗2=m2g (5) E que o desvio de P⃗2 é calculado usando propriedades logarítmicas que levam à equação: σ P⃗2 =g .σm (6) Para o experimento em questão, será usada a seguinte equação: a= ∆S t 2 (7) E o desvio dela pela equação: σ a=a( σ∆S∆ S + 2σ t t 2 ) (8) Construídos gráficos em papel milimetrado e dilog, é preciso fazer uso de algumas equações. O cálculo da média entre as medidas coletadas é o requerimento inicial para ambos gráficos, assim como o desvio padrão delas, uma vez que representamos a medida direta de várias medidas pela média aritmética das medidas e o desvio padrão entre elas ( x= x́ ± σ x¿ . A média aritmética simples: x́= x 1 +x 2 + x 3 +…+ xn n (9) Sendo n o número de medidas coletadas. O desvio padrão atribuído à média: σ x=√∑i=1 n (x1− x́) 2 (n−1) (10) Quando há uma soma de várias medidas (quando se trata de uma medida obtida pela soma de varias medidas), o desvio total é obtido pela equação: 6 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=relatorio-experimental-leis-de-newton σ tot 2 =σ x 2+σ y 2+… (11) Calculada a média e o desvio padrão, para demarcar os pontos no papel milimetrado é preciso estabelecer um módulo de escala para distribuir os dados da melhor maneira possível. Para obter o módulo de escala utiliza-se a equação: M es= intervalo disponível no papelmilimetrado maior valor obtido experimentalmente (12) Ao marcar os pontos no papel milimetrado, é importante atentar ao comportamento deles, se estão relativamente alinhados ou se formam uma curva, por exemplo. Por isso fazemos uso da relação: a⃗∝ F⃗ n=C F⃗n (13) O valor n indica o grau do polinômio, é preciso saber ele para confeccionar um gráfico linear e calcular o coeficiente angular afim de obter o valor de C. Como se tratam de medidas obtidas experimentalmente, os pontos demarcados no papel milimetrado podem não ficar bem alinhados, por esse motivo é realizada a linearização da reta pelo método dos mínimos quadrados. Através dele determina-se a equação da reta segundo os valores obtidos na prática. Primeiramente é preciso ter em mente a equação da reta: y=a+bx (14) Sendo a o coeficiente linear e b o coeficiente angular. O coeficiente angular indica a inclinação da reta e é obtido pela equação: x ∑ ¿2 ¿ x 2−¿ n∑ ¿ b= n∑ xy−∑ x∑ y ¿ (15) 7 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 O coeficiente linear indica em o valor onde o gráfico toca o eixo das abscissas e é calculado pela equação: x ∑ ¿2 ¿ x 2−¿ n∑ ¿ a= ∑ y∑ x2−∑ x∑ xy ¿ (16) Para assegurar o resultado da equação, é possível calcular ambos coeficientes por meio da calculadora.1 5. Desenvolvimento Experimental 5.1. Materiais Utilizados: 1 trilho de ar(Azeheb); 1 compressor de ar; 1 cronômetro digital(Azeheb; precisão: 0,01s); 1 móvel; 1 eletroimã; 5 sensores de tempo; 1 roldana; 1 trena ; 1 Nível (Bellota) Fio inextensível; 1 Suporte para massas; 6 massas (discos metálicos em torno de 5 gramas cada); 1 Balança digital; 5.2. Montagem experimental 1 Apêndices. 8 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=relatorio-experimental-leis-de-newton Figura 2. Montagem experimental semelhante à utilizada para a coleta de dados referentes ao experimento sobre Leis de Newton [7]. Sendo 1) trilho de ar; 2)cronômetro; 3)móvel; 4)massa suspensa em suporte; 5)polia; 6)chave LIGA/DESLIGA do eletroímã; 7)sensores de tempo. 5.3. Descrição do Experimento 1. Seis massas em formato de discos metálicos foram selecionadas e numeradas com marcação em caneta; 2. As massas foram colocadas em ordem numérica e pesadas, todas juntas e com o suporte, para evitar a propagação de erros. Sobre a balança, anotou-se o peso do conjunto e cada massa, uma a uma, foi retirada do conjunto e a massa do mesmo, anotada na Tabela 1, até que restasse sobre a balança apenas o suporte; 3. A massa total do sistema, isto é, a massa do móvel mais o total de massa suspensa, foi anotada na Tabela 1. 4. O compressor de ar foi ligado e foi feita a nivelação do trilho de ar (1) – posiciona-se o móvel mais ou menos na metade do trilho, se ele se movimentar para um lado, significa que o trilho está inclinado para aquele lado, para resolver isso, utiliza-se as estruturas de regulagem na parte inferior do trilho até que o móvel permaneça parado no meio dele; 5. Com o eletroímã ligado para segurar o móvel, um fio inextensível foi passado por uma das extremidades do móvel, que não a que possui eletroímã, e pela roldana (5) na extremidade oposta do trilho. 