Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA DEPARTAMENTO DE FÍSICA TEÓRICA E EXPERIMENTAL LABORATÓRIO DE FÍSICA I DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL I TÍTULO DO EXPERIMENTO: SEGUNDA LEI DE NEWTON DATA: 13/09/2019 Natal/RN 2019 OBJETIVOS: • Estudar experimentalmente a validade da segunda lei de Newton para um caso particular; • Trabalhar com situações idealizadas sem atrito (caso do trilho de ar); • Desenvolver procedimentos de análise de dados experimentais. MATERIAL UTILIZADO: Figura 1. Materiais utilizados no experimento: 1) Canhão de ar; 2) Corpo de massa m1 (cavaleiro); 3) Trilho de ar; 4) Sensor Phywe (Basic Unit/Phywe - cobra 3); 5) 3 pastilhas de massa 10g cada; 6) Porta peso(10g) 7) Sensor Phywe com polia dentada; 8) Fios diversos, cabos, barbante e computador. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: • Aceleração: taxa de variação da velocidade em relação ao tempo. É uma grandeza vetorial, que, como tal, possui módulo, direção e sentido; • Massa: grandeza escalar positiva e invariável, a qual mede a inércia (propriedade dos corpos em permanecerem em movimento acelerado ou retardado) dos corpos, ou seja, a quantidade de matéria presente em um corpo; • Força resultante: soma de todas as forças presentes em um corpo; • Segunda lei de Newton: A força resultante que atua sobre um corpo é o resultado da multiplicação da massa do corpo por sua aceleração. Abaixo, a figura 2 mostra o modelo clássico para descrever a segunda lei de Newton: Figura 2. Demonstração prática da Segunda lei de Newton: INTRODUÇÃO: Nesse experimento, iremos constatar as aplicações práticas da Segunda lei de Newton. Levando em consideração os conceitos explicitados na fundamentação teórica e os dados obtidos experimentalmente, o intuito é criar planilhas eletrônicas e gráficos para analisar essa lei tão famosa. Além disso, mais especificamente, essa atividade consiste no estudo do movimento de duas partículas presas por um fio, onde a aceleração do sistema irá depender de suas respectivas massas, e, com isso, obtém-se também a força resultante. Figura 3. Determinação da aceleração do sistema m1 + m2: PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: Conforme viu-se na figura 2, despreza-se o atrito da superfície e têm-se duas partículas: a partícula A, que pode se chamar de “m1” e a partícula B, denominada “m2”. Essas partículas irão começar o experimento com determinada massa e após a realização da medida, parte dessa massa será transferida para a outra partícula, gerando uma variação de aceleração. Dessa forma, “m” será igual a massa do cavaleiro somada a massa das pastilhas e, para “m2”, “m” será igual ao porta peso. Para o sucesso desse experimento, é indispensável a utilização do canhão de ar, visto que o papel dele será retirar o atrito existente na superfície para que o movimento do cavaleiro seja perfeito e, consequentemente, o sistema seja considerado perfeito. Além disso, a interface no computador será responsável por receber os dados capturados pelos sensores e gerar um gráfico para cada medida. É necessário realizar o processo quatro vezes e, a cada medida realizada transfere-se uma pastilha do cavaleiro para o porta peso. Para cada medida, liga-se o canhão de ar, fazendo o cavaleiro percorrer pelo trilho de ar da distância de 100cm até o Sensor Phywe com polia dentada. Quando atingir o sensor, o canhão é imediatamente desligado e o meansure mostra os gráficos, que estão abaixo: Figuras 4,5,6,7. Gráficos gerados pelo meansure: Após obtenção dessas informações, escolhe-se um ponto onde a aceleração irá cessar, antes de tornar-se constante, e exporta-se os dados para o Excel, onde obtém-se um gráfico para cada medida. O intuito desses novos gráficos será calcular a aceleração experimental, com ajuda também de fórmulas conhecidas da física, mostradas abaixo: Figura 8. Equações necessárias para os cálculos propostos no experimento: A seguir, será mostrado os gráficos encontrados no Excel para cada medida: Gráfico 1. Porta peso = 10g: Gráfico 2. Porta peso = 20g: Gráfico 3. Porta peso = 30g: Gráfico 4. Porta peso = 40g: ANÁLISE DOS RESULTADOS: Sendo assim, a partir desses dados e das equações apresentadas, é possível calcular a aceleração experimental e a aceleração teórica, além da força resultante, que será dada pela multiplicação de “m2” e a aceleração da gravidade (considerada 9,78 m/s^2). Diante disso, obtém-se a tabela abaixo completada. Tabela 1. Valores de Massa, força resultante, aceleração teórica e experimental encontrados: Massa “m2” (g) Força resultante(N) Aceleração teórica (m/s^2) Aceleração experimental (m/s^2) 10g 0,098 0,043 0,012 20g 0,196 0,087 0,164 30g 0,293 0,130 0,314 40g 0,391 0,173 0,670 P1. A Força resultante que atua sobre um corpo é proporcional ao produto da massa pela aceleração por ele adquirida. Se aplica em situações diárias em que algo com uma certa massa será arremessado ou empurrado com determinada força e, consequentemente, terá uma aceleração sempre diretamente proporcional a força e inversamente proporcional a massa. P2. Força = massa x aceleração; em que a força é dada em Newton(N), a massa em quilograma(Kg) e a aceleração em metros por segundo ao quadrado (m/s^2) P3. A força peso puxa o bloco “m2” para baixo e a força de tração da corda puxa o bloco deslizante na horizontal e para a direita. A força resultante será a soma das forças peso e tração. P4. Demonstrado na figura 3 P5. Alterando também a massa “m1”. P6. Respondido na tabela 1. P7. Movimento do bloco suspenso é na vertical e para baixo, e do bloco deslizante é para o lado direito e na horizontal, e trata-se de um MRUV. A força é variável, pois tanto a força peso depende da massa do sistema, quanto a força de tração depende da elasticidade e material da corda. A aceleração será constante, visto que a massa do sistema e o valor da gravidade não se alteram. P8. S = So + Vot. Em que “S” é o espaço final, “So” é o espaço inicial, “Vo” é a velocidade inicial e “t” é o tempo. P9. A massa dos objetos usados no experimento; a aceleração encontrada com ajuda do Meansure, além da aceleração da gravidade, considerada 9,78 nesse experimento. P10. Ver gráfico 1,2,3,4. P11. Pelos coeficientes do polinômio terem comportamento constante. P12. Significa qual é valor quando o gráfico passa no eixo “Y”, ou seja, nesse caso específico, trata-se do espaço inicial. P13. Como o termo linear numa equação do segundo grau representa a variação de “Y” dividido pela variação de “X” e, nesse caso, o eixo “Y” representa o espaço e o eixo “X” representa o tempo, a constante do termo linear representa a velocidade inicial, evidenciado na P8. P14. Pode-se observar que os números são todos positivos na constante do termo quadrático. Significa que o gráfico é crescente no primeiro quadrante, ou seja, quanto maior for o tempo, maior o espaço percorrido. P15 e P16. Mostrado na tabela 1. CONCLUSÃO: Analisando os objetivos explicitados no início do relatório, pode-se afirmar que o experimento obteve sucesso, visto que ficou evidenciado na prática como aplica-se a segunda lei de Newton de forma simples, porém, bastante útil e esclarecedora. Para isso, contou-se com objetos imprescindíveis, tais como o canhão de ar e o computador, que contribuíram para resultados convincentes. De uma forma geral, foi possível notar, por exemplo, com o preenchimento da tabela 1, a influência que a massa de um objeto tem em relação a aceleração adquirida por ele. Ou seja, provou- se na prática a fórmula matemática da Segunda lei de Newton, em que relaciona essas variáveis e, incluindo também, a força resultante do sistema. Além disso, conforme foi aumentando a massa, aumentou-se também a aceleraçãoe a força, conceitos estudados na fundamentação teórica. Ademais, foi mostrado planilhas eletrônicas que mostraram o comportamento em forma de gráfico de um movimento, relacionando o espaço percorrido pelo tempo para percorrê-lo. Diante de tudo isso, a porcentagem de erro justifica-se por tratar-se de um experimento, sendo inevitável problemas na medição de algo ou no próprio computador. REFERÊNCIAS: • Fundamentos de Física 1 - Mecânica - 10ª Ed. 2016, Halliday,David, Resnick,Robert, Walker,Jearl. • Apostila de Física Experimental I, de Mario Takeya e José A.M. Moreira, revisada e ampliada por Marcílio Colombo Oliveros e Juliana Mesquita Hidalgo Ferreira • https://www.infoescola.com/fisica/forca-resultante/ • ttps://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/conceito-aceleracao-1.html • https://www.todamateria.com.br/peso-e-massa/ https://www.infoescola.com/fisica/forca-resultante/ https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/conceito-aceleracao-1.html https://www.todamateria.com.br/peso-e-massa/ .
Compartilhar