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1 1 Universidade Federal de Itajubá Física experimental. Relatório 2 – Leis de Newton Professora Carla Patrícia Lacerda Rubinger Itajubá-2021 Sumário • Introdução pág. 3 1 2 • Objetivos e materiais utilizados pág. 4 • Desenvolvimento pág. 5 • Conclusão pág. • Referências pág. • Introdução Isaac Newton (1643-1727) foi um físico, astrônomo e matemático inglês, um dos legados deixados por ele foi a precisa explicação para o movimento dos corpos e a dinâmica do movimento, ele relacionou as equações de movimento com o conceito de força, onde se baseava em 3 “leis”, que seriam a lei da inércia, o princípio fundamental da dinâmica, e a lei da atração e reação. Que posteriormente ficaria conhecidas como “as leis de Newton” 1 3 A lei da Inércia- “todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele” ou seja, todo corpo permanece em movimento ou em estado de repouso a menos que seja aplicada sobre o mesmo uma força resultante. O princípio fundamental da dinâmica (lei de força) - Um corpo que estiver sujeito a uma força diferente de zero, ele apresentará uma aceleração no sentido da força aplicada. Em sua tradução original é apresentada da seguinte forma “A mudança de movimento é proporcional a força motora imprimida e é produzida na direção de linha reta na qual aquela força é aplicada” Atração e reação - Ao aplicar uma força em um corpo(ação), esse material produzirá uma força de reação, tendo a mesma intensidade e atuando em sentido oposto. Para que tenha uma força, dois corpos precisam se interagir, produzindo, consequentemente força de ação e reação. • Objetivos 1 4 - Verificar as Leis de Newton experimentalmente; - Efetuar medidas primárias de deslocamento, tempo e massa; - Derivar medidas secundárias de velocidade, aceleração e força; - Compreender e explicitar equações de movimento; - Construir e analisar gráficos de grandezas cinemáticas; - Obter leis físicas (para o movimento) de forma empírica. • Materiais utilizados no experimento - Trilho de ar metálico de 2 metros de comprimento com compressor de ar; - Carrinho metálico para o trilho (elemento de movimento); - Oito massas de 50g para lastro do carrinho; - Cronômetro Multifuncional digital, com aquisição de dados; - Cinco Sensores ópticos de passagem com suportes; - Fio, Roldana e Porta-Massas; - Massas pendulares: uma de 50g, duas de 10g e uma de 5g; - Balança digital. -Software SciDAVis para a construção dos gráficos. • Desenvolvimento 1 5 1. O experimento utilizou um trilho de ar, (no qual o atrito é desprezível) onde ficou sobre uma mesa e o carrinho posicionado no mesmo. O carrinho foi ligado a um porta massas através de uma linha, que passa por uma roldana de forma que o porta massas fique suspenso. Os sensores ópticos foram posicionados ao longo do trilho, para tanto, quando a luz do sensor for cortada o tempo será marcado. Adotou-se um erro fixo de ±3 mm para as posições dos sensores. Colocou-se 100g de lastro, sendo 50g em cada lado do carrinho. As massas do carrinho foram medidas com “mc1= (300,1±0,1) g (com o lastro) e do Porta-Massas “mp1= (59,9±0,1) g. Com os dados, foi construída a tabela 1 apresentada a baixo de Posição (mm) e Tempo (s) Posição (mm) Tempo(s) 200±3 0,00000±0,00002 400±3 0,28180±0,00002 600±3 0,46590±0,00002 800±3 0,61335±0,00002 1000±3 0,74530±0,00002 1200±3 0,86730±0,00002 1400±3 0,98600±0,00002 1600±3 1,10160±0,00002 1800±3 1,21735±0,00002 Tabela 1 fornecida pela folha de dados- labfisica2 2. Construiu-se uma segunda tabela “Tempo médio(s) e Velocidade Média(cm/s)”. Calculou as medidas dos tempos médios, tmi,i+1=(ti+ti+1)/2 e das velocidades médias, Vmi,i+1=(Si+1- Si)/(ti+1-ti) do carrinho, entre cada par adjacente de medidas de posição e tempo da Tabela 1. Posição Tempo Médio(s) ± 0,00002 Velocidade média (cm/s) 0-1 0,14090 70,97232 ± 1,06465 1-2 0,37385 108,63661 ± 1,62965 2-3 0,53963 135,63920 ± 2,03472 3-4 0,67933 151,57257 ± 2,27374 4-5 0,80630 163,93443 ± 2,45918 5-6 0,92665 168,46200 ± 2,52754 6-7 1,04380 173,01038 ± 2,59532 7-8 1,15948 172,78618 ± 2,59196 Tabela 2- Tempo médio(s) e Velocidade Média (cm/s) 3. Observando a trajetória descrita pelo carrinho no trilho de ar, podemos notar