6. O suporte das massas precisa ficar suspenso para fora da mesa, para tal é preciso deslocar o trilho cuidadosamente de maneira a posicionar a extremidade oposta ao eletroímã um pouco para fora da bancada. Ressaltando que o fio não deve ser muito longo ao ponto de fazer com que a massa suspensa atinja o solo antes de o móvel percorrer todaa trajetória; 7. O primeiro sensor de tempo deve ser posicionado o mais próximo possível do móvel, a fim de que este acione o sensor imediatamente após ser liberado, assegurando que as posição e velocidade iniciais sejam nulos; 9 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 8. O segundo sensor de tempo deve ser posicionado de maneira a manter certa distância que garanta a passagem do móvel por ele antes de atingir o final do trilho na extremidade onde está fixada a roldana. Na presença de outros sensores no trilho de ar, considerar apenas os tempos marcados pelo primeiro e pelo ultimo sensor. Deve-se também verificar o posicionamento correto do elástico no suporte da extremidade onde está a roldana – ele é responsável por evitar que o móvel saia do trilho ou se choque com o suporte, danificando os equipamentos. 9. Com o trilho nivelado (procedimento 4) e o compressor de mantido ligado até o fim da coleta de dados, selecionou-se a função F1 do cronômetro; 10. Liga-se o eletroímã em potência máxima para manter o móvel parado na posição inicial. As massas são colocadas no suporte, uma a uma e em ordem numérica; 11. As massas no suporte (4) devem ficar suspensas verticalmente em relação ao móvel e sem oscilações; 12. Desligue o eletroímã na chave LIGA/DESLIGA (6), liberando o móvel. Anote os tempos registrados pelo último sensor, pois este registra o tempo necessário para o móvel percorrer o intervalo de espaço desejado. Esse procedimento deve ser realizado três vezes para minimizar a ocorrência de erros aleatórios. Os tempos devem ser anotados na Tabela 1 e antes de realizar cada medida o cronometro era zerado, clicando-se no botão resert. 13. Realizadas e anotadas as três medidas, retira-se o primeiro disco do suporte e o coloca no móvel (nos suportes laterais do móvel). Assim a massa suspensa (4) é a soma das massas restantes no suporte. As massas eram tiradas em ordem crescente, pois foram postas em ordem decrescente no suporte, isso fica por conta da decisão de quem realiza o experimento. Para cada novo conjunto de massas, anota-se seu valor e as três medidas de tempo que o móvel levou para realizar o percurso. Observação: as massas que são retiradas do suporte devem ser distribuídas igualmente nos dois lados do móvel para manter sua estabilidade; 14. O procedimento 13 deve ser realizado até que não restem massas no suporte, tendo em mente que a massa m2 é a soma das massas de todos os corpos suspensos; 15. Identifique e anote onde estão atuando as Leis de Newton no movimento do móvel. 5.4. Dados Obtidos Experimentalmente A Tabela 1 apresenta os dados obtidos experimentalmente com a variação da massa suspensa m2 , de maneira tal que a massa total se mantenha constante. A variação na massa suspensa incide na variação do tempo de percurso no intervalo de espaço S, preservado fixo, o qual o móvel percorre. Ressaltando que ti é o tempo marcado pelo 10 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=relatorio-experimental-leis-de-newton cronometro no instante em que o móvel passa por ele. Essa medida de tempo foi repetida três vezes para cada conjunto de massa suspensa. Tabela 1. Dados experimentais com a massa total do sistema (M(g)); massa suspensa (m2(g)), os tempos marcados (ti(s))e seus respectivos desvios. Ademais, S é o deslocamento do móvel dado em centímetros. Observação: o desvio de M(g) foi calculado pela equação (9). g m2¿ ) t1(s) t2 t3 32,22±0,01 0,971±0,001 0,975±0,001 0,964±0,001 27,30±0,01 1,140±0,001 1,137±0,001 1,139±0,001 22,14±0,01 1,142±0,001 1,141±0,001 1,144±0,001 15.33±0,01 1,287±0,001 1,282±0,001 1,286±0,001 12,19±0,01 1,347±0,001 1,349±0,001 1,353±0,001 7,17±0,01 1,609±0,001 1,619±0,001 1,600±0,001 2,15±0,01 2,136±0,001 2,015±0,001 2,014±0,001 M(g)= 272,68±0,014 S (cm)=70,00±0,05 Pode-se observar a aplicação da Primeira Lei de Newton no móvel que, quanto maior a massa do móvel (o que incide automaticamente em menor massa suspensa e menor força atuando), mais lento se movimenta, ou seja, ele oferece resistência mesmo com forças dissipativas, como o atrito, desprezíveis. Ele tende a resistir a aceleração para permanecer em repouso e, na iminência do movimento, com velocidade constante. Identificando agora a aplicação da Segunda lei de Newton, pode se perceber que quanto maior a massa suspensa, maior a aceleração e a velocidade final do móvel – para constatar isso, basta observar na Tabela 1 que, conforme a massa suspensa diminui maior o intervalo de tempo que o carrinho leva para percorrer a trajetória. Isso se explica porque a força que ocasiona o movimento é a força peso da massa suspensa, pela equação (1) que a força é diretamente proporcional à aceleração, quanto maior a massa suspensa cujo peso leva ao movimento, maior a aceleração do sistema e a velocidade final do carrinho. Quanto à terceira Lei de Newton, é perfeitamente notável na Figura 1 (na qual estão demonstradas as forças atuantes), que a força peso do móvel ( P⃗1 ) possui uma força na mesma direção e de mesma intensidade mas sentido oposto: a força normal ( N⃗ ). No fio também se identifica a aplicação da Terceira Lei, a massa suspensa exerce uma força peso contrária à tensão e a tensão opõe-se à força peso. 11 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 5.5. Interpretação dos Resultados Para construir um gráfico de Força versus aceleração, é preciso determinar com base nos dados coletados. É facilmente identificável que a força atuante que causa o movimento, logo, reescrevemos a equação (1) substituindo a força pelo peso da massa suspensa e a aceleração pela aceleração da gravidade, tal como a equação (5). Sendo a força peso a força atuante no sistema, deve-se determina-la para cada massa suspensa usando a equação (5), considerando a aceleração da gravidade no valor de 980,665cm/s2, e o desvio calculado pela equação (6) P⃗ 2 =m 2 g Para a massa suspensa equivalente a (32,22±0,01)g: P⃗ 2a=32,22∗980,665 P⃗ 2a=31597,02N Para a massa suspensa equivalente a (27,30±0,01)g: P⃗ 2b=27,30∗980,665 P⃗ 2b=26772,15N Para a massa suspensa equivalente a (22,14:±0,01)g P⃗ 2c=22,14∗980,665 P⃗ 2 c=21711,92N Para a massa suspensa equivalente a (15,33±0,01)g: P⃗ 2d=15,33∗980,665 P⃗ 2d=15033,59N Para a massa suspensa equivalente a (12,19±0,01)g: P⃗ 2 e=12,19∗980,665 P⃗ 2e = 11954,30N Para a massa suspensa equivalente a (7,17±0,01)g: P⃗ 2 f=7,17∗980,665 P⃗ 2 f=7031,37 N Para a massa suspensa equivalente a (2,15±0,01)g: 12 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=relatorio-experimental-leis-de-newton P⃗ 2 g=2,15∗980,665 P⃗ 2 g=2108.43N A seguir, esses resultados serão apresentados na Tabela 2 junto com seus respectivos desvios, calculados pela eq98uação (6), a aceleração calculada pela equação (7), cujo desvio foi obtido pela equação (8), e as médias dos tempos, obtidos pela equação (9), com seus devidos desvios, calculados pela equação (10). Tabela 2. Dados da força ( F⃗ (N)), da aceleração ( a⃗ (cm/s2)) dos tempos médios(t(s)) com seus respectivos desvios. Nº F⃗=P⃗ (N) t́ (s) a⃗ (cm/s2) 1 31597,02 ±9,81 0,970±0,004 74,40±0,20 2 26772,15 ±9,81 1,139±0,001 53,96±0,12 3 21711,92 ±9,81 1,142±0,001 53,67±0,12 4 15033,59 ±9,81 1,285±0,002 42,39±0,08 5 11954,30 ±9,81 1,350±0,002 38,41±0.07 6 7031,37 ±9,81 1,607±0,008 27,11±0,04 7 2108.43 ±9,81 2,055±0,06 16,57±0,01 Com base nos dados da Tabela 2, será confeccionado o gráfico de força versus aceleração em papel milimetrado e dilog. Para o gráfico em papel milimetrado estabelecemos os seguintes módulos de escala,fazendo uso da equação (12) para os eixos das abscissas e das ordenadas respectivamente: M es ( F⃗ )= 280 31597,02 =0,0088mm /N M es ( a⃗ )= 180 74,40 =¿ 2,42mm/cm.s-2 Usando o modulo de escala, os pontos foram marcados no papel milimetrado. Para linearizá-los, aplicou-se o método dos mínimos quadrados – tendo em vista a relação exposta pela equação (13). Analisando a disposição dos pontos no gráfico, foi possível identificar que o valor de n. Abaixo na Tabela 3, são apresentados os valores da força e da aceleração em seus módulos de escala; 13 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 Tabela 3. Valores da força ( F⃗ ) , em newtons, e da aceleração ( a⃗ ), em centímetros por segundo ao quadrado, em seus respectivos módulos de escala. N º F⃗(N )×M es a⃗(cm /s 2)×M es 1 278 180 2 235 130 3 191 130 4 132 102 5 105 93 6 62 66 7 18 40 Demarcando os pontos no gráfico, observou-se um comportamento razoavelmente linear, mas, tratando de dados experimentais, precisou-se realizar a linearização por meio do método dos mínimos quadrados – usado as equações (15) e (16) para descobrir os coeficientes angular e linear, respectivamente, da equação da reta (14) – ou da regressão linear (via calculadora). ● Somatórios considerando os valores da Tabela 2: ∑ a⃗=306,51 ∑ F⃗=116208,78 ∑ F⃗ 2 =2609326917 F⃗ ∑ ¿2 ¿ ¿ ∑ F⃗ a⃗=6282717,917 ● Coeficiente angular (b): b= 7 (6282717,917 )−(¿116208,78) .(306,51) 7 (2609326917 )−13504480550 b= 8359872,261 4760807869 b=0,00175 b≈0,002 ● Coeficiente linear (a): 14 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=relatorio-experimental-leis-de-newton a= (306,51 ) (2609326917 )−(116208,78)(6282717,917) 7 (2609326917 )−13504480550 a= 6.967780911×10 10 4760807869 a=14,63571121 a≈15 Para assegurar os resultados, a linearização foi realizada por meio da calculadora (usando os dados da tabela 2) onde obteve-se os mesmos resultados, a≈ 15 e b≈0,002 . Com esses valores, aplicando na equação (14), obtemos a seguinte equação da reta: y=15+0,002∗x Considerando que os valores de x equivalem aos valores da força, enquanto os valores de y equivalem aos da aceleração: a⃗=15+0,002∗F⃗ (20) Aplicando os valores de força representados na Tabela 2 na equação obtida, encontramos os seguintes valores para a aceleração que varia em função da força, apresentados na Tabela 4. Tabela 4. Valores da aceleração, em centímetros por segundo quadrado, obtidos pela equação (20) em função da força ( F⃗ ¿ , dada em newtons. Nº F⃗ (N) a⃗ (cm/s2) 1 31597,02 78,19 2 26772,15 68.54 3 21711,92 58.42 4 15033,59 45.07 5 11954,30 38,91 6 7031,37 29,06 7 2108.43 19,22 Agora calculamos os módulos de escala para os valores da Tabela 4 a fim de marca-los no gráfico, finalizando a linearização no papel milimetrado. O módulo de escala foi obtido pela equação (12). Como a única variação sofrida foi nos valores da 15 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 aceleração, o módulo de escala para a força permaneceu o mesmo. Determinou-se pela equação (12) que o módulo de escala da aceleração é 2,30mm/cm.s-2. M es ( a⃗ )= 180 78,19 =¿ 2,30mm/cm.s-2 Tabela 5. Valores da força ( F⃗ ), em newtons, e da aceleração ( a⃗ ), em centímetros por segundo ao quadrado, em seus respectivos módulos de escala. N º F⃗(N )×M es a⃗(cm /s 2)×M es 1 278 180 2 235 158 3 191 134 4 132 104 5 105 89 6 62 67 7 18 44 Com os dados da Tabela 5, basta marcar os pontos no papel milimetrado, como é mostrado nas figuras abaixo. Figura 3. Imagem digitalizada do gráfico de força versus aceleração. Os pontos marcados com ● são os pontos marcados antes da linearização, e os pontos marcados com + indicam os linearizados pelo método dos mínimos quadrados. 16 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=relatorio-experimental-leis-de-newton A seguir, a fotografia em cores reais do gráfico de força versus aceleração, construído com base nos dados da Tabela 2 e da Tabela 4. Figura 4. Imagem real do gráfico de força versus aceleração, onde os pontos marcados com ● indicam os pontos não linearizados e os marcados com + indicam os pontos linearizados. Os valores no eixo das ordenadas marcados em azul claro dizem respeito aos valores da velocidade antes da realização da linearização e os em azul escuro, os valores após ela. 6. Análise e discussão dos resultados Com base nos resultados obtidos e na interpretação do mesmo, foi possível provar que a aceleração é diretamente proporcional à força (o que condiz com a teoria), tanto que para cada valor de força há um valor de aceleração correspondente e quanto maior a força, maior a aceleração. O gráfico também concorda com isso, já que se identificou um comportamento razoavelmente linear antes mesmo de realizar-se a linearização. Mesmo após a linearização, certos pontos continuaram fora da reta, o que indica que ocorreram alguns erros, sejam eles aleatórios e inevitáveis, por parte dos equipamentos ou dos próprios realizadores. Em todas as coletas de medidas era verificada a massa suspensa para impedir que esta estivesse oscilando e causando interferência no movimento. Também se tomou o cuidado de manter o primeiro sensor o mais próximo possível do pino superior do móvel que o aciona, contudo o coeficiente 17 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 angular, que diz respeito ao valor de y, de aceleração, onde o gráfico toca o eixo das ordenadas não foi zero como o esperável porque o sistema estava parado ( F⃗1=0 ). Isso pode ter se dado pelo mau posicionamento do primeiro sensor, não posto o suficientemente próximo do móvel. 7. Conclusões Esse experimento proporcionou a identificação da atuação das leis de Newton, a Primeira Lei de Newton, ou a chamada Lei da Inércia, foi notada no fato da aceleração diminuir conforme o a massa do móvel era aumentada pelos discos metálicos – era preciso mais força para acelerar seu movimento. Aplicando a Segunda Lei de Newton obteve-se o valor da aceleração para cada valor de força e comprovou-se empiricamente que a aceleração realmente é diretamente proporcional à força atuante, tanto é verdade que o gráfico confeccionado em papel milimetrado apresentou o comportamento de função de primeiro grau (reta). Quanto à Terceira lei de Newton, que diz respeito à ação e reação de ações e forças, podemos perceber sua atuação na força normal do móvel que é de mesma direção e direção da força peso, mas possui sentido oposto, além da força de tensão na corda e a força peso da massa suspensa que também são de mesma direção e intensidade (a tensão puxa a massa com a mesma intensidade que a massa puxa o fio pela ação da gravidade). 18 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=relatorio-experimental-leis-de-newton 8. Referências Bibliográficas [1] H. Moysés Nussenzveig, Curso de Física Básica – 1 – Mecânica; Editora Edgard Blücher Ltda, 3 edição, 1981; [2] Azeheb – Laboratórios de Física – Manual de Instruções e Guia de Experimentos; [3] H. Mukai, P.R.G. Fernandes, Manual de laboratório – DFI/UEM – 2008 a 2017; [4] S. M. S. Stivari – Texto sobre gráficos, EAD (2010);Site: https://www.ebiografia.com/isaac_newton [5] Site: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/as-leis-newton.htm [6] Livro: Física para cientistas e engenheiros,v.1: mecânica, oscilações e ondas, termodinâmica / Paul A. Tipler, Gene Mosca; tradução: Fernando Ribeiro da Silva, Gisele Maria Ribeiro Vieira – Rio de Janeiro: LTC, 2016. [7] Site: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfgVUAK/relatorio-experimental-ii- trilho-ar 19 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 9. Apêndices Também é possível obter os valores de a e b via calculadora cientifica, seguindo os seguintes passos (para uma calculadora Casio fx-570ES PLUS): 1. Limpe a memória da calculadora clicando no botão SHIFT e em 9 (CLR – clear). 2. Selecione a opção 3 (ALL) e clique em (=) para concluir a limpeza. Calculadora limpa. Clique em AC. 3. Para selecionar o modo STAT, clique em MODE e opte pelo item 3 (STAT). 4. Selecione a opção 2 (A+BX), já que se tratam de duas variáveis e a equação é de primeiro grau. 5. Digite o primeiro valor de x e aperte (=). Repita isso para todos os valores de x. 6. Use a seta ► para começar a digitar os valores de y em sua respectiva coluna. Repita o procedimento 6 para os valores de y. 7. Clique em AC. 8. Clique em SHIFT e em 1 (STAT), selecione a opção 5 (Reg). 9. Para obter o valor do coeficiente linear a, selecione a opção 1 (A). 10. Para obter o valor do coeficiente angular b, selecione a opção 2 (B). 20 Downloaded by Felipe Toná (felipe13tona@gmail.com) lOMoARcPSD|10327840 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=relatorio-experimental-leis-de-newton
Compartilhar