que há duas situações diferentes para o movimento realizado. A primeira durante a queda do porta massas onde temos o movimento uniformemente variado, já na segunda situação 1 6 quando ocorre a queda do porta massas temos então o movimento retilíneo uniforme logo a partir da tabela 2 foi feito dois gráficos ajustados para as duas situações B (y-intercept) = 49,6014754044719 +/- 1,43488470541864 A (slope) = 154,870361286924 +/- 3,89600156195909 B (y-intercept) = 143,263579909839 +/- 9,48766049078944 A (slope) = 26,6991432605951 +/- 9,60807774127134 1 7 ***No relatório, disserte sobre o comportamento da velocidade média do carrinho ao longo do tempo, tendo como base a experiência executada; e o conhecimento da Primeira e da Terceira Lei de Newton. - Ao observar o comportamento da velocidade média do carrinho ao longo do tempo, nota-se que, apesar de haver uma distinção visual na distância demonstrada no gráfico entre os pontos experimentais, os ajustes feitos proporcionaram uma função linear que descreve algumas das leis de Newton. Quando o carrinho ligado ao porta massas, há nesse momento uma força resultante (peso do porta massas), que puxa o carrinho com aceleração constante, mas ao mesmo tempo há uma reação do corpo que sofre essa força (carrinho) causando uma tensão no fio, representando a 3ª lei de Newton (ação e reação). E após a queda do porta massas a força resultante sobre o carrinho seria nula pois estaria entrando em um movimento uniformemente retilíneo, por inercia como nos diz a 1ª lei de Newton como a lei da inércia ressalta que na ausência de força resultante externa, todo corpo permanece em repouso como aconteceu na experiencia quando o carrinho não estava ligado ao porta massas, a partir de quando o 4. Desenhou-se os diagramas de força sobre o carrinho e calculou as suas acelerações teóricas (tendo como suposição que g = 9,78520 m/s2) nas seguintes situações A) Durante a queda do Porta-Massas B) Após este ter tocado o solo. 1 8 Compare com os valores obtidos pelo gráfico (o ajuste deve ser feito separadamente para cada situação) 5. A massa do Porta-Massas foi alterada e medida a massa “mp = (10,0± 0,1) g apenas dele. Foi colocado 200g de lastro em cada lado do carrinho e medida a massa “mc2” = (600,1± 0,1) g dele. Dada a Tabela 3, com 6 colunas (“ΔS (cm)”, “Δ tm1 (s)”, “Δ tm2 (s)”, “Δ tm3 (s)”, “Δ tm4 (s)”, “Δ tm5 (s)”) e 4 linhas de dados Δs(mm) Δtm1(s) Δtm2(s) Δtm3(s) Δtm4(s) Δtm5(s) 150 ±3 0,75165 0,62130 0,52235 0,48710 0,44770 150±3 0,45280 0,37495 0,32005 0,29320 0,26870 150±3 0,39920 0,33055 0,28335 0,25795 0,23615 150±3 0,35425 0,29300 0,25160 0,22870 0,20920 Tabela 3 fornecida pela folha de dados- labfisica2 A coluna “Δtm1 (s)” da Tabela 3, temos as medidas dos tempos transcorridos da passagem do carrinhopelos sensores adjacentes, ou seja, t0-1, t1-2, t2-3 e t3-4, fornecidos pelo cronômetro. 6. Completamos as colunas da tabela 3, para as seguintes massas extras no Porta-Massas- (ensaio 2)5g, (ensaio 3) 10g, (ensaio 4) 15g e (ensaio 5) 20g. 1 9 0g 5g 10g 15g 20g Δs(cm) Δtm1(s) Δtm2(s) Δtm3(s) Δtm4(s) Δtm5(s) 15±0,3 0,75165 0,62130 0,52235 0,48710 0,44770 15±0,3 0,45280 0,37495 0,32005 0,29320 0,26870 15±0,3 0,39920 0,33055 0,28335 0,25795 0,23615 15±0,3 0,35425 0,29300 0,25160 0,22870 0,20920 Tabela 3 com as colunas de massa extra no Porta-Massas. 7. Para cada um dos 5 ensaios, variando a massa do Porta-Massas, criou-se uma Tabela (4 a 8) com as medidas dos tempos médios e as velocidades médias entre cada par de sensor óptico: Formulas utilizadas. Tempo médio (s) ± 0,00002 Velocidade média (cm/s) 0,37583 19,95610 ± 0,39912 0,97805 33,12721 ± 0,66254 1,40405 37,57515 ± 0,75150 1,78087 42,34298 ± 0,84686 Tabela 4 Tempo médio (s) ± 0,00002 Velocidade média (cm/s) 0,31065 24,14293 ± 0,48285 0,80878 40,00533 ± 0,80010 1,16153 45,37891 ± 0,90758 1,47330 51,19454 ± 1,02389 Tabela 5 Tempo médio (s) ± 0,00002 Velocidade média (cm/s) 0,26118 28,71638 ± 0,57432 0,68238 46,86768 ± 0,93735 0,98408 52,93806 ± 1,05876 1,25155 59,61844 ± 1,19237 Tabela 6 Tempo médio (s) Velocidade média (cm/s) 1 10 ± 0,00002 0,24355 30,79450 ± 0,61589 0,63370 51,15962 ± 1,02320 0,90928 58,15080 ± 1,16632 1,5260 65,58811 ± 1,31177 Tabela 7 Tempo médio (s) ± 0,00002 Velocidade média (cm/s) 0,22385 33,50458 ± 0,67010 0,58205 55,82434 ± 1,11650 0,83448 63,51895 ± 1,05715 71,70172 ± Tabela 8 8. Para cada uma das 5 Tabelas criadas (4-8), foi feito um gráfico de pontos pelo software SciDAVis, com o tempo mediano no eixo x e a velocidade média no eixo y. Ajustou uma reta e obtivemos a aceleração para cada ensaio 1 11 B (y-intercept) = 14,1804610407038 +/- 0,54218580488029 A (slope) = 16,7542163913395 +/- 0,560218801531487 Aceleração = 16,7542163913395 +/- 0,560218801531487 B (y-intercept) = 17,1764504393243 +/- 0,65556660441659 A (slope) = 24,4357173769094 +/- 0,818513337580629 Aceleração = 24,4357173769094 +/- 0,818513337580629 1 12 B (y-intercept) = 20,9249487946312 +/- 0,773765681471629 A (slope) = 32,7422562248671 +/- 1,13017523961706 Aceleração = 32,7422562248671 +/- 1,13017523961706 B (y-intercept) = 21,788741385822 +/- 0,837606733614243 A (slope) = 40,2148509357047 +/- 1,33922598728737 Aceleração = 40,2148509357047 +/- 1,33922598728737 1 13 B (y-intercept) = 23,576431250959 +/- 0,912748804271213 A (slope) = 48,1481006793831 +/- 1,59257828184954 Aceleração = 48,1481006793831 +/- 1,59257828184954 9. Tendo conhecimento das massas e as acelerações obtidas por meio dos gráficos, é possível calcular a força externa que movimenta o carrinho através da 2º lei de Newton (Princípio Fundamental da Dinâmica), sendo a força resultante igual o produto da massa pela aceleração. F = m * a F = 0,010kg * 0,16754m/s 2 = 0,00168 N F = 0,015kg * 0,24436 m/s 2 = 0,00367 N F = 0,020kg * 0,32742 m/s 2 = 0,00655 N F = 0,025kg * 0,40214 m/s 2 = 0,01005 N F= 0,030kg * 0,48148 m/s 2 = 0,01444 N 10. Construímos a Tabela 9, com 2 colunas (“Força Externa (N)”, “Aceleração (cm/s2)”) e 5 linhas de dados. Força Externa (N) Aceleração (cm/s²) 0,00168 ± 0,00006 16,754 ± 0,560 0,00367 ± 0,00013 24,436 ± 0,819 0,00655 ± 0,00023 32,742 ± 1,139 0,01005 ± 0,00034 40,214 ± 1,338 0,01444 ± 0,00048 48,148 ± 1,593 Tabela 9 - Força Externa (N) e Aceleração (cm/s2) 1 14 11. Com os dados obtidos na Tabela 9 através dos cálculos, plotamos o gráfico colocando a Força Externa no eixo X e a Aceleração no eixo Y e ajustamos uma reta de pontos obtendo o seguinte gráfico e seus coeficientes B (y-intercept) = 13,3040547383974 +/- 0,606063131539093 A (slope) = 2.624,67291412271 +/- 108,242920443087 12. Disserte sobre o comportamento do gráfico e o significado dos coeficientes da reta ajustada, tendo como base a experiência executada e a Segunda Lei de Newton Conforme a Segunda Lei de Newton, mencionada anteriormente, consegue-se fazer uma interpretação, a qual seria de que a massa de um corpo é sua medida indireta de inércia, e como no experimento o primeiro corpo, Porta-Massas, está sujeito apenas à ação da gravidade, a massa não altera sua aceleração, mas sim a força produzida. Entendendo essa ideia e comparando-a com os resultados obtidos, à medida que o Porta-Massas aumenta sua carga, a força produzida por ele também aumenta e por consequência a aceleração e velocidade do carrinho de trilho. Os coeficientes da reta ajustada podem ser interpretados da seguinte forma, apesar de não serem exatos com os valores numéricos, utilizam-se deles para moldar a melhor reta que transmita a ideia do gráfico, o primeiro coeficiente seria da aceleração inicial(b) do carrinho, decorrente da Força Peso do Porta- Massas, sem o acúmulo de energia, e a Força Externa(a) seria exatamente esse acúmulo de energia cinética que é transferida ao carrinho de acordo com a queda do Porta-Massas. 1 15 • Conclusão Pode-se concluir, com este relatório, que através dos experimentos realizados, foi possível verificar-se experimentalmente as 3 Leis de Newton supracitadas. Desta forma, ao efetuar-se as medidas primárias de deslocamento, tempo e massa, e também ao analisá-las através das tabelas, gráficos e cálculos construídos, observou-se, com clareza, os objetivos esperados nos ensaios aplicados. • Referencias Para a realização deste relatório, utilizamos o material fornecido pela professora Carla Patrícia Lacerda Rubinger, docente da universidade federal de Itajubá (UNIFEI), matéria de física experimental.